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EVOLUÇÃO DAS CORRENTES DE GESTÃO E SUA PERTINÊNCIA ATUAL

A Revolução Industrial
Decorre em: 1780 -> 1840, tem início em Inglaterra e
caracterizada por:

 Inovações tecnológicas nos domínios da automação.


 A substituição do esforço animado pelo esforço
inanimado.
 Uma capacidade significativamente acrescida de
extrair e trabalhar matérias-primas.

Com o surgimento de unidades fabris, a gestão torna-se fundamental para:

 Prever a procura (sem o peso da atualidade)


 Assegurar os recursos necessários para satisfazer as necessidades de produção
 Assegurar a manutenção da maquinaria e outros recursos materiais
 Assegurar determinados padrões de produção (qualidade e/ou quantidade)
 Encontrar mercados para escoamento do produto final
 Gerir os recursos financeiros

E a Gestão de Recursos Humanos?

O Movimento da Melhoria Industrial

Cadbury- Primeira Fábrica a criar o “Wellfare Office”

Em Portugal,

A melhoria industrial na Vista Alegre

Fundada em 1824, a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre foi a primeira unidade industrial
dedicada à produção da porcelana em Portugal. Pouco depois da sua fundação em 1824 até
finais do século XIX, esta empresa destacou-se pelas seguintes infraestruturas de apoio aos
trabalhadores:

 Casas de habitação para os trabalhadores no recinto da quinta que albergava a fábrica


 Colégio onde além dos ofícios úteis à fábrica se ensinava instrução primária e música
 Corporação de bombeiros
 Grupo de teatro, filarmónica e campo de futebol
 Assistência média e farmacêutica
Contributos do movimento da melhoria industrial

o Consciencialização, por parte dos empregadores, para as más condições de


trabalho dos operários
o Implementação de medidas que contribuíram para melhoria das condições de
trabalho
o Desenvolvimento de infraestruturas e iniciativas que promoveram melhoria das
condições de vida dos trabalhadores e suas famílias

Perspetiva da melhoria industrial

Esta perspetiva assumia a forma de paternalismo feudal, em que o patrão era visto como o pai,
ser superior em termos éticos e morais que devia proteger e disciplinar os seus trabalhadores.

TAYLOR E A GESTÃO CIENTÍFICA

A ineficiência na Midvale Steele foi analisada por Taylor, que a percebeu como resultante de:

 Falta de conceitos claros sobre trabalho e responsabilidades de gestão


 Falta de padrões de trabalho
 Predisposição dos trabalhadores para operarem de um modo lento intencionalmente
 Decisões dos gestores baseadas em intuições e "tiros no escuro"
 Ausência de preocupação em conciliar habilidades e aptidões do trabalhador com
tarefas desempenhadas
 Perceção de trabalhadores e patrões numa relação do tipo “jogo de soma nula”

Taylor defendeu a aplicação do Método Científico à gestão com o objetivo de descobrir o "the
one best way" segundo o qual cada trabalho deveria ser realizado.

Os pilares da organização científica do trabalho, propostos por Taylor:

1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos

2. Estudo da fadiga humana

3. Divisão e especialização do trabalho (“tempo padrão”)

4. Desenho de cargos e tarefas (máxima simplificação)

5. Incentivos salariais e prémios de produção (salário à peça)

6. Conceito de Homo Ecomonicus

7. Condições ambientais de trabalho

8. Padronização

9. Supervisão funcional
Os 4 princípios da gestão científica de Taylor:

• Princípio do planeamento (substitui o improviso)

• Princípio da preparação (inclui: o homem certo no local certo)

• Princípio do controlo

• Princípio da separação entre a conceção e a execução do trabalho

Principais contributos do Taylorismo para a gestão:

• Aumento de aprox. 200% na produtividade média

• Os postulados de Taylor continuam a ter aplicabilidade

Principais limitações do Taylorismo para a gestão:

• Motivação exclusivamente económica

• Excessiva especialização do trabalho

• Desqualificação do trabalho

HENRY FORD E OS PRESSUPOSTOS DO FORDISMO

As ideias de Taylor foram bem acolhidas por outras empresas


industriais, destacando-se a Ford Motor Company

Noções importantes associadas ao fordismo:

 Padronização do produto e do processo de fabrico


(uniformização dos artigos produzidos através do fabrico em série).
 Divisão do trabalho numa série de tarefas padronizadas e muito simples.
 Consumo de massa
 Automatização
 Trabalho em cadeia
 Mecanismos explícitos de controlo do trabalhador (dentro e fora da organização)

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