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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ)

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS (CCJE)


FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS (FACC)
BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE UNIDADES DE INFORMAÇÃO (CBG)

AMANDA SOARES
ANA LETÍCIA CAMPOS DIAS

POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO PARA A BIBLIOTECA MARINA SÃO PAULO DE


VASCONCELLOS - IFCS/UFRJ

RIO DE JANEIRO
2022
AMANDA SOARES
ANA LETÍCIA CAMPOS DIAS

POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO PARA A BIBLIOTECA MARINA SÃO PAULO DE


VASCONCELLOS - IFCS/UFRJ

Trabalho Acadêmico de Política de Preservação


para a Biblioteca Marina São Paulo de
Vasconcellos - IFCS/UFRJ apresentado no Curso
de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de
Informação da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.

Profª: Silmara Küster

RIO DE JANEIRO
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………... 4

2 OBJETIVO E PROPOSTA ………………………………………………………… 5

3 HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO …………………………………………………… 6

3.1 A biblioteca…………...……………...…………………………………………….. 7

4 POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO………………………………………………….. 9

4.1 Agentes físicos…………………………………………………………………….. 11

4.1.1 Iluminação………………………………………………………………………... 11

4.1.2 Temperatura e umidade…………………………………………………………… 11

4.2 Agentes físico-mecânicos………………………………………………………….. 12

4.2.1 Armazenamento e acondicionamento…………………………………………….. 12

4.2.2 Manuseio - ação do homem ……………………………………………………… 12

4.2.3 Acessibilidade…………………………………………………………………….. 12

4.2.4 Desastres em unidade de informação…………………………………………….. 13

4.3 Agentes químicos………………………………………………………………….. 13

4.3.1 Poluentes atmosféricos………………………………………………………….... 13

4.3.2 Poeira e Materiais instáveis………………………………………………………. 13

4.4 Agentes biológicos…………………………………………………………………. 14

4.4.1 Microrganismos…………………………………………………………………... 14

4.4.2 Insetos…………………………………………………………………………….. 14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………….. 15

REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….. 16
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade desenvolver uma proposta de política de


preservação para a Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos pertencente ao Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Visando impedir problemas futuros e contribuir para a salvaguarda do acervo e sua
durabilidade utiliza-se a política de preservação.
Em um primeiro momento, vale destacar que a biblioteca universitária possui um
papel social primordial dando assistência a comunidade acadêmica. As bibliotecas
universitárias de acordo com Miranda (2007, p.3) “atuam como órgãos de apoio
informacional, dando suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão, com seus acervos
quer centralizados ou descentralizados (bibliotecas setoriais). Seus objetivos provêm da
finalidade da própria universidade”.
Uma das principais preocupações da biblioteca é preservar e conservar seu acervo
para que este tenha uma vida útil. Além disso, “preservar o acervo é uma forma de garantir a
continuidade cultural e o elo entre o passado e o presente, permitindo-nos conhecer a nossa
cultura e manter as nossas especificidades diante do mundo”(UFRB, 2011).
Perante o exposto, é importante entendermos o conceito de preservação e
conservação. Cassares (2000, p.12) define que:
Preservação: é um conjunto de medidas e estratégias de ordem
administrativa, política e operacional que contribuem direta ou
indiretamente para a preservação da integridade dos materiais.
Conservação: é um conjunto de ações estabilizadoras que visam desacelerar
o processo de degradação de documentos ou objetos, por meio de controle
ambiental e de tratamentos específicos (higienização, reparos e
acondicionamento).
Restauração: é um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a
reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao longo
do tempo e do uso, intervindo de modo a não comprometer sua integridade e
seu caráter histórico.

Sendo assim, pode-se dizer que os procedimentos de preservação e conservação


auxiliam a prevenir, evitar e minimizar possíveis danos aos materiais onde gerações futuras
possam consultar permitindo-lhes uma vida longa do acervo.
2 OBJETIVO E PROPOSTA

O objetivo do presente trabalho é elaborar um modelo de política de preservação para


a Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos, como também levantar possíveis
vulnerabilidades de preservação da unidade de informação e propor soluções. Levando em
consideração a proposta de alguns dados fictícios serão implantados para complementação do
trabalho em caso de ausência de informações, uma vez que, tentamos contato por e-mail com
a biblioteca porém não tivemos retorno. Sendo assim os dados coletados foram retirados por
pesquisa pela internet.
3 HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO

O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) oferece três cursos de graduação,


em ciências sociais, filosofia e, até 2011, história, que hoje pertence ao Instituto de História
(IH) - UFRJ, apesar de também funcionar no mesmo prédio. Além disso, é constituído por
mais quatro cursos de pós-graduação, por meio dos programas em sociologia e antropologia,
filosofia, lógica e metafísica e em ciência política.
O instituto está localizado em um prédio histórico no Largo de São Francisco de
Paula, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
O projeto original do prédio previa a construção da Sé do Rio de Janeiro. Até o início
do século XIX, quando a família real chegou ao Brasil, Dom João visualizou no prédio uma
possibilidade para instalar a Academia Real Militar e em 1812 a unidade iniciou suas
atividades de ensino.
O edifício passou pela sua primeira expansão em 1835. E em 1858, depois da saída da
Academia Real, o imovel se tornou a Escola Central, uma organização civil de ensino que
futuramente passaria a se chamar de Escola Politécnica e Escola Nacional de Engenharia.
Futuramente, a Escola Nacional uniria-se com a Faculdade de Direito e a de Medicina,
formando a Universidade do Brasil e, hoje, a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E com a mudança do curso de Engenharia para a Ilha do Fundão, em 1962, o edifício
ficou inutilizado por oito anos, e apenas nos anos de 1970, veio a ser sede do IFCS e do
Instituto de História.
A instituição possui uma grande importância para o ensino superior e além disso,
também presenciou alguns momentos relevantes para a história do país, como por exemplo,
as exposições nacionais sobre a indústria no século XIX, pedindo o desenvolvimento
tecnológico da época. E desde a sua inauguração o prédio passou por várias mudanças, sendo
elas, expansões, reformas e obras que geraram um impacto na estética e na arquitetura. Porém
todas essas modificações, não são um consenso entre os arquitetos e responsáveis pela
manutenção do patrimônio.
De acordo com Nara, arquiteto do Escritório Técnico da Universidade (ETU) e doutor
em História Comparada pela UFRJ:
“O edifício foi tombado a nível federal em 1964 e a nível estadual em 1989,
e incluído na área de proteção do ambiente cultural do município em 1984.
O plano diretor aqui pelo arquiteto Cândido Campos até hoje não foi
colocado em prática, pois suporia a demolição dos andares do edifício. Isso
não dá para fazer, devido às atividades acadêmicas que ocorrem ali dentro.
Quem sabe um dia, caso o uso do espaço seja menor, essa redução do
conjunto possa ser feita.”

Atualmente a construção passa por diversas dificuldades que expõe o passar do tempo
e a falta de orçamento para a manutenção de prédios históricos.
Segundo Maurício Castilho, coordenador de Preservação de Imóveis Tombados
(Coprit/ETU), a sede do IFCS está com as instalações prediais defasadas, especialmente, na
parte elétrica, hidráulica e de combate a incêndio e pânico, por problemas de orçamento.

3.1 A biblioteca

A Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos foi fundada em 1960 e resultou da


união dos acervos das bibliotecas do antigo Instituto de Ciências Sociais e da antiga
Faculdade Nacional de Filosofia. As duas bibliotecas possuíam um excelente acervo nas
áreas da sociologia, ciência política, antropologia, história e filosofia.
Em 1979 a unidade recebeu o nome de Marina São Paulo de Vasconcellos
(1912-1973) que foi professora na cátedra de antropologia da Faculdade Nacional de
Filosofia e a primeira diretora do novo IFCS, que após a reforma universitária de 1968, foi
aposentada pelo Ato Institucional Número 5.
Ela é integrante do Sistema de Bibliotecas e Informação (SIBI), e é a maior biblioteca
do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Ela atende a comunidade em geral para consulta local e aos alunos dos cursos de
graduação e pós do IFCS e do Instituto de História. A biblioteca foi reorganizada e
restabelecida no final dos anos 90 liberando o acesso direto do usuário às estantes. Sua
entrada é no térreo e o salão principal é dividido em quatro níveis, sendo eles:
● Térreo: com computadores, mapotecas, mesas de estudos, salas de estudo em grupo,
estantes com obras de referências, coleções mais procuradas, monografias,
dissertações e teses;
● 1º Mezanino: estantes com livros de Filosofia;
● 2º Mezanino: estantes com livros de Ciências Sociais;
● 3º Mezanino: estantes com livros de História.
Seu acervo é constituído de periódicos, livros, obras raras, obras de referência,
monografias de alunos de graduação, teses e dissertações.
O atual acervo é em parte oriundo da antiga Faculdade Nacional de Filosofia, onde
possuía significativas obras clássicas das Ciências Humanas e da Filosofia, algumas originais,
que permanecem classificadas como obras raras.
A biblioteca tem como público alvo a comunidade da UFRJ, e oferece serviços como,
empréstimo e consulta local, atendimento ao usuário, elaboração de ficha catalográfica,
orientação ao acesso a bases de dados nacionais e internacionais disponíveis no Portal Capes.
4 POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO

