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INDICE

INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS CRISTÃS


AS DOUTRINAS DAS ESCRITURAS
INTRODUÇÃO 2
I. O QUE É A BÍBLIA? 3
II. COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA 4
III. JESUS, O TEMA CENTRAL DAS ESCRITURAS 7
IV. A BÍBLIA E SUA HISTÓRIA 9
V. COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS? 10
VI. CONSERVAÇÃO DAS ESCRITURAS 11
A DOUTRINA DE DEUS
INTRODUÇÃO 12
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS 13
II. A NATUREZA DE DEUS 15
III. OS ATRIBUTOS DE DEUS 16
IV. A TRINDADE 17
A DOUTRINA DE JESUS CRISTO
INTRODUÇÃO 18
I. A PESSOA DE JESUS CRISTO 19
II. A NATUREZA DE JESUS CRISTO 20
III. ATRIBUTOS DA DIVINDADE DE CRISTO 22
IV. O CARÁTER DE JESUS CRISTO 23
V. A OBRA DE JESUS CRISTO 25
BIBLIOGRAFIA 27

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poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados:
eletrônico, mecânico, fotográfico, gravação ou através de quaisquer outro meio que venha
a ser inventado.

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INSTITUTO EDUCACIONAL ENSINADORES DE JUSTIÇA
DOUTRINAS I

ESCRITURAS – DEUS – CRISTO

INTRODUÇÃO

ÀS DOUTRINAS CRISTÃS

As doutrinas cristãs podem ser definidas como: verdades fundamentais da Bíblia.

Doutrina significa ensino ou instrução. Doutrinas I, forma parte das 10 doutrinas básicas que a
Igreja de Cristo não pode desconhecer.

Do conhecimento delas e de sua prática, depende o crescimento da Igreja de Jesus Cristo em todas
as suas áreas, seja física (quantidade de membros), espiritual (comunhão com Deus), através da
qual tomamos a possessão dada por Cristo aqui na terra: Fé, Poder, Graça, Unção, Amor; e entre
muitas outras também, material (bens necessários para a extensão do Reino sobre a Terra).

Estas dez doutrinas básicas são:

1 • A Doutrina das Escrituras Bibliologia


2 • A Doutrina de Deus Teologia
3 • A Doutrina de Jesus Cristo Cristologia
4 • A Doutrina do Espírito Santo Paracletologia
5 • A Doutrina do Homem Antropologia
6 • A Doutrina do Pecado Hamartiologia
7 • A Doutrina da Salvação Soteriologia
8 • A Doutrina da Igreja Eclesiologia
9 • A Doutrina dos Anjos Angelologia
10 • A Doutrina das Últimas Coisas Escatologia

A DOUTRINA DAS ESCRITURAS


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BIBLIOLOGIA

INTRODUÇÃO

"Seca-se a erva, e caem as flores, porém a Palavra de Deus subsiste para sempre"
Is 40:8

"O céu e a terra passaram, mas as minhas palavras não hão de passar".
Mt 24:35

O livro mais familiar, conhecido, amado e perseguido até hoje do qualquer outro é a Bíblia.

Este Livro está ao alcance de quase todos os povos civilizados do mundo moderno, desde as
casas mais pobres e mais humildes até os grandes palácios.
Quase todas as bibliotecas públicas do mundo tem a Bíblia em diversas traduções, edições
e versões.
Milhares de pessoas diariamente encontram conforto e fortalecimento espiritual ao lê-la e
meditar nela.
Apesar de perseguida, permanece altaneira como o livro mais lido, estudado, amado e
odiado, assim confirmando as palavras do Senhor que a sua Palavra permaneceria eternamente.
Neste capítulo vamos estudá-la na esperança de que este estudo traga maior intimidade com o Autor
desta Palavra.

I- O QUE É A BÍBLIA?

Bíblia Deriva do grego


Biblos Folha de papiro preparada para a escrita
Biblion Rolo pequeno de papiro (Lc 4.17)
Bíblia Plural de Biblion (Jo 21.25), portanto Bíblia é uma coleção de livros pequenos
(II Tm 4.13).

• É a revelação de Deus ao homem (Rm 16.25-27)


• Revelar quer dizer: contar uma coisa que era segredo (Sl 25.14)
• Através da Bíblia Deus nos revela muitos dos seus planos (1 Sm 9.15-17)
• Seu autor: Deus (Jr 1.12; Is 34.16)
• Seu interprete: Espírito Santo (I Co 2.9-16)
• Seu tema central: Salvação através do Senhor Jesus (Lc 24.27; I Ts 5.9-10)

Certo autor anônimo declarou:


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A Bíblia é: Deus falando ao homem,
Deus falando através do homem,
Deus falando como homem,
Deus falando a favor do homem,
Mas é sempre Deus falando (Hb 1.1-2)

II - COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA

BÍBLIA EVANGÉLICA 66 livros


Antigo Testamento
2 PARTES Novo Testamento

CAPÍTULOS 1.189
VERSÍCULOS 31.173

a) Divisão

1. Antigo Testamento
• Livros 39
• Capítulos 929
• Versículos 23.214

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1. Pentateuco (05 Livros)
• Gênesis • Levítico
• Êxodo • Números
• Deuteronômio

2. Históricos (12 Livros)


• Josué • I e II Reis
• Juízes • I e II Crônicas
• Rute • Esdras
• I e II Samuel • Neemias
• Ester

3. Poéticos (05 Livros)


• Jó • Provérbios
• Salmos • Eclesiastes
• Cantares de Salomão

4.Profetas Maiores (05 livros) 5.Profetas Menores (12 Livros)


• Isaías • Oséias
• Jeremias • Joel
• Lamentações de Jeremias • Amós
• Ezequiel • Obadias
• Daniel • Jonas
• Miquéias
• Naum
• Habacuque
• Sofonias
• Ageu
• Zacarias
• Malaquias

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b) Novo Testamento
• Livros 27
• Capítulos 260
• Versículos 7.959

