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Renovar-se

Faz parte
do mundo
Marista

Serginho
Professor de Química
Química Orgânica
Estudo do Carbono
Hidrocarbonetos

Serginho
Professor de Química
QUÍMICA ORGÂNICA
Conceitos

Em 1777, Torben Olof Bergman introduziu a expressão:


COMPOSTOS ORGÂNICOS.

-COMPOSTOS ORGÂNICOS: Substâncias extraídas dos


organismos vivos;
-COMPOSTOS INORGÂNICOS: Substâncias do reino mineral.

Em 1807, Jöns Jacob von Berzelius, propôs que um


composto orgânico não poderia jamais ser
sintetizado pelo homem, haja visto que para a
produção desses compostos seria necessário a
existência de "uma força vital" que somente existiria
nos organismos vivos  Teoria da Força Vital
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QUÍMICA ORGÂNICA
Conceitos

Em 1828 F. Wholer sintetiza uréia a partir de


um composto inorgânico, em laboratório.

Conceito atual: Química Orgânica estuda os


compostos do carbono.
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QUÍMICA ORGÂNICA
Uma observação

Nem todo composto que contém carbono é orgânico. Existe um


pequeno grupo de compostos que contém carbono mas são
estudados na química inorgânica por não apresentarem certas
características comuns aos compostos orgânicos.
Exemplos: NH4CNO – Cianato de amônio;
CO2 – Gás carbônico;
HCN – Ácido cianídrico;
H2CO3 – Ácido Carbônico
CaCO3 – Carbonato de cálcio (carbonatos em geral)
Outros elementos como H, O, N, P e S, além dos halogênios, estão
presentes nos compostos orgânicos juntamente com o CARBONO.
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QUÍMICA ORGÂNICA
Estudo do Carbono

Em 1857 Friedrich August Kekulé von


Stradonitz, químico alemão, determinou
as características fundamentais do
átomo de carbono nos compostos.
O CARBONO é
tetravalente...
(faz 4 ligações
covalentes),
podendo fazer
diferentes tipos
de ligações e
geometrias,
podendo sofrer
diferentes tipos
de hibridação

Serginho
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QUÍMICA ORGÂNICA
Os orbitais moleculares

Para haver a formação de pares de elétrons ligantes, deve ocorrer a


interpenetração de orbitais atômicos “s” e “p” incompletos, dando
origem aos orbitais moleculares sigma e pi.
Ligação sigma (σ) : Ocorre por interpenetração de orbitais
atômicos no mesmo eixo, podendo ser σ(s-s), σ(s-p), sigma(p-p) ou
outros...

σ(s-s) σ(s-p) σ(p-p)

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QUÍMICA ORGÂNICA
Os orbitais moleculares

Exemplo 1:
1 H:1s1 (Hidrogênio possui elétron de ligação em orbital “s” )

H + H → H2 ou H – H

Orbital molecular
Orbitais atômicos “s”
σ(s-s)
esféricos
elíptico
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Os orbitais moleculares

Exemplo 2:

17 Cl: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 (Cloro tem elétron de ligação em orbital “p” )

H + Cl → HCl ou H – Cl

Orbital Orbital Orbital molecular


atômico “s” atômico “p” σ(s-p)
esféricos esféricos

Observe que a interpenetração dos orbitais também ocorre


no mesmo eixo. Por isso, sigma (σ).
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Os orbitais moleculares

Exemplo 3:

Cl + Cl → Cl2 ou Cl – Cl

+
Orbital Orbital
atômico “p” atômico “p” Orbital
esféricos esféricos molecular
σ(p-p)

Observe que a interpenetração dos orbitais também


ocorre no mesmo eixo. Por isso, sigma (σ).

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Os orbitais moleculares

Ligação pi (π) :
Ocorre por interpenetração de orbitais “p”atômicos paralelos,
após formação de ligação sigma.
As ligações pi existem nas ligações duplas e triplas, pois quando
dois átomos se ligam, a primeira ligação entre eles é sempre sigma.

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Os orbitais moleculares

Exemplo 1: 8O: 1s2 2s2 2p4


(Oxigênio tem 2 elétrons de ligação em 2 orbitais “p”, distintos)
O + O → O2 ou O = O
Orbitais
interpenetrando
no mesmo eixo
(σ)

Interpenetração
de orbitais
paralelos (π)
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Os orbitais moleculares

Resultado:

Orbital
molecular Orbital
σ(p-p) molecular
π

Obs.: Toda ligação dupla é formada por uma ligação σ e uma


ligação π.

