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º 5
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o
grupo, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
GRUPO I
A proteção primária da Terra contra a radiação ultravioleta solar é a camada de ozono estratos-
férico, que absorve raios UV de alta energia antes que eles possam atingir a superfície da Terra.
Em 1974, Molina e Rowland notaram que alguns compostos de origem humana como os cloro-
fluorometanos embora inertes na troposfera, libertam átomos de cloro (Cl) ao atingir a estratosfera
e causam a destruição catalítica do ozono. A consequência é o aumento da quantidade de radiação
ultravioleta que atinge a superfície da Terra, causando, potencialmente, mais doenças. Os níveis de
preocupação aumentaram significativamente, em 1985, com a descoberta inesperada do buraco na
camada de ozono na Antártida.
Em resposta, foi criado, em 1987, o Protocolo de Montreal, um tratado que protege a camada de
ozono, através da eliminação gradual de certas substâncias que destroem esta camada.
Embora tenha sido um primeiro passo essencial e histórico, o Protocolo de Montreal original era
insuficiente e, desde então, foi alterado e ajustado várias vezes para expandir a lista de substâncias
controladas. Mudanças notáveis incluem a Emenda de Londres, que exigia a eliminação completa
de clorofluorcarbonetos (CFC), halons e tetracloreto de carbono nos países desenvolvidos e nos
em desenvolvimento.
Na década de 1980, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos começou a avaliar
os impactes na saúde da população nos EUA, associados às mudanças induzidas na camada de
ozono, para compreender melhor os efeitos adversos, na saúde humana, de uma camada de ozono
empobrecida e para quantificar os benefícios de políticas que reduzam as emissões de substâncias
que degradam o ozono estratosférico.
Os efeitos na saúde induzidos pela exposição à radiação ultravioleta (UV) estão principalmente
relacionados com a pele, os olhos e o sistema imunitário, mais intimamente relacionados com dife-
rentes comprimentos de onda no UV-A (400−315 nm) e UV-B (315−280 nm). Os efeitos na pele
incluem eritema (queimadura solar), envelhecimento da pele e vários tipos de cancro. Os efeitos
oculares podem incluir catarata, cancro de córnea ou da conjuntiva e outros danos à superfície do
olho.
A sobreexposição à radiação UV também pode reduzir as defesas imunitárias, o que potencia a
reativação de infeções virais latentes.
Baseado em Madronich, S., Lee-Taylor, J. M., Wagner, M., Kyle, J., Hu, Z., & Landolfi, R. (2021). Estimation of Skin and
Ocular Damage Avoided in the United States through Implementation of the Montreal Protocol on Substances that
Deplete the Ozone Layer. ACS Earth and Space Chemistry, 5(8), 1876-1888
1. Recentemente, foi tornado público a diminuição do buraco da camada de ozono. Refira medi-
das iniciadas no protocolo de Montreal que contribuíram para esta situação.
2. Estabeleça a ordem cronológica dos acontecimentos identificandos pelas letras de A a E, que
culminam no desenvolvimento de cancros.
A. Produção e libertação de CFC.
B. Aparecimento de melanomas.
C. Alteração nucleotídica por ação de radiação UV.
D. Rarefação da camada de ozono.
E. Dissociação de poluentes na estratosfera.
3. A Emenda de Londres, ao proibir a libertação de tetracloreto de carbono, implicou
(A) uma maior rarefação do ozono estratosférico.
(B) um aumento da libertação de cloro na estratosfera.
(C) um aumento das reações catalíticas na atmosfera.
(D) uma diminuição de reações catalíticas na atmosfera.
4. Gases, como o , também são libertados pela atividade humana, contribuindo direta-
mente para .
(A) dióxido de enxofre ... as chuvas ácidas
(B) ácido carbónico ... as chuvas ácidas
(C) dióxido de enxofre ... a eutrofização
(D) ácido carbónico ... a eutrofização
5. As afirmações seguintes dizem respeito à poluição atmosférica. Selecione a opção que as ava-
lia corretamente.
I. A poluição atmosférica manifesta-se apenas a nível de problemas relacionados com a pele
e com os olhos.
II. As fontes de poluição atmosférica podem ser pontuais ou difusas, mas os seus efeitos são
crónicos.
III. A poluição atmosférica pode ser prejudicial nos diferentes grupos etários, afetando em
maior número indivíduos com patologias crónicas, os mais idosos ou as crianças com sis-
tema imunitário debilitado.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.
6. A poluição do ar resulta da acumulação de partículas sólidas e de gases nas camadas inferio-
res da atmosfera. Assim, são considerados poluentes os que derivam da atividade
industrial ou dos transportes coletivos, podendo, no entanto, ocorrer reações entre constituintes
naturais presentes na atmosfera que geram poluentes .
