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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
ENS5159 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

MEMORIAL TÉCNICO DE PROJETO DE REDE DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Fernando Henrique Cavalcante Rodella


Renata de Arcega Leal

FLORIANÓPOLIS
Dezembro de 2022
2

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Área de estudo ..................................................................................................... 5
Figura 2 - Traçado da rede e identificação dos trechos e nós ............................................... 7
Figura 3 - Velocidades máximas, vazões máximas e diâmetros .......................................... 9
Figura 4 - Localização do reservatório ............................................................................... 10
Figura 5 - Escolha da bomba .............................................................................................. 10
Figura 6 - Características KSB Meganorm 100-065-160 ................................................... 11
Figura 7 - Vazões de base práticas ..................................................................................... 13
Figura 8 - Vazões práticas nos trechos ............................................................................... 15
Figura 9 - Regra base de controle de nível do reservatório ................................................ 16
Figura 10 - Curva da bomba no EPANET 2.2 ................................................................... 16
Figura 11 - Representação do sistema dinâmico com registros e bombas no cenário 02 .. 18
Figura 12 - Variações do consumo médio diário do sistema.............................................. 18
Figura 13 - Avaliação da pressão no nó com apenas uma bomba em funcionamento ....... 19
Figura 14 - Avaliação da pressão no nó com as duas bombas em funcionamento ............ 19
Figura 15 - Alteração no padrão de rotação da bomba por fator de 0,9 ............................. 20
Figura 16 - Avaliação da pressão com uma bomba e fator de redução 0,9 ........................ 20
Figura 17 - Avaliação da pressão com duas bombas e fator de redução 0,9 ...................... 20
Figura 18 - Alteração no padrão de rotação da bomba por fator de 0,95 ........................... 21
Figura 19 - Avaliação da pressão com uma bomba e fator de redução 0,95 ...................... 22
Figura 20 - Avaliação da pressão com duas bombas e fator de redução 0,95 .................... 22
3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cenários de simulações realizadas ...................................................................... 6


Tabela 2 - Vazões de base teóricas ..................................................................................... 12
Tabela 3 - Vazões teóricas dos trechos e seus respectivos diâmetros ............................... 13
Tabela 4 - Dados gerais EPANET ...................................................................................... 17
4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
2 MEMORIAL DESCRITIVO .......................................................................................... 5
2.1 Rede de abastecimento .............................................................................................. 5
2.2 Traçado da rede ......................................................................................................... 7
2.3 Vazão de base ............................................................................................................. 7
2.4 Vazão nos trechos....................................................................................................... 8
2.5 Diâmetros .................................................................................................................... 8
2.6 Bomba ......................................................................................................................... 9
3 MEMORIAL DE CÁLCULO ....................................................................................... 11
3.1 Dados de entrada ..................................................................................................... 11
3.1.1 Vazões nos nós .................................................................................................... 11
3.1.2 Vazões e diâmetros dos trechos .......................................................................... 13
3.2 Avaliação dos cenários............................................................................................. 15
3.2.1 Cenário 01 ........................................................................................................... 16
3.2.2 Cenário 02 ........................................................................................................... 18
3.2.3 Cenário 03 ........................................................................................................... 19
3.2.4 Cenário 04 ........................................................................................................... 21
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 23
5

1 INTRODUÇÃO

No presente projeto, encontram-se os memoriais descritivos e de cálculo referentes à


rede de abastecimento de uma rede de abastecimento. Para isso, utilizou-se o software
EPANET 2.2 na obtenção de simulações hidráulicas com o intuito de auxiliar no
dimensionamento da rede em dois cenários específicos, proporcionando critérios
operacionais que facilitem tomadas de decisões dos projetistas.

2 MEMORIAL DESCRITIVO

2.1 Rede de abastecimento

A rede de abastecimento de água do estudo em questão está situada conforme a Figura


1 abaixo.
Figura 1 - Área de estudo

Fonte: Professor Ramon Dalsasso (2022)

Neste estudo, haverá a simulação de quatro cenários distintos com duração de 72 horas
com vazão de distribuição em marcha de q = 0,01 L/s.m. No cenário 01, o sistema funciona
mediante adição de um reservatório de nível fixo localizado na cota topográfica 160m, sem
a utilização de bomba para distribuição de água para rede.
6

