Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
O O O
C C C
R Ar
Grupo Grupos Acila
Carbonila
Classe I: Geralmente, não contém grupo que pode ser substituído, ou seja, não
contém um grupo abandonador típico.
Exemplos: Cetonas e Aldeídos (e seus derivados)
Essa classe reage preferencialmente através do mecanismo de adição
nucleofílica (mas outros mecanismos podem ocorrer!).
Classe II: Contém um grupo que pode ser substituído por um nucleófilo, ou seja,
contém um grupo abandonador típico.
Exemplos: Ác. Carboxílicos e derivados
Essa classe reage preferencialmente através do mecanismo de substituição
nucleofílica.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
1
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Nesta primeira parte do conteúdo sobre substâncias carboniladas dar-se-á
destaque a Classe I, ou seja, Aldeídos e cetonas.
Pares de elétrons
não compartilhados
H
H
O C O
C
H H
2 σ C-H
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
2
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
OMs é maior próximo ao oxigênio (desenho no diagrama abaixo). O carbono
contribui mais para o OMs* e, esse orbital é maior próximo ao carbono.
R
Energia C O
R
OMσ*
R
C
R O
Orbital Atômico
sp2 do Carbono Orbital Atômico
OMσ sp2 do Oxigênio
R
C O
R
Energia
R
C O
R
OMπ*
R
C
R O
Orbital Atômico
p do Carbono Orbital Atômico
OMπ p do Oxigênio
R
C O
R
*ATENÇÃO! Se houver dúvidas sobre como são formados os orbitais moleculares, o material
sobre orbitais moleculares deve ser revisado.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
3
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Abaixo pode ser observado um esquema com os orbitais da carbonila, em
ordem de energia, incluindo os orbitais contendo pares de elétrons não
compartilhados do oxigênio:
Energia R
C O OMσ∗
R
R
C O LUMO (OMπ*)
R
R
C O HOMO
R
R
C O
OMπ
R
R
C O OMσ
R
H+ H
O O
R2 R1 R2 R1
Ainda mais eletrofílico
ção
L iga
Nu va Nu
N
No σ C-
u
R R
C O C O
R R
HOMO do Nu interagindo
com o LUMO da carbonila.
HO (R3)2N HN
N N N
R1 R2 R1 R2 R1 R2
Oximas Hidrazonas Semicarbazonas
R Enaminas
R
N(R)2
De acordo com a relação dos grupos podem ser E ou Z.
Outra classe nitrogenada que possui carbono eletrofílico são as nitrilas, que
possuem uma ligação tripla entre carbono e nitrogênio.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
5
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Acetonitrila: Esqueleto CHN Duas ligações π
perpendiculares
sp3 sp sp
Me C N Me C N Me C N
σsp3-sp
σ sp-sp Par não compartilhado
em orbital sp
Energia R C N OMσ∗
RC N RC N LUMO (OMπ*)
RC N HOMO
RC N RC N OMπ
R C N OMσ
O NR
R R
> R R > R C N
Ordem de eletrofilicidade
O O O
> >H C
H H H3C H 3 CH3
Hα
R δ+ H δ−
C α O
R C O R
R R R
Além disso, por possuir mais grupos alquila, o efeito estéreo também afeta
o ataque de um nucleófilo à carbonila.
H H
H H H
Nu: O Nu: O Nu: O
H H H
HH HH
Aldeídos Cetonas
NR O
R R
> R C N > R R
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
8
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
A acidez do hidrogênio a à carbonila também é importante em alguns
casos. O hidrogênio ligado ao carbono vizinho (Ca) de uma carbonila (ou grupo
derivado) é ácido, pois sua abstração leva a uma base conjugada com
possibilidade de deslocalização da carga negativa. Para aldeídos e cetona, a
espécie formada chama-se enolato, para iminas aza-enolato.
