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Ass. Geral: DISCIPLINA


Ass. Espec.: A DISCIPLINA NA IGREJA
Obj. Geral:
Obj. Espec.:

Texto: 1Co.5.1-13

INTRODUÇÃO

► Esta semana passada um menino entrou numa escola em


SP e assassinou uma senhora, uma professora de 71 anos e
deixou outros feridos.
► Também nesta semana uma mulher entrou atirando numa
escola presbiteriana nos Estados Unidos (Nashville). Ela
matou 3 crianças (9 anos) e 3 adultos (60 anos).
► Como não ver tudo isso e não querer que a justiça seja
feita? Como não ver tudo isso e não chorar e não ficar
incomodado com tamanha maldade?
► Se isso nos incomoda, como não incomodaria a Deus?
► O nosso Deus é justo, é santo, e Ele não pode tolerar a
maldade. E ele começa fazendo isso em sua própria casa, na
igreja.

CONTEXTUALIZAÇÃO

► Nos primeiros capítulos Paulo exortou os irmãos a não


andarem divididos e nem se verem melhores do que outros
irmãos.
► Uns estavam orgulhosos por serem de Apolo, outros de
Paulo e outros de Pedro. Mas, Paulo os lembrou que Jesus
não estava divido.
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► Paulo já havia dito para ninguém se vangloriar nos
homens (3.21), e continuou exortando os cristãos a não
ficarem soberbos (4.6) imaginando que eram melhores do que
outros cristãos.
► Paulo fala da soberba de alguns que não aceitavam o seu
apostolado (4.18) e que pensavam que não voltaria mais lá,
menosprezando assim o seu ministério.
► Então, ele os exorta, por que eram soberbos quanto a
liderança e se achavam melhores que outros irmãos, mas,
toleravam o pecado na igreja.
► Paulo, então, trata que eles estavam em pecado, tolerando
um pecado de incesto, de adultério na igreja (v.1).
► Paulo disse que ao invés de chorarem de arrependimento e
tirarem da comunhão da igreja o faltoso, os irmãos
permaneciam soberbos.
► Paulo, disse que já havia sentenciado (ele possuía
autoridade apostólica para isso), e a igreja deveria excluir tal
pessoa, que obviamente não havia dado sinal algum de
arrependimento.
► Paulo estava ensinando sobre a Disciplina na Igreja.

DESENVOLVIMENTO

Tema: A DISCIPLINA NA IGREJA

1º.) É UMA ORDENANÇA DE DEUS


(v.2-4,7)
► Paulo trata em termos de comandos, mais do que
orientações. Ele disse a igreja que ela já deveria ter tirado do
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seu meio a pessoa que cometeu tamanho pecado (v.2). No
v.7 ele disse lançai fora. Essas palavras apontam para uma
ordem de Deus.
► Deus não quer ver sua igreja impura, tolerando ou vivendo
no pecado.
► Ef.5 ensina que Jesus está preparando sua igreja para ser
santa e sem mácula.
► A disciplina não existe para mostrar que nós somos
melhores que aqueles que pecam. Nós também pecamos. Ela
existe para preservar a santidade da igreja, o testemunho dela,
e a honra de Cristo.
► Se o comportamento cristão é o mesmo daqueles que
cometem pecados, e ainda assim não se arrependem, então,
como dizer que é de Cristo, se não demonstra isso.
► Paulo fala da pureza da igreja quando menciona que ela é
nova massa e sem fermento. A ideia de sem fermento aponta
para a pureza, para a santidade.
► Para os reformadores a disciplina era uma marca de uma
igreja saudável, de uma verdadeira igreja (pregação fiel,
sacramentos e disciplina).

