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ARTIGO DE REVISÃO

ASPECTOS SOCIAIS E EMOCIONAIS DA PESSOA IDOSA EM DIÁLISE RENAL:


REVISÃO INTEGRATIVA

Izabela Antunes1
Maria Cicera da Silva1
Soraia Maia1
Marlise Lima Brandão2

1
Discente da Graduação em Enfermagem. Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil. Curitiba,
Paraná, Brasil.
2
Enfermeira. Mestra em Enfermagem. Docente da Graduação em Enfermagem. Centro Universitário Autônomo
do Brasil – UniBrasil. Curitiba, Paraná, Brasil.
3

INTRODUÇÃO

A Doença Renal Crônica (DRC) é a diminuição lenta e progressiva da capacidade dos


rins de filtrar os resíduos metabólicos do sangue, que pode levar de meses a anos para
apresentar manifestações clínicas (RIBEIRO et al., 2020), sua origem pode ser placentária,
hereditária ou adquirida, sendo a última associada a várias etiologias, entre elas:
cardiomiopatia, hipertensão arterial sistêmica (HAS) prolongada e grave, diabetes mellitus
(DM), pielonefrite, e hipertrofia dos rins por uso prolongado de medicamentos (PAULA;
NASCIMENTO; ROCHA, 2009).
Estimativas apontam que em 2010, dois milhões de pacientes no mundo tinham
doença renal crônica, e que tal cifra deve duplicar até 2030 (SOCIEDADE LATINO-
AMERICANA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO - SLAHN, 2018). A prevalência de
pessoas entre 65 e 80 anos em terapia de dialise renal é de 27,9%, ocasionando uma
diminuição na qualidade de vida destes pacientes em questão (SESSO et al., 2014).
Devido a dimensão e complexidade da doença, várias manifestações sistêmicas podem
ocorrer, como por exemplo, alterações neurológicas, gastrintestinais, cardiovasculares,
hematológicas, pulmonares, endócrino-metabólicas, dermatológicas e principalmente
hidroeletrolíticas, salientando que os sintomas da doença renal crônica também ocorrem com
frequência em outras doenças (BERTOLIN et al., 2008).
O indivíduo que realiza hemodiálise vivencia um turbilhão de sentimentos que variam
desde a esperança de uma vida melhor até o risco de morte. As sensações de melhora do
quadro geral de saúde ficam lado a lado com as sensações de perdas, frustações, limitações
impostas pela doença e pelo tratamento hemodialítico, condições que repercutem na saúde
física, mental e na qualidade de vida (PELLIZZARI, 2019).
As alterações físicas e fisiológicas da DRC englobam inúmeros fatores prejudiciais à
curto e longo prazo, entre eles: noctúria, fadiga, perda de apetite, soluços, redução na massa
muscular, caquexia, edema, hipertensão arterial e/ou hipotensão, câimbras, bem como,
cefaleia, sede excessiva, dor nos ossos, sonolência, confusão, dificuldade de concentração e
raciocínio, dormência nas mãos, pés e outras áreas do corpo, espasmos musculares e fácil
aparição de hematomas, hemorragia ou sangue nas fezes (TERRA et al., 2010).
Em sua fase mais avançada, chamada também de fase terminal de insuficiência renal
crônica, os rins já não conseguem realizar suas funções para promover a homeostase e por
esse motivo, os pacientes iniciam um tratamento medicamentoso e em algum momento, são
submetidos a tratamentos dialíticos (RIBEIRO et al., 2020).
4

