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Atividade 2 – Relatório de Leitura: Filosofia, Justiça e Amor

Discente: Yan Lázaro Santos


Nº USP: 9292667

A leitura desse texto foi para mim uma introdução ao pensamento de Lévinas.
Nesta situação, achei vantajoso acompanhar algumas aulas disponíveis na internete e
adquirir um panorama um pouco mais amplo da linha epistemológica adotada. Após
esse curto processo de apropriação, e antes de realizar uma leitura mais detalhada do
texto, recebi Lévinas como um autor da fenomenologia que se debruça sobre a
importância das experiências éticas e do encontro com o outro.

A justiça e o amor: Ao destacar a ética, amor e justiça se tornam conceitos


centrais nos raciocínios desenvolvidos. Para Lévinas o amor é o ato de permitir que o
destino do outro, oriundo de Deus, demonstrando influências teológicas, se complete; se
dá na ausência do ato (não agirás para impedir o destino). Em contrapartida, perante o
encontro há uma situação em que o amor perde seu protagonismo: perante a justiça.
A justiça existe devido à pluralidade do convívio humano. Devido ao fato de
existirem terceiros nas relações, é possível que seja necessária uma influência direta no
destino de um dos indivíduos pela manutenção da organização geral da civilização. Tal
situação se concretiza quando um indivíduo é preso após cometer um delito: Seu destino
– viver no mundo – se obscurece, é freado por outros.

A ontologia: A temática da ontologia é complexa e por vezes me escapa devido à


pluralidade de sistemas de pensamento que adotaram essa terminologia. Em geral,
podemos considerar a ontologia como a “filosofia, ou o estudo, da condição de ser”.
Perante a epistemologia, a ontologia frequentemente surge com relação a certa noção de
tridimensionalidade, a busca pela compreensão das estruturas fundamentais da realidade
– um esforço para compreender um certo espaço do qual as possibilidades se
manifestam. Já Lévinas, parte da experiência, da alteridade, do rosto... da relação com o
outro. Tal movimento configura uma virada – um “carrinho de pau” – na epistemologia
de sua época.
Tal caminho leva a considerações interessantes acerca do formato de
constituição do “conhecimento” ou da “verdade”. Lévinas nos convida, então, a
repensar fundamentalmente nossa compreensão da formulação do saber. Ao priorizar o
amor e a justiça como respostas éticas, Lévinas enfatiza a relação com o outro e com a
alteridade nas possibilidades de ser. Em sua visão, a responsabilidade ética para com o
outro não é apenas uma questão de dever, mas é o cerne da experiência humana e
advém de deus.

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