Você está na página 1de 4

Estudantes Durante a Ditadura – Movimento Estudantil

CATANDUVAS, OUTUBRO/2022
COLÉGIO EST. CÍVICO MILITAR DR. JOÃO FERREIRA NEVES.
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Professora: Lucilene Bernart Pandini


Aluno(a): Natan dos S. Duffeck N°23
Série: 3º
Estudantes durante a Ditadura - Movimento Estudantil

O movimento estudantil foi um dos principais na luta contra o regime militar. Insastisfeitos e em
gana de mudanças, muitos estudantes enfrentaram as forças repressoras. Lutavam por um
mundo melhor e mais justo, para tornar realidade seus sonhos revolucionários, defendiam a
liberdade e os direitos humanos.

Primeiro momento (1964 – 1968):

Em 1964, já no dia do golpe civil-militar, a UNE (União Nacional dos Estudantes) foi atacada
duramente. Sua sede foi alvejada por grupos de extrema direita. Os militares logo mostraram
aversão e indiferença com o movimento estudantil e editaram a Lei Suplicy Lacerda, que
ilegalizou e denegriu organizações estudantis. Mas a luta continuou. Em 1965, mesmo na
ilegalidade, a UNE convocou uma greve que teve a adesão de mais de 7 mil alunos. Foram
organizadas passeatas nas principais capitais contra a Lei Suplicy de Lacerda, duramente
reprimidas. Os estudantes lançaram uma campanha contra os acordos MEC-UsaidFechar, o
acordo que visava adaptar a estrutura das universidades brasileiras no sentido de transformá-
las em centros formadores de quadros para a modernização capitalista. Que, sob influência
dos EUA, previam a reforma universitária com a privatização das universidades. Em junho de
1966 o mineiro Jorge Luiz Guedes foi eleito presidente da UNE e no mesmo ano liderou a
“setembrada”, uma série de protestos contra o ensino pago, por mais vagas nas universidades
e contra a repressão. Foi nesse momento que os estudantes entoaram pela primeira vez
desde o golpe as palavras de ordem “abaixo a ditadura militar” em suas passeatas. Em
resposta, estudantes foram cercados pela polícia dentro do prédio da Faculdade de Medicina,
na Guanabara. Os policiais invadiram o local e promoveram um espancamento generalizado,
episódio que ficou conhecido como “Massacre da Praia Vermelha”. Os estudantes não se
intimidaram e realizaram novos Congressos da UNE, e novamente, em agosto de 1967, o
movimento estudantil se reorganizou nas universidades e nas escolas secundárias, em todo o
país, constituindo-se como a principal força de oposição à ditadura militar.

Ao avançar:

O Ato AI-5, decretado em dezembro de 1968, foi um passo decisivo para o aumento da
repressão no regime militar, e acabou por sufocar o movimento estudantil. Prisões, torturas e
mortes tornaram-se comuns. Assim, a atuação dos estudantes foi ficando cada vez mais
inviável no país. Era 1973 e sob uma terrível repressão, os estudantes buscavam
cautelosamente reorganizar suas entidades. E finalmente em1975, de maneira linear os
estudantes começaram novamente a se articular e a organizar manifestações. Naquele ano,
compareceram em grande número na Catedral da Sé em memória do jornalista Vladimir
Herzog, assassinado no DOI-Codi. Cerca de 8 mil pessoas estiveram lá. Vários setores da
sociedade estiveram presentes e o evento foi considerado um marco do início do processo de
redemocratização.

Redemocratização:

O movimento estudantil conseguiu aos poucos se recuperar das tentativas de silenciamento,


com um árduo trabalho de reconstrução de suas organizações. Mobilizou novamente os
estudantes, voltou às ruas, e expôs suas reivindicações pelo ensino público e gratuito e pelas
liberdades democráticas, juntamente com a população insatisfeita, os estudantes marcaram
presença em protestos até o último dia de ditadura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://memoriasdaditadura.org.br/estudantes/ acesso em 03 /11/2022

Você também pode gostar