Vale destacar que as modalidades de tratamento da DRC para substituição parcial das
funções renais são: a diálise renal, subdividida em hemodiálise e diálise peritoneal, e o
transplante renal. Esses tratamentos mantêm a vida, uma vez que depuram substâncias tóxicas
prejudiciais à saúde, tais como excesso de sódio, ureia, fósforo e líquidos, no entanto não
curam a doença (MARAGNO et al., 2012). Essas terapias substituem parcialmente a função
renal, sendo geralmente a hemodiálise a primeira escolha (SANTOS; PONTES, 2007).
A DRC e seus tratamentos acabam por interferir na vida das pessoas idosas impedindo
ou limitando suas atividades de vida diária, por causarem, na maioria das vezes,
incapacidades físicas ou emocionais (SOUZA et al., 2017). A qualidade de vida,
essencialmente da pessoa idosa, durante terapia dialítica é alterada gradativamente durante o
tratamento, seja pela gravidade da doença ou por suas complicações paralelas, como dor,
câimbras, náuseas, vômitos, diarreia e dispneia (TERRA et al., 2010; MARAGNO et al.,
2012).
A fragilidade da pessoa idosa acentua-se ao submeter-se ao processo hemodialítico,
aliado a essa problemática, somam-se a piora em muitas vezes da saúde mental, física e
psicológica, levando a um quadro depressivo, ansiedade e frustações, embora a qualidade de
vida seja agravada pelo quadro da DRC, algumas pessoas idosas ainda conseguem obter
forças e contornar obstáculos (BERNARDO et al., 2020).
A dificuldade de adaptação pode ser verificada logo no início do tratamento, pois os
pacientes com DRC em tratamento de dialise perdem o desempenho físico e profissional de
forma considerável e brusca, o que prejudica os níveis de vitalidade e compreensão sobre sua
saúde, podendo limitar a convivência social e a saúde mental do paciente, resultando em
perda de autonomia, isolamento social, distorção da imagem corporal, perda de emprego e a
adaptação a dependência funcional são sentimentos os quais acometem os pacientes sob a
hemodiálise (PILGER et al., 2017).
Observa-se que a população idosa submetida ao tratamento hemodialítico sofre
inúmeras alterações que são inerentes ao processo de envelhecimento, especialmente no que
diz respeito aos aspectos físicos, e a hemodiálise potencializa essas limitações, tornando-se
importante identificar os eventos indesejáveis e complicações relacionados, uma vez que a a
idade avançada está associada a níveis mais baixos de funcionamento físico, sociais e
emocionais (VIANA et al., 2019).
Sendo assim, traçou como objetivo desta revisão: Revisar na literatura científica, os
aspectos sociais e emocionais das pessoas idosas em diálise renal.
5

METODOLOGIA

Trata-se de revisão integrativa, que é um dos métodos de pesquisa utilizados na prática


baseada em evidência, “cuja finalidade é reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um
delimitado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o
aprofundamento do conhecimento do tema investigado” (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO,
2008, p.759).
Para uma revisão ser bem-sucedida é necessário desenvolver uma estratégia de seleção
na escolha das pesquisas, analisar corretamente, priorizando dados importantes a fim de
conduzir a pesquisa mantendo o padrão de metodológico (GANONG, 1987). É necessário ter
um objetivo claro e bem especificado, identificar o problema e manter o foco da revisão, que
deve ser realizada em seis etapas descritas a seguir: (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
1. Pergunta norteadora: deve ser elaborada de forma sucinta e clara, pois determina os
assuntos que serão inclusos na revisão (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). Neste estudo
a pergunta de pesquisa, seguiu a estratégia PICo (População; Interesse; Contexto) (STERN;
JORDAN; McARTHUR, 2014), a saber: Quais são os aspectos sociais e emocionas da
pessoa idosa em diálise renal? Onde P = pessoas idosas; I = aspectos emocionais; aspectos
sociais; Co = diálise renal.
2. Busca ou amostragem na literatura: conectada na fase um, ela refere dados em uma ampla
pesquisa e deve incluir critérios de inclusão e exclusão do material, assim como as bases de
dados consultadas e descritores (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
a. Base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library
Online (SciELO).
b. Critérios de inclusão: artigos originais, disponíveis online e na integra, nos idiomas
português, inglês e espanhol, publicados nos últimos cinco anos (jan. 2018 a dez.2022).
c. Critérios de exclusão: artigos que não apresentarem no título ou resumo as palavras
“dialise renal” ou “hemodiálise” ou “diálise peritoneal” e/ou pessoa idosa ou seus
sinônimos, as duplicidades, revisões narrativas e/ou integrativas e/ou sistemáticas.
d. Descritores em Ciência da Saúde: Diálise renal; Ajustamento social Ajustamento
emocional; Idoso, associados entre si pelos operadores booleanos OR e entre eles por
AND, organizadas no recurso busca avançada das bases de dados, conforme demonstra
o Quadro 1.
6

Quadro 1 – Descritores em Ciências da Saúde associados


DeCS DeCS + SINÔNIMOS
IDOSO Idoso OR idosos OR (Pessoa de Idade) OR
(Pessoa Idosa) OR (Pessoas de Idade) OR (Pessoas Idosas) OR
(População Idosa) OR Aged OR Ansiano
AND
AJUSTAMENTO EMOCIONAL (Ajustamento emocional) OR (Emotional adjustment) OR (Ajuste
emocional)
AND
AJUSTAMENTO SOCIAL (Ajustamento social) OR (social adjustment) OR (ajuste social)
AND
DIÁLISE RENAL Dialise renal OR (Dialise extracorpórea) OR (Hemodiálise) OR (Renal
dialysis) OR (Diálises renal)
Fonte: As autoras (2023).