Claro que a espécie utilizada para abstração do próton deve ser mais básica
do que nucleofílica, caso contrário um ataque nucleofílico à carbonila pode
ocorrer.
O O O
H Base
H R R R
H Enolato
R = H, Alquila
R E+
Acidez do Hα
O R NR
R C N R
R R
Hα
Hα Hα
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
9
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Como a carbonila retira mais elétrons do que a C=N e, a base conjugada
formada é mais estabilizada, devido a maior eletronegatividade do oxigênio,
cetonas e aldeídos são mais ácidos do que os derivados nitrogenados. A diferença
entre nitrilas e iminas é a hibridização e o efeito indutivo retirador causada por
ela. A ligação C N, contendo átomos sp, tem maior efeito indutivo retirador do
que a ligação C=N. Deve-se lembrar, no entanto, que possuir efeito indutivo não
cancela o efeito retirador mesomérico desses grupos! Aqui, estão sendo
pontuadas apenas as diferenças que justifiquem as diferenças de valores de pKa.
*Em caso de dúvidas sobre os efeitos químicos e acidez e basicidade revise os materiais
anteriores. Uma correta compreensão dos conceitos depende dos conceitos prévios.
δ- δ-
O + NuM Nu O M Nu Nu
O M H OH
R R - NuM R R R R R R
R δ− δ−
N H3O+ H
Nu N R Nu N R Nu N R
R R R R R R R R
Nu
R
δ−
R H3O+ R
R C N N N NH
Nu Nu
Nu δ−
Nu
H3O+
R
O
Nu
δ+ δ+
OH HNu OH HNu Nu
OH -H OH
R R R R R R R R
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
12
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Mecanismo com Iminas
R H δ+ H -H+
N H H
NuH N R NuH N R Nu N R
δ+
R R R R R R R R
NuH
R δ+ R H 2O R
R C N H NH NH O
NuH Nu
NuH δ+
NuH
Hammett: ρ = 2,329
*Em caso de dúvidas sobre o que são e como se aplicam os parâmetros quantitativos de Hammet,
o material sobre Ácidos e Bases deve ser consultado.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
13
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
4. Exemplos de reações de adição nucleofílica à carbonila
4.1. Formação de cianohidrinas a partir do ataque do íon cianeto à carbonila
A reação de um aldeído ou de uma cetona com cianeto de sódio leva a
formação de cianohidrinas.
O íon cianeto contém C e N hibridizados sp e, o HOMO é um orbital sp do
átomo de carbono.
Ligação σ C-N
Aldeído: protonado
em meio ácido
OH NC OH
NaCN
R H R H
H2O, HCl
Cianohidrina
CN
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
14
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
reação é um equilíbrio! O equilíbrio é mais favorável para formação de
cianohidrinas a partir de aldeídos do que de cetonas, e a partir de reagentes
menos impedidos estéreamente.
Vale ainda ressaltar que a cianohidrina formada é versátil e, pode originar
outros compostos por redução ou hidrólise.
O HO CN
HCN
R R R R
Hidrólise Redução
HO COOH HO NH2
R R R R
Exercícios propostos:
(1) Com base no mecanismo geral de adição nucleofílica em nitrilas em meio básico, tente
desenhar a hidrólise da nitrila de volta ao composto carbonílico original (-OH atacando
a CN, retornando à C=O).
(2) Tente desenhar a adição do íon cianeto a iminas, similar ao que foi explicado para
aldeídos e cetonas.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
15
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
O curso da reação segue o mecanismo normal de adição à carbonila, o
organo lítio adiciona-se levando primeiro ao alcóxido. Após todo o MeLi ser
consumido, água pode ser adicionada na reação para o tratamento, levando ao
álcool.
H OH
O 1. MeLi, THF O OH
2. H2O
R H Me H Me H
R R
Li Me
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
16
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
O 1. PhLi, THF OH
2. H2O
R H Ph H
R
O 1. n-BuLi, THF OH
2. H2O
R R R
R
H OH
O 1. PhMgBr, Et2O O OH
2. H2O
R H Ph H Ph H
R R
BrMg Ph
Sempre solvente aprótico e previamente
tratado para ser anidro!!!
