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História da Farmácia

Profª Taís Belan dos Santos


Me diga...
• Há uns 10 anos atrás, quando havia necessidade você ou seus pais procuravam um
farmacêutico ou um médico?
• E hoje?
• Você costuma comprar sempre na mesma farmácia/drogaria? Por que?
• Você sente mais segurança e tomar um medicamento indicado por um conhecido ou por
um farmacêutico?
• Você se lembra do nome de um farmacêutico?
• Você vai à farmácia para comprar remédio ou perfumaria e cosméticos?
• Qual o papel que você acredita que um estabelecimento farmacêutico deve ter na vida
das pessoas?
Introdução
“A missão da prática farmacêutica é prover medicamento e outros produtos e
serviços para a saúde e ajudar as pessoas e a sociedade a utilizá-los da melhor
forma possível” (Relatório OMS, pág. 4, 1996);

Até o início do século XX, o farmacêutico era o profissional de referência para a


sociedade em relação ao medicamento, atuando e exercendo influência sobre
todas as etapas do ciclo do medicamento;

Com o passar do tempo, percebeu-se que ao médico cabe a responsabilidade pelos


resultados da farmacoterapia e, ao farmacêutico, fornecer serviços de suporte
adequados e conhecimentos especializados sobre a utilização do medicamento.
Farmácia - Mundo
122-199 d.C –
Galeno:
“medicamentos
deveriam ter 1988 –
propriedades Revalorização do
1550 a.C - Papiro opostas às causas papel do
de Ebers (8.000 da doença para farmacêutico
fórmulas poder combatê- (Relatório da
medicinais) la”. OMS).

754 a.C – 1ª 1930 e 1940 – 1990 – Criada a


Botica em Bagdá Descobertas dos “Atenção
antimicrobianos. farmacêutica”.
Aumento da
produção inicial e
queda da
manipulação.
Farmácia - Brasil
1940 e 1950 –
Instalaram de
indústrias
1832 – 1º Curso farmacêuticas
de farmácia no país.
Antes do Até o século XX anexo à Declínio das
descobrimento – Implantação faculdade de boticas e do
– Pajé. das boticas. medicina (RJ). farmacêutico.

1548 – Tomé de 1808 – 1ª 1839 – 1ª


Souza traz Faculdade de Escola de
Diego de Castro Medicina (RJ e Farmácia em
(1ºBoticário do BA). Ouro Preto.
Brasil).
1973 – Lei nº5.991 –
Consolidação do
enfoque mercantilista 2008 – CRF-SP inicia o
dos estabelecimentos projeto “Farmácia
farmacêuticos 1980 – Resgate do papel Estabelecimento de
(qualquer um pode ser social do farmacêutico Saúde”. Orientação,
dono de uma farmácia, no sistema de saúde. prevenção e
desde que tenha um Boom de farmácias recuperação da saúde
farmacêutico). magistrais. dos cidadãos.

1970 – 1980: Migração 1990 – Assistência


dos farmacêuticos para farmacêutica e atenção
indústrias farmacêuticas farmacêutica: direito
e alimentícias. constitucional à saúde.
Laboratórios de análises
clinícas e toxicológicas.
Definição
• De acordo com o artigo 3º da Lei nº 13.021, de 08 de
agosto de 2014, a farmácia é definida como:

Art. 3° - A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços


destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se
processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos
magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados,
cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos
e correlatos.
Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua
natureza como:

Classificação
I - farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de
- Lei n° dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;

13.021/14 II - farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de


fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
médica
• Atualmente a farmácia e a drogaria
são entendidas como postos de
atendimento primário à saúde,
recurso mais acessível à população.
Não são meramente
estabelecimentos comerciais de
medicamentos, tendo hoje uma
gama de produtos e serviços
completamente voltados para o
bem-estar da população.
Principais serviços a serem
executados
➢ Dispensação de medicamentos (RDC Anvisa nº44/2009);
➢ Dispensação de Produtos para a Saúde (correlatos) (RDC Anvisa nº44/2009);
➢ Administração de medicamentos (incluindo inaloterapia e aplicação de
injetáveis) (RDC Anvisa nº44/2009);
➢ Prestação de Atenção Farmacêutica (RDC Anvisa nº44/2009) com ou sem a
prescrição farmacêutica (Resolução CFF n° 586/13 e a disponibilização de
produtos autoteste está prevista na RDC Anvisa n° 52/15);
➢ Aferição de parâmetros fisiológicos (pressão arterial e temperatura corporal) e
bioquímicos (glicemia capilar) (RDC Anvisa nº44/2009);
➢ Perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos (RDC Anvisa
nº44/2009);
➢ Realização de curativos (Resolução CFF n° 357/01 e Lei n° 13.725/04 do
Município de São Paulo);
➢ Disponibilização de produtos para autoteste com a finalidade de triagem, porém
sem fins diagnósticos.
Documentos de regularização

III. Licença ou Alvará


I. Autorização de II. Autorização Especial Sanitário expedido pelo
Funcionamento de de Funcionamento (AE) órgão Estadual ou
Empresa (AFE) expedida para farmácias, quando Municipal de Vigilância
pela Anvisa; aplicável; Sanitária, segundo
legislação vigente;
V. Manual de Boas VI. Plano de
IV. Certidão de
Práticas Farmacêuticas, gerenciamento de
Regularidade Técnica,
conforme a legislação resíduos sólidos de saúde
emitido pelo Conselho
vigente e as (PGRSS), conforme
Regional de Farmácia da
especificidades de cada Resolução RDC Anvisa nº
respectiva jurisdição;
estabelecimento; e 306/04.
• A Licença Sanitária ou Alvará e a Certidão de Regularidade devem ser afixadas em
local visível ao público. Além disso, deve ser afixado no estabelecimento um
cartaz informativo, em local visível ao público, contendo as seguintes
informações:
✓Razão social;
✓Número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
✓Número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela
Anvisa;
✓Número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando
aplicável;
✓Nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu (s) substituto (s), seguido
do número de inscrição no CRF;
✓Horário de trabalho de cada farmacêutico; e
✓Números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e dos órgãos
Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária.
Ambientes para atividades administrativas;

Local para recebimento e armazenamento dos


produtos;

Infraestrutura Dispensação de medicamentos;

Sanitários;

E depósito de material de limpeza.


Alguns cuidados devem ser observados na
construção:
• Áreas internas e externas devem permanecer em boas condições
físicas e estruturais, a fim de permitir a higiene e a não oferecer risco
ao usuário e aos funcionários;
• Piso, parede e teto devem ser de fácil manutenção e limpeza;
• Área protegida contra insetos, roedores e outros animais;
• Ventilação e iluminação apropriadas (ar-condicionado);
• O estabelecimento deve ser abastecido com água potável e, quando
possuir caixa d’água própria, esta deve estar devidamente protegida,
para evitar a entrada de animais, sujidades e quaisquer outros
contaminantes.
Sala de Serviços farmacêuticos
• Mobiliário compatível com as atividades e
serviços a serem oferecidos;
• Lavatório contendo água corrente;
• Toalha de uso individual e descartável;
• Sabonete líquido;
• Gel bactericida;
• Lixeira com pedal e tampa.
• Dependendo do serviço prestado, a sala
deve possuir também Coletor de resíduos
perfurocortantes, conforme a RDC Anvisa n°
306/04.
• Não pode dar acesso direto ao sanitário.
Referência
• Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão
Assessora de Farmácia Hospitalar. A Profissão Farmacêutica. /
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo:
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2019. 2. ed.
44 p.; 21 cm. - - ISBN 978-85-9533-030-6.

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