Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Tecnológico - CTC

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental
ENS 7029 – Gerenciamento e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

AAE 2: Uso de indicadores de sustentabilidade para avaliação da gestão de resíduos

sólidos urbanos na Região Metropolitana de Belo Horizonte

Professor: Dr. Armando Borges de Castilhos Junior

Aluna: Renata de Arcega Leal

1. INTRODUÇÃO

A geração exacerbada de resíduos sólidos é uma problemática cada vez mais atual
em modelos de sociedades capitalistas, visto que a relação de produção e consumo são
ainda maiores nos grandes centros urbanos. Apesar de existirem políticas referentes à
gestão destes materiais, apenas parte do processo é executado de fato, pois o modelo de
gestão atual dos resíduos é fundamentado no ideal da coleta e descarte, o qual entrou em
crise justamente pela forma como é feita, sendo direcionada às periferias.
O cenário da crise ambiental é atualmente um dos maiores desafios enfrentados,
visto o aumento da utilização dos recursos naturais e a poluição discriminada. Logo, a
grande questão é compreender formas de avaliação para o desempenho das políticas
públicas sobre a qualidade ambiental, a fim de promover um desenvolvimento sustentável.
A fim de contribuir para o desenvolvimento e a validação de variados indicadores,
leva-se em consideração diversas dimensões da sustentabilidade capazes de avaliar a
Gestão de Resíduos Sólidos Urbana para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Na análise em questão, é abordado o artigo “Uso de indicadores de sustentabilidade
para avaliação da gestão de resíduos sólidos urbanos na Região Metropolitana de Belo
Horizonte”, dos autores Raphael Tobias de Vasconcelos Barros e Áurea Viviane Fagundes
Silveira, a fim de realizar uma resenha crítica a respeito do tema.

2. RESUMO

Devido ao modelo de produção e consumo crescente nas cidades, é imprescindível

a necessidade de programas de gestão de resíduos sólidos que sejam adequados e viáveis.
Uma forma de avaliar a eficiência das políticas públicas voltadas à esta temática é a
utilização de indicadores de sustentabilidade. No estudo analisado em questão, foram
consideradas as carências nos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e
utilizou-se como principal metodologia a revisão bibliográfica de diversos documentos
acerca do tema, analisando o proveito desta ferramenta.
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Os resultados mostraram que a ideia proposta se apresenta como um suporte para a

gestão pública de resíduos sólidos urbanos, pois acaba identificando os setores que
possuem maiores deficiências, auxiliando assim a proposição de soluções ou até mesmo o
aprimoramento das já existentes. Apesar disso, apenas esse recurso não serve como
solução para as problemáticas cada vez mais crescentes, mas aponta a notoriedade do
poder público a respeito da gestão dos resíduos.

3. ANÁLISE CRÍTICA

Mesmo com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº

12.305/2010), a qual possui objetivos, princípios, instrumentos e diretrizes que norteiam a
gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, não vemos a diminuição
da geração dos resíduos e muito menos uma conscientização da população sobre a
redução do consumo, muito pelo contrário.
Neste sentido, é muito válido e pertinente a análise do próprio artigo no que
concerne às questões envolvendo as proposições para a resolução da crescente
problemática, visto que uma das formas de análise é o uso de indicadores de
sustentabilidade, o qual analisa diversas vertentes e que possibilita planejamentos e
implantações de ações de fato efetivas.
Porém, a grande chave para que a PNRS e os dados dos indicadores fossem bem
aproveitados, seria o incentivo inicialmente das políticas públicas para a garantia do
levantamento de dados qualitativos e quantitativos corretos, para o desenvolvimento de
pesquisas e atuações direcionadas, para assim possibilitar implementação de um sistema
de integração de gestão dos resíduos sólidos.
Além disso, é preciso que haja um incentivo econômico para a realização de tantos
estudos, o que nem sempre é fácil de se obter. Dito isto, é importante, também, fazer uso
dos programas já existentes, de modo com que sejam aplicados em sua totalidade e
incentivar a geração de mais oportunidades de trabalho à população através da reciclagem,
reutilização e coleta seletiva, como forma de movimentação da economia. E por fim,
fomentar cada vez mais a conscientização ambiental na população geral, para que a
separação dos resíduos seja feita de forma ambientalmente adequada, com seu destino
correto e proveitoso.
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Também é importante trazer a importância da sustentabilidade como forma de
debates, orientar a população sobre a finitude dos recursos e problemáticas na área
ambiental para que, talvez, tenha-se uma redução no consumo desenfreado.

4. CONCLUSÃO

Conclui-se que é de suma importância uma avaliação de gestão dos resíduos

sólidos urbanos, baseando-se na estruturação de indicadores, o qual se apresenta como
ferramenta importante no planejamento e colaboração na construção de políticas públicas,
mas avaliando sempre a viabilidade das suas condições, visto que há a necessidade de
desenvolvimento de ações direcionadas ao manejo desses recursos, pensando sempre na
otimização, reaproveitamento e, principalmente a geração de serviços formais destinados a
essa área.

Logo, a análise dos indicadores deve ser feita de forma frequente, para garantir a
sua efetividade de dados, bem como uma investigação de tendência ao longo do tempo
para a sustentabilidade por indicador, visto que reflete diretamente as dificuldades e
possíveis melhorias das localidades.

5. REFERÊNCIAS

BARROS, Raphael Tobias de Vasconcelos; SILVEIRA, Áurea Viviane Fagundes.

Uso de indicadores de sustentabilidade para avaliação da gestão de resíduos sólidos
urbanos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Engenharia Sanitaria e Ambiental, v.
24, p. 411-423, 2019.