Ex: THF, Et2O
*No site patyqmc (Links úteis): A preparação de reagentes de Grignard em um laboratório pode
ser observada. No mesmo link é explicado como se faz para trabalhar sem umidade em atmosfera
inerte, quando necessário.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
17
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
(1) Troca halogênio-metal: Síntese a partir de haletos orgânicos.
O equilíbrio se desloca no sentido do composto organometálico (de Li ou Mg) em que o
metal está ligado ao carbono mais eletronegativo.
Exemplo:
CH3(CH2)3Li CH3(CH2)3Br
Br Li
(2) A partir do metal (somente com Mg metálico é usual): Classicamente utiliza-se I2 como
catalisador.
Et2O
I2 cat.
RX + Mg RMgX
(4) Metalação de hidrocarbonetos: Organometálicos são bases poderosas e podem ser utilizadas
como tal (em reação ácido-base).
R H C2H5MgBr R MgBr C 2H 6
-------------------------------------------------------------------
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
18
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
4.3. Ataque nucleofífico de hidreto à carbonila: Redução da carbonila
Antes de mais nada é preciso chamar a atenção para o termo redução.
Redução em química orgânica corresponde, normalmente, à diminuição do grau
de ligação do carbono a um átomo eletronegativo. [H] é utilizado para indicar
uma reação de redução, sem especificar os reagentes.
[H]
CH3CH2CHO CH3CH2CH2OH
propanal 1-propanol
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
19
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Não existem um par não Elétrons são transferidos de
copartilhado no boro! uma das ligações B-H
H H H H H H
B E B B H H
H H X
H
E
H H H
E B H E
8 elétrons em H
X Estrutura impossível!!! ligações B-H 6 elétrons em
8 elétrons em 10 elétrons em ligações B-H.
ligações B-H ligações B-H. Um orbital p vazio.
O
H H H H O
H
B R B
H H H H R
H
Não há, portanto, nenhum íon hidreto isolado (H-) e, o que ocorre é uma
transferência de hidreto.
O alcóxido formado na primeira etapa acaba por estabilizar o orbital vazio
do boro em BH3, formando uma espécie de boro tetravalente novamente. Esta
espécie transfere outro hidreto para outro equivalente de composto carbonílico. O
processo continua até os quatro hidrogênios serem transferidos. O solvente
(água ou álcool) doa o próton para ocorrer a formação do álcool a partir do
alcóxido no final.
H H
B O H
H H
H B H R B H
H O H O H H O H O
H R H R ...
H R H R
Exemplo:
O HO H
NaBH4
MeOH
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
20
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
O borohidreto de sódio é um dos mais fracos doadores de hidretos e, por
isso, pode ser utilizado até mesmo em água. Reagentes mais fortes, como o
hidreto de alumínio e lítio (LiAlH4), reagem violentamente com água. O NaBH4
reage com aldeídos e cetonas, embora reaja mais lentamente com cetonas, mas
não reage com grupos menos reativos, como ésteres e amidas. Portanto, em uma
molécula contendo um éster e um aldeído, em reação com NaBH4, somente o
aldeído será reduzido, sendo uma redução quimiosseletiva. Para ocorrer redução
em carbonilas menos reativas deve-se utilizar LiAlH4.
O HO H
NaBH4
H H
O EtOH O
Et Et
O O
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
21
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
ou compostos a,b insaturados, essa metodologia pode levar a uma complexa
mistura de produtos.
O mecanismo dessa reação não é totalmente compreendido, pois dependo
das condições reacionais produtos distintos podem ser obtidos.
