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Atenção á Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade

Caracterização das prisões brasileiras

 A constituição Federal preconiza que a saúde é um direito do cidadão e um dever do estado, e deve ser
garantido através de politicas sociais e econômicas com caráter universal, integral, gratuita devendo ser
estendida a todos os cidadãos independente da condição em que se encontram.
 As pessoas privadas de liberdade que hoje abarrotam as prisões brasileiras devem ter o direito à saúde
garantida de forma digna, humana, integral e universal, no entanto, a realidade que se encontra é outra.
 Insalubridade, superpopulação, confinamento permanente, falta de investimentos governamentais e violência,
essa é a realidade das prisões brasileiras.

SUPERPOPULAÇÃO

 O Brasil é o terceiro em número de presos, ficando atrás dos Eua e China.


 Segundo o levantamento do CNJ, estão presos 867 mil homens e 49 mil mulheres.
 Hoje, há mais que o dobro de pessoas presas do que o número de vagas em presídio. Só há 453.942 mil vagas
disponíveis para os 919 mil presos.

INSALUBRIDADE, HIGIENE E ALIMENTAÇÃO

 Celas mal ventiladas e com pouca iluminação solar.


 Falta de higiene e banhos de agua gelada.
 Má alimentação e sedentarismo.

Perfil populacional

 São compostos por jovens entre 18 e 29 anos.


 Com uma baixa escolaridade, ensino fundamental e médio incompletos.
 Composta por mais homens do que mulheres.
 Maioria negra.
 Marginalizados, pobres, moradores de rua ou desempregados, com problemas de saúde mental e relativos à
dependência química.
 Tiveram pouco ou nenhum acesso á saúde.

Principais doenças no sistema prisional

 HIV/AIDS e IST - Deve-se considerar que as relações sexuais ocorrem nas prisões não somente nas visitas
íntimas, mas no dia a dia da vida prisional. Além disso, há evidências de abuso sexual, aumentando o risco da
transmissão do HIV e de outras DST.
 O compartilhamento de material usado para o consumo de drogas, para tatuagens, piercings e lâminas de
barbear, além da esterilização inadequada ou reutilização de instrumentos médicos ou odontológicos.
 TUBERCULOSE - Os fatores de risco estão relacionados ao encarceramento. A ausência de ventilação e luz
solar adequadas, associada à superpopulação carcerária, contribui para a transmissão da TB.
 HEPATITES - Grupo de risco para a hepatite C, em função das condições de confinamento, marginalização
social, dependência de drogas, baixo nível socioeconômico e precárias condições dos ambientes carcerários.
 USO DE DROGAS
 SIFILIS
 TRANSTORNOS MENTAIS
 HIPERTENÇÃO ARTERIAL
Composição das Equipes de Atenção Básica Prisional (EABP)

 De acordo com a quantidade de presos.


 Obrigatório: Medico Enfermeiro, Técnico de enfermagem, Dentista e Técnico de higiene bucal.

Histórico das Ações da Saúde no Sistema Penitenciário

 1984 Leis da execução penal.


 1988 Constituição cidadã.
 1990 SUS.
 1994 Saúde da família.
 1996 NOB (Norma operacional básica) Estadual e municipal.
 2003 PNSSP
 2014 PNAISP

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