O Sistema de Bibliotecas e Informação - SIBI, possui um Manual de Conservação de


Acervos Bibliográficos da UFRJ (2004), uma edição aumentada e revisada por Paula Maria
Abrantes Cotta de Mello e Maria José Veloso da Costa Santos, que orienta os profissionais
das unidades da rede de informação em relação à conservação, preservação, uso e segurança
de acervos bibliográficos. Por a Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos fazer parte do
SIBI, iremos propor a política de preservação baseado neste manual.
Souza (2008, p.3) nos aponta que “qualquer material, mesmo que possua todas as
propriedades físicas e químicas para durar séculos, sofre influências que prejudicam sua
durabilidade”, sendo assim Mello e Santos (2004, p.6) distribui as influências da seguinte
forma:
● Agentes físicos – iluminação, temperatura e umidade;
● Agentes físico-mecânicos – armazenamento e acondicionamento,
manuseio, acessibilidade, e desastres (inundações, incêndios e
furtos).
● Agentes químicos – poluentes atmosféricos, poeira e materiais
instáveis;
● Agentes biológicos – microorganismos (fungos, bactérias), insetos
(traças, baratas, cupins e brocas) e roedores.

Através das imagens abaixo podemos levantar possíveis vulnerabilidades da unidade


de informação e propor contribuições para a política:

Figura 1

Fonte: Registros da balbúrdia na UFRJ, página do Facebook (2019).


Figura 2

Fonte: site Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos

Figura 3

Fonte: G1 - Globo.com (2016)

Figura 4

Fonte: Foursquare
4.1 Agentes físicos

Pode-se considerar como agentes físicos os “efeitos ambientais e climáticos que


incidem sobre os suportes em papel causando danos aos mesmos como: os efeitos da luz
(natural ou artificial), da temperatura e da umidade que podem ocorrer isoladamente ou de
maneira combinada” (MELLO, SANTOS, 2004, p.7).

4.1.1 Iluminação

Pode-se perceber através das figuras 2 e 4 que a iluminação está bem em cima do
acervo, e provavelmente se ficar muito tempo exposto pode prejudicar os materiais, dessa
forma propunha-se a diretriz de que a luz natural ou artificial não deve incidir diretamente
sobre o acervo, pois é possível fragilizar e provocar o envelhecimento do papel. Caso não
possa alterar essa distância da iluminação com as estantes, procurar utilizar lâmpadas menos
agressivas e filtros protetores. Também orientar os usuários que ficarem nas salas de estudo
em grupo (figura 1) e nas mesas de estudo perto das janelas, evitar de ficar com o material da
biblioteca em momentos que a radiação ultravioleta e infravermelha incide no espaço, ou
colocar cortinas, persianas.

4.1.2 Temperatura e umidade

Vimos pelas figuras 1, 3 e 4 que a biblioteca utiliza ventiladores coluna que são bons
para a ventilação de ambientes amplos e controla simultaneamente a temperatura e a
umidade. Precisa-se tomar cuidado em relação a fiação, não por adaptadores de tomada
(benjamin) com outras tomadas conectadas para não ocorrer sobrecarga e pegar fogo. Porém
a utilização de ventiladores deve ser opção usada na falta dos equipamentos recomendados.
O recomendável é “manter a temperatura entre 19º a 23º centígrados e a umidade
relativa do ar entre 50% a 60% (ideal 55%)” (MELLO, SANTOS, 2004, p.8), e para o
controle da temperatura e umidade o aparelho de ar condicionado que ajuda o controle de
temperatura do ambiente, para o monitoramento por meio do termo-higrômetro para então
serem controladas e assim evitar pragas no ambiente e a deterioração do acervo. Pela figura
2, partisse do pressuposto de que a biblioteca possua ar condicionado dutado, sendo assim a
biblioteca precisa se preocupar em fazer manutenção no aparelho para que não haja
problemas futuros.
4.2 Agentes físico-mecânicos

Pode-se considerar como agentes físico-mecânicos aqueles que “provêm da guarda e


manuseio inadequados, de sinistros causados pela natureza e pela ação do homem: água
(enchentes, vazamentos), fogo (incêndios involuntários ou por negligência) e furtos”
(MELLO, SANTOS, 2004, p.9).