(A) secundários ... primários
(B) persistentes ... inorgânicos
(C) inorgânicos ... persistentes
(D) primários ... secundários
7. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com a camada de ozono, selecione as três
opções corretas, transcrevendo para a folha de respostas os números correspondentes.
I. A camada de ozono poderia ser reposta libertando ozono na atmosfera, não sendo neces-
sária a eliminação ou diminuição de compostos como os CFC.
II. A camada de ozono protege o nosso planeta de parte da radiação solar.
III. Os CFC atuaram na troposfera e permitiram uma chegada de maior radiação térmica infra-
vermelha.
IV. O buraco na camada de ozono não corresponde necessariamente a um local sem ozono,
mas sim a uma zona onde esta camada se encontra mais rarefeita.
V. A destruição da camada de ozono pode ter impacto negativo ao nível da saúde pública e
individual.
8. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. Transcreva para a folha de
respostas cada uma das letras, seguida do número que corresponde à opção selecionada.
A cada letra corresponde um só número.
Nos países (a) , as grandes indústrias usam equipamentos que retêm a maior parte
dos poluentes e limitam significativamente a poluição atmosférica local, mas ainda não existem
equipamentos que (b) dióxido de carbono de forma sustentável. A transição para a
mobilidade elétrica reduz drasticamente a emissão de poluentes, desde que a energia prove-
nha de fontes (c) . O comportamento individual pode permitir (d) da poluição
atmosférica, salientando-se o uso de energias renováveis. A preservação de florestas e a redu-
ção de (e) , por implementação de medidas mais sustentáveis, irão viabilizar um
aumento da taxa fotossintética, levando a uma diminuição da concentração de dióxido de car-
bono na atmosfera.
(a) (b) (c) (d) (e)
1. menos desenvolvidos 1. capturem 1. nucleares 1. um aumento 1. fogos florestais
2. subdesenvolvidos 2. emitam 2. renováveis 2. uma manutenção 2. plantio
3. mais desenvolvidos 3. processem 3. não renováveis 3. um decréscimo 3. plantas autóctones
9. A destruição da camada de ozono não foi caso único de poluição atmosférica em grande escala.
Durante a revolução industrial, a poluição atmosférica decorrente das atividades humanas nas
áreas urbanas era elevada, surgindo o termo smog fotoquímico.
Explique em que consiste este fenómeno.
GRUPO II
O crómio (Cr) é um metal duro, de cor prateada, que ocorre naturalmente em solos rochosos e
poeiras vulcânicas, e que consta entre as substâncias mais perigosas, tendo sido classificado como
cancerígeno, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro. Por este motivo,
é importante uma melhor compreensão da sua absorção, transporte e bioacumulação nas plantas.
O crómio existe numa ampla gama de estados de oxidação, sendo mais comuns e estáveis o
Cr (VI) “hexavalente” e o Cr (III) “trivalente”.
O Cr (VI) é usado em diversas aplicações industriais, resultando na descarga de efluentes con-
tendo crómio, o que causa uma elevação significativa nos seus teores ambientais. Devido à sua
alta solubilidade na água, o Cr (VI) é considerado um ião perigoso que contamina as águas subter-
râneas e pode ser transferido através da cadeia alimentar. Este ião também ocorre no ar, na água
e no solo, em diferentes concentrações.
Até ao momento, o Cr não tem nenhum papel biológico conhecido na fisiologia vegetal, sendo,
geralmente, percebido que níveis excessivos de Cr nos tecidos vegetais podem provocar vários
processos morfofisiológicos e bioquímicos prejudiciais nas plantas. Normalmente, a toxicidade do
Cr reduz o crescimento das plantas, induzindo modificações ultraestruturais da membrana celular e
do cloroplasto, provocando a clorose nas folhas (amarelecimento das folhas), danificando as célu-
las das raízes, reduzindo o conteúdo de pigmento, perturbando as relações hídricas e a nutrição
mineral, afetando a transpiração e a assimilação de nitrogénio e alterando diferentes atividades
enzimáticas. Todos esses efeitos tóxicos do Cr podem ser devidos à superprodução de espécies
reativas de oxigénio (ROS), que acabam por interromper o equilíbrio redox nas plantas (figura 1).
Diminuição do crescimento Peroxidação dos lípidos,
das plantas que danifica as
membranas celulares
Produção
excessiva
Diminuição da de espécies
taxa fotossintética Stresse oxidativo reativas
de oxigénio
(ROS)
Maior concentração
Compete com outros de Cr nos tecidos
iões essenciais das plantas
Excesso de crómio
(Cr) no solo
Caracterização da contaminação
Seleção e introdução
OGM
de plantas
Figura 2. Esquema geral das etapas para definição e implementação de um processo de biorremediação.
Baseado em Gaylarde, C. C., Bellinaso, M. D. L., & Manfio, G. P. (2005). Biorremediação. Biotecnologia Ciência &
Desenvolvimento, 34, 36-43.
FIM