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Os orbitais moleculares

Orbitais
Exemplo 2: interpenetrando no
7N: 1s 2s 2p
2 2 3
mesmo eixo
(Nitrogênio tem 3
elétrons de ligação
em 3 orbitais “p”,
sendo 1 elétron em
cada um desses
orbitais)

Interpenetraçã Interpenetração
o de orbitais de orbitais
paralelos paralelos
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Os orbitais moleculares
Ligação simples: – é sigma ()
Ligação Dupla: = possui 1 ligação sigma () e 1 ligação pi ()
Ligação Tripla:  possui 1 ligação sigma () e 2 ligações pi ()
Sofre Hibridação
EM RESUMO: sp3 ; sp2 ; sp
H
C N O F
P S Cl

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As Hibridações do Carbono

HIBRIDIZAÇÃO sp3

6C: 1s2
2s2
2p2

sp3 sp3 sp3 sp3

L
EstadoEstado
Estadofundamental
ATIVADO HÍBRIDO
ou EXCITADO
K

Um elétron emparelhado,
do último nível,
A forma geométrica pula para
do carbono o primeiro
hibridizado orbital
“ sp 3 vazio,
“ é TETRAÉDRICA
de um subnível
e o ângulo maisvalências
entre as suas energéticoé de
109°28’
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As Hibridações do Carbono

HIBRIDIZAÇÃO sp2

6C: 1s2
2s2
2p2 p

sp2 sp2 sp2

K Estado
Estado fundamental
ATIVADO
Estado HÍBRIDO
ou EXCITADO

A forma geométrica do carbono hibridizado


Um elétron emparelhado, “ sp 2
“é
do último nível, TRIGONAL
pula para oPLANA
primeiro orbital vazio,
e o ângulo entre as mais
de um subnível suas valências
energéticoé de
120°
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As Hibridações do Carbono

HIBRIDIZAÇÃO sp

6C: 1s2
2s2
2p2
p p

sp sp

K EstadoEstado fundamental
ATIVADO
Estado HÍBRIDO
ou EXCITADO

Um elétron
A forma geométrica emparelhado,
do carbono hibridizado “ sp “ é
do último nível, pula para o primeiro orbital vazio,
LINEAR
e o de um subnível
ângulo entre as mais
suas energético
valências é de
180°
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As Hibridações do Carbono

Em síntese: Sofre Hibridação


sp3 ; sp2 ; sp
H
C N O F
P S Cl

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QUÍMICA ORGÂNICA
Voltando aos orbitais moleculares

1 σ(sp-sp3)
2 σ(sp3-sp2)
3 σ(sp2-p)
4 σ(s-p)
5 σ(s-sp)

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QUÍMICA ORGÂNICA
As Cadeias Carbônicas

Pode ser
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As Cadeias Carbônicas

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As Cadeias Carbônicas

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QUÍMICA ORGÂNICA
Tipos de Carbono

CH3

H3C – CH – CH – CH2 – C – CH2 – CH3

CH3 CH2 CH3

CH3
Carbono primário: Liga-se apenas a 1 outro átomo de carbono (ou a nenhum).
Carbono secundário: Liga-se a 2 outros átomos de carbono, apenas.
Carbono terciário: Liga-se a 3 outros átomos de carbono, apenas.
Carbono Quaternário: Liga-se a 4 outros átomos de carbono.
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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

*Heteroátomo é qualquer átomo diferente do carbono que esteja entre os carbonos, na cadeia

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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

É sempre
insaturada e
homogênea
Monocíclica Policíclica
(apenas um ciclo) (dois ou mais ciclos)

Podem ser saturadas ou insaturadas,


homogêneas ou heterogêneas,
monocíclicas ou policíclicas

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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

CADEIA ABERTA (OU ACÍCLICA), RAMIFICADA, INSATURADA E HETEROGÊNEA

CADEIA FECHADA (OU CÍCLICA),


ALICÍCLICA (NÃO AROMÁTICA),
INSATURADA, HETEROGÊNEA E
MONOCÍCLICA

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QUÍMICA ORGÂNICA
Classificação de Cadeias Carbônicas

