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realidade.
Parte I: Avé-Marias
Tempo
O tempo real torna-se sucessivamente mais negativo, algo que se evidencia pelos títulos associados
A evasão surge
Espaço
O principal espaço é a cidade de Lisboa, onde o sujeito poético passeia e observa o mundo à sua
Espaço de evasão
Análise do poema
Ave Marias:
O poeta descreve o movimento da cidade ao cair da noite que desencadeia a sua reflexão e
introespeção. São vários os contrastes citadinos: - a inflicidade dos que ficam opõe-se á felicidade dos
que partem; os trabalhadores contrapõem-se aos ociosos; os favorecidos contrastam com os
socialmente mais frágeis.
Noite fechada:
Esta parte constitui o segundo andamento do roteiro atadino. O poeta percorre a cidade de noitre
reparando nos movimentos e na luminosidade (artificial e natural) das ruas. O tempo real opõe-se ao
tempo sublime de Camões, representado simbolicamente pela estátua do poeta. Intensifica-se a
descrição das sensações negativas do sujeito poético: - a cidade é comparada a uma prisão ( aljube) ,
transformada em asilo. Acentuam-se o sofrimento e a melancolia da primeira parte que, ora degeneram
em depressão e morbidez, ora conduzem á imaginação, á evasão e ao sonho.
Ao gás:
Neste terceiro momento do itinerário o sujeito deambulante sente-se oprimido perante os cenários de
miséria e degradação circundantes que o deixam num estado de quase alienação. Continua o jogo de
contraste entre a hipocrisia social e religiosa da burguesia citadina e o trabalho honesto dos operários.
A literatura surge como fonte de vida. Vislumbra-se uma última imagem de decadência: a do pedinte,
antigo professor de latim.
Horas mortas:
Em «Horas Mortas», o sujeito poético deambula por uma cidade às escuras onde na
madrugada, sobressai a violência e a insegurança. As ruas estão todas elas vazias, o sujeito poético
apenas vê os bêbados (vv. 31-32), os cães raivosos e doentes (vv. 35-36), os guardas noturnos
(vv. 37-38) e as prostitutas (v. 39), este sente-se aprisionado, como se se tratasse de uma cidade prisão
e como tal, tem uma enorme vontade de fugir e o desejo de viver num lugar de perfeição.
sujeito poético.
Criticas do poema
Os descobrimentos são vistos como uma experiência pura e grandiosa à qual não é feito jus no
presente, em que o mar é um comercio e uma desgraça, algo que se estende à cidade e ao povo
português.
Os militares perderam o seu orgulho ao servir lideres medíocres (o rei – Cesário era visto como
A vontade e os sonhos dos portugueses deixaram de existir, as gentes passaram a ser submissas e
sofrer mais.
A critica recai maioritariamente sobre os mais favorecidos, que se deixam levar pela sua situação
sem ter consciência das outras realidades. Outra das criticas presentes reside na utilização de
Personagens
• Burgueses (negativas) – pessoas favorecidas pela sorte ao que andam à voltas dessas
pessoas
evasão, da memória).
Simbolismo – culto do “eu”, preocupação formal, capacidade de visão especial que pode atingir
poeta, com ênfase nos sentidos. Atribuição às palavras, as caraterísticas dos quadros
impressionistas, muitas vezes através da utilização da metáfora.
Modernismo – união entre a literatura e as artes plásticas, relação entre autor e obra,
capacidade
introspetiva.
Neorrealismo - dinamismo entre o povo urbano e rural, personagem coletiva, destaque das