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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

ÁREA DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CAMPUS APROXIMADO DE CAMPOS NOVOS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Fisiopatologia da Reprodução do Macho

Relatório de aula prática apresentado ao Curso de


Medicina Veterinária, Área das Ciências Agrárias,
da Universidade do Oeste de Santa Catarina –
UNOESC, como requisito parcial para o
componente curricular de Fisiopatologia da
Reprodução do Macho.

Docente: Prof. Dr. Fábio José Gomes Bertipaglia


Discentes: Ana Paula Rossete, Eloisa Kruger, Emily
Cristine Mezzomo, Gabriela Fabris de Campos e Larissa
Bizzon.

Campos Novos – SC
2023
LISTA DE FIGURAS

Fotografia 01 - Remoção da palheta de sêmen do botijão de nitrogênio. 6


Fotografia 02 - Remoção do sêmen da palheta. 7
Fotografia 03 - Lâmina aquecida para avaliar vigor e motilidade. 7
Fotografia 04 - Adição e homogeneização de sêmen com solução formol salina. 8
Fotografia 05 - Equipamento de banho maria com microtubos aquecidos. 8
Fotografia 06 - Câmera de Neubauer 9
Fotografia 07 - Mesa aquecedora. 9
Fotografia 08 - Visão de microscópio de esfregaço corado. 10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 MATERIAIS E MÉTODOS 5
2.1 Materiais 5
2.2 Métodos 5
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 11
4 CONCLUSÃO 12
5 REFERÊNCIAS 13
1 INTRODUÇÃO
A andrologia veterinária bem como a bovinocultura brasileira estão evoluindo
constantemente e complementando-se, sendo para que ocorra melhoramento do rebanho é
necessário a avaliação do touro a ser utilizado além da avaliação das fêmeas (MARIANO, et
al 2015). A maioria dos produtores preocupam-se somente com a viabilidade de matriz,
negligenciando o reprodutor, não levando em consideração que um macho pode acasalar com
um número maior de fêmeas, tanto em inseminação artificial quanto monta natural
(BARBOSA e MACHADO, 2005).
O exame andrológico é uma ferramenta que contribui na seleção de reprodutores e
descarte de animais com alguma deformidade, deve ser realizado em local adequado, bem
como contenção para cada tipo de espécie. Este deve ser indicado quando já há indícios de
infertilidade, seleção e comercialização de reprodutores, avaliação antes da estação de monta,
ocorrência da puberdade e ingresso em centrais de inseminação (MARIANO, et al., 2015,
FONSECA et al., 1992).
Baseia-se na identificação do animal e obtenção de informações como, número,
tatuagem, idade, raça, propriedade e proprietário, anamnese completa, desde padrão
nutricional, sanitário e reprodutivo, exame físico geral de demais sistemas, ECC e
comportamento (MARIANO, et al., 2015).
Partindo para os exames específicos, avalia-se todas as estruturas externas e palpáveis
do sistema reprodutivo (bolsa escrotal, testículos, epidídimo, cordões espermáticos, prepúcio,
pênis, biometria testicular) e internos com auxílio de ultrassom, já o espermograma analisa as
características físicas do ejaculado, aspecto, turbilhonamento, motilidade, vigor, morfologia e
concentração (MARIANO, et al., 2015).
O objetivo deste manejo é detectar alterações do desenvolvimento do sistema genital,
alterações regressivas, progressivas e inflamatórias nos diversos órgãos, bem como distúrbio
na libido e na habilidade da cópula, designando-o apto ou não.
2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais

Na aula do dia 25 de outubro de 2023 o docente da matéria de Fisiopatologia da


Reprodução do Macho apresentou aos acadêmicos a prática da realização do espermograma,
incluindo todas as etapas e formas de avaliação, assim associado a teórica aplicada
anteriormente.

Para a aula em questão utilizamos como material, palhetas de sêmen criopreservados


em nitrogênio líquido com temperatura de -196 ºC, solução de formol salina a 4% (fosfato de
potássio 2,63g + 96 ml de água destilada + 4 ml de formol), lâminas, equipamento de banho
maria para descongelamento, pipetas e ponteiras para pipetagem da amostra e
homogeneização, microtubos para disposição do sêmen misturado com formol salina, mesa
aquecedora para manter as lâminas aquecidas, microscópio para observação das lâminas,
platina aquecedora para manter lâmina aquecida durante análise de espermatozóides vivos,
corante panótico rápido para corar as lâminas e câmera de Neubauer para contagem de
espermatozóides.

2.2 Métodos

Iniciamos a aula com o descongelamento do sêmen em banho maria em temperatura


de 37ºC por 30 segundos junto a ele colocamos um microtubo para aquecer, após
descongelado cortamos a ponta da palheta e direcionamos o sêmen ao microtubo e
retornamos ao banho maria sempre na mesma temperatura. Após isso pipetamos o sêmen e
colocamos em outro microtubo onde será também adicionado solução de formol salina em
partes iguais (1/1).