Pela possibilidade que o carbono tem de formar


cadeias, existe uma infinidade de compostos
orgânicos diferentes. Para estudar essa grande
quantidade de compostos é necessário agrupá-los.
• Uma FUNÇÃO ORGÂNICA é o
conjunto de compostos orgânicos
que apresentam características
semelhantes
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QUÍMICA ORGÂNICA
FUNÇÕES ORGÂNICAS

O
As propriedades dos OH
compostos orgânicos são
características de seus O
grupos funcionais.
HO

Por exemplo: analisando as duas moléculas


ao lado, podemos observar que ambas
possuem algo em comum:
um grupo –COOH  grupo funcional
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QUÍMICA ORGÂNICA
FUNÇÕES ORGÂNICAS

Outros exemplos

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HIDROCARBONETOS
Conceitos, Classificação e Fórmulas

São compostos constituídos apenas por átomos de


CARBONO e HIDROGÊNIO

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados
Quando um hidrocarboneto insaturado tiver 4 ou mais carbonos,
devemos indicar a posição da insaturação, numerando a cadeia a
partir da extremidade mais próxima da insaturação.

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados
Outros exemplos

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Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados

Quando um hidrocarboneto tiver cadeia alicíclica devemos preceder


o prefixo com a palavra “ciclo”.

Observação

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Nomenclatura para cadeias normais
e cadeias principais de compostos ramificados
benzeno

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

1- Para dar nomes a hidrocarbonetos com cadeia ramificada,


devemos conhecer o conceito de cadeia principal

Maior sequência de carbonos que contenha as


ligações duplas e triplas (se existirem). Os grupos que
não fazem parte da cadeia principal são chamados de
grupos orgânicos. Em caso de duas sequências
igualmente longas, a cadeia principal é que resulta em
maior número de grupos orgânicos.
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Nomenclatura para cadeias ramificadas

Marcação da cadeia principal

H3C—CH—CH2—CH2 —CH3 A cadeia


CH3 principal tem 5
carbonos, e tem
1ª possibilidade – 3 carbonos 1 grupo
2ª possibilidade – 5 carbonos orgânico fora da
3ª possibilidade – 5 carbonos cadeia principal

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

Marcação da cadeia principal


H3C—CH—CH—CH —CH2 — CH3
CH3 CH2 CH3
CH3

• A primeira opção, deixa para fora três grupos orgânicos


• A segunda opção, também deixa para fora três grupos orgânicos
• A terceira opção, deixa para fora dois grupos orgânicos
Portanto a cadeia principal será a primeira ou segunda
opção, pois ambas deixam para fora três grupos orgânicos.
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Nomenclatura para cadeias ramificadas

OUTROS EXEMPLOS
Sequências igualmente longas

escolha correta
(mais grupos orgânicos)

escolha incorreta (menos grupos orgânicos)


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Nomenclatura para cadeias ramificadas
PRINCIPAIS GRUPOS ORGÂNICOS:
TERMINAÇÃO = il

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

2- Numerar os carbonos da cadeia principal significa dar


números aos carbonos da cadeia para indicar a posição
dos grupos orgânicos ou para indicar a posição das
insaturações (ligações duplas ou triplas, caso existam).

Para decidir que qual lado começar a numeração,


baseie-se nos seguintes critérios:
1) Cadeias insaturadas – da extremidade mais próxima da
insaturação
2) Cadeias saturadas – da extremidade mais próxima dos grupos
orgânicos

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

correto (2,3)
1 2 3 4 5 6
H3C—CH=C = CH —CH2 — CH3
6 5 4 3 2 1 incorreto (3,4)

1 2 3 4 5 6 (correto, as ramificações estão nos C (2,3)

H3C—CH—CH—CH —CH2 — CH3

CH3 CH3

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

Escrever o nome do grupo orgânico, correspondente a posição


indicada, em ordem alfabética (ignorando os prefixos di, tri, etc,
caso houver mais de um grupo orgânico com o mesmo nome,
acrescentar o prefixo, di, tri, tetra, etc... Escrever o nome do
hidrocarboneto da cadeia principal, separando-o do grupo orgânico
por um hífen.