1. Evangelhos Biográficos (04 livros)


• Mateus • Lucas
• Marcos • João

2. Histórico (01 livro)


• Atos dos Apóstolos

3. Doutrinário (21 livros)

▪ Romanos ▪ Tito
▪ I e II Coríntios ▪ Filemom
▪ Gálatas ▪ Hebreus
▪ Efésios ▪ Tiago
▪ Filipenses ▪ I e II Pedro
▪ Colossenses ▪ I, II e III João
▪ I e II Tessalonicenses ▪ Judas
▪ I e II Timóteo

4. Profético (01 livro)


• Apocalípse

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III JESUS, O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

O tema central de todos os livros da Bíblia é o Senhor Jesus Cristo (Lc 24.27, 44; Jo 5.39).
Resumo dos 66 livros em cinco palavras referentes a Cristo:
Preparação – Manifestação – Pregação - Explanação – Consumação
a) Preparação
O Antigo Testamento prepara o mundo para a chegada do Messias. Aqui estão algumas provas
identificadoras do Messias prometido:
De acordo com a profecia do Antigo Testamento seria:

1º- A semente da mulher que esmagaria a cabeça de 9º- O Rei (Zc 9.9; Sl 2.6; Jr 23.5-6).
Satanás (Gn 3.15). 10º- O Redentor (Is 59.20 -19.20).
2º- Da casa de Davi (II Sm 7.12-13; Gn 49.10; 11º- Uma pedra de tropeço (Is 8.14).
Sl. 132.11). 12º- Odiado (Is 49.7).
3º- Precedido por um mensageiro (Is.40.3; Ml 3.1). 13º- Ferido (Is 50.6; 53.4,7).
4º- Nascido de uma virgem (Is 7.14). 14º- Cuspido (Is 50.6).
5º- Nascido em Belém (Mq 5.2). 15º- Crucificado (Sl 22.16).
6º- O Pastor (Is 40.11; Zc 13.7; Ez 34.23-24). 16º- Igualado aos transgressores
7º- O Profeta (Dt 18.15). (Is 53.12).
8º- O Sacerdote (Sl 110.4; Zc 6.13). 17º- Ressurreto (Sl 16.10; 49.15; 71.20).

b) Manifestação
Os evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo como Redentor (Mt 26.28; Mc 2.17;
Lc 21.28; Jo 4.22).

c) Pregação
Os Atos dos Apóstolos propagam Cristo por meio da igreja (At 5.42; 9.20; 17.18).

d) Explanação
As epístolas explanam Cristo, isto é, ensinam o Seu querer em relação ao comportamento da igreja
(Rm 6.17; Ef 4.14; Cl 4.5; I Tm 3.7; Hb 12.28).

e) Consumação
O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas (Ap 21.5-8; 22.7, 12, 13, 16, 20).

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IV. A BÍBLIA E SUA HISTÓRIA

a) FORMATOS
1. Materiais em que a Bíblia foi escrita:
Papiro - (planta aquática) (Jó 8.11; Ex 2.3; Is 18.2; II Jo. 12).
Pergaminho - (pele de animal) (II Tm 2.13).

2. Formato primitivo da Bíblia:


Rolo - (o papiro ou pergaminho) (Sl 40.7; Ez 3.1-2; Hb 10.7) era preso a dois cabos de madeira.
Códice - (formato de livro de grandes proporções).

3. Tipo de escrita primitiva da Bíblia:


Uncial - (contém somente letra maiúscula)
Cursivo - (contém somente letras minúsculas. Tudo era copiado pelos escribas de modo lento e oneroso).

b) Línguas Originais
Antigo Testamento - hebraico, ( com pequenas porções em aramaico que era a língua falada na
Babilônia). ( Aramaico – idioma semítico – descendentes de Sem que
habitavam em uma região conhecida com nome de Arã).
Novo Testamento - grego (com alusões em aramaico).

c) Os Escritores Da Bíblia:
Deus, sendo autor usou cerca de 40 escritores para escrevê-la, num período de 1600 anos.
Mas, apesar de todos esses anos não contém erros nem contradições. Há dificuldades do lado
humano em compreender, interpretar, traduzir, devido a sua incapacidade em todos os sentidos.

NOTA: Antigos Manuscritos do Antigo Testamento. Dos manuscritos originais não há


conhecimentos da existência de nenhum, crê-se que é devido a propensão do homem
a idolatria. Ex:
A serpente de metal (II Rs 18.4).
O sepultamento de Moisés para que o povo não adorasse seu corpo (Dt 34.5-6).
Milhões no mundo adoram a cruz de Cristo, mas não o Cristo da cruz.

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V. COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS ?

a) Copistas

Eram homens que com muito zelo copiavam dos manuscritos originais, eram guardados na casa o
Senhor, (II Rs 22.8). Apesar do extremo cuidado, eles erravam ao transcrever, apareceram
então os soferins.

b) Soferim

Os soferins eram escribas versados nas leis de Deus e nas tradições dos judeus. Copiavam textos
das Escrituras e revisavam dando sua interpretação. Eles procuravam as falhas dos copistas
contando em cada página o número de letras e palavras.

Nota: No tempo de Esdras, 400 a.C. foi organizado um grupo de homens para cuidar dos textos
das Escrituras e receberam o nome de soferim.

c) Traduções da Bíblia

1. Septuaginta. Feita no Egito, na cidade de Alexandria em 285 a.C, do hebraico para o grego.
É indicada pelo número LXX (70), pois foi traduzida por setenta homens. Foi a primeira
tradução das Escrituras.
2. Vulgata latina. Traduzida do hebraico para a língua latina, em 382 A.D., Jerônimo fez a
tradução para a linguagem popular, “vulgar”, daí o nome vulgata.
3. Peshita. Tradução da Bíblia para o sírio (mais ou menos) 200 d.C.
4. Versão autorizada ou versão do rei Tiago (Inglaterra 1611 d.C.)
5. Tradução em português (João Ferreira d´Almeida)
6. Versão de Almeida (publicada em 1681 – Holanda)
7. Versão ARC (Almeida Revisada e Corrigida – publicada em 1951)
8. Versão ARA (Almeida Revista e Atualizada – N.T. 1951 – V. T. 1958)
9. Tradução Padre Antonio Ferreira e Figueiredo
10. Matos Soares (padre brasileiro, traduziu a Vulgata, publicou no Brasil em 1946)
11. Bíblia Vida
12. Bíblia Vida Nova

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VI. A CONSERVAÇÃO DAS ESCRITURAS

a) Cânon das Escrituras

Cânon – palavra grega que significa modelo ou regra para julgar e medir (vara de medida). Com
relação à Bíblia é usado para designar o conjunto de livros inspirados pelo Espírito Santo e aceitos
para servirem como regra de fé e prática.

