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No início, acreditava-se que havia uma "força vital" inerente aos compostos orgânicos, que os
distinguia dos compostos inorgânicos. Essa ideia foi desafiada por Friedrich Wöhler em
1828, quando ele sintetizou a ureia, um composto orgânico, a partir de substâncias
inorgânicas. Isso demonstrou que os compostos orgânicos poderiam ser produzidos
artificialmente em laboratório, sem a necessidade de vida.
A descoberta da estrutura do benzeno por August Kekulé em 1865 foi um marco na química
orgânica, pois levou ao desenvolvimento da teoria da valência e permitiu uma melhor
compreensão da ligação química nos compostos orgânicos. Essa descoberta também abriu
caminho para o desenvolvimento de reações orgânicas sintéticas. Segundo August Kekulé:
"Podemos construir círculos com anéis, mas não podemos criar círculos com bolas".
Nos últimos anos, a química orgânica tem se concentrado cada vez mais na criação de
compostos mais eficientes, sustentáveis e amigáveis ao meio ambiente. Isso inclui o
desenvolvimento de métodos de produção de energia renovável, materiais poliméricos
biodegradáveis e medicamentos mais seguros e eficazes.
Outro grande avanço na história da Química Orgânica foi a teoria estrutural proposta por
August Kekulé em 1858, que estabeleceu a ideia de que os átomos de carbono se ligam uns
aos outros formando cadeias, permitindo a formação de compostos orgânicos complexos.
Essa teoria foi fundamental para a compreensão da estrutura dos compostos orgânicos e a
explicação de suas propriedades químicas
Na antiguidade, a química orgânica era geralmente associada à alquimia, uma prática que
combinava elementos de misticismo e experimentação. Os alquimistas tentavam encontrar a
"pedra filosofal" que poderia transformar metais em ouro, mas também desenvolviam
técnicas de destilação e obtenção de pigmentos naturais.
No século XVIII, ocorreram avanços significativos na compreensão da química dos
compostos orgânicos. O químico Carl Scheele descobriu substâncias como o ácido cítrico e o
ácido lático. Posteriormente, Antoine Lavoisier e seus colaboradores desenvolveram uma
terminologia e nomenclatura para os compostos orgânicos.
No século XX, a química orgânica avançou ainda mais com a descoberta de novos métodos
de síntese e técnicas instrumentais para identificar e caracterizar compostos orgânicos. A
descoberta dos radicais livres e a pesquisa sobre reações de adição marcou outro grande
avanço na química orgânica. no mesmo século XX, a química orgânica continuou a se
expandir e se ramificar em várias subdisciplinas, como química de produtos naturais, síntese
orgânica, química medicinal e química de polímeros. Houve também uma maior
compreensão das reações orgânicas e a descoberta de novas técnicas analíticas e
instrumentação para estudar e sintetizar compostos orgânicos.
A química orgânica atual refere-se ao estudo das moléculas que contêm carbono, com foco na
estrutura, propriedades, composição, reatividade e síntese de compostos orgânicos. A química
orgânica está presente em diversas áreas da ciência, incluindo a medicina, farmacologia,
biologia, engenharia de materiais, entre outras.
Além disso, a química orgânica também está contribuindo para o avanço de tecnologias
emergentes, como a síntese de materiais para eletrônica flexível, baterias de íons de lítio,
dispositivos optoeletrônicos e catálise para conversão de energia.
Funções orgânicas são grupos de compostos químicos que possuem características químicas
semelhantes devido à presença de uma estrutura principal. As funções orgânicas são
classificadas de acordo com os grupos funcionais, que são grupos de átomos que conferem
propriedades e reatividades específicas aos compostos.
éteres (compostos que possuem um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono),
aldeídos (compostos que possuem um grupo carbonila ligado a um átomo de hidrogênio),
cetonas (compostos que possuem um grupo carbonila ligado a dois átomos de carbono),
Essas funções orgânicas têm diferentes características físicas, químicas e biológicas, o que as
torna importantes na química orgânica e na bioquímica.
Existem milhões de compostos orgânicos conhecidos, mas aqui estão alguns dos principais
compostos orgânicos:
2. Álcoois: são compostos que possuem um grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de
carbono. Exemplos incluem metanol (CH3OH), etanol (C2H5OH) e glicerol (C3H8O3).
3. Aldeídos: são compostos que possuem um grupo carbonila (C=O) ligado a pelo menos um
átomo de hidrogênio. Exemplos incluem formaldeído (CH2O) e acetaldeído (CH3CHO).
4. Cetonas: são compostos que possuem um grupo carbonila (C=O) ligado a dois átomos de
carbono. Exemplos incluem acetona (CH3COCH3) e propanona (CH3COCH2CH3).
5. Ácidos carboxílicos: são compostos que possuem um grupo carboxila (-COOH) ligado a
um átomo de carbono. Exemplos incluem ácido acético (CH3COOH) e ácido fórmico
(HCOOH).
6. Éteres: são compostos que possuem um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de
carbono. Exemplos incluem dimetil éter (CH3OCH3) e dietil éter (C2H5OC2H5).
7. Ésteres: são compostos que possuem um grupo éster (C=O-O) ligado a um átomo de
carbono. Exemplos incluem acetato de etila (CH3COOCH2CH3) e propionato de metila
(CH3COOCH3).
Esses são apenas alguns exemplos dos principais compostos orgânicos encontrados na
natureza e utilizados na química orgânica.
A química orgânica é uma disciplina da química que estuda os compostos que contêm
carbono. Essa área da química é caracterizada por várias características distintivas:
1. Carbono como elemento central: a química orgânica é centrada no estudo dos compostos
que contêm carbono em sua estrutura. O carbono tem a capacidade única de formar ligações
covalentes fortes e estáveis com outros átomos de carbono e outros elementos.