[O]
CH3CH2CH2OH CH3CH2CHO
1-propanol propanal
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
22
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
P
es ar d
tab e
O iliz elét O Carboxilato sai
R a o ron
cá s como GA
HO O tio O R
n
O HO O
H
Grupo alquila
migra.
O
δ−
O R
δ+ OH O
HO O H
O O
δ+
Exemplo: Me x i-Pr
O O
O R O δ− R
δ+
HO O
HO O O
Me Me δ+ Me O
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
23
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Migração da Fenila Migração de R
O OH OH
OCOCF3 OCOCF3
R CF3CO3H O O
R R
O
O R R
O
O
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
24
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Prototropismo*
H
O H O O HO OH
H H H H H H
H 2O
O K HO OH
H 2O
H H H H
O
K = 0,001 O
Acetona
H CCl3 K = 2000
O Cloral
K = 1,06
H O
Acetaldeído
F3C CF3 K = 1.200.000
O
Hexafluoracetona
K = 2280
H H
Formaldeído
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
25
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
4.7. Reação com álcoois: formação de hemiacetais
O produto de adição de álcoois a compostos carbonílicos é um hemiacetal,
pois é a metade do caminho para a formação de acetais. Hemiacetais formados a
partir de aldeídos são um pouco diferentes daqueles formados a partir de cetonas,
estes últimos podem também ser chamados hemiCetais.
R 2O OH R 2O OR3
R1 H R1 H
Hemiacetal Acetal
(formado a partir de Aldeído) (formado a partir de Aldeído)
R 2O OH R 2O OR3
R1 R4 R1 R4
Hemicetal Acetal
(formado a partir de Cetona) (formado a partir de Cetona)
O OH
H
Hemiacetal Cíclico (Lactol)
Reação intramolecular
H H OEt
O EtO O EtO O EtO OH
EtOH
R H R H R H R H
H
5
5 O 4 O O O OH
HO 2
3 1 H 3 1 H H
4 2
MeOH MeOH
O MeO OH MeO OMe
H+ (Cat) H+ (Cat)
R H R H
R H
Hemiacetal Acetal
Isso ocorre somente em meio ácido, pois após o primeiro ataque de ROH ao
composto carbonílico, gera-se um hemiacetal. Esse tem um OH que precisa sair
para formar o acetal. O OH deve ser protonado para se tornar um bom grupo
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
27
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
abandonador (GA), e isso só acontece em meio ácido (conforme mecanismo
abaixo).
H
H
O OH H 2O OR3 -H2O
HO OR3
R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2
R3OH
H
OR3 R 3O OR3 -H R 3O OR3
R1 R2 R1 R2 R1 R2
Acetal
R3OH
Excesso de água
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
28
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
A utilização de grupos protetores (GP) adiciona duas etapas a síntese
(proteção e desproteção), mas as vezes é a única alternativa. Principalmente
dióis são utilizados para esse propósito, levando a acetais cíclicos (lactóis).
No exemplo abaixo, na mesma molécula observa-se uma cetona e um éster.
Seria possível realizar a redução da cetona ao álcool deixando o éster intacto,
aplicando borohidreto de sódio (agente redutor brando, NaBH4). No entanto, não
é possível realizar a redução do éster na presença da cetona. Ao usar um agente
redutor mais forte, como hidreto de lítio e alumínio (LiAlH4), as duas carbonilas
são reduzidas.
OH
O
NaBH4 H3CO
H3CO H
O
O
O OH
LiAlH4 H
H3CO H
H
O OH
OH
O HO O O LiAlH4
H3CO H3CO
TsOH cat.
O O
Remoção de água
Meio ácido O
H O O Desproteção H
H H
OH OH
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
29
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Adição de tióis ou ditianas também podem ser utilizadas, e o mesmo
raciocínio deve ser aplicado. Essa transformação é muito utilizada quando deseja-
se realizar uma inversão de polaridade do carbono da carbonila de um aldeído
(inversão de polaridade só ocorre em aldeído!), ou seja, transformar um
carbono eletrofílico em um nucleófilo. Isso é possível, pois após na reação de um
aldeído com uma ditiana, o próton ligado diretamente ao antigo carbono da
carbonila fica ácido e, pode ser removido por bases fortes, gerando um nucleófilo.
