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Conceito da Química Organica

A química orgânica é a área da química que estuda os compostos de carbono, conhecidos como
compostos orgânicos. A evolução da química orgânica ocorreu ao longo de muitos séculos e
envolveu várias descobertas e avanços científicos.

O "pai da química orgânica" é geralmente considerado Friedrich Wöhler. Em 1828, Wöhler realizou a
síntese da ureia a partir de substâncias inorgânicas, mostrando pela primeira vez que compostos
orgânicos podem ser produzidos em laboratório. Antes disso, acreditava-se que os compostos
orgânicos eram exclusivamente produzidos por organismos vivos. A descoberta de Wöhler foi um
marco na compreensão da química orgânica e abriu caminho para o desenvolvimento da síntese de
vários compostos orgânicos. Segundo Friedrich Wöhler: "A vida poderia ser reduzida a fórmulas
químicas".

Outro grande avanço na história da Química Orgânica foi a teoria estrutural proposta por August
Kekulé em 1858, que estabeleceu a ideia de que os átomos de carbono se ligam uns aos outros
formando cadeias, permitindo a formação de compostos orgânicos complexos. Essa teoria foi
fundamental para a compreensão da estrutura dos compostos orgânicos e a explicação de suas
propriedades químicas

Os primeiros Compostos Orgânicos

Os primeiros compostos orgânicos descobertos foram principalmente hidrocarbonetos simples,


como o metano (CH4) e o etano (C2H6). Isso ocorreu por volta do século XVIII, durante os estudos
dos cientistas Carl Wilhelm Scheele e Joseph Priestley. Esses hidrocarbonetos foram isolados de
fontes naturais, como gases provenientes de pântanos e minas de carvão.

Posteriormente, os químicos Friedrich Wöhler e Justus von Liebig realizaram a síntese do primeiro
composto orgânico a partir de substâncias inorgânicas, em 1828. Wöhler conseguiu sintetizar a
ureia, um composto orgânico encontrado naturalmente na urina, a partir do aquecimento de um sal
inorgânico chamado cianato de amônio.

Essa descoberta marcou um importante passo na compreensão da química orgânica, mostrando que
compostos orgânicos não eram exclusivamente encontrados em seres vivos e podiam ser
sintetizados em laboratório a partir de substâncias inorgânicas. A partir desse ponto, a síntese de
compostos orgânicos tornou-se um campo de estudo em constante expansão.

Na antiguidade, a química orgânica era geralmente associada à alquimia, uma prática que
combinava elementos de misticismo e experimentação. Os alquimistas tentavam encontrar a "pedra
filosofal" que poderia transformar metais em ouro, mas também desenvolviam técnicas de
destilação e obtenção de pigmentos naturais.

No século XVIII, ocorreram avanços significativos na compreensão da química dos compostos


orgânicos. O químico Carl Scheele descobriu substâncias como o ácido cítrico e o ácido lático.
Posteriormente, Antoine Lavoisier e seus colaboradores desenvolveram uma terminologia e
nomenclatura para os compostos orgânicos.

Durante o século XIX, houve um grande número de descobertas importantes na química orgânica.
Friedrich Wöhler realizou a síntese de ureia, um composto orgânico, a partir de substâncias
inorgânicas, o que contradisse a ideia de que apenas organismos vivos poderiam produzir compostos
orgânicos. Esse experimento marcou o início da química orgânica moderna. no final do século XIX e
início do século XX, muitos compostos orgânicos importantes foram descobertos e sintetizados. Isso
incluiu a síntese da aspirina por Felix Hoffmann em 1897 e a descoberta dos primeiros corantes
sintéticos por William Perkin em 1856.

Posteriormente, surgiram os estudos sobre a estrutura molecular dos compostos orgânicos. Kekulé
propôs a estrutura em anel do benzeno, uma importante contribuição para o entendimento da
estrutura dos compostos orgânicos.

No século XX, a química orgânica avançou ainda mais com a descoberta de novos métodos de
síntese e técnicas instrumentais para identificar e caracterizar compostos orgânicos. A descoberta
dos radicais livres e a pesquisa sobre reações de adição marcou outro grande avanço na química
orgânica. no mesmo século XX, a química orgânica continuou a se expandir e se ramificar em várias
subdisciplinas, como química de produtos naturais, síntese orgânica, química medicinal e química de
polímeros. Houve também uma maior compreensão das reações orgânicas e a descoberta de novas
técnicas analíticas e instrumentação para estudar e sintetizar compostos orgânicos.

Com a evolução da tecnologia, novos métodos de síntese foram desenvolvidos, como a síntese
orgânica em fase sólida, que permite a produção de grandes quantidades de compostos orgânicos
de forma mais eficiente.

Atualmente, a química orgânica está envolvida em várias áreas, incluindo a indústria farmacêutica,
produção de polímeros, desenvolvimento de materiais e estudo da biomoléculas. Compreender a
estrutura e a função dos compostos orgânicos é fundamental para avanços em áreas como
medicina, energia renovável e ciência dos materiais.
A química orgânica atual refere-se ao estudo das moléculas que contêm carbono, com foco na
estrutura, propriedades, composição, reatividade e síntese de compostos orgânicos. A química
orgânica está presente em diversas áreas da ciência, incluindo a medicina, farmacologia, biologia,
engenharia de materiais, entre outras.

Algumas das áreas de pesquisa atuais na química orgânica incluem:

1. Síntese de compostos complexos: o desenvolvimento de novas reações e métodos sintéticos para


produzir compostos orgânicos mais eficientemente e com menor impacto ambiental.

2. Catálise orgânica: o estudo e o desenvolvimento de catalisadores para acelerar reações químicas


de forma seletiva e eficiente.

