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Os Aventais -
Contadores de
Histórias
Pedro Rafael Neto Gomes
Agrupamento de Escolas
Serra da Gardunha – Fundão
Formação Gestão
Integrada da
CFAE Guarda-Raia
Biblioteca Escolar
do Agrupamento Formadoras: Ana Cabral
D esde sempre que muitos recursos materiais são utilizados pelos Contadores de
Os Tapetes são criados em função de um determinado livro e este deve estar sempre
presente. No início da história, o mediador irá apresentar às crianças o livro e recorrerá a ele
durante a história as vezes que considerar pertinente para que as crianças estabeleçam a
relação entre a história contada através do Tapete e o livro.
A transposição para o tapete passa inicialmente por uma análise cuidada do livro que
se pretende apresentar, sendo que existem livros que dificilmente se poderão aplicar a esta
metodologia (caso em que os cenários onde se passe a história se alteram permanentemente).
A identificação de um cenário global onde decorre toda a história é fundamental, para que
sirva de fundo ao tapete. A criação das personagens, objectos e restantes elementos que
fazem parte da narrativa deverão apresentar-se o mais fiel possível às ilustrações
apresentadas no livro, para que a criança possa estabelecer a ponte entre a história que ouve
e o livro que vê. As personagens, normalmente, estão escondidas nas diversas partes do
Tapete e apenas vão surgindo com o desenvolver da história, tal como se fosse a passagem
para a página seguinte do livro.
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Após esta fase em que o mediador de leitura apresenta a história, deverá deixar
disponível o Tapete e o Livro ao grupo de crianças para que estes os explorem sozinhos. Esta
fase dependerá do nível etário do grupo: poderão recontar a história ou inventar novas
histórias com o cenário, personagens e elementos disponíveis.
Neste conceito dos Raconte-Tapis, ainda poderemos contar com os Tapetes neutros,
que, não sendo transpostos a partir de um livro específico, podem ter um determinado cenário
e diversas personagens que o Contador de Histórias, juntamente com o grupo de crianças, vai
utilizar para inventar uma história no momento. Neste caso, será de todo interessante
efectuar o percurso inverso e ir fotografando as diversas fases da história para posterior
organização em formato impresso.
Este projecto já é desenvolvido no Brasil e em Portugal pelo grupo Trimagisto.
A dinamização do Ateliê esteve a cargo das educadoras Alice Freire e Hélia Santos.
OPERACIONALIZAÇÃO DOS CONTAPETES
EM CONTEXTO DE SALA DE AULA
E m termos de operacionalização dos objectivos dos Contapetes, designadamente a
CIRCULAÇÃO DO CONTAPETE
Por outro lado o Contapete também tem permitido efectuar acções de sensibilização
e demonstração a outros docentes, mediadores de leitura, educadores de infância, professores
bibliotecários, entre outros. Há ainda a referir outras utilizações, que foram os casos da
apresentação do Contapete para alunos do mestrado em Arte e Educação da Universidade
Aberta, alunos da pós-graduação em Bibliotecas Escolares, em Torres Novas e no
Agrupamento de Escolas Terras do Xisto, em Silvares.
Este recurso encontra-se igualmente disponível para ser requisitado por qualquer 16
promotor e mediador da leitura, ou ser solicitado à equipa da BECRE para dinamizar a acção
junto dos respectivos alunos.
Sendo esta temática trabalhada nos conteúdos do 1º ciclo, existe uma estreita
articulação entre a história e os mesmos. Acrescenta-se, ainda, que os alunos são convidados a
participar na história, através de enigmas que têm que descobrir e identificar. A dinamização
da “história com avental” implica a realização de diversas actividades práticas relacionadas
com os temas abordados.