A cor está sendo utilizada como terapia há muito tempo, diversas
civilizações antigas já faziam uso da cor para restabelecer o estado de saúde de seus habitantes. Segundo Alper (1981) apud WILLS (2002, p. 30) em Atlântida a luz era utilizada em terapias de cura em templos construídos especialmente para que a luz do sol se dividisse nas cores do espectro. Tem-se registros, datados entre 12000 AC a 4000 AC, do uso de técnicas baseada em cores de povos suméricos, na região da Mesopotâmia,, para tratar doenças mais simples. Assim como na civilização egípicia, onde os templos de Karnak e Tebas eram utilizados no tratamento da saúde. No período pré-colombiano, os índios americanos usavam as cores para tratar doenças crônicas, feridas de guerra e de caça. Na Grécia antiga utilizam as cores para despertar determinados estados de espírito a fim de favorecer no processo de recuperação da saúde do paciente. Utilizavam-se de cores específicas para tratar determinadas doenças. Na China Imperial, a teoria dos Cinco Elementos relaciona as cores com seus elementos, sendo essas cores utilizadas para fazer o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. No ocidente, no período da Idade Média, a prática da cromoterapia era proibida, pois a Igreja Católica, detentora da autoridade, considerava-a como ato de bruxaria, sendo assim somente pessoas iniciadas tinham acesso a esse conhecimento. No final do século XIX, Pancoast escreveu um livro chamado "A luz azul e vermelha", onde sintetizou seu trabalho com as cores azul e vermelha. No ano de 1878 um outro livro sobre o uso de cores foi publicado por Edwin Babbit, intitulado de "The principles of light and colour", o qual versava sobre o tratamento usando as cores de Pancoast e também a cor amarela. Mais recentemente, pesquisadores como Albert Szent-Györgyi, descobriu a ação das cores como fator de alterações moleculares em algumas enzimas e hormônios. Max Luscher estudou a preferência de cores pelas pessoas, vinculando-a com seu estado mental e um possível desequilíbrio glandular. Na França, o Dr. Christian Agrapart, criou um sistema baseado em seis cores, publicando em 1989 o livro “Guide Thérapeutique des Couleurs”. Podemos observar que a cor sempre foi objeto de estudo e prática terapêutica ao longo do tempo, e esse comprova e valida a sua eficácia como técnica para o restabelecimento de saúde humana.