1. O Cânon do Antigo Testamento. A escolha do Cânon do V.T., foi feita pelos judeus de
maneira demorada. Primeiro a Lei, depois os profetas e os escritos.

2.O Cânon do Novo Testamento. Aconteceram alguns fatos que levaram homens zelosos a
preocuparem-se em agrupar os livros em formação do Cânon do N.T.
• Em 140 AD, Marcião, religioso não aceitava nenhuma influência judaica no Cristianismo, então
resolveu desconsiderar alguns capítulos da carta aos Romanos.
• Outro fato é que alguns líderes religiosos resolveram aceitar como canônicos, livros de
inspiração duvidosa.
• Entre os anos 284 e 305 D.C., o imperador romano Diocleciano ordenou que fosse vasculhado
o império para se achar os Escritos Sagrados e destruí-los. Chegou a crer que teria conseguido a
destruição de tudo. Mandou cunhar uma moeda comemorando sua vitória.

Todos os fatos descritos acima despertaram o interesse em preservar os verdadeiros escritos


inspirados; para isso, algumas regras eram seguidas:

a. Autoria – para se aceitar um escrito, fazia-se necessário observar quem era o autor; e
deveriam ser apóstolos ou homens apostólicos:
Apóstolos – homens que estiveram ao lado do Senhor.
Apostólicos – os que haviam vivido intimamente com os apóstolos. Ex. Marcos teve
influência direta de Pedro e Lucas de Paulo (I Pe 5.13; II Tm 4.11).

b. Doutrina – deveria ser cuidadosamente examinada. O caráter teria de ser espiritual e estar
de acordo com o restante das Escrituras.
c. Universalidade – os escritos tinham que ser aceitos por todas as igrejas. OBS.: com o livro
de Hebreus houve certa dificuldade.

d. Inspiração divina – fator principal, teste final e o mais importante ter a certeza da inspiração
divina.

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A DOUTRINA DE DEUS
TEOLOGIA

INTRODUÇÃO
A palavra vem do latim, Theós e do hebraico correspondente a Elohim, o Deus criador, e indica
uma pluralidade como “deuses”. Quando esta palavra Elohim, é empregada nas Escrituras, refere-
se a plenitude do poder e representa a Trindade (Deus é Uno e ao mesmo tempo Trino), Dt 6.4; Gn
1.26; 3.22; 11.7; Mt 3.16,17; Jo 14.16; Mt 28.19; Hb 9.14).
Em uma tentativa de definir o Deus Trino diríamos:
a. Deus Pai, é a plenitude da divindade invisível;
b. Deus Filho, é a plenitude da divindade manifestada;
c. Deus Espírito Santo, é a plenitude da divindade operando na criatura.

Existem quatro pontos importantes sobre a pessoa de Deus:


1 – A existência de Deus
2 – A natureza de Deus
3 – Os atributos de Deus
4 – O trino Deus (sua obra e unidade)

I- A EXISTÊNCIA DE DEUS (Sl 90.2)

“Qualquer um que queira ir a Deus deve crer que Deus existe”.


Hb11.6
Crer em Deus (ter fé) é o ponto inicial na relação entre Deus e o homem.
As Escrituras declaram: “Disse o tolo no seu coração; não há Deus” (Sl 14:1). Estes, afastam de
suas vidas e de suas mentes a existência de Deus, e então, corrompem-se e comportam-se de
maneira abominável, pois não há neles Lei para julgá-los e controlar seus atos.
Deus é seu criador, bem como o gerador da vida de tudo o que tem fôlego, bem como do sol, da
lua e de todos os exércitos do céus. Toda a natureza, inclusive o homem, estão sujeitos a Ele, pois
a vida existe através dEle e tudo é sustentado por Ele.

a) Como Provar a Existência de Deus ?


1 – Pela argumentação
“Assim como estou convencido da existência do vento e da dor sem jamais tê-los visto, creio na
existência de DEUS. Como ouço o soprar do vento, posso ouvir a voz do Criador”. Veja:
(Ex 33.18-23; Jo 20.24-29).
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2 – Olhando para a natureza
A própria natureza celebra a Deus como o criador de tudo o que existe; nela podemos ver as
perfeições divinas (Sl 19.1-5; Rm 1.19-20).

b) Como Conhecer a Deus ?


Há duas maneiras para se conhecer a Deus: pela razão e pela fé.
1 – Pela razão. Usando o raciocínio, teólogos e filósofos apontam argumentos, através dos quais,
nossa razão pode chegar a conhecer a Deus. Apontaremos aqui alguns desses argumentos, mas
devemos deixar claro que tais argumentos são caminhos da razão para se chegar a idéia de Deus,
mas não constituem prova da existência de Deus:
Argumento do universo. O desígnio e a formosura do universo, implicam na existência de um
arquiteto. Portanto, o universo é obra de um arquiteto (ser pessoal dotado de inteligência)
suficiente e capaz de explicar sua obra.
➢ Argumento da história A marcha dos eventos da história universal mostram que há evidência
de um poder e de uma providência dominantes.
➢ Argumento da crença universal A maior parte dos ateus imaginam que os teólogos tenham
inventado a idéia de Deus e depois apresentaram ao povo. Mas os teólogos não inventaram as
estrelas e nem os botânicos inventaram as flores.