PRINCI
AUTOR
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Peçanha de 70 anos,
Miranda a diálise
Coelho não
exerceu
influência
significativ
a sobre a
mortalida
de.
Legenda: DeCS – Descritores em Ciências da Saúde.

e. Amostragem: as autoras realizaram conjuntamente, a avalição dos artigos e


procederam a elaboração do Preferred reporting items for systematic reviews and
15

meta-analyses (PRISMA) (MOHER et al., 2009), para ilustrar a seleção dos artigos da
revisão integrativa.
3. Síntese das Informações: consiste em instrumento que assegure a extração de
dados, diminuindo o risco de erros na transcrição (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008),
os estudos incluídos serão sumarizados pelo ano, país e periódico de publicação, objetivo,
número de participantes, tipo de estudo, principiais resultados, conclusões e nível de
evidência.
a. Instrumento para sumarização dos artigos incluídos na revisão (QUADRO 2).

QUADRO 2 – SUMARIZAÇÃO DOS ARTIGOS INCLUÍDOS NA REVISÃO INTEGRATIVA

b. classificação do nível de evidência de (OXFORD CENTRE FOR EVIDENCE-BASED


MEDICINE, 2009), são apontados no Quadro 3.

QUADRO 3 – CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE EVIDÊNCIA


NE TIPOS DE ESTUDOS
1a Revisão Sistemática (com homogeneidade) de Ensaios Clínicos Controlados e Randomizados.
1b ECCR com intervalo de confiança (IC) estreito.
Estudos com resultados terapêuticos do tipo “Tudo ou Nada” e sensibilidade e especificidade próximas de
1c
100%. Estudo de série de casos controlados.
2a Revisão Sistemática (com homogeneidade) de Estudos de Coorte.
Estudo de Coorte individual (incluindo ECCR de menor qualidade, por exemplo, acompanhamento
2b abaixo de 80%). Estudo de coorte com pobre qualidade de randomização, controle ou sem
acompanhamento longo, estudo de coorte transversal.
Observação de resultados terapêuticos (outcomes research); Estudos Ecológicos. Resultados de pesquisas
2c
(observação de resultados terapêuticos ou evolução clínica).
3a Revisão Sistemática (com homogeneidade) de Estudos Caso-controle.
3b Estudo Caso-controle individual.
4 Relato de Casos (incluindo Coorte ou Caso-controle de menor qualidade).
Opinião de especialistas sem avaliação crítica explícita, estudos de fisiologia, pesquisas de bancada e
5 “first principles”. Opinião de autoridades respeitadas ou especialistas. Revisão da literatura não
sistemática.
FONTE: OXFORD CENTRE FOR EVIDENCE-BASED MEDICINE (2009, não p.)
LEGENDA:ECCR – Ensaio Clínico Controlado e Randomizado; IC – Intervalo de Confiança; NE – Nível de
evidência.
16

4. Análise crítica dos estudos incluídos: visa organizar e empoderar o rigor e as


características dos estudos. (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010), que consistirá na leitura
crítica dos documentos incluídos, buscando identificar nos resultados apresentados pelos
autores, quais os cuidados de enfermagem que visam a prevenção e o tratamento das lesões de
pé diabético.
5. Discussão de resultados: será realizada a interpretação dos resultados, relatando a
análise dos artigos com referencial teórico (SOUZA; SILVA; CARVALHO 2010), visando
responder à questão de pesquisa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008), para que os
autores desta revisão apontarão de forma discriminada os aspectos sociais e emocionais na
pessoa idosa em diálise renal.
6. Apresentação da revisão integrativa: com vistas a permitir ao leitor as evidências e
informações detalhadas, baseadas nas metodologias sem encobrir qualquer dado (SOUZA;
SILVA; CARVALHO, 2010), para alcançar esta etapa da revisão far-se-á necessário
apresentar os resultados agrupados conforme a categorização realizada na etapa anterior,
buscando apontar as divergências e convergências encontradas nos estudos, promovendo a
informação baseada em evidências.
17

RESULTADOS

RESULTADO INICIAL :1283


APÓS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: 12
APÓS CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO (JUSTICAR A EXCLUSÃO): 1 DUPLICIDADE ; 1
NÃO TINHA DESCRITOR; 1 REVISÃO
TOTAL ARTIGOS INCLUÍDOS: 9
18

REFERÊNCIAS

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variables of people on chronic hemodialysis. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v.45, n.5,
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Acesso em: 06 jun. 2023.

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V jornada cientifica 12 e 13 de novembro de 2020. Disponível em:
https://pensaracademico.unifacig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/view/2028/2062.
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