Nos cenários 02, 03 e 04 foram adicionados um reservatório de nível variável na cota


topográfica de 130 m, com o nível máximo em 5 m e o mínimo em 1 m. Além disso, foram
adicionadas 2 bombas garantindo funcionamento de 24 h/dia e uma curva de variação de
consumo diária, preconizando a garantia de presença de água na rede em todos os momentos
da simulação.
Cabe ressaltar que para os cenários 03 e 04, visando testes de execução do sistema,
foram adicionados padrões para fator de redução de rotação da bomba em períodos de menor
demanda de consumo. As especificidades de cada cenário de avaliação podem ser
observados na Tabela 1.
Tabela 1 - Cenários de simulações realizadas
Cenário 01 Cenário 02 Cenário 03 Cenário 04

● Simulação de ● Simulação de ● Simulação de ● Simulação de


modelo estático, modelo dinâmico, modelo dinâmico, modelo dinâmico,
com reservatório de com reservatório de com reservatório de com reservatório de
nível fixo, sem nível variável. nível variável. nível variável.
utilização de
bombas de ● Utilização de duas ● Utilização de duas ● Utilização de duas
abastecimento. bombas de bombas de bombas de
abastecimento abastecimento abastecimento
funcionando funcionando funcionando
24h/dia. 24h/dia. 24h/dia.

● Adição de variação ● Adição de variação ● Adição de variação


de consumo diário de consumo diário de consumo diário
observada. observada. observada.

● Será estabelecido ● Adição de fator de ● Adição de fator de


um controle de redução de rotação redução de rotação
nível programado da bomba em 0,90 da bomba em 0,95
para evitar para períodos de para períodos de
transbordamento menor demanda de menor demanda de
do reservatório e consumo. consumo.
esvaziamento além
do nível mínimo ● Será estabelecido ● Será estabelecido
requerido. um controle de um controle de
nível programado nível programado
para evitar para evitar
transbordamento transbordamento
do reservatório e do reservatório e
esvaziamento além esvaziamento além
do nível mínimo do nível mínimo
requerido. requerido.

Fonte: Professor Ramon Dalsasso (2022)


7

2.2 Traçado da rede

Em relação ao traçado da rede de abastecimento, esta foi realizada de maneira a fechar


circuitos (anéis) tendo em vista a otimização da mesma, visto que os anéis setorizam a rede,
facilitando a colocação de registros em pontos estratégicos capazes de aumentar as
possibilidades de manobra do sistema. O traçado da rede gerado por meio do EPANET foi
iniciado por meio da adição dos nós e trechos e, posteriormente, reservatório e bombas.
Na Figura 2 é possível observar o traçado da rede de abastecimento com a
identificação dos nós e trechos, bem como o sentido de escoamento. Neste momento, os
trechos em questão foram ajustados para que o sentido de escoamento coincidisse com o
sentido de delimitação do trecho para que a vazão resultasse em um valor positivo.

Figura 2 - Traçado da rede e identificação dos trechos e nós

Fonte: Autores (2022)

2.3 Vazão de base

O valor das vazões que chegam a cada nó é denominado consumo base, e pode ser
calculado utilizando a equação a seguir.
𝛴𝐿𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑄 = 𝑞.
2
Onde:
Q: consumo de base [L/s];
8

q: vazão de distribuição em marcha [L/s.m];


𝛴L: somatório do comprimento dos trechos adjacentes ao nó [m].

2.4 Vazão nos trechos

Para que seja possível a determinação dos diâmetros de cada trecho da rede, é
necessário definir as vazões que passam em cada trecho. Para isso, tais vazões foram
calculadas por meio do Método Hardy-Cross, o qual é o mais utilizado para o cálculo de
redes de distribuição de água, tendo em vista a simplificação da resolução de problemas
complexos relacionados com a análise do equilíbrio hidráulico, determinação do sentido do
escoamento e relação entre vazão e perdas de carga do sistema.
No método de Hardy-Cross, em um nó qualquer da rede, a soma algébrica das vazões
é nula, onde as vazões afluentes são consideradas positivas e as efluentes, negativas. Além
disso, em um circuito fechado a soma algébrica das perdas de carga é nula. Portanto, essas
duas constatações apresentam as condições necessárias e suficientes para que a distribuição
de vazões e perda de cálculo prevista no cálculo ocorram quando a rede estiver em operação.
Por fim, neste método pode-se admitir que a distribuição de água em marcha seja substituída
por tomadas localizadas em pontos fictícios isolados (nós) com considerável precisão.