A primeira análise feita em aula foi a de vigor e motilidade progressiva, com


avaliação do sêmen descongelado e aquecido em banho maria, utilizando lâmina aquecida em
mesa aquecedora e observado em microscópio com platina aquecedora, sempre aquecido para
preservação da vitalidade dos espermatozóides.

Para avaliar a concentração utilizamos a câmara de neubauer, onde foi adicionado


com a pipeta uma gota da mistura do sêmen com formol salina, esta solução tem função de
matar os espermatozóides, evitando locomoção e possibilitando a contagem. Para um dado
fidedigno, deve-se aguardar 5 a 15 minutos para decantar e contam-se todos os
espermatozóides que estão dentro de 5 quadrados em diagonal de um lado e 5 quadrados em
diagonal de outro lado, bem como os que estão na linha superior e lateral direita, soma-se a
contagem de ambos os lados e obtém a média. Para cálculo de concentração utiliza-se a
seguinte fórmula: média da contagem x número de quadrados contados x altura da câmera x
diluição x ml (1.000).

Em outra lâmina foi adicionado uma gota da mistura de sêmen com solução de formol
salina, e fez-se esfregaço utilizando mais uma lâmina, onde posiciona-se a lâmina
dorsalmente a gota e espera que esta escorra pela superfície, assim é corrido a lâmina
rapidamente para obter o esfregaço do sêmen, esta lâmina fica em mesa aquecedora até
secagem e depois é carona em panótico rápido onde a lâmina contendo o esfregaço deve ficar
30 segundo em cada uma das 3 soluções, lava-se a parte de trás da lâmina e deixa-a secar na
mesa aquecedora. Após seca observa-se em microscópio em aumento de 1000 vezes com
óleo, contando até 200 espermatozóides, com o objetivo de avaliar morfologia.

Fotografia 01 - Remoção da palheta de sêmen do botijão de nitrogênio.

Fonte: Os autores.
Fotografia 02 - Remoção do sêmen da palheta.

Fonte: Os autores.

Fotografia 03 - Lâmina aquecida para avaliar vigor e motilidade.

Fonte: Os autores.
Fotografia 04 - Adição e homogeneização de sêmen com solução formol salina.

Fonte: Os autores.

Fotografia 05 - Equipamento de banho maria com microtubos aquecidos.

Fonte: Os autores.
Fotografia 06 - Câmera de Neubauer

Fonte: Os autores.

Fotografia 07 - Mesa aquecedora.

Fonte: Os autores.
Fotografia 08 - Visão de microscópio de esfregaço corado.

Fonte: Os autores.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante do exposto, faz-se necessário avaliar quais foram os resultados obtidos através
da avaliação do sêmen e das técnicas aplicadas para realização completa do espermograma.
A maioria das amostras apresentavam os espermatozóides mortos devido a má
conservação, impossibilitando avaliar vigor e motilidade, além disso não foi avaliado a
morfologia, apenas feita a contagem até 200 espermatozóides, entretanto na contagem da
câmara de Neubauer um dos quadrantes obteve-se o resultado de 213 espermatozoides, já no
outro quadrante o resultado foi de 259 espermatozóides, obtendo a média de 236.

As aulas em sequência serão realizadas com sêmen fresco possibilitando melhor


avaliação, bem como a verificação de turbilhonamento.
4 CONCLUSÃO
Dessa forma, observando os aspectos abordados, conclui-se que a avaliação do sêmen
em machos reprodutores é essencial para detectar o desempenho reprodutivo do animal,
tendo em vista que para obter um laudo de espermograma são muitos os fatores que podem
interferir para um resultado fidedigno. Ademais, essa avaliação é crucial para identificar e
tratar distúrbios clínicos, os quais podem ser evitados e tratados, a fim de reduzir o descarte e
diminuir os índices de machos não aptos à reprodução.
Além disso, ter conhecimento acerca do manuseio do semên e da fisiologia
reprodutiva de cada espécie animal é de fundamental importância para a realização e
avaliação adequada.
5 REFERÊNCIAS

BARBOSA, Rogério T.; MACHADO, Rui. A importância do exame andrológico em


bovinos. 2005. Disponível em:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/47256/1/Circular41.pdf. Acesso em:
29 de outubro de 2023;

FONSECA, V.O.et al. Potencial reprodutivo de touros da raça Nelore (Bos taurus indicus) em
monta natural: proporção touro:vaca 1:40 e fertilidade. Revista Brasileira de Reprodução
Animal, v.15, n.1/2, p.103-108, 1991. Acesso em: 29 de outubro de 2023.

MARIANO, Renata Sitta Gomes et al. Exame andrológico em bovinos–revisão de literatura.


Nucleus Animalium, v. 7, n. 1, p. 4-4, 2015. Disponível em: MARIANO, Renata Sitta
Gomes et al. Exame andrológico em bovinos–revisão de literatura. Nucleus Animalium, v. 7,
n. 1, p. 4-4, 2015. Acesso em: 29 de outubro de 2023;

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