2 – Pela fé.
➢ Conforme Hb 11.1: Fé também é o firme fundamento (que não pode ser mudado) das coisas
que se esperam e a prova das coisas que não se vêem”. Mesmo que não vejamos, a fé prova que
existe.
➢ Hb 11.3: Pela fé sabemos que o mundo e as estrela foram feitos mediante uma ordem de Deus,
e foram feitos do nada.
➢ Rm 4.17: “Deus chama as coisas que não são como se já fossem”. Assim como na criação, Deus
chamou as coisas que não existiam e elas passaram a existir (terra, vegetais, animais, etc.).
➢ Hb 11.6: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus, creia que Ele existe.
➢ Rm 10.17, complementa: “... de sorte que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus”,
isto é, para ter fé é necessário conhecer a Palavra de Deus.
Por quê devemos conhecê-lO?
Porque conhecê-lO é um requisito básico para ser salvo (Jo 17.3). Todavia os homens não
conseguiram chegar a um pleno conhecimento de Deus, por isso Deus tomou a iniciativa e se
manifestou em carne (I Tm 3.16) e então, Jesus pode dizer: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo
14.7-11).

C. Crenças Errôneas Sobre a Existência de Deus


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1. Ateísmo: não creio em Deus, nada me convence da sua existência.
2. Agnosticismo: não nego nem afirmo a existência de Deus, mas duvido que se possa provar que
Ele existe.
3. Deísmo: eu creio que há um Deus e que este Deus tenha criado o universo. Quando concluiu,
largou-o a sua própria sorte. Não mais se preocupou com o que criou.
4. Politeísmo: creio que há muitos deuses; olho para as coisas criadas, como o sol e a lua e acredito
serem deuses. Creio que os deuses podem ser encontrados em toda parte.
5. Panteísmo: Deus está em todas as coisas. Ele é cada coisa, as árvores, as pedras, as flores, o
vento, tudo é Deus.
6. Teísmo: admite a existência de Deus, porém um deus imanente (inseparável, que está dentro
do possível – uma tendência panteista). O termo é usado em certas posições filosóficas e
teológicas, independente de tratar ou não de um relacionamento religioso com o Deus de quem
os indivíduos falam; Um conceito quase abstrato de Deus.
7. Monoteísmo: Crê na existência de um só Deus, Supremo Criador do universo, porém alguns
que admitem este conceito, não vivem a Sua verdade. Deus utilizou os judeus para espalharem
o conceito do Único e Verdadeiro Deus. O islamismo crê em Alá – que afirmam ser o Deus
verdadeiro, mas à luz das Escrituras não é o mesmo Deus, pois trata-se de um ser mau, sem
compaixão; Também não admitem a essência de Deus como Deus Pai, Deus Filho e Deus
Espírito Santo.

II- A NATUREZA DE DEUS

Segundo o Catecismo de Westminster: “Deus é Espírito, infinito, eterno, imutável em seu ser,
sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.
Não se pode compreender a Deus: poderia o finito (homem) compreender o infinito (Deus) ? Mas
podemos conhecê-lO (Jo 8.32; I Jo 5.20).

- Os Nomes de Deus
a. Elohim, (traduzido Deus), é o nome de Deus Criador no livro de Gn 1.1.
b. Jeová (traduzido Senhor), Yavé, Javé, revela-se como Jeová, o qual tem uma origem no
verbo “ser” e inclui os três tempos: passado, presente e futuro. O nome significa Ele que
ERA, que É e que HÁ DE SER, o “Eterno”, em outras palavras. O nome significa para o
homem: eu me manifestei, me manifesto e ainda me manifestarei. Deus se revela à
Moisés como EU SOU (Ex 3.13,14). Da mesma forma, o Deus Filho revelou-se ao homem:
“Eu Sou a porta” (Jo 10.7), “Eu Sou o bom pastor” (Jo 10.14), “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida” (Jo 14.6).
c. Jeová Rafá – O Senhor que cura (Ex 15.26).
d. Jeová Nissi – O Senhor nossa bandeira. Invocavam-no quando oprimidos pelo inimigo.
(Ex 17.8-15).
e. Jeová Shalom – O Senhor nossa Paz. (Jz 6.24).
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f. Jeová Rafha - O Senhor meu pastor. (Sl 23.1).
g. Jeová Tsidkenu – O Senhor nossa justiça (Jr 23.6).
h. Jeová Jirê – O Senhor provê (Gn 22.14).
i. Jeová Shamah – O Senhor está ali; (quando o Reino houver se concretizado sobre a
terra) (Ez 48.35).
l. Jeová Shabaote – O Senhor dos exércitos (I Sm 1.3).
m. Jeová Eliom – O Senhor Altíssimo. (Sl 97.9).
n. Jeová Mikadiskim – O Senhor vos santifica. (Ex 31.13).
o. Adonai – O Senhor no pleno sentido da palavra (Gn 15.8), ligado a Javé – O Senhor Javé.

III- OS ATRIBUTOS DE DEUS

Existe uma diferença entre os nomes de Deus e Seus atributos. Os nomes de Deus mostram as
qualidades de Seu ser, enquanto que os atributos indicam vários aspectos de Seu caráter.
Os atributos de Deus se dividem em 3 partes:

1. Atributos naturais

a. Vida: a vida de Deus está ligada ao próprio fato da existência de Deus. Ele é a própria vida
(Jo 5.26).
b. Espiritualidade: Ele é Espírito e Espírito pessoal (uma pessoa espiritual), pois Ele pensa,
sente, fala, ouve, vê, se ira, abençoa; é a inteligência por excelência; é sensível; tem vontade
própria (Gn 1.26; Sl 40.8; Is 46.10; Mt 16.10), contudo, Ele não pode ser visto ou
compreendido com sentimentos naturais (I Co 2.10-14).
c. Eternidade: Deus existe por si mesmo. é eterno, não tem princípio, nem fim; Ele é imortal (I
Cr 16.36; Sl 90.2; Sl 102.27; I Tm 1.17; Hb 1.11; 12).
d. Imutabilidade: Deus não muda jamais, nEle não pode existir variação ou sombra de mudança
(Hb 6.17; Tg 1.17).