2.5 Diâmetros

A escolha dos diâmetros foi baseada na NBR 12218/2017, que estabelece a dimensão
de 50 mm para o mínimo diâmetro utilizado em condutos secundários, porém não estabelece
valores para os condutos principais. Os diâmetros das tubulações foram definidos com base
nas vazões obtidas para cada trecho.
Dessa forma, utilizando uma perda de carga de 0,01 m/m e a equação de Hazen
Williams considerando tubulações de PVC com C = 130 e tubulações com 20 anos de uso,
foi possível desenvolver a Figura 3.
9

Figura 3 - Velocidades máximas, vazões máximas e diâmetros

Fonte: Adaptada pelos autores (2022)

2.6 Bomba

Com o objetivo de bombear a água a partir de uma Estação de Tratamento de Água


(ETA) para a rede de abastecimento, foi escolhida uma bomba da marca KSB modelo
Meganorm 100-065-160 com rotação de 3500 rpm, diâmetro de 159 mm e rendimento de
aproximadamente 80%. Para a análise em questão foi necessária a avaliação por meio do
catálogo do fabricante, levando em consideração a altura manométrica com o valor de 35 m,
obtida por meio da diferença da cota da ETA e do reservatório (Figura 4), bem como 10%
de perdas de cargas, além da vazão de 140,76 m³/h. As informações analisadas no catálogo
estão demonstradas nas figuras a seguir (Figura 5 e Figura 6).
10

Figura 4 - Localização do reservatório

Fonte: Autores (2022)

Figura 5 - Escolha da bomba

Fonte: KSB (2022)


11

Figura 6 - Características KSB Meganorm 100-065-160

Fonte: KSB (2022)

3 MEMORIAL DE CÁLCULO

3.1 Dados de entrada

A simulação de distribuição de água pela rede do projeto, foi realizada através do


software EPANET. Os dados de entrada necessários para o início da simulação são: nós,
consumo de base nos nós, comprimentos das tubulações, coeficiente de rugosidade (C: 130),
diâmetro e cota do reservatório.

3.1.1 Vazões nos nós

Como mencionado anteriormente na seção 2.3, as vazões de base de cada nó foram


definidas por meio da seguinte equação:
𝛴𝐿𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑄 = 𝑞.
2
Sendo utilizada a vazão de distribuição de marcha o valor de 0,01 L/s.m, a
expressão é representada da seguinte forma:
𝛴𝐿𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑄 = 0,01.
2

Calculando as vazões de acordo com o número de trechos contribuintes ao escoamento


no nó, os resultados das vazões de base teóricas podem ser observados na
Tabela 2.
12

Tabela 2 - Vazões de base teóricas


Nó Cota (m) Vazão de base (L/s)

1 135 3,65

2 137 1,975

3 133 2,85

4 132 1,925

5 131,5 2,675

6 130 3,125

7 132 2,75

8 134 3,025

9 132 1,475

10 131 2,375

11 129 2,525

12 127 1,615

13 128 2,45

14 130 3,00

15 132 2,20
Fonte: Autores (2022)

Após a inserção dos dados no EPANET, os valores práticos das vazões de base
obtidas estão expostas na Figura 7.
13

Figura 7 - Vazões de base práticas

Fonte: Autores (2022)

Por fim, a vazão total de base obtida foi de 39,1 L/s, sendo esta a vazão total do sistema.

3.1.2 Vazões e diâmetros dos trechos


Os diâmetros foram definidos com base na vazão dos trechos, através da NBR
12218/2017, como mencionado no memorial descritivo e sintetizado na Figura 3. Desta
forma, define-se inicialmente as vazões teóricas nos trechos e posteriormente os seus
respectivos diâmetros, dados os quais estão expostos na Tabela 3.

Tabela 3 - Vazões teóricas dos trechos e seus respectivos diâmetros


Trecho (m) L (m) Q (L/s) D (mm)

R-1 170 39,10 200

1-8 215 11,82 150

1-2 165 11,82 150

1-5 350 11,82 150

8-15 160 4,40 100

7-8 230 4,40 100

14-15 280 2,20 75


14

7-14 150 0,82 50

13-14 170 0,02 50

6-7 170 0,82 50

6-13 150 3,81 100

12-13 170 1,38 75

6-11 170 3,81 100

11-12 150 2,63 75

10-11 185 0,43 50

4-5 50 0,79 50

5-6 135 9,93 150

4-10 175 0,79 50

9-10 115 2,02 75

3-9 180 3,50 100

3-4 160 3,50 100

2-3 230 9,84 150


Fonte: Autores (2022)