Sendo assim, reações diversificadas podem ser realizadas utilizando esse carbono
como um nucleófilo. Após, a carbonila pode ser regenerada similarmente ao
mostrado para acetais.
n-BuLi
O THF, -40 0C
SH SH S S S S
H CHCl3 H Br
HCl O
Abertura de epóxido O SN2 em haletos
(meio básico - SN2) Adição a de alquila
carbonila
S S S S
S S
OH HO
Redução por
Ni Raney (H2)
hidrogenação catalítica
H H
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
30
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
contém os elétrons não compartilhados. Os orbitais do enxofre, são mais
polarizáveis. Essa polarizabilidade parece afetar também a estabilização do
ânion.
O HO H
O H +H
Ph Ph
Ph H Ph N Ph N
H H H
H2N Ph Hemiaminal
H 2O H -H2O -H
Ph Ph Ph
Ph N Ph N Ph N
H H Imina
A reação pode ser acelerada por catálise ácida. O pH deve ser controlado
para que ocorra protonação na carbonila, mas não a protonação de toda a amina
presente, para não haver redução da nucleofilicidade da amina (pH deve ser
entre 4-6). Na verdade, a etapa de adição não precisa catálise ácida, pois a amina
é nucleofílica o suficiente para reagir com a carbonila, e o pH deve ser 4 ou maior.
É a etapa de eliminação que precisa de catálise ácida, para melhorar a eliminação
do GA, já que a água é melhor GA do que HO-.
As iminas formadas podem ser hidrolisadas de volta ao composto
carbonílico em meio ácido. Nesse caso, o pH pode ser menor do que 4 para forçar
o equilíbrio.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
31
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
OH2
Ph Ph Ph Ph
NH NH2 H 2N OH H 3N OH
H
Ph Ph
OH O
H 2N
O N
NH2NH2, H+ KOH, H2O H H
-H2O calor
+ N2
Outro próton
H H H é removido
N N N H
N H N N H N N
OH H OH
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
32
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
4.10. Reações com aminas secundárias: Formação de enaminas
Aminas secundárias (R2NH) também se adicionam à carbonila, para
formar carbinolamina. A diferença, é que na sequência a única ação que pode
ocorrer é a desidratação formando uma dupla ligação C-C, uma vez que o
nitrogênio da carbinolamina não tem próton para perder. O produto é chamado
de enamina.
O O OH OH2
H
H N N N
H
N Amina secundária
H
N N
Enamina
O íon imínio não possui hidrogênio ligado ao nitrogênio para perder. Assim,
ocorre a saída do Ha da ligação C-H.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
33
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
R A R A
O (C6H5)3P (C6H5)3HP O
R' B R' B
Para essa reação, são necessários sais de fosfônio, que são obtidos por
reação de substituição nucleofílica bimolecular (SN2) entre uma fosfina e um
haleto de alquila. Após, o sal de fosfônio é tratado com uma base, gerando a
fosforana, cuja estrutura canônica dipolar é chamada ilídeo.
Ph Ph I
Ph P H 3C I SN2 Ph P CH
3
Ph Ph
Trifenilfosfina Sal de fosfônio
Ph I Ph CH2
Ph P CH NaH Ph P CH
3 2
Ph Reação ácido-base Ph Olefinação
Sal de fosfônio Ilídeo
(base conjugada)
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
34
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Br Ph
BuLi Ph P Bu-H LiBr
(Ph)3P
H THF Ph
pKa 22,5
O O
Br Ph
Ph Ph
Na2CO3 Ph P NaHCO3 NaBr
(Ph)3P
H H 2O Ph
pKa 6,0
R R
(Ph)3P (Ph)3P
O O O
R R R
(Ph)3P (Ph)3P (Ph)3P
Ilídeo estabilizado
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
35
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
um ciclo de 4 membros (a oxafosfetana!). Esse ciclo é instável e colapsa
formando duas ligações duplas.