2 – Atributos ativos

a. Onisciência: É perfeito em ciência e em sabedoria; abrange (conhece) tudo o que está


compreendido no espaço e no tempo, céus e terra, desejos e decisões ocultos no coração do homem
(Is 40.28; Sl 139.1-4; I Rs 8.39; Jr 17.10; Mt 6.8; 10.30).
b. Onipotência: Tudo é possível para Deus (Mt 19.26), seu poder é ilimitado (Gn 18.14; Jó
42.2; Sl 115.3). Ele pode tudo; e todo poder se concentra nEle; Ele é o Todo-Poderoso (El
Shaddai – Jó 32.8)
c. Onipresença: Ele está em todo lugar (Jr 23.23-24). Embora Ele esteja em todo lugar, Ele não
habita em todo lugar (Sl 139.7-12; At 17.24)
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d. Oni-suficiência: Ele é suficiente para Si e suficiente para o homem. Não depende de ninguém
(Gn 2.7; Jó 33.4; Jo 12.10; Sl 50.8-10; At 17.25).

3 – Atributos morais

a. Veracidade: Ele é veraz e perfeito, não mente (Nm 23.19).


b. Fidelidade: Cumpre suas promessas (Jr 1.12; Dt 7.9; Sl 117.2; Sl 143.1; II Tm 2.13).
c. Santidade: Deus é Santo (Ex 15.11; Lv 11.44-45; 20.26; 21.8; I Pe 1.16). Santidade
significa: absoluta pureza moral.
d. Misericórdia: A Sua misericórdia é a bondade em ação (Sl 103.8-18; Dt 4.31;
I Cr 16.34; Ef 2.4).
e. Amor: Deus é amor (Dt 7.8; Ef 2.4; I Jo 4.8; Rm 8.39); amor demonstrado (Jo 3.16).
f. Justiça: A justiça é a Santidade que Deus manifesta no tratar retamente com suas criaturas
(Gn 18.25).

IV- A TRINDADE (O TRINO DEUS, SUA OBRA E UNIDADE)

Deus é criador e administrador de tudo.


- Criador: Sendo criador antecede as coisas criadas. Ele é uma personalidade criadora,
(Inteligente e com propósito), que cria e sustenta suas obras (Gn 1.1-3; 26-27; Sl 33.6).
- Administrador: Ele mantém a ordem funcional de tudo e corrige todas as irregularidade.
(Am 4.7; I Co 10.26).

A. A Unidade De Deus
A Bíblia revela que Jeová, embora seja um só Deus subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito
Santo. Três pessoas, mas em uma unidade composta. A trindade é uma comunhão eterna, o Pai
testificou do Filho (Mt 3.17), e o Filho testificou do Pai (Jo 5.19), o Filho testificou do Espírito
Santo (Jo 14.26) e mais tarde, o Espírito testificou do Filho (Jo 15.16).
A Palavra trindade não aparece no Novo Testamento, é uma expressão teológica que surgiu no
segundo século para descrever a divindade.
A natureza da Trindade reside nas seguintes definições: Cada pessoa da Trindade é em si mesmo
Deus. Cada pessoa da trindade encontra-se ligada de modo indissolúvel às outras duas. Na Bíblia
encontramos por toda a parte pista da Trindade: (Gn 1.26 “façamos o homem” (Deus fala de
si mesmo no plural); (Is 6.8 “Quem há de ir por nós”; (I Co 13.13) “a bênção tríplice”.

1. A explicação da Doutrina
Como podem três pessoas ser um Deus? Ilustrações:
a. O tempo é um só, mas em presente, passado e futuro (são três em um só).
b. Na natureza: a água sólida, líquida e gasosa (sempre é água em três formas).
c. O homem é constituído de espírito, alma e corpo, estas três constituem um só homem.
d. João diz que os Três têm um só propósito, I Jo 5.8 (redimir a humanidade).
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A DOUTRINA DE JESUS CRISTO
CRISTOLOGIA
INTRODUÇÃO

“Quem diz o povo ser o Filho do homem? A declaração bíblica é: “e o verbo era Deus”.

À pergunta de Cristo aos seus discípulos: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu:
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16).

Jesus era homem bem conhecido, mas ignorado por muitos, visto pelos homens e julgado como
um ser complexo, pois ninguém tinha a mesma opinião dele. Lamentavelmente no seu tempo
poucos O conheceram como o Cristo, Jesus ou o Messias prometido (Mt 11.18-19;
Mt 12. 23-24 ; Jo 7.12).

I. A PESSOA DE JESUS CRISTO

O nome Jesus é a forma grega do nome hebraico Yehoshua (Josué), e nos livros históricos depois
do exílio em sua forma regular, Yeshua (Jesus), o qual deriva do termo hebraico “Salvar”, cuja
interpretação encontramos em (Mt 1.21), “E dará a luz um Filho e o chamarás o seu nome Jesus,
porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”.

a) NOMES DADOS A JESUS

1 – Cristo
O nome “Cristo” no N.T., corresponde ao do Messias no A.T. e significa: “Ungido”. O nome de
Messias ou Ungido inclui três importantes elementos:
a. A designação para um ofício (Mt 1.21).
b. estabelecimento de uma relação sagrada entre o ungido e Deus.
c. A comunicação do Espírito de Deus ao que tomou posse do ofício (I Sm 16.13). Cristo foi
indicado ou designado para o seu ofício desde a eternidade, mas, historicamente, sua unção se
consumou quando foi concedido pelo Espírito Santo (Lc 1.35) e quando recebeu o Espírito,
principalmente por ocasião do seu batismo (Mt 3.16).

2 – Filho do Homem
Se admite que o nome quando aplicado a Cristo se deriva de Daniel 7.13. Foi Jesus que usou em
mais de 40 ocasiões o nome de Filho do Homem. São raras as ocasiões em que outros escritores da
Bíblia mencionam este título, só o encontramos em (Jo 12.34; At 7.56; Ap 1.13; 14.14). O nome
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é, por certo, expressivo a humanidade de Cristo e é usado, as vezes, em passagens que Jesus fala
de seu sofrimento e de sua morte.
3 – Filho de Deus
O nome Filho de Deus serve para designar que a natureza humana de Cristo teve origem na direta
atividade sobrenatural de Deus e, mais particularmente, do Espírito Santo. Em (Lc 1.35) o nome
“Filho de Deus” claramente indica este fato.