Após a inserção dos dados no EPANET, os valores práticos das vazões obtidas estão
expostos na Figura 8.
15

Figura 8 - Vazões práticas nos trechos

Fonte: Autores (2022)

3.2 Avaliação dos cenários

Como já mencionado no memorial descritivo, a rede dimensionada até este momento


deverá ser simulada em quatro cenários de funcionamento distintos, onde serão avaliadas as
vazões de abastecimento, o nível de água presente nos reservatórios e as propriedades de
cada um dos cenários. O cenário 01 tem como objetivo analisar a simulação estática da rede
e os cenários 02, 03 e 04 objetivam analisar a simulação dinâmica da rede.
Em toda análise dinâmica foi estabelecido um controle de nível do reservatório a fim
de evitar o transbordamento onde, ao atingir a altura útil máxima de 5 metros o
abastecimento do reservatório é cessado. Da mesma forma, para controlar o volume e evitar
danos à rede de distribuição, foi definido uma altura mínima de 1 metro, utilizando a regra
base do EPANET, explicitado na Figura 9.
.
16

Figura 9 - Regra base de controle de nível do reservatório

Fonte: Autores (2022)

Além disso, nos últimos cenários citados, a curva da bomba escolhida foi traçada
baseada na descrição da seção 2.6 e pode ser representada na Figura 10:

Figura 10 - Curva da bomba no EPANET 2.2

Fonte: Autores (2022)

3.2.1 Cenário 01

O cenário 01 se refere ao sistema de rede apenas com um reservatório de nível fixo


funcionando 24h/dia (simulação estática). Considerando as vazões de base calculadas e as
17

cotas topográficas, obteve-se o seguinte resultado (Tabela 4), bem como já explicitado na
Figura 8.
Tabela 4 - Dados gerais EPANET
Trecho Vazão Velocidade Perda de carga Fator de atrito

- L/s m/s m/km -

Trecho 1 37,62 1,20 7,57 21

Trecho 1-2 10,97 0,62 3,14 24

Trecho 2-3 8,99 0,51 2,17 25

Trecho 3-4 2,72 0,35 1,71 28

Trecho 4-5 0,14 0,07 0,20 40

Trecho 5-6 9,48 0,54 2,40 25

Trecho 6-7 0,34 0,17 1,08 35

Trecho 7-8 3,89 0,50 3,32 27

Trecho 3-9 3,42 0,44 2,62 27

Trecho 9-10 1,95 0,44 3,74 28

Trecho 4-10 0,66 0,33 3,59 32

Trecho 10-11 0,23 0,12 0,51 37

Trecho 6-11 3,18 0,40 2,28 27

Trecho 1-8 10,98 0,62 3,14 24

Trecho 1-5 12,02 0,68 3,72 24

Trecho 8-15 4,06 0,52 3,59 26

Trecho 14-15 1,86 0,42 3,44 29

Trecho 7-14 0,80 0,41 5,17 31

Trecho 6-13 3,52 0,45 2,76 27

Trecho 12-13 0,73 0,17 0,61 33

Trecho 11-12 0,88 0,20 0,86 32

Trecho 13-14 0,34 0,17 1,05 35


Fonte: Autores (2022)
18

3.2.2 Cenário 02

O cenário 02 se refere ao mesmo sistema de rede desenvolvido no cenário anterior,


porém com a inserção de um reservatório de nível variável, duas bombas elétricas
funcionando 24h/dia e dois registros de fechamento, como podemos observar na Figura 11.

Figura 11 - Representação do sistema dinâmico com registros e bombas no cenário 02

Fonte: Autores (2022)

Neste cenário, foram realizadas duas simulações: uma primeira etapa com apenas uma
bomba em funcionamento, e uma segunda etapa com as duas bombas em funcionamento. O
objetivo destas simulações foi avaliar se as bombas escolhidas eram capazes de suprir o nível
de enchimento do reservatório.
Cabe ressaltar que foram adicionados nos nós da rede de distribuição a variação de
consumo diário observada, como podemos ver na Figura 12.