3. Química medicinal: a descoberta e o desenvolvimento de compostos orgânicos para uso em


medicamentos e terapias, incluindo o estudo de reações químicas que podem modificar
propriedades farmacológicas e melhorar a eficácia dos fármacos.

4. Química supramolecular: o estudo das interações não covalentes entre moléculas orgânicas, com
o objetivo de criar estruturas funcionais e materiais avançados.

5. Química verde: o desenvolvimento de métodos e processos sustentáveis para a produção de


compostos orgânicos, minimizando o uso de solventes e reagentes tóxicos, além de reduzir a
geração de resíduos.

Além disso, a química orgânica também está contribuindo para o avanço de tecnologias emergentes,
como a síntese de materiais para eletrônica flexível, baterias de íons de lítio, dispositivos
optoeletrônicos e catálise para conversão de energia.

Em resumo, a química orgânica atual é um campo em constante desenvolvimento, que busca


compreender e aplicar a ciência dos compostos que contêm carbono para solucionar problemas nas
mais diversas áreas da ciência e tecnologia.

Funções orgânicas são grupos de compostos químicos que possuem características químicas
semelhantes devido à presença de uma estrutura principal. As funções orgânicas são classificadas de
acordo com os grupos funcionais, que são grupos de átomos que conferem propriedades e
reatividades específicas aos compostos.
Alguns exemplos de funções orgânicas incluem hidrocarbonetos (compostos formados apenas por
átomos de carbono e hidrogênio),

álcoois (compostos que possuem um grupo hidroxila ligado a um átomo de carbono),

éteres (compostos que possuem um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono),

aldeídos (compostos que possuem um grupo carbonila ligado a um átomo de hidrogênio),

cetonas (compostos que possuem um grupo carbonila ligado a dois átomos de carbono),

ácidos carboxílicos (compostos que possuem um grupo carboxila ligado a um átomo de carbono),
entre outros.

Essas funções orgânicas têm diferentes características físicas, químicas e biológicas, o que as torna
importantes na química orgânica e na bioquímica.

Existem milhões de compostos orgânicos conhecidos, mas aqui estão alguns dos principais
compostos orgânicos:

1. Hidrocarbonetos: são compostos formados apenas por átomos de carbono e hidrogênio.


Exemplos incluem metano (CH4), etano (C2H6), propano (C3H8) e octano (C8H18).

2. Álcoois: são compostos que possuem um grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono.
Exemplos incluem metanol (CH3OH), etanol (C2H5OH) e glicerol (C3H8O3).

3. Aldeídos: são compostos que possuem um grupo carbonila (C=O) ligado a pelo menos um átomo
de hidrogênio. Exemplos incluem formaldeído (CH2O) e acetaldeído (CH3CHO).

4. Cetonas: são compostos que possuem um grupo carbonila (C=O) ligado a dois átomos de carbono.
Exemplos incluem acetona (CH3COCH3) e propanona (CH3COCH2CH3).
5. Ácidos carboxílicos: são compostos que possuem um grupo carboxila (-COOH) ligado a um átomo
de carbono. Exemplos incluem ácido acético (CH3COOH) e ácido fórmico (HCOOH).

6. Éteres: são compostos que possuem um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono.
Exemplos incluem dimetil éter (CH3OCH3) e dietil éter (C2H5OC2H5).

7. Ésteres: são compostos que possuem um grupo éster (C=O-O) ligado a um átomo de carbono.
Exemplos incluem acetato de etila (CH3COOCH2CH3) e propionato de metila (CH3COOCH3).

Esses são apenas alguns exemplos dos principais compostos orgânicos encontrados na natureza e
utilizados na química orgânica.

A química orgânica é uma disciplina da química que estuda os compostos que contêm carbono. Essa
área da química é caracterizada por várias características distintivas:

1. Carbono como elemento central: a química orgânica é centrada no estudo dos compostos que
contêm carbono em sua estrutura. O carbono tem a capacidade única de formar ligações covalentes
fortes e estáveis com outros átomos de carbono e outros elementos.

2. Estruturas complexas: os compostos orgânicos apresentam uma grande variedade de estruturas e


podem ser extremamente complexos. Isso ocorre devido à capacidade do carbono de formar
ligações covalentes entre si e com outros átomos, permitindo uma diversidade de arranjos químicos.

3. Grupos funcionais: os compostos orgânicos são caracterizados por grupos funcionais, que são
grupos específicos de átomos que conferem propriedades e reatividades particulares aos
compostos. Alguns exemplos de grupos funcionais incluem hidroxilas (-OH), grupos carbonila (-C=O),
grupos carboxila (-COOH) e muitos outros.

4. Reações orgânicas: a química orgânica é amplamente baseada em reações químicas complexas.


Essas reações envolvem a quebra e formação de ligações químicas, permitindo a transformação de
compostos em outros compostos.

5. Aplicações na vida cotidiana: a química orgânica desempenha um papel vital em várias áreas da
vida cotidiana, incluindo a produção de medicamentos, materiais poliméricos, produtos químicos
industriais, combustíveis e muito mais. Ela está intimamente relacionada à bioquímica, estudo dos
processos químicos que ocorrem nos organismos vivos.

Essas características formam a base da química orgânica, que é um campo interdisciplinar amplo
com aplicações em várias áreas científicas e tecnológicas.

O termo Química Orgânica foi empregado pela primeira vez em 1777 pelo químico sueco Torbern
Olof Bergman. Segundo Bergman, os compostos orgânicos incluem substâncias de organismos vivos,
enquanto que os compostos inorgânicos incluem substâncias do reino mineral.

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