II- AS NATUREZAS DE JESUS CRISTO

Como pode aquele que é verdadeiro Deus, ser também verdadeiro homem ao mesmo tempo?
Grande é este mistério “Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos
anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima na Glória” (I Tm 3.16).

1 – Natureza humana de Jesus Cristo


É na condição de Filho do homem que Jesus se identifica com toda a raça humana. Ele era o Filho do
homem no sentido de ser o único que realiza tudo que está incluído na idéia do homem. Na qualidade de
segundo Adão, Ele é o cabeça e representante da raça humana. A humanidade de Jesus Cristo é
demonstrada:
• pela sua ascendência humana (Gl 4.4);
• por seu crescimento e desenvolvimento naturais (Lc 2.40, 46,52);
• por sua aparência pessoal (Jo 4.9);
• por possuir natureza humana completa, inclusive espírito, alma e corpo (Mt 26.12,38; Lc
23.46).
• pelas suas limitações humanas sem pecado evidentemente. Deste modo Ele estava sujeito a
fadiga corporal, a necessidade de sono, a fome, ao sofrimento e a dor física. Tinha capacidade
para morrer, tinha limitações intelectuais, tinha capacidade para crescer em conhecimento e de
adquirir conhecimento mediante observação (Jo 4.6; Mt 8.24; 21.18; Jo 19.28; Lc 22.44;
I Co 15.3; Lc 2.52; Mc 1:35; 11:13; 13:32; At 10:38).

2 – Natureza divina de Jesus Cristo


Cristo é Deus “No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus” (Jo 1.1).
Outras passagens das Escrituras corroboram com a divindade de Jesus Cristo (Jo 10.30,33,38; Rm
9.5; Cl 1.25; 2.9; Fp 2.6; Hb 1.3) e há muitas outras.
Muitas profecias do AT a respeito de Jesus Cristo, são cumpridas no NT.

PROFECIA CUMPRIMENTO
Isaías 40.3-4 Lucas 3.4-6
Êxodo 3.14 João 8.56,58
Jeremias 17.10 Apocalípse 2.23
Isaías 60.19 Lucas 2.32
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Isaías 6.10 João 12.37-41
Isaías 8.13-14 I Pedro 2.7-8
3 - Cristo é o Todo-Poderoso
“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). “EU sou o Alfa e o Ômega, diz o
Senhor Deus, aquele que era, que é e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8).

4 - Cristo é eterno
“Respondeu-lhe Jesus: em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, EU sou” (Jo
5.8). o evangelho de João, destaca este aspecto da divindade de Cristo nos seguintes textos: (Jo
1.18; 6.57; 8.19; 10.30, 38; 14.7, 9, 10, 20; 17.21, 26).

5 - Cristo é criador
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez...”. “Estava
no mundo e o mundo foi feito por Ele e o mundo não O conheceu” (Jo 1.3,10). Outras referências
confirmam que Cristo é criador (Cl 1.16; Hb 1.1-2).

III- ATRIBUTOS DA DIVINDADE DE CRISTO

Atributos inerentes a Deus Pai, relacionam-se harmoniosamente com Jesus Cristo, provando a sua
divindade. Daí que a Bíblia O apresenta como:

O primeiro e o último (Ap 22.13; Is 41.4)


O Senhor dos senhores (Ap 17.14; Dt 10.14)
Rei dos reis (Ap 19.16; Dn 2.47)
Juiz (At 10.42; Gn 18.25)
Pastor (Hb 13.20; Sl 23.1)
Cabeça da igreja (Ef 5.23; Sl 48.14)
Verdadeira luz (Jo 9.5; Is 9.2)
Fundamento da igreja (1 Co 3.10,11; Is 28:16)
Caminho (Jo 14.6; II Sm 22.31)
A vida (Jo 11.25; Gn 2.7)
Perdoador de pecados (1 Jo 1.9; Sl 32.5; 103.3)
Preservador de tudo (Hb 1.3; Dt 8.3)
Doador do Espírito Santo (Mt 3.11; 1 Sm.16.13)
Onipresente (Ef 1.20-23; Sl 139.7-12)
Onipotente (Ap 1.8; Sl 91.1)
Onisciente (Lc 5.22; Sl 139.1-4)
Santificador (Hb 13.12; Lv 22.32)
Mestre Lc 8.49; Is 48.17)
Restaurador de si mesmo (Jo 2.19; Is 58.12)
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Inspirador dos profetas (Ef 4.11; Jr 7.25)
Salvador (Lc 2.11; Sl 106.21)
IV. O CARÁTER DE JESUS CRISTO

a) A Santidade De Jesus Cristo


Isento de toda contaminação (1 Jo 3.5), imaculadamente puro (Jo 3.3), possuía a perfeita santidade.
A santidade de Jesus é manifesta no Novo Testamento.
Por Sua atitude para com o pecado e a justiça (Hb 1.9).
2.2. Pela Sua exigência de santidade da parte dos que nele creêm (Mt 5.48; Jo 17.17-19).
2.3 Por Suas ações referentes ao pecado e à vontade de Deus (Mt 9.2; Hb 4.15; Mt 7.21; 12.50;
Jo 4.34; 5.30).
2.4. Pela Sua repreensão aos pecadores (Jo 5.14; Mt 16.23).
2.5. Mediante Seu sacrifício para libertar os homens do pecado (1 Pe 2.24).
2.6. Pelo castigo destinado aos impenitentes (II Ts 1.7-9).