4.2.1 Armazenamento e acondicionamento

Para o armazenamento das coleções, o mobiliário deve ser em aço com tratamento
antiferruginoso e pintura epóxi-pó, e é recomendado que se tenha um afastamento de 20cm
entre as paredes e as estantes, assim como da última prateleira para o chão. Evitar a
superlotação nas estantes, armários, caixas, etc, não guardar os livros empilhados, respeitando
o limite de peso da estante. No caso de obras raras em precárias condições de conservação,
estas devem ser colocadas em caixas forradas com papel PH neutro alcalino, ou na falta
dessas, simplesmente embrulhadas com esse papel (MELLO, SANTOS, 2004, p.10).

4.2.2 Manuseio - ação do homem

Deve haver uma participação colaborativa dos funcionários e usuários no manuseio


dos materiais de forma para evitar a deterioração e contribuir para melhor conservação. O
manual proposto pelo SIBI sugere uma lista de recomendações para o manuseio ideal das
coleções, e concordamos com o que é dito acreditamos que a biblioteca pode utilizar,
acrescentaríamos a produção de folders orientando os usuários na utilização do acervo.

4.2.3 Acessibilidade

O acesso às coleções é determinado pelos regimentos internos das unidades de


informação da UFRJ. Particularmente no caso das obras raras, algumas recomendações
devem ser seguidas por todos, só seguir o manual proposto pelo SIBI.
4.2.4 Desastres em unidade de informação

Recomenda-se que as unidades de informação tenham um programa formal (cartilha)


de emergência para facilitar o salvamento do material humano e das coleções no caso de
enfrentar qualquer tipo de desastre. Deve estar claro o papel e tarefa de cada funcionário e
devem estar devidamente treinados. Pode-se seguir as orientações do manual proposto pelo
SIBI, mas pelo que percebemos nas figuras recomendamos a unidade a instalação de
equipamento de detecção de fumaça, disponibilizar extintores de incêndio em todos os
andares da bibliotecas, e em lugares inspecionados e aprovados pelos bombeiros, contratação
de engenheiros para realizar a manutenção e modernização da rede elétrica, por ser um prédio
histórico pode ainda ter instalações antigas ou má inseridas.

4.3 Agentes químicos

Pode-se considerar como agentes químicos “as reações que os constituintes do


material bibliográfico sofrem com os agentes químicos contidos no ar e com os materiais que
empregamos sobre eles (clipses, papéis ácidos, inseticidas, colas, etc.)” (MELLO, SANTOS,
2004, p.17)

4.3.1 Poluentes atmosféricos

Recomenda-se “o uso de filtros em sistemas de ventilação e aparelhos de ar


condicionado podem diminuir ou eliminar a maior parte dos contaminantes do ambiente,
principalmente a poeira. Com relação aos gases ácidos, o uso de filtros de carvão ativado”
(MELLO, SANTOS, 2004, p. 18).

4.3.2 Poeira e Materiais instáveis

O acervo deve ser mantido higienizado, uma vez ao ano pelo menos, para fazer a
limpeza nos livros e a remoção de poeiras com aspirador de pó, ou com uma trincha de pelo
macio. Nas figuras 1, 2, 3 e 4 vemos que as mesas de estudos são de madeiras, dessa forma a
limpeza tem que ser o mínimo possível de umidade.
Pode-se enumerar como materiais instáveis as tintas ácidas; grampos e clipses
metálicos; grande parte dos inseticidas; papéis e adesivos com acidez e compostos de
resíduos de lignina e enxofre. Deve-se evitar o contato direto dos materiais instáveis com o
suporte em papel.

4.4 Agentes biológicos

A umidade relativa e a temperatura com níveis elevados, o acervo estará propício para
a proliferação de microorganismos e insetos.

4.4.1 Microrganismo

Os microrganismos que mais comumente atacam o papel são os fungos e bactérias


que se encontram em grande variedade no ar e em ambientes propensos à sua proliferação,
por isso o monitoramento do ambiente e higienização do acervo é necessário.