Ph
O
O O Ph P
Ph
(Ph)3P CH2 (Ph)3P
Oxafosfetana
Ph
O
Decomposição Ph P H 2C
da Oxafosfetana Ph Ph
Ph P O
Ph
Trifenilfosnóxido
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
36
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Olefina E
Ph3P O Ph
RO Ph
RO
H
O O
Oxafosfetana E: Grupos
grandes mais afastados
GRE
*Observação: George Wittig recebeu o prêmio Nobel em 1979 por seu trabalho.
5. Aspectos estereoquímicos
Exceto pelo formaldeído, as faces do grupo carbonila em aldeídos são
proquirais. Nas cetonas, a proquiralidade acontece quando os dois substituintes
ligados ao carbono da carbonila são diferentes. Se estas condições forem
satisfeitas e não houver quiralidade nos substituintes R1 e R2 o grupo carbonila é
enantiotópico. Ou seja, em uma reação de adição de um nucleófilo aquiral, uma
mistura equimolar de enantiômeros se forma, desde que a espécie adicionada seja
diferente dos substituintes já ligados à carbonila.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
37
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Carbonilado contendo 3 grupos
diferentes ligado ao carbono da carbonila
(1)
O Composto Quiral:
HO CN
Para haver e.e. um ambiente
(3) H CH3 (2) H * CH3 quiral deve existir
RMgBr
Face convexa
1. RMgBr
R OH
H
O 2. H2O OH R
H
RMgBr Face côncava Produto principal
ataque pela face convexa
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
38
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
CH3 CH3
H3C H3C
1. RMgBr
OH
H3C 2. H2O H3C
O R
O 1. RM (organometálico, nucleófilo) OH R
2. H+
R OH
Majoritário
Ataque trans (equatorial)
H 1. RM OH R
H O
2. H+
R OH
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
40
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
O HO Nu Nu OH
Nu-M
RG RG RG
R R R
M = Metal
RP RM RP RM RP RM
Disteroisômeros
1.Me-M
O Me OH HO Me
M = Metal
Ph Ph Ph
Ph 2. H3O+ Ph Ph
RO Me RO Me RO Me
A B
*Observação: Donald Cram recebeu o prêmio nobel em 1987 por seu trabalho.
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
42
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
A repulsão estérea entre o nucleófilo e o substrato é minimizada mediante
ataque do nucleófilo nas proximidades do grupo RP, de acordo com a trajetória
Bürgi-Dunitz.
RM O
RG
Nu Rp
R
M
H H
O O O OH
R Nu R
H R Nu
Nu R Nu
X
X H X H X
X = OR, NR2, Cl 1,2- Anti
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
43
______________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
6. Resumo de reações de aldeídos e cetonas
1. .H 2
+, KC
(5) Dessulfurilação
2
RM O
H N
HO
gB
SH OH
(6) Formação de imina
r ou
O O +
H
RL
(3) CN
1.
(7) Formação de enamina HS H 2,
NH 2 -H 2O
RN H
2.
i
O
, H+
Na
(13)
NH2OH, H+
2
H
- OH
BH
NH 2
(8) Formação de Oxima
2
NH
O
-H2O
2O
4
R2
-H
,
S R
H
(9) Formação de hidrazona S
+
(4) R OH (12)
N
(10) Redução de Wolf-Kishner
R R H2N
N (11)
(11) Redução de cetona Ni raney HO
N
N
redução (6)
(12) Reação com organometálico
(7)
(9)
(13) Formação de cianohidrina (8)
(5)
(14) Reação de Wittig H H
7. Bibliografia
https://patyqmc.paginas.ufsc.br/
44