b) O Amor de Jesus Cristo


Tem como alvo:
▪ Deus Pai (Jo 14.30-31)
▪ A igreja (Ef 5.25)
▪ Os crentes como indivíduos (Gl 2.20)
▪ Aqueles que lhe pertencem (Jo 13.1)
▪ Os discípulos obedientes (Jo 14.21)
▪ Seus próprios inimigos (Lc 23.34)
▪ Seus próprios familiares (Jo 19.25-27)
▪ As crianças (Mc 10.13-16)
▪ Os pecadores perdidos (Rm 5.6-8)
▪ Seus amigos (Jo 15.13-14)

c) A Mansidão de Jesus Cristo


A mansidão de Jesus Cristo é manifesta ao longo do N. T.:
▪ Na sua longanimidade (Mt 11.29; I Tm 1.16)
▪ Ao dar perdão e paz a quem merecia censura e condenação (Lc 7.38, 48, 50; Mt 23.29-33)
▪ Na compassiva oração a favor dos seus algozes (Lc 23.34)

d) A Humildade de Jesus Cristo


A humildade de Jesus é demonstrada no N. T.:
▪ Ao assumir a forma e posição de servo (Jo 13.13-17; Gl 4.4)
▪ Ao associar-se aos desprezados e rejeitados (Lc 15.1-2)
▪ Por sua paciente submissão e silêncio em vista de injúrias, ultrajes e injustiças (1 Pe 2.23; Mt
27.11-14)
▪ Por não buscar sua própria glória (Jo 8.49-50)
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V. A OBRA DE JESUS CRISTO

A obra de Jesus Cristo envolve toda sua vida e ministério terreno, pelo que aqui será considerada em relação
a nossa redenção.

a) A Morte de Jesus Cristo


A importância da morte de Cristo é demonstrada:
▪ Por sua conexão vital com a encarnação (Hb 2.14)
▪ Pela relação vital que ela tem com a sua pessoa (Is 53.7-9)
▪ Pela posição vital que lhe é dada nas Escrituras (Lc 24.27-44)
Sendo uma religião nitidamente redentora, o cristianismo prioriza a morte de Cristo como temo
da sua pregação. Deste modo, o cristianismo assume posição de destaque, acima de todas as
religiões do mundo.
1. A necessidade da morte de Jesus Cristo
A morte de Jesus tornou-se necessária por causa da santidade, do amor e do propósito de Deus,
face ao pecado e ao cumprimento das escrituras (Is 53.12; Hb 9.14-17; Jo 3.16; 1 Pe 2.25).
A morte de Cristo foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos
necessários para a redenção do homem caído.
▪ Foi vicária, a favor de outros (I Pe 3.18)
▪ Foi sacrificial, como holocausto pelo pecado (I Co 5.7)
▪ Foi propiciatória, cobrindo ou tornando favorável (I Jo 4.10)
▪ Foi redentora, resgatando por meio de pagamento (Gl 4.4,5)
▪ Foi substitutiva, em lugar de outros (I Pe 2.2)
▪ A morte de Cristo se torna eficaz somente para aqueles que o aceitam, estes serão salvos.

2. Resultado da morte de Cristo


Dentre os muitos resultados, mencionaremos alguns:
▪ Uma nova oportunidade de reconciliação do homem com Deus (Rm 3.25; II Co 5.19)
▪ A propiciação total dos pecados (1 Jo 1.9)
▪ A potencial anulação do poder do pecado (Hb 9.26)
▪ Garantia do perdão dos pecados (Ef 1.7)
▪ A derrota dos poderes e principados (Cl 2.14-15)

b) A Ressurreição e Glorificação de Cristo


A ressurreição física do Senhor Jesus Cristo é o fundamento inabalável do Evangelho e de nossa
fé. De fato, o cristianismo não seria mais do que uma religião se Cristo não tivesse ressuscitado
dentre os mortos.
1. A realidade da ressurreição de Cristo
Onde podemos obter provas da ressurreição de cristo:
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▪ No sepulcro vazio (Lc 24.3)
▪ Nas aparições do Senhor Jesus á Maria Madalena, às mulheres, aos dois discípulos no
caminho de Emaús, aos discípulos no cenáculo, a Tomé, João e a Pedro, a todo o grupo dos
discípulos (Jo 20.16; Mt 28.5, 8-9; Lc 24.13-14, 25-27, 30-32; Jo 20.19, 26, 29; 21.5-
7; 1 Co 15.3-8)
▪ Na transformação operada nos discípulos (Mt 24.36-53)
▪ Na mudança do dia de descanso e adoração semanal (At 20.7; 1 Co 16.2)
▪ No testemunho positivo de Pedro no dia do Pentecostes e de Paulo no Areópago (At 2.24;
17.31)
▪ No testemunho do próprio Cristo quando se revelou a Paulo e a João (At 9; Ap 1.8)

2. Resultados da ressurreição de Cristo


▪ É o cumprimento da promessa de Deus (At 13.32, 33)
▪ Confirma a divindade de Jesus Cristo, colocando-a acima de qualquer dúvida (Rm 1.4)
▪ Torna possível o imutável sacerdócio de Cristo (Hb 7.20-28)
▪ É o penhor divino do julgamento futuro (Rm 2.16)

3. A glorificação de Cristo
“Pelo que deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra e toda língua confesse
que Jesus Cristo é o Senhor, para a Glória de Deus Pai” (Fp 2.6-11; 1 Tm 6.13-16; II Pe 16-
17).

No futuro o nome de Cristo será declarado em sua plenitude como Rei dos reis, Senhor de todos e Senhor
da glória.
“... Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por
anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória ...”
I Tm 3.16.

Bibliografia
- As Grandes Doutrinas da Bíblia, Oliveira, Raimundo de; CPAD 1897
- O Livro dos Livros, Hester, Huberto Inman; JUERP 1981
- Teologia Sistemática - Vol. I, Chafer, Lewis Sperry; IBR 1986
- Conhecendo as Doutrinas Bíblicas, Pearlman, Myer, VIDA 1991*
- Teologia Sistemática, Horton, Stanley M.; CPAD 1996

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EXERCICIOS
1) Assinale com X as alternativas corretas:
a. Ao longo dos tempos, Deus tem se revelado através:
____ de suas obras.
____ da Palavra escrita.
____ da palavra viva (Jesus Cristo).
____ todas as alternativas são corretas.

b. Qual das seguintes alternativas, não é uma razão para se estudar a Bíblia
____ é o manual da vida do crente.
____ alimento para as nossas almas.
____ é o livro mais volumoso do mundo.
____ enriquece espiritualmente a vida do salvo.

c. A Bíblia é:
____ o único livro em que não se conhece o autor.
____ um dos livros mais importantes, porém sem revelações.
____ é a revelação de Deus ao homem.
____ uma coleção derivada de livros desconhecidos.