2º.) É APLICADA DE ACORDO COM A FALTA


(v.1,2,5,13)
► Paulo disse que o pecado já estava correndo como notícia.
“Geralmente, se ouve” aponta para um pecado público, de
conhecimento público.
► Aqui deve haver uma distinção. Quando alguém peca, faz
algo errado e chega ao nosso conhecimento, devemos
conversar com a pessoa. Se ela não nos ouvir devemos
chamar testemunhas. Depois ainda, os presbíteros da igreja
(Mt.18). E se fazendo tudo isso a pessoa não reconhecer o seu
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pecado e não se arrepender, devemos considerar ela como
um incrédulo.
► Mas, aqui, o pecado já havia se tornado público que todos
comentavam sobre isso.
► Então, uma medida pública era exigida.
► Hoje, enfrentamos o problema do assédio moral (“Assédio
moral é a exposição de pessoas a situações humilhantes e
constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva
e prolongada, no exercício de suas atividades.”). Precisamos
observar com cuidado quando vamos disciplinar alguém
publicamente.
► É importante lembrar que Paulo já havia exortado sobre o
pecado da soberba, na maledicência entre os irmãos, da
divisão entre eles. E mesmo assim, Paulo não disse: “vamos
fechar a igreja. Todos vocês serão disciplinados e quem não
se arrepender será excluído.” Era pecado, mas não precisava
do mesmo grau de disciplina. Sobre as divisões ele os exortou
publicamente, por meio da carta (É um tipo de disciplina).
► Mas, neste caso, Paulo menciona que é uma imoralidade
tal, que não acontece nem entre os incrédulos. Ele disse: “o
autor de tal infâmia”.
► Então, esse pecado tal, precisava ser corrigido com uma
ação extrema. A exclusão da igreja só acontece quando a
pessoa escolhe permanecer no pecado, e não se arrepende.
► Paulo disse que essa pessoa deveria ser tirada do meio, e
entregue a Satanás.
► É importante dizer, que neste caso só ele era membro da
igreja. A madrasta certamente não era.
► A ideia de ser tirado do meio ensina que a igreja não pode
manter como membro alguém que intencionalmente escolhe
permanecer no pecado, e não se arrepende dele. (v.11)
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► A ideia de ser entregue a Satanás, é por que dentro da
igreja nós somos cuidados pelo Senhor e uns pelos outros. O
compromisso de Deus é com sua igreja. No entanto, a
servidão de Satanás é bem pior que a servidão de Deus.
► 2 Chronicles 12:7-8 Vendo, pois, o SENHOR que se
humilharam, veio a palavra do SENHOR a Semaías, dizendo:
Humilharam-se, não os destruirei; antes, em breve lhes darei
socorro, para que o meu furor não se derrame sobre
Jerusalém, por intermédio de Sisaque. 8 Porém serão seus
servos, para que conheçam a diferença entre a minha servidão
e a servidão dos reinos da terra.
► Sem a proteção da igreja e da comunhão do corpo de
Cristo, a pessoa ficaria nas mãos de Satanás que certamente
lhe trará sofrimentos e quem sabe por esses sofrimentos a
pessoa se arrepende?
► 1 Timothy 1:20 E dentre esses se contam Himeneu e
Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem
castigados, a fim de não mais blasfemarem.
► Então, entregar a Satanás é sinônimo de sofrimento nas
mãos do Diabo, com o propósito da pessoa reconhecer que
precisa se arrepender e voltar para o Senhor. (Filho pródigo
foi assim: depois do sofrimento, quando não tinha mais nada,
nem para comer, é que caiu em si e resolveu voltar para o
pai).
► Então, a exclusão da igreja embora não coloque ninguém
no inferno, está dizendo que a vida da pessoa não se coaduna,
não se harmoniza com a vida cristã.

3º.) É PARA A SALVAÇÃO DO FALTOSO


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(v.5)
► O objetivo de Paulo ao disciplinar a pessoa que havia
cometido esse pecado terrível, era que a pessoa fosse salva, e
no Dia no Senhor isso fosse revelado.
► No dia do Senhor não haverá possibilidade de Salvação.
No dia que Jesus voltar para julgar o mundo.
► O que Paulo estava ensinando é que até antes de Jesus
voltar a pessoa poderia ter oportunidade de por meio do
sofrimento ser despertada para o arrependimento e assim,
voltar-se para Deus, para Jesus e a comunhão da igreja.
► A disciplina não era para afastar e lançar para longe, mas
para chacoalhar o pecador, afim de que ele sinta falta da
igreja, da comunhão, sinta o peso da culta, mas também seja
levado ao arrependimento verdadeiro e assim desfrutar da
salvação.
► O sofrimento do filho pródigo o aproximou do pai, e o fez
voltar.
► O sofrimento de Jó o fez conhecer mais de perto, a
reconhecer seu pecado, e a querer estar com Deus.

4º.) É PARA A SANTIFICAÇÃO DA IGREJA


(v.6-8,11)
► O objetivo de Paulo ao disciplinar a pessoa que havia
cometido tal infâmia, além esperar a salvação dela, era a
pureza e a santidade da igreja.
► Paulo lembrou aos cristãos que Jesus havia sido morto
para que eles fossem perdoados e purificados dos seus
pecados. Como eles continuariam vivendo no pecado se já
haviam sido purificados?
► Paulo disse que não é possível cortar a relação com o
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mundo, mas que a igreja não podia ser associada com um
cristão nominal, que vivia no pecado e não como um
verdadeiro discípulo de Cristo.

CONCLUSÃO
► Ninguém se auto disciplina. A disciplina deve ser aplicada
pelos presbíteros da igreja reunidos em conselho, por um
tribunal eclesiástico.
► Também, após ser disciplinado, ninguém deveria se
afastar da igreja. Pelo contrário, deveria continuar buscando a
Deus no culto público, alimentando sua fé, para não se afastar
e cair nas mãos e no laço do Diabo.
► Todos nós estamos sujeitos a pecar. Mas, não podemos
deixar de nos arrepender. O grande problema do pecado, é
quando não queremos reconhecer que o temos praticado.
► A maioria das pessoas sempre imagina que está certa e
que tem os motivos corretos para fazer o que faz.
► Desde o Éden os seres humanos justificam os seus
pecados que são injustificáveis.
► A igreja não pode ter a mesma identidade que o mundo.
Ela é diferente. Ela foi lavada pelo sangue de Jesus.
► O arrependimento é o melhor caminho. A disciplina deve
gerar o arrependimento para que a pessoa não cai sob o juízo
de Deus, sobre a ira de Deus.
► Jesus sofreu a ira de Deus no lugar da igreja, no meu e no
seu lugar. Mas, se não nos arrependemos demonstramos que
não estávamos sendo representados por Ele, e ainda estamos
devendo uma grande dívida com Deus.

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