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CROMOTERAPIA

A Cromoterapia ressurge no Ocidente, em meados do século 20, ganhando


popularidade como uma forma de Medicina Complementar que atua de modo
natural no processo saúde-doença.
Entretanto, a Literatura de referência é unânime em afirmar que sua prática é
milenar e sempre esteve presente em diversas culturas da Antiguidade.

Desde os tempos remotos, o homem é fascinado pela Natureza e, em particular,


pelo ambiente colorido no qual se insere. Percepção esta que só é possível, graças à
luz solar. Isso mesmo, cor é luz! Veremos adiante que, segundo a Física, o fenômeno
cromático é decorrente da inter relação entre a luz e a escuridão.
Fato é que, na História da Humanidade, o uso das cores, também obtidas de
pigmentos, constituíram-se um meio de comunicação, assumindo significados
diversos entre os povos, seja para expressar poder, seja arte, religião, condição
social, retratar um evento circunstancial ou ser um instrumento de cura.
Registros arqueológicos comprovam a história e revelam que civilizações antigas,
como a egípcia, a grega, a indiana e a chinesa, entre outras, faziam uso das cores
para tratamento de saúde. Por isso, não se sabe exatamente onde surgiu a
Cromoterapia, mas é consenso que a prática médica com o uso de cores se iniciou
no Egito.
Essa conclusão se apoia nos estudos de Paul Galioughi, autor do livro La Médicine
des Pharaons, no qual relata como os sacerdotes-médicos egípcios, por volta de
2800 a.C., tratavam os doentes com as cores nos templos de luz, utilizando em
sinergia, flores e cristais.
A medicina dos faraós: magia e ciência médica no antigo Egito, obra
publicada em 1983, destaca-se por ser rica em informações que retrata a influência
que a antigaMedicina egípcia teve sobre a hipocrática, a árabe e a indiana, sendo
que suas práticas médicas, descritas no Papiro Ebers, um dos tratados médicos mais
antigos conhecidos, são usadas até
hoje.

Para os ocidentais, o branco representa paz e pureza. Já para os orientais,


representa a morte e o luto. Significações que se inserem na psicologia das cores,
transmitindo ideias, despertando emoções e reações comportamentais distintas,
mas que têm efeito terapêutico comum, já que a luz branca da Cromoterapia
projeta o conjunto de todas as cores, para o reequilíbrio energético geral do
paciente.

Além dos grandes tempos de luz e cor de Karnak e Tebas, os egípcios construíram
uma cidade de luz, dedicada ao Deus do Sol – Rá, a principal divindade da mitologia
egípcia, que ficou conhecida na história pelo nome grego de Heliópolis.
Nesses locais, as salas de tratamento eram construídas de tal forma que refratavam
os raios do sol nas sete cores do arco-íris, sendo que, após diagnosticarem as
doenças, os médicos encaminhavam o paciente para receber a cor necessária para o
restabelecimento orgânico.
Para esse propósito, os antigos egípcios preconizavam que as cores vermelha,
amarela e azul eram as forças ativas dos seres físicos, mentais e espirituais,
entendimento baseado no fato de que a cor vermelha estimula, enquanto a cor azul
relaxa e revigora, caracterizando, assim, a base da Cromoterapia para tratar tanto as
doenças físicas quanto as mentais e as emocionais.

Esse pensamento holístico permeava, também, a Ciência Médica dos antigos


chineses e hindus, que desenvolveram um sistema de cromologia pautado na
correspondência entre a natureza do homem e a divisão setenária do espectro
solar, predizendo que as cores correspondem aos princípios da constituição do ser
humano e se correlacionam à dinâmica energética corporal, cuja fluência se dá por
meio dos Chacras, segundo a Teoria Ayurveda, e pelos Meridianos ou Canais de
Acupuntura, conforme a chinesa. Contudo, os gregos não apenas absorveram a
sabedoria egípcia, como desenvolveram a prática
da Cromoterapia, especificando diferentes cores para tratar as doenças. Além disso,
adquiriram conhecimento sobre as características físicas e as propriedades
terapêuticas da luz solar,marcando o início do aprofundamento científico da terapia
cromo-espectral ou Helioterapia,como era por eles denominada.
Bases Científicas da Cromoterapia

Da Grécia antiga, no que diz respeito ao aprimoramento da prática e


fundamentação científica da Cromoterapia, se destacam: Hipócrates, Pitágoras,
Aristóteles e Platão, que desenvolveram teorias sobre luz e cor, cores e energia,
formas geométricas associadas às cores, direcionando-nos, atualmente, na aplicação
das técnicas de tratamento terapêutico.
Os estudos prosseguem e Galeno, ainda que de maneira intuitiva, reconhece as
qualidades terapêuticas da luz.
Ptolomeu produz o Tratado sobre Óptica analisando questões de reflexão,refração e
cor.
Nesse sentido, Isaac Newton dá um salto nesse entendimento, a partir de sua
experiência com o prisma de cristal, como mostrado na Figura.

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