4.4.2 Insetos

Os insetos também são os grandes predadores dos suportes em papel e entre eles estão
as traças, as baratas, os cupins, as brocas, piolhos de livros e roedores. Recomenda-se a
contratação de especialista para a erradicação dos insetos, mas manter sempre os ambientes
limpos, higienizados, proibido consumir alimentos no local, bem como o controle da umidade
e temperatura impedem a entrada desses insetos garantindo maior vida útil aos acervos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da observação das imagens da Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos e


algumas informações disponíveis na internet, cujo objetivo foi propor um modelo de política
de preservação e levantar as vulnerabilidades, identificamos possíveis problemas e soluções:
● Por ser um prédio histórico a fiação deve ser antiga, por isso recomenda-se a
contratação de engenheiros para realizar a manutenção e modernização da rede
elétrica.
● Conseguimos ver apenas um extintor na unidade, por isso seria necessário
disponibilizar extintores de incêndio em todos os andares da bibliotecas, e em lugares
inspecionados e aprovados pelos bombeiros.
● Vemos o quanto o incêndio é um risco para a biblioteca, e por não identificarmos
algum tipo de detector de fumaça recomendamos a instalação de equipamento de
detecção de fumaça.
● Por o calor danificar os materiais e a umidade facilitar a proliferação de fungos,
recomenda-se realizar o monitoramento da temperatura e umidade por meio de um
termo-higrômetro, para então serem controladas e assim evitar pragas no ambiente e a
deterioração do acervo.
● Para não fragilizar e provocar o envelhecimento do papel, pode-se proteger os livros
na parte superior, pois estão muito próximos à iluminação, adotar algum tipo de
medida para não prejudicar a vida útil do acervo.

É possível ainda acrescentar muitas outras medidas para a conservação do acervo. Em


suma, percebemos o quanto a preservação e conservação são necessárias para a unidade de
informação, pois elas visam salvaguardar não só o objeto em si, mas preserva a disseminação
da informação e conhecimento, o patrimônio cultural, prolongando sua vida útil para que
futuras gerações possam consultar o acervo.
REFERÊNCIAS

A Biblioteca. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Disponível em:


https://ifcs.ufrj.br/a-biblioteca/. Acesso em: 15 dez. 2022.

A Biblioteca. Biblioteca Marina São Paulo de Vasconcellos. Disponível em:


https://biblioteca-ifcs.webnode.page/sobre-nos/. Acesso em: 15 dez. 2022.

CASSARES, Norma Cianflone. Como fazer conservação preventiva em arquivos e


bibliotecas. Colaboração de Cláudia Moi. São Paulo: Arquivo do Estado/ imprensa oficial,
2000. (Coleção Como Fazer, 5). Disponível em:
https://www.arqsp.org.br/arquivos/oficinas_colecao_como_fazer/cf5.pdf. Acesso em: 15 dez.
2022.

CORREIA, Carol. Rolé UFRJ #4: Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs). Conexão
UFRJ. 23 jun. 2022. Disponível em:
https://conexao.ufrj.br/2022/06/role-ufrj-4-instituto-de-filosofia-e-ciencias-sociais-ifcs/.
Acesso em: 15 dez. 2022.

MELLO, P.M.A.C.; SANTOS, M.J.V.C.; SILVA FILHO, J.T.(Ed.). Manual de conservação


de acervos bibliográficos da UFRJ. Rio de Janeiro: UFRJ-SIBI, 2004. (Manual de
procedimentos, 4).

MIRANDA, A. C. C. de. Desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias.


RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, SP, v. 5,
n. 1, p. 1–19, 2007. DOI: 10.20396/rdbci.v4i2.2018. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/2018. Acesso em: 15 dez.
2022.

O IFCS - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. IFCS/UFRJ. Disponível em:


https://ifcs.ufrj.br/historico-do-ifcs/. Acesso em: 15 dez. 2022.

SOUZA, Luiz Antônio Cruz. Conservação preventiva: controle ambiental. Belo Horizonte:
LACICOR, EBA, UFMG, 2008. (Tópicos em conservação preventiva, 5).

UFRB. Preservação do acervo. Biblioteca Setorial do CAHL - UFRB, 2011. Disponível em:
https://ufrb.edu.br/bibliotecacahl/preservacao-do-acervo. Acesso em: 15 dez. 2022.

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