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A Federeci menciona ainda, que desde quando o seu artigo “Caças às bruxas,
globalização e solidariedade feminista na África dos dias atuais” foi publicado pela
primeira vez, cresceram os registros de assassinatos cometidos sob a alegação de bruxaria.
Ainda fala que na Tanzânia ainda existe a morte de mulheres por bruxarias, que mulheres
são golpeadas por facões, enterradas ou queimadas vivas. Bem como na República
Centro-Africana, as prisões estão cheias de mulheres em que foram acusadas de serem
bruxas, em 2016 e muitas dessas mulheres foram executadas, sendo queimadas vivas por
soldados que seguiam os passos dos perseguidores de bruxas do século 16.
Ainda, com a tecnologia podemos baixar documentos em que incentivam a caça
às bruxas e como identificar a bruxa, os computadores são usados por pessoas para
desmascarar seus alvos – as bruxas.
Portanto é recomendado analisar as novas caças às bruxas, assim como outras
formas recentes de violência contra as mulheres. Por conta disso, não podemos deixar
com que se repita a história de caça às bruxas como já vêm acontecendo em determinados
cantos do mundo.
para sobreviver, a autora foca mais no cerceamento dos ingleses por ser o mais claro nas
diferentes dificuldades, principalmente a monetária, em que os homens e mulheres
tiveram neste período.
Desta forma, se impôs aluguéis extraordinários e diversas tributações.
A morte das “bruxas” era vista pela sociedade como lição para que desse um fim
para aqueles que gostariam de seguir o mesmo caminho. E, muitas mulheres aprenderam
a lição conforme este movimento de caça às bruxas foi avançando, e fez que até mesmo
com que muitas mulheres contribuíssem com as acusações de bruxarias, contudo, muitas
ficavam no papel passivo em que eram forçadas pelos homens a testemunhar, por meio
de procedimentos legais.
Ainda percebemos que com o início do capitalismo, além das bruxas serem o
perigo para esse novo modelo social, algumas crenças e práticas socio/culturais típicas da
sociedade europeia pré-capitalistas também foram excluídas, por ser grandes ameaças
para essa nova ordem econômica.
Ainda a autora fala que com o início do capitalismo, afastou o ser humano do
animal, pois este novo sistema acreditava que o animal era a encarnação daquela
instintividade incontrolável que o capitalismo devia reprimir para ter trabalhadores
disciplinados.
O capitalismo reestruturou a ordem social e colocou a mulher no lugar não
racional, a mulher passou a ser um ser dócil, domesticada e instrumental, ou seja,
responsável pela reprodução dos novos trabalhadores. As mulheres foram obrigadas a
aceitarem este lugar e serem lideradas por homens pois teriam a proteção que as salvariam
do carrasco ou da fogueira.
emocionais, ou seja, era utilizado para unir as mulheres na sociedade inglesa pré-
moderna.
Contudo, as mulheres começaram a serem vistas muito tempo com suas amigas,
em tavernas para beber e se divertirem, tendo uma vida autônoma, além de seus maridos.
Aqui neste período, até o século XIV, as mulheres ainda tinham sua autonomia e
liberdade, pois conseguiam realizar diversas atividades sem seus maridos. Contudo a
posição social da mulher começou a deteriorar no século XVI, em que começou as
acusações das mulheres por bruxaria e de agressões contra as esposas tidas como
rabugentas e dominadoras. E foi, a partir deste momento que se começou a ter uma visão
negativa do termo gossip, no sentido de conversas fúteis, e as mulheres tiveram o seu
poder na sociedade enfraquecido.
E no final do século XVI, a mulher não poderia expressar nenhuma
independência de seu marido, sendo punida se demonstrasse a independência como uma
briga por exemplo.
A mulher tinha que ser obediente e caso não cumprissem as regras impostas pela
sociedade, sofreria punições, como ser colocado instrumentos em que rasgavam sua
língua quando tentasse falar algo. E, ainda a mulher que fosse punida com este
instrumento podia ser conduzida pela cidade em uma humilhação pública para aterrorizas
as demais mulheres. As mulheres, portanto, não tiveram opções, a não ser obedecer a
essas ordens, para não sofrer cruéis punições.
Na Inglaterra em 1547, ainda foi realizado um decreto em que a mulher era
proibida de se encontrar com amigas para tagarelar e era obrigação dos maridos em
manter as suas esposas em casa. A caça às bruxas, ainda fez com que as mulheres
passassem a umas a acusar as outras, mesmo sendo famílias e amigas, em razão das
torturas que eram feitas com as acusadas.
homens fazem delas. Estamos, no entanto, recuperando nosso conhecimento. Como uma
mulher disse recentemente em um encontro para discutir o sentido da bruxaria, a mágica
é: “Sabemos que sabemos”.
Ou seja, a violência doméstica existiu muito forte e por conta desse enraizamento
das sociedades para com a violência contra as mulheres ainda é normalizado este tipo de
violência.
O capitalismo está sendo mais cruel nos dias de hoje para que se tenha a
consolidação de seu poder, sendo mais agressivo e atacando diretamente as mulheres,
pois querem atingir apenas o capital e que para isso enfrentam qualquer coisa que estejam
na sua frente, e aqui acredito que Federici se refere a mulher como uma grande mulher e
em razão disso o capitalismo tenta silenciar as mulheres.