3. Grupos funcionais: os compostos orgânicos são caracterizados por grupos funcionais, que
são grupos específicos de átomos que conferem propriedades e reatividades particulares aos
compostos. Alguns exemplos de grupos funcionais incluem hidroxilas (-OH), grupos
carbonila (-C=O), grupos carboxila (-COOH) e muitos outros.
O termo Química Orgânica foi empregado pela primeira vez em 1777 pelo químico sueco
Torbern Olof Bergman. Segundo Bergman, os compostos orgânicos incluem substâncias de
organismos vivos, enquanto que os compostos inorgânicos incluem substâncias do reino
mineral.
No final do século XVIII e início do século XIX acreditava-se na teoria da força vital
formulada por Jöns Jacob Berzelius, que dizia que os compostos orgânicos só poderiam ser
produzidos por organismos vivos (animais e vegetais).
Após diversas tentativas, em 1828, Friedrich Wöhler conseguiu obter a ureia, substância
encontrada na urina e no sangue. Para isso, ele aqueceu cianato de amônio, que é um
composto inorgânico. Isso acabou com a teoria da força vital. A reação de obtenção da ureia
está mostrada abaixo:
Polinucleares isolados
Ocorre quando os anéis não compartilharem átomos de carbono. Exemplo:
Polinucleares condensados
Ocorre quando os anéis compartilharem átomos de carbono. Exemplo:
1. Era Pré-científica: Esta foi a fase anterior ao desenvolvimento da Química Orgânica como
ciência. Nesta fase, os compostos orgânicos eram obtidos a partir de fontes naturais, como
plantas e animais, e eram utilizados para diversas finalidades, como cura de doenças,
coloração de tecidos, e preservação de alimentos.
2. Teoria da Força Vital: A teoria da força vital, proposta no século XVIII, acredita que era
necessária uma força vital, ou princípio vital, para a criação dos compostos orgânicos
presentes nos organismos vivos.
4. Era Clássica da Química Orgânica: Nesta era, que se estende desde a síntese da uréia até o
final do século XIX, a química orgânica desenvolveu-se como ciência independente e surgiu
a estruturação da teoria vitalista. Avanços importantes, como a descoberta dos radicais
orgânicos, a teoria estrutural, e a relação entre estrutura molecular e reatividade química,
foram alcançados.
5. Era da Química Orgânica Moderna: A partir do final do século XIX, a química orgânica
experimentou um crescimento exponencial, com o desenvolvimento de novos métodos de
análise e síntese de compostos orgânicos. A evolução da Química Orgânica moderna foi
marcada pelo uso de técnicas analíticas avançadas, como espectroscopia e cristalografia, além
do desenvolvimento de novas áreas temáticas, como a Química Farmacêutica e Bioquímica.
Essas etapas refletem a evolução gradual da Química Orgânica, desde a era pré-científica até
a modernidade, destacando os principais marcos históricos e avanços alcançados na
compreensão dos compostos orgânicos.
Hoje, a Química Orgânica continua a ser uma área de grande relevância científica e
tecnológica, com a busca por novos compostos orgânicos e a compreensão dos mecanismos
das reações químicas orgânicas sendo temas de intensa pesquisa. A história da Química
Orgânica mostra como essa disciplina avançou e contribuiu para a compreensão e o
desenvolvimento do mundo em que vivemos.
Funções Orgânicas
Na Química Orgânica, assim como na Inorgânica, as substâncias tendem a ser agrupadas de
acordo com suas propriedades químicas, que são consequência de características estruturais
comuns. Cada função orgânica é caracterizada por um grupo funcional.
Nomenclatura IUPAC
A nomenclatura de substâncias formadas por cadeia aberta contém três partes:
II) Funções oxigenadas: nesse caso, além de carbono e hidrogênio, outro componente
presente na cadeia é o oxigênio. Os grupos funcionais são o álcool, cetona, éter, éster,
aldeído, ácido carboxílico e os fenóis.
A síntese orgânica é uma ciência em constante evolução. Até a década de 1950, as atividades
do químico orgânico sintético eram basicamente:
Após esse período, além da manutenção das atividades acima – que foram aperfeiçoadas e
simplificadas com o surgimento de técnicas modernas como a ressonância magnética nuclear
e a espectrometria de massas –, a sua forte associação atual com a biologia, a medicina e as
ciências ambientais e de materiais conferiu à síntese orgânica um caráter ainda mais dinâmico
e interdisciplinar.
Para se realizar a síntese de uma substância (ou molécula) com elevada complexidade
estrutural, é necessário utilizar metodologias que promovam as transformações desejadas de
maneira controlada (estéreo e quimiosseletiva) e, se possível, com a formação sequencial de
mais de uma ligação química. Assim, a geração de resíduos é reduzida em função de um
número menor de etapas. Nesse cenário, as reações catalíticas surgem como uma ferramenta
importante nessa nova era da síntese orgânica. As recentes premiações do Prêmio Nobel de
Química, diretamente relacionadas ao desenvolvimento de métodos catalíticos em química
orgânica, são um claro reflexo da importância desse tipo de reações:
O desenvolvimento da síntese orgânica nos últimos 60 anos foi notável, e isso se deve, em
grande parte, ao surgimento de métodos analíticos mais precisos (RMN e 1H e 13C,
espectrometria de massas, novos métodos de separação cromatográfica etc), ao planejamento
estratégico racional das rotas e, não menos importante, ao poder das novas metodologias
sintéticas.
A síntese orgânica é uma área de pesquisa ampla e importante, tanto na indústria quanto na
academia. Ela permite a produção de uma variedade de compostos orgânicos utilizados em
produtos farmacêuticos, materiais, combustíveis e produtos químicos.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivo Específico
Metodologia
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