1 2 3 4 5

H3C—CH—CH2—CH2 —CH3
CH3 2-metil-pentano
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Nomenclatura para cadeias ramificadas

1 2 3 4 5 6
H3C—CH — CH — CH2 —CH2 — CH3
CH CH 2,3-dimetil-hexano
3 3

1 2 3 4 5 6

H3C—CH—CH—CH —CH2 — CH3


CH3 CH2 CH3
3-etil - 2,4-dimetil -
CH3 hexano

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Nomenclatura para cadeias ramificadas
Mais um exemplo
1º localizar a cadeia principal.
CH3
metil 8
2º numerar os carbonos da cadeia
7
CH2 principal, de acordo com as regras
CH3 6CH2 dos menores números possíveis.
3 4
H3C—CH—CH — C —CH — CH3
5 3º dar nomes aos grupos
orgânicos
CH2 CH2 CH3
2
4º escrever o nome do
1 CH3 CH3 isopropil hidrocarbonetos, de acordo
etil com as regras.
5-etil - 3,4-dimetil -5 -isopropil - octano
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Nomenclatura para cadeias ramificadas

Exemplos com insaturações

5 4 3 2 1 Inicia-se a numeração pela


H3C—CH — CH —CH = CH2 extremidade mais próxima
da insaturação (ligação
CH3 CH3 dupla ou tripla)
3,4 – dimetil – pent-1-eno

6 5 4 3 2 1

H3C—CH — CH — C  C — CH3
CH3 CH3 4,5 – dimetil – hex-2-ino
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Nomenclatura para cadeias ramificadas

Mais exemplos com insaturações

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Nomenclatura para cadeias ramificadas
Mais exemplos com insaturações

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

A nomenclatura das cadeias mistas segue as mesmas regras.


CH2—CH3
CH3

Metil-ciclopentano Etil-ciclobutano

Observe que não foi indicado a posição do grupo metil, ou do etil,


pois quando existe somente 1 grupo orgânico ligado a uma cadeia
fechada, este grupo estará ligado sempre no carbono número 1.

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

6 CH3 Havendo mais de um grupo orgânico,


5 1 ligado a um ciclo, deve-se numerar a
cadeia carbônica no sentido horário ou
4 2
3 anti-horário, de modo a obedecer a
regra dos menores números.
CH3

1,3-dimetil-ciclohexano

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias ramificadas

Compostos cíclicos com ligação dupla entre dois carbonos, a


numeração do ciclo deve obrigatoriamente iniciar nos
carbonos da dupla ligação, sendo carbonos 1 e 2
respectivamente, porém o sentido depende do grupo
orgânico que estiver ligado ao ciclo, se existir.

4 1

3-metil-ciclobuteno
3 2

CH3

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Nomenclatura para cadeias ramificadas

6
1
CH3
5

1,3-dimetil-ciclohexeno 4 2
3

CH3

2 1 CH2 — CH3

3 4 1-etil-3-metil-ciclobuteno
CH3
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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias ramificadas

O benzeno obedece as mesmas regras dos hidrocarbonetos


ramificados, ou seja, a regra dos menores números (numerar os
carbonos do ciclo, no sentido horário ou anti-horário, para dar aos
grupos orgânicos os menores números possíveis. Caso exista 2
CH3 grupos orgânicos diferentes, o número 1 fica no grupo que vier em
primeiro na ordem alfabética.
Havendo apenas um grupo orgânico
ligado a um ciclo, não é necessário indicar
a posição desse grupo, pois sempre estará
ligado no carbono número 1.
metil-benzeno ou TOLUENO

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QUÍMICA ORGÂNICA
Nomenclatura para cadeias ramificadas
Quando houver 2 grupos orgânicos ligados ao anel
aromático e estes estiverem nas posições 1 e 2, 1 e 3
ou 1 e 4, podemos trocar as posições 1,2 – 1,3 – ou
1,4 pela palavras orto, meta, para, portanto :
CH3 CH3 CH3

1
CH3 1
1
2 2
2

3
CH3 3
4

CH3
1,2-dimetil-benzeno 1,3-dimetil-benzeno 1,4-dimetil-benzeno
ou ou ou
Orto-dimetil-benzeno Meta-dimetil-benzeno Para-dimetil-benzeno
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HIDROCARBONETOS
PROPRIEDADES

 Para compararmos as propriedades dos compostos orgânicos


como a solubilidade em água e o ponto de fusão ou ebulição
devemos observar os grupos funcionais e a polaridade das
moléculas.

SOLUBILIDADE: moléculas polares se dissolvem bem em água,


enquanto que moléculas apolares não se dissolvem bem em
água.

PONTO DE FUSÃO OU EBULIÇÃO: quanto maior a interação


intermolecular (ou tamanho da molécula), mais energia será
necessário para mudança de estado físico, maior o ponto de
fusão e ebulição.

