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CURSO DE DIFUSÃO EM

ATENÇÃO FARMACÊUTICA
(FCF - USP)

Conceitos e Evolução da Farmácia


Clínica e da Atenção Farmacêutica
Farmacêuticos Clínicos Prescritores

Ministrante: Profa. Dra. Sílvia Storpirtis

• Professora Associada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da


USP

• Diretora técnica da Divisão de Farmácia e Laboratório Clínico do


Hospital Universitário da USP
Farmacêuticos Clínicos Prescritores

Profa. Dra.
Dra. Sí
Sílvia Storpirtis
FCF/USP - HU/USP
Farmacêuticos Clínicos Prescritores
INTRODUÇÃO

Avanços tecnológicos – alteração dos processos


de distribuição e dispensação de medicamentos

Atividades técnicas – técnicos treinados:


Farmacêuticos com mais tempo disponível para
atuar em serviços clínicos

Eficiência da atenção ao paciente pelos


profissionais de saúde deve ser melhorada –
eliminar a ineficiência e a duplicação de esforços
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Farmacêuticos Clínicos Prescritores

Prescrever requer conhecimento e experiência

Muitas intervenções farmacêuticas ocorrem


retrospectivamente – o envolvimento no
processo de prescrição pode otimizar a
farmacoterapia

Já há experiência internacional com


farmacêuticos que estão envolvidos com a
prescrição de medicamentos de forma
independente ou em programas
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Farmacêuticos Clínicos Prescritores

Avaliação dos modelos


internacionais de prescrição
farmacêutica de acordo com o
grau de independência
profissional

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MODELOS INTERNACIONAIS

• Prescrição independente

• Prescrição dependente por protocolo

• Prescrição dependente por diretrizes a grupos de paciente

4. Prescrição dependente por formulário

5. Prescrição dependente por referência

6. Prescrição dependente ligada à repetição

7. Prescrição dependente suplementar

8. Prescrição dependente colaborativa

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• Prescrição independente

Nesse caso o prescritor assume a responsabilidade


integral pelo diagnóstico e manejo clínico do paciente

Requer definição legal

Não foram identificados na literatura casos de


farmacêuticos prescreverem com esse grau de
independência e respaldo legal

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• Prescrição dependente por protocolo

É a forma mais comum

Definida como “delegação de autoridade a partir de


um prescritor independente (geralmente médico),
envolvendo um acordo formal, ou seja, um protocolo

Protocolo é um guia escrito, detalhado, que descreve


as atividades que podem ser desenvolvidas pelo
farmacêutico

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• Prescrição dependente por protocolo

O protocolo contém:

• Tipo de medicamento, forma farmacêutica, dosagem


• Decisões previamente acordadas
• Procedimento e critério de decisão ou plano
• Validade do acordo
• Responsabilidades dos envolvidos (médico e
farmacêutico)
• Documentação requerida e mecanismos de “feed-
back”
• Sistemática de revisão
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• Prescrição dependente por protocolo

O nível de autoridade deve ser determinado


considerando: opinião do médico, opinião do
farmacêutico (conhece seu nível de competência) e o
grau de “conforto” do farmacêutico em assumir essa
responsabilidade

Exemplos: anticoagulantes, analgésicos, antieméticos


e antihipertensivos

Em alguns hospitais essa prática já é comum com


enfermeiros
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• Prescrição dependente por protocolo

Na Nova Zelândia qualquer profissional da área de


saúde pode habilitar-se à precrição por protocolo

Nos EUA, o Indian Health Service (IHS) permite essa


prática nos casos de: infecções de ouvido e do trato
urinário, DST, ICC, HAS, epilepsia, artrite e conjuntivite

A avaliação dos médicos e dos pacientes é positiva

Requer qualificação (mestrado ou equivalente)

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• Prescrição dependente por protocolo

Vantagens:

• redução de custos
• redução do número de consultas médicas
• interações profissionais
• melhora o acesso a medicamentos (ex.
contraceptivos hormonais de emergência)

Desvantagens:

• sobrecarga de trabalho e dificuldades para o


reembolso
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• Prescrição dependente por grupos de pacientes

Patient Group Directions (PGD) é uma recomendação


escrita e assinada pelo médico ou dentista e pelo
farmacêutico

Modelo usado no Reino Unido (acreditação dos


profissionais)

Inclui forma farmacêutica, dose, dose máxima, via,


intervalo, precauções, seguimento, documentação e
validade

Comum para contraceptivos de emergência e


antihistamínicos
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• Prescrição dependente por formulário

Formulários locais são acordados entre médicos e


farmacêuticos comunitários (lista limitada)

No Reino Unido cerca de 21.700 enfermeiros estão


habilitados a prescrever por formulário

Na Escócia, o formulário inclui 11 classes terapêuticas

Requer documentação e prevê medidas para evitar


excessos (consultar mais de um farmacêutico)

Requer espaço físico para as consultas


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5. Prescrição dependente por referência (indicação)

Pacientes, técnicos ou outros farmacêuticos


comunitários podem referir (indicar) um farmacêutico
para prescrição

Tipicamente os pacientes seriam referidos ao


farmacêutico por um médico para o manejo de uma
condição específica

Esse modelo é mais comum no ambiente ambulatorial

Profa. Dra.
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6. Prescrição dependente por repetição

Comum nos casos em que medicação do paciente


termina antes da próxima consulta com o médico

O farmacêutico avalia as condições do paciente e


repete a prescrição

Esse modelo tem sido usado no Reino Unido e nos


EUA

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7. Prescrição dependente suplementar

É uma parceria voluntária entre o médico e o


farmacêutico para uma situação específica, com a
concordância do paciente

Ocorre também com enfermeiros

O médico faz a avaliação inicial e o farmacêutico faz o


seguimento (não para condições agudas)

Benefícios: economia, aumento da eficiência do


sistema, conveniência para o paciente
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• Prescrição dependente colaborativa

Requer cooperação formal e autorização legal para a


prescrição pelo farmacêutico. O médico faz o
diagnóstico e inicia o tratamento e o farmacêutico faz
o seguimento (mantém, substitui, suspende).
Responsabilidade compartilhada

Já ocorre informalmente com farmacêuticos clínicos


em hospitais há 25 anos

Canadá e EUA – aminoglicosídeos, anticoagulantes,


antieméticos (quimioterapia). Minnesota –
farmacêutico pode iniciar a terapia ou prescrever em
emergências
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DISCUSSÃO

Os oito modelos avaliados decorrem das experiências


desenvolvidas nos EUA, Canadá, Reino Unido e Nova
Zelândia. Entretanto, ainda não há uma avaliação do
impacto dessa prática

Responsabilidades profissionais:

• capacitação
• padrões de trabalho
• remuneração
• sobrecarga
• aspectos legais
Profa. Dra.
Dra. Sí
Sílvia Storpirtis
FCF/USP - HU/USP
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BIBLIOGRAFIA

Emmerton, L. et al. – Pharmacists and


Prescribing Rigths: Review of
International Developments. J. Pharm.
Pharmaceut. Sci., v.8, p. 217-225, 2005.

Child, D.; Cooke, J. – Clinical Pharmacy


Services. Chapter 7. p. 121-150. In:
Stephens, M. – Hospital Pharmacy.
Pharmaceutical Press. London. 2003.

Profa. Dra.
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