Este tipo de violência está “ensinado em manuais”, pois precisa ser planeja e
executada com garantia de que sejam impunes, assim como ocorre com as grandes
empresas que poluem por exemplo, temos como exemplo o caso da barragem da Vale, e
essas empresas acabam que por poluindo o meio ambiente e acabam por não serem
punidas por suas ações, e as pessoas que percebem isso são silenciadas por pessoas de
cargos superiores por meio de ameaças e punições. As mulheres neste sistema capitalista,
são desvalorizadas, principalmente às mulheres idosas que são consideradas inúteis.
A caça às bruxas volta nos anos 1990, especialmente na África e na Índia. Na
África, a Federici relata que as vítimas são mulheres mais velhas que tem um pedaço de
terra, e as acusações sobre elas são de pessoas mais jovens da comunidade bem como de
sua família, em que veem as idosa como usurpadoras do que deveriam pertencer a eles e
não a ela.
Contudo, há outras formas de acumulação de capital influenciam a violência
contra as mulheres, como desemprego, trabalhos precários e queda da renda familiar. E
os homens acabam por descarregar a suas frustações nas mulheres e em busca de
recuperar o poder social acabam por explorar a mão de obra feminina, desvalorizando
ainda o corpo da mulher.
E o trabalho da mulher é considerado mão de obra barata, consigo aceitam em
busca de melhorar a renda familiar e acaba por desvalorizar seu trabalho. Além de muitas
mulheres terem que vender seus corpos para se ter o capital. Contudo, o papel da mulher
de ser apenas do lar e como reprodutora da nova geração não deixou de existir, mas não
é mais uma condição suficiente para a aceitação social. E a gravidez passou a ser uma
desvantagem para a mulher pois é o momento em que ela é mais vulnerável, pois não
querem dar emprego a uma pessoa gravida pois já não vai realizar o trabalho de maneira
correta.
Resumo Mulheres e Caças às Bruxas – Silvia Federici
Disciplina: Corpo poder cultura e direitos humanos
Discentes: Karoline Schoroeder e Luise Hergoz
Mas as mulheres deixaram de ser submissas dentro de casas para seus maridos e
sofrer a violência direta, e tem que trazer capital para a sua família, entretanto agora são
submissas a diversas pessoas, e assim, ainda acabam sendo vulneráveis aos abusos do
capitalismo.
A misoginia é agravada pelo racismo, e que os casos de mulheres negras recebem
pouco atenção da mídia quanto de mulheres brancas.
A violência doméstica e pública se sustenta, pois, as mulheres muitas vezes não
denunciam os abusos que sofrem em razão do medo de serem rejeitadas pela família ou
por serem sujeitadas a mais violência.
Caça às bruxas e globalização na África dos anos 1980 aos dias atuais.
Nos anos 90, se teve um aumento na violência contra as mulheres na África,
ainda a autora relata que mais de 3.000 mulheres estão exiladas hoje em Gana, em campos
de bruxas, sendo forçadas a fugir das suas comunidades por conta das ameaças de morte.
Resumo Mulheres e Caças às Bruxas – Silvia Federici
Disciplina: Corpo poder cultura e direitos humanos
Discentes: Karoline Schoroeder e Luise Hergoz
Podemos perceber que os agressores das “bruxas” são homens jovens, normalmente
solteiros, e que agem como mercenários sob ordens de familiares das “bruxas” ou de
pessoas interessadas (nas terras dessas mulheres), pois essas mulheres velhas estavam em
suas terras eram culpadas por seus infortúnios. Dessa forma, se aposentar não se tornou
algo tranquilo e sem um negócio arriscado.
A caça às bruxas se tornou um problema global e não mais africano. E podemos
observar que a caças as bruxas começou com o período colonial ao qual se introduziu na
sociedade o mercado e o que alterou as relações sociais, criando gomas de desigualdade.
Antes deste período as Bruxas eram punidas, entretanto não eram assassinadas. E o ponto
de vista mais convincente para a questão do caça as bruxas é a reação da crise social
produzida pela reestruturação liberal das políticas econômicas da África.
Federeci, ainda fala, que as feministas poderiam contribuir para o fim do caça às
bruxas com tipos diferentes de investigação ao qual analisasse as condições sociais que
produzem essa caça, o que geraria um apoio social pelos direitos humanos.
Na verdade, do ponto de vista da aldeia africana e das mulheres que foram
vítimas da caça às bruxas, podemos dizer que o movimento feminista também está em
uma encruzilhada e deve decidir “de que lado se encontra”. As feministas dedicaram
muitos esforços, durante as duas últimas décadas, a conseguir um espaço para as mulheres
nas instituições, dos governos nacionais às Nações Unidas.
Nem sempre, entretanto, fizeram esforço idêntico para “empoderar” as mulheres
que suportaram a maior parte do impacto da globalização econômica na prática,
principalmente as mulheres rurais. Dessa forma, enquanto muitas organizações feministas
comemoraram a Década das Nações Unidas para a Mulher, elas deixaram de ouvir os
gritos das mulheres que, nos mesmos anos, foram queimadas como bruxas na África e
não perguntaram se “poder das mulheres” não é uma expressão vazia quando idosas
podem ser torturadas, humilhadas, ridicularizadas e mortas impunemente pela juventude
de suas comunidades.