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HIDROCARBONETOS
PROPRIEDADES
A polaridade das moléculas orgânicas e a solubilidade dos
compostos orgânicos podem ser entendidos da seguinte forma:

● Moléculas Apolares (não dissolvem bem em água)  sofrem interação do tipo dipolo
instantâneo-dipolo induzido (ou Forças de London). Os hidrocarbonetos fazem esse tipo de
interação pois possuem apenas carbono e hidrogênio em suas moléculas. Para os demais
compostos orgânicos, quanto maior a cadeia carbônica, menor a solubilidade em água.

• Isso faz com que os hidrocarbonetos possuam baixos pontos de fusão e ebulição, em
comparação com outros compostos orgânicos polares.

• Se compararmos os pontos de fusão ou ebulição dos próprios hidrocarbonetos,


notaremos que com o aumento da massa molar ocorre um aumento do ponto de fusão
ou ebulição.

• Se os hidrocarbonetos possuírem a mesma massa molar (isômeros) terá maior ponto


de fusão aquele que for menos ramificado, pois aumentará a possibilidade de
ocorrerem as interações intermoleculares entre os carbonos da cadeia.
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HIDROCARBONETOS
PROPRIEDADES
Vejamos a tabela abaixo comparando os
pontos de ebulição de alguns alcanos.
ALCANO P.E. (°C) ALCANO P.E. (°C)

Metano -161,5 Metilpropano -10,5

Etano -88,6 Pentano 36,0

Propano -44,5 Metilbutano 27,9

Butano -0,5 Dimetilpropano 9,5

• Comparando os 4 primeiros, percebemos que quanto maior o tamanho da cadeia


(ou massa molar), maior o ponto de ebulição (mais interações ocorrem).
• Observe que os 3 últimos compostos possuem a mesma fórmula molecular (C 5H12),
porém o pentano é o menos ramificado, tendo o maior ponto de ebulição.
Serginho
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HIDROCARBONETOS
PROPRIEDADES

• Por serem compostos apolares, os hidrocarbonetos são


insolúveis em água e solúveis em solventes apolares.

• Os hidrocarbonetos também são menos densos que a água.

• Em geral, nas condições ambientes (25°C e 1atm), os alcanos


que possuem de 1 a 4 carbonos na cadeia são gasosos. Se
possuírem 5 a 17 carbonos na cadeia, são líquidos. Acima de
17 átomos de carbono na cadeia, são sólidos.

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
Alcanos (ou parafinas)  são muito pouco reativos por possuírem
apenas ligações sigma (mais fortes). Reagem preferencialmente por
substituição de hidrogênios.

Em excesso de halogênio, o haleto orgânico pode ser halogenado mais


de uma vez...

... e quantas vezes possíveis até a cloração total:

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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES

Regra de substituição: Em hidrocarbonetos complexos a ordem de


facilidade com que o Hidrogênio “sai “ do carbono é:
1º Carbono terciário
2º Carbono secundário
3º Carbono primário

Exemplo:

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
Alcenos, alcinos e alcadienos  são mais reativos que os alcanos
devido à presença da ligação pi (mais fraca) em suas estruturas. Reagem
normalmente através de adição com ruptura de ligação pi.

Exemplo:
HIDROGENAÇÃO

Observação: Em alcenos
maiores o hidrogênio sempre irá
se adicionar ao carbono mais
hidrogenado
(regra de markowinikoff)

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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
HIDRATAÇÃO

HIDROGENAÇÃO DE ALCINOS

HALOGENAÇÃO DE ALCINOS

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
Observação: em 1885  Adolf Von Bayer
Estabilidade dos ciclanos  Existiria uma maior estabilidade quando
os ângulos fossem mais próximos de 109°28’. Vejamos:
ciclopropano ciclobutano ciclopentano

Ciclopropano e Ciclobutano são mais instáveis, possuem maior tensão


nas ligações, portanto mais reativo (ocorre abertura de cadeia e adição ).
Enquanto isso, o ciclopentano possui menor tensão nas ligações, sendo
mais estável e pouco reativo (ocorre substituição, apenas).
Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
OBSERVE OS EXEMPLOS ONDE OS CICLANOS SÃO ROMPIDOS:
HIDROGENAÇÃO EM CICLANOS

Observe: O ciclobutano precisa de mais energia para reagir.

HALOGENAÇÃO EM CICLANOS

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES

O cicopentano e os cicloalcanos superiores não são


rompidos nessas condições.

