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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

ESTUDO DE CASOS AULA

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A Análise dos Casos e Entre os Casos;


e Elaboração dos Relatórios.

Onde Chegar
• Entender a importância dos Estudos de Casos concretos, conduzindo o aluno pelos
métodos de análises mais primárias às mais importantes.

• Conhecer da importância dos conceitos e princípios básicos do conteúdo.

• Orientar quanto a interpretação do Direito e Hermenêutica Jurídica.

O que Aprender
• Aprender sobre a importância do vocabulário jurídico e como sua aplicação na rotina
acadêmica e jurídica é de suma importância para o desempenho das profissões jurídicas
e afins.

• Conduzir o conhecimento do aluno sobre a aplicação da Lei e dos Costumes, da


jurisprudência no Direito atual e aplicação do Direito Científico nas decisões judiciais.

Desenvolvimento
Este Guia de Aprendizagem tem o objetivo de direcionar os seus estudos ao longo do
desenvolvimento da disciplina e o seu olhar para os conteúdos disponibilizados. Assim,

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nesta aula introdutória e demais rotas falaremos sobre a composição e a importância


dos Estudo de Casos objeto de estudo considerado ferramenta científica aplicada ao
Direito, um nicho de como iniciar o trabalho jurídico com embasamento técnico-
científico, com respaldo do que temos de mais atualizado: a Lei vivenciada pela sociedade
com seus costumes, que geram os julgamentos de casos com base também em princípios
e geram o que chamamos de jurisprudência, que com as demais fontes de Direito
norteiam o trabalho dos operadores da ciência jurídica em vários ramos.

A penúltima etapa no desenvolvimento da metodologia de estudo de caso é a análise dos


dados, etapa importante em qualquer pesquisa. Estudos qualitativos, sobretudo os
estudos de casos múltiplos, requerem a utilização de técnicas que facilitem a síntese e
compreensão dos dados. A técnica principal envolve três atividades:

(i) analisar os dados,


(ii) (apresentar os dados e, finalmente,
(iii) verificar as proposições e delinear a conclusão.

Mas, a análise dos dados não ocorre isoladamente: suas atividades são entremeadas
pelas atividades de elaboração dos relatórios, etapa final do estudo de caso.

Para analisar os dados, o pesquisador seleciona as informações levantadas em cada caso,


descartando as desnecessárias, e organiza em categorias definidas. Neste momento é

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importante que os dados das diversas fontes sejam confrontados (triangulação)


evitando, desta forma, distorções. As informações são organizadas em uma estrutura de
análise pré-definida que deve ser aplicada em todos os casos. Casos pré-estruturados
evitam a sobreposição de dados, problema recorrente nos estudos qualitativos, e
facilitam a revisão e a síntese.

O pesquisador elabora relatórios individuais apresentando as evidências de forma


neutra, relatando o que foi coletado em campo. Os relatórios devem ser encaminhados
para os informantes para revisão. A revisão é importante, pois permite corrigir erros,
preencher lacunas e a validar os dados coletados.

A segunda atividade é a organização e apresentação dos casos: os dados devem ser


apresentados de modo a facilitar o estabelecimento de relações e a identificação de
padrões entre os casos. Os autores sugerem a elaboração de uma matriz onde as
categorias estejam representadas nas linhas e, nas colunas, os casos estudados. A partir
da matriz dos casos, o pesquisador pode elaborar o relatório de análise entre os casos.
Os diversos casos devem ser analisados e comparados, buscando similaridades e
diferenças e identificando padrões.

Finalmente, na verificação das proposições e delineamento da conclusão, o pesquisador


retorna às suas proposições iniciais. Os resultados devem, novamente, ser organizados e
apresentados com o objetivo de facilitar a verificação das proposições e as respostas às
questões de pesquisa, concluindo assim a análise. Como na atividade anterior, a
organização das informações em uma matriz com as proposições e questões de pesquisa
facilita a análise.

Os relatórios produzidos devem ser, mais uma vez, encaminhados para revisores técnicos
que irão analisar o estabelecimento e manutenção de uma cadeia de evidências que
permita ao leitor acompanhar os dados e análises do estudo de casos e corroborar as
conclusões do pesquisador. A revisão do relatório final encerra a última etapa no
desenvolvimento dos estudos de casos.

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: ENZO BELLO, Wilson Engelmann. Metodologia da pesquisa em
direito. 2. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2015. (Biblioteca Virtual)

Assista esses vídeos e aprofunde o conhecimento:

1 - https://www.youtube.com/watch?v=c_TH1QPGwnA

2 - https://www.youtube.com/watch?v=NVuc_l98vNY

Agora é sua Vez!

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Interação

Seguindo o tema escolhido na sua aula 07, e havendo desenvolvido os passos da aula 08
e 09, faça a análise dos casos e entre os casos, enquanto desenvolve seu relatório.

Questão para Simulado

1 – Ao final da verificação e no delineamento da conclusão:

a) Os resultados não devem, novamente, ser organizados e apresentados.

b) O pesquisador retorna às suas proposições iniciais e modifica os casos que


não se adequam.

c) A organização das informações em uma matriz com as proposições e


questões de pesquisa dificulta a análise.

d) O pesquisador retorna às suas proposições iniciais.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Resposta: Letra D

Comentário: Finalmente, na verificação das proposições e delineamento da conclusão, o


pesquisador retorna às suas proposições iniciais. Os resultados devem, novamente, ser
organizados e apresentados com o objetivo de facilitar a verificação das proposições e as
respostas às questões de pesquisa, concluindo assim a análise. Como na atividade
anterior, a organização das informações em uma matriz com as proposições e questões
de pesquisa facilita a análise

Organize-se: 2 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo

REFERÊNCIAS
ENZO BELLO, Wilson Engelmann. Metodologia da pesquisa em direito. 2. ed. Caxias do
Sul, RS: Educs, 2015. (Biblioteca Virtual)

FERNANDEZ, Atahualpa. Argumentação Jurídica e Hermenêutica. São Paulo: Imprensa


Jurídica Edições, 2009.

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FRANÇA, R. Limongi; LIMONGI, Antônio de S. Limongi França. Hermenêutica Jurídica. 13.


ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015.

FREITAS, Juarez. A interpretação Sistemática do Direito. 4. Ed. São Paulo: Malheiros


Editores Ltda, 2004.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 2011.

MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa


no direito. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. (livro digital)

MELLO, Cleuson de Moraes. Hermenêutica e direito: A hermenêutica de Heidegger na


(re)fundamentação do pensamento jurídico. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Processo,
2018. Biblioteca Virtual.

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