Figura 12 - Variações do consumo médio diário do sistema

Fonte: Autores (2022)


19

Os resultados obtidos para esta análise podem ser observados na Figura 13 e Figura 14
abaixo, respectivamente:

Figura 13 - Avaliação da pressão no nó com apenas uma bomba em funcionamento

Fonte: Autores (2022)

Figura 14 - Avaliação da pressão no nó com as duas bombas em funcionamento

Fonte: Autores (2022)

Como podemos deduzir com as figuras demonstradas acima, o sistema com apenas
uma das bombas em funcionamento pleno, apresentou uma queda constante no nível do
reservatório em estudo. Fato este que não se consolidou quando observamos as duas bombas
em funcionamento, evidenciando uma variação do nível, porém sempre atingindo o nível
máximo disponível para reservação de água para abastecimento.

3.2.3 Cenário 03

O cenário 03 se refere ao mesmo sistema de rede desenvolvido no cenário 02, porém


junto à adição da variação de consumo diário nos nós da rede de abastecimento, foi também
alterado o padrão de rotação da bomba. Neste cenário foi utilizado fator de 0,9 para os
períodos de menor demanda de consumo e 1,0 para os períodos de maior demanda de
consumo, como podemos ver na Figura 15.
20

Figura 15 - Alteração no padrão de rotação da bomba por fator de 0,9

Fonte: Autores (2022)

Os resultados obtidos para esta análise podem ser observados na Figura 16 e Figura 17
abaixo:

Figura 16 - Avaliação da pressão com uma bomba e fator de redução 0,9

Fonte: Autores (2022)

Figura 17 - Avaliação da pressão com duas bombas e fator de redução 0,9

Fonte: Autores (2022)

Como podemos deduzir com as figuras demonstradas acima, o sistema com apenas
uma das bombas em funcionamento pleno e fator de redução de 0,9 para os períodos de
menor demanda de consumo, apresentou uma queda considerável e constante no nível do
21

reservatório em estudo. Fato este que não se consolidou integralmente quando observamos
as duas bombas em funcionamento com fator de redução de 0,9.
Porém, cabe ressaltar que mesmo com as duas bombas em funcionamento, o nível de
reservação apresenta um expressivo decréscimo, não atingindo em nenhum momento o nível
máximo disponível, evidenciando que para este modelo de aplicação, mais uma bomba
deveria ser disposta no sistema de abastecimento.

3.2.4 Cenário 04

O cenário 04 se refere ao mesmo sistema de rede desenvolvido no cenário 03, porém


nesta etapa, diferentemente do cenário citado anteriormente foi alterado o padrão de rotação
da bomba multiplicando um por fator de 0,95 para o período de menor demanda de consumo
e 1,0 para o período de maior demanda de consumo, como podemos ver na Figura 18.

Figura 18 - Alteração no padrão de rotação da bomba por fator de 0,95

Fonte: Autores (2022)

Esta alteração se deu pelo fato que, alterando a rotação para um fator de 0,9 para o
período de menor demanda de consumo, verificou-se que com as duas bombas em
funcionamento, o nível do reservatório continuava caindo de maneira tênue. Desta forma,
alterando o padrão para 0,95 para o período de menor demanda de consumo, obteve-se os
resultados verificados na Figura 19 e Figura 20.
22

Figura 19 - Avaliação da pressão com uma bomba e fator de redução 0,95

Fonte: Autores (2022)

Figura 20 - Avaliação da pressão com duas bombas e fator de redução 0,95

Fonte: Autores (2022)

Como podemos concluir com as figuras demonstradas acima, o sistema com apenas
uma das bombas em funcionamento pleno e fator de redução de 0,95 para os períodos de
menor demanda de consumo, apresentou novamente uma queda considerável e constante no
nível do reservatório em estudo, ainda que em menor escala da queda evidenciada na Cenário
03. Fato este que não se consolidou quando observamos a simulação com as duas bombas
em funcionamento e fator de redução de 0,95.
Devido à modificação imposta no fator de redução, se comparado ao cenário análogo
anterior, continuamos observando uma variação do nível de reservação de água, porém agora
nota-se o enchimento completo do reservatório em determinados horários do dia,
diferentemente do resultado apresentado no cenário 03.
23

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 12218: Projeto de rede de distribuição de


água para abastecimento público. Rio de Janeiro (RJ): ABNT, 2017.

KSB. Catálogo de bombas. 2022. Disponível em:


http://masimoes.pro.br/op_uni/4_npsh/cav_npsh_cat_ksb.pdf. Acesso em: 01 dez. 2022.

TSUTIYA, M. T. Abastecimento de Água. São Paulo, Escola Politécnica da USP. 3a


Edição, 2006.

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