O ciclopentano e os anéis maiores se comportam como alcanos,


sendo alvo de reações de substituição.

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES

Os carbonos, nos ciclanos superiores, não estão todos no mesmo


plano, apresentam as conformações “cadeira” ou “bote”. Isso
explica a estabilidade, sofrendo reações de substituição.

120°

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
A ESTABILIDADE DO BENZENO

Observação: a ressonância que ocorre nas ligações pi alternadas do


anel aromático (movimentação desses pares de elétrons) resultam na
estabilidade do benzeno.
Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
A SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS
Pode ser por Halogenação, nitração, sulfonação, alquilação e acilação.

Serginho
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HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES

Serginho
Professor de Química
HIDROCARBONETOS
PRINCIPAIS REAÇÕES
OBSERVAÇÃO: Os grupos já existentes no anel aromático podem direcionar uma
nova substituição para a posição meta ou para a posição orto e para, sendo
então classificados em meta-dirigentes ou orto-para-dirigentes.
EXEMPLO:

 O NO2 é meta
dirigente nessa reação.

Principais meta dirigentes Principais orto-para dirigentes


¾ NO2 ¾ NH2
¾ SO3H ¾ OH
¾ COOH ¾ R (alquil)
¾ CONH2 ¾ X (Cl, Br, I)
¾ CHO
¾CºN
Serginho
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O PETRÓLEO
Fonte de Hidrocarbonetos e Energia

É uma mistura de
Hidrocarbonetos,
insolúvel em água
e de baixa
densidade,
formado pela
decomposição de
matéria orgânica
ao longo de
milhões de anos

Serginho
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O PETRÓLEO
Jazidas e Extração

Torre de Extração Plataforma Marítima

Metano CH4

Petróleo

Serginho
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O PETRÓLEO
Destilação Fracionada e Refino

Serginho
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O PETRÓLEO
Destilação Fracionada e Refino

*quanto maior o tamanho da cadeia (ou massa molar), maior o ponto de fusão ou ebulição
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O PETRÓLEO
Destilação Fracionada e Refino

Craqueamento ou pirólise (cracking):


Como a produção de petróleo não crescia no mesmo ritmo do mercado consumidor,
foram realizados estudos no sentido de melhor aproveitamento dos resíduos, levando a
indústria ao craqueamento térmico. Moléculas de C14 a C16 são aquecidas na
presença de catalisadores (alumina Al2O3) e sofrem decomposição térmica, produzindo
mais gasolina (faixa de C6H14 a C10H22 ).

Serginho
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O PETRÓLEO
Diversos Derivados

Serginho
Professor de Química
O PETRÓLEO
Principal Fonte de Energia
Mais de ¾ da energia
consumida no mundo

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Professor de Química
Prof. Serginho
O PETRÓLEO
O Brasil e o Pré-sal

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O PETRÓLEO
Derivados Combustíveis para motores

Energia química  Energia Térmica  Energia Cinética  Energia Mecânica

Diesel, Querosene, Gasolina... metano (gás


natural) também pode ser usado para esse fim

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Gasolina e Octanagem

A gasolina e o Índice de octanagem:


A gasolina de alta octanagem resiste bem à compressão no motor
resultando em explosões com maior rendimento.
CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3
Teste de Laboratório
Gasolina constituída apenas de " n-heptano “
índice de octanagem = zero.
Gasolina constituída apenas de " isoctano “
índice de octanagem = 100 .
OBS.: Quando uma gasolina é referida como sendo de 70 octanos, significa que ela
oferece uma resistência à compressão equivalente a uma mistura de: 30% de
n.heptano + 70% de isoctano (testada em laboratório)
A qualidade da gasolina é melhorada pela adição de substâncias denominadas "anti-
detonantes".
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O PETRÓLEO
Tipos de Gasolina

Os tipos de Gasolina:
Quem abastece o carro hoje em dia pode escolher entre três tipos de
gasolina: comum, aditivada ou premium (v-power, depende da
empresa).

Além do preço, elas se diferenciam pela resistência à detonação


(octanagem) e pela quantidade de aditivos.

Na maioria dos carros nacionais, a gasolina comum pode ser usada


normalmente, embora seja preferível optar pela aditivada, que evita a
carbonização de partes internas do motor.

Já a gasolina premium deve ser usada nos esportivos de alto


desempenho.
Serginho
Professor de Química

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