d. Qual das seguintes formas, não é a correta de se ler a Bíblia


____ com oração.
____ negligentemente.
____ devagar.
____ meditando.

2) Faça a relação entre as colunas


A Doutrina dos Anjos ( ) Soteriologia
B Doutrina do Espírito Santo ( ) Antropologia
C Doutrina da Salvação ( ) Angeologia
D Doutrina das Escrituras ( ) Cristologia
E Doutrina do Homem ( ) Bibliologia
F Doutrina de Jesus Cristo ( ) Pneumatologia

3) Escreva no lugar indicado V ou F, indicando se a frase é verdadeira ou falsa


a) ( ) Os evangelhos biográficos narram a história da igreja.
b) ( ) O V. T. contém 39 livros e a língua original de sua escrita foi hebraico e passagens
em grego.
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c) ( ) Jesus Cristo é o tema central de todos os livros da Bíblia.
d) ( ) O livro da revelação, o Apocalipse trata Cristo consumando todas as coisas.
e) ( ) O NT contém 2 livros históricos.
EXERCICIOS - 2

1 – Coloque Verdadeiro ou Falso.


a) ( ) Deus Pai é a plenitude da divindade operando na criatura.
b) ( ) Deus é o criador de todos os exércitos dos céus e só o homem está sujeito a Ele,
pois a vida existe através dele.
c) ( ) As maneiras de conhecer a Deus é pela razão e pela fé.
d) ( ) Segundo (Hb 1.11), “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam”.
e) ( ) Deísmo e: não negar, nem afirmar a existência de Deus, mas duvidar que se possa
provar.
f) ( ) Teísmo é admitir a existência de Deus.
g) ( ) Jeová-Shabaotte significa: O Senhor dos Exércitos (1 Sm 1.3).

2 – Coloque um X nas alternativas corretas:


a) ( ) Deus é espírito, infinito, eterno, imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade,
justiça, bondade e verdade.
b) ( ) Panteísmo é: Deus em cada coisa. Ele é cada coisa; árvores, pedra, flores, vento,
tudo é Deus.
c) ( ) Elohim, é o nome em que Deus revelar-se a si mesmo como Jeová.
d) ( ) Veracidade, fidelidade, santidade, misericórdia, amor e justiça são atributos
morais de Deus.
e) ( ) Os atributos de Deus se dividem em naturais, ativos e manifestação.
f) ( ) A Trindade é a comunhão eterna (Mt 3.17; Jo 5.19; Jo 14.26;Jo 15.26).
g) ( ) Deus cria e sustenta suas obras (Gn 1.1-3).

3 – Escreva em frente a cada informação o número que lhe é correspondente, (notar


que há 7 respostas e somente 6 informações. Deverá sobrar uma resposta).
a) ( ) É perfeito em ciência e em sabedoria, abrange tudo 1 Onisciência
o que está compreendido no espaço e no tempo.
b) ( ) O Senhor no pleno sentido da Palavra (Gn. 15.8) 2 Jeová-Rafá
c) ( ) O Senhor nossa paz 3 Fidelidade
d) ( ) O Senhor nossa bandeira 4 Jeová-Nissi
e) ( ) O Senhor que cura 5 Jeová- Shalom

f) ( ) Cumpre Suas promessas (Jr. 1.12; Dt. 7.9; 6 Adonai


Sl.117.2)
7 Eternidade

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EXERCICIOS - 3

1- Complete:
a. O nome Cristo no __________ Testamento corresponde ao de ____________ e no __________
Testamento _______________ .
b. Filho _____________ admite-se que o nome quando aplicado a Cristo se deriva de Daniel 7.13)
c. Muitas ______________ do V. T. a respeito de ______________ são cumpridas no
_____________________________ .
d. Sua morte foi ________________, resgatando por meio de pagamento.

2 – Sublinhe a resposta correta:


a. Atributos que provam o amor de Jesus (Mt 3.11; Lc 23.34).
b. A morte de Jesus Cristo tornou-se necessária por causa: (do amor de Deus / das crianças)
face ao pecado do homem e o cumprimento das escrituras.
c. A ressurreição física e corporal do Senhor Jesus é o (Testemunho-fundamento), inabalável
do evangelho e de nossa fé.
d. Como resultado da (divindade/morte) de Cristo vemos uma nova oportunidade de
reconciliação do homem com Deus.
e. A humildade de Jesus manifesta-se no (Novo/Antigo) Testamento.

3 – Faça a associação correta, colocando na segunda coluna os números correspondentes a


primeira coluna.
A Jo. 2.19 ( ) Salvador
B Is. 44.6 ( ) Pastor
C Sl. 23.1 ( ) Restaurador de si mesmo
D Lc. 2.11 ( ) Onipotente
E Ap. 1.8 ( ) O primeiro e o último

4 – Coloque um X nas alternativas corretas:


A ( ) Deus Pai é um dos atributos da divindade de Jesus.
B ( ) Santidade, amor, mansidão e humildade são objetos do caráter de Jesus Cristo.
C ( ) A morte de Cristo se torna eficaz somente naqueles que é manifestada a mansidão
de Jesus Cristo.

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5 – Descreva resultados da ressurreição de Cristo mencionando os versículos bíblicos. No
mínimo três.

6 – Sublinhe a resposta correta:


a. O formato primitivo da Bíblia (Uncial/rolo), pois era preso a dois cabos de madeira.
b. A história da Bíblia mostra que (70, 20,40) é o número de escritores que Deus usou para
escreve-la.
c. Homens que com muito zelo copiavam dos manuscritos originais (Copistas/fariseus).
d. (Vulgata/Cânon/Peshita) conjuntos de livros inspirados pelo Espírito Santo e aceitos para
servirem como regra de fé e prática.

7 – Complete:
a) Inspiração _____________, fator principal, teste final e o mais importante quanto a
______________ das Escrituras.
b) _______________ : homens que ______________ ao lado do Senhor.
c) Os _____________ tratam da __________ de Cristo ao mundo como __________
d) Tudo era copiado pelos _______________ de modo ____________ e oneroso.

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