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Apesar do mercado automotivo ofertar veículos cada vez mais bem equipados, com
sistemas que visam reduzir os riscos de acidentes e, em caso de acontecer, minimizar
as consequências, os consumidores avaliam design, potência, consumo de combustível,
despesas com manutenção, seguro, depreciação na hora da venda e, alguns (bem
poucos, é verdade), segurança.
Até alguns anos atrás, apenas veículos mais caros e sofisticados contavam com
módulos ABS. Contudo, no Brasil, essa tecnologia passou a ser obrigatória em todos os
carros novos fabricados a partir de janeiro de 2014.
Atua com base em sensores e módulos eletrônicos. São eles que realizam leituras
constantes no sistema de freio de veículo quando o pedal é acionado pelo motorista.
Esses sensores identificam quando a rotação das rodas está se aproximando de uma
parada total. A partir disso fazem com que se diminua a pressão nos discos, evitando o
travamento. O funcionamento ainda tem uma ajuda a mais do EBD, que faz a distribuição
de força da frenagem entre as rodas conforme necessário.
EBD - ELETRONIC BRAKE FORCE DISTRIBUTION
Esse sistema, na prática, possui uma função extremamente importante não só para a
melhora na performance de frenagem de um veículo, mas, principalmente, para a segurança
do condutor e dos passageiros no momento em que o pedal de freio é acionado.
O EBD atua como uma central de monitoramento dos freios, avaliando diferentes
informações, como rotação das rodas, ângulo e tração. A partir desses dados, o sistema
realiza a distribuição da força de frenagem da maneira mais eficiente possível. O EBD é
capaz de identificar quando uma das rodas do veículo não está em contato com o solo ou
está com pouca aderência e consegue corrigir essa situação. Isso evita, por exemplo, que
o carro saia da trajetória quando o freio é acionado.
Não é um item obrigatório nos carros novos, mas grande parte das montadoras já inclui
em seus projetos.
Faz a constante avaliação das condições de rodagem para verificar se existe algum
problema. Quando detecta um desvio de ação das rodas, envia sinais para o câmbio e
para o freio, fazendo as frenagens automáticas nas quatro rodas com pressões diferentes
até que haja a redução do torque que é enviado para as rodas e a correção da trajetória
do veículo.
EAS - ELETRONIC ACTUATION SYSTEM
Sistema de controle de tração e também de altura do carro em relação ao solo.
Atua ao mesmo tempo como um auxiliar do ABS, agindo mesmo que o pedal não seja
levado ao fundo. Sua função em condições extremas de frenagem é controlar a altura do
veículo. A partir de sensores e leituras nos eixos do carro, detecta qual a melhor maneira
de distribuir a força do motor para as rodas.
Além do mais, o sistema de freio a disco dissipa o calor, uma vez que o equipamento
está exposto ao ar e, assim, reduz as possibilidades de que o equipamento tenha um
superaquecimento. O freio a disco é mais caro para ser fabricado; porém, tem uma
manutenção mais baixa, pois é composto de itens simples e em pouca quantidade.
SEGURANÇA PASSIVA
Itens da segurança passiva equipam os carros para que os ocupantes sejam protegidos
quando o acidente é inevitável, minimizando as lesões aos ocupantes do veículo. Alguns
itens de segurança passiva são obrigatórios, como airbags frontais, cintos de segurança
de três pontos, apoios de cabeça nos bancos dianteiros e traseiros; e alguns itens
ainda são opcionais. Porém, pagar mais por segurança não é gasto, é investimento; um
investimento que pode salvar vidas.
AIRBAGS
Item de segurança passiva mais
conhecido dos carros e o que mais
evoluiu no desenvolvimento dos
novos modelos. Hoje, muitos carros
possuem bolsas de airbag frontais
e laterais (sidebags), nos vidros e até na altura das pernas do motorista.
FARÓIS DE XENÔNIO
Embora pareçam acessórios de estilo, os faróis de xenônio podem ser de grande
ajuda, uma vez que iluminam mais, com um alcance maior, além de não ofuscar a visão
dos motoristas que passam no sentido oposto.
Crash Box é uma peça de “sacrifício”, absorvendo energia de impactos para poupar a
estrutura do monobloco. É de fácil substituição (flecha preta). Setas vermelhas indicam
as ranhuras de deformação (foto: divulgação/Volvo).
LEGISLAÇÃO: ITENS OBRIGATÓRIOS
Existe dois tipos de legislação quando o assunto é Segurança Veicular. O primeiro é o
CTB – Código de Trânsito Brasileiro, como já citamos no começo deste e-book.
Diferentemente do que muita gente acredita, atualmente são poucos os itens previstos
no CTB e a sua obrigatoriedade varia muito de acordo com o tipo de veículo.
Hoje, são apenas dez os itens de segurança obrigatórios para todos os carros que são
fabricados no País.
Luzes - Devem estar funcionando corretamente setas, luz de ré, lanternas de freio e
lanterna de emergência.
Pneus em bom estado - Quando os pneus atingem uma profundidade de sulco inferior
a 1,6 mm, precisam ser trocados, pois eles podem ser rompidos durante a condução do
carro.
Espelhos - O uso do retrovisor interno e dos espelhos ao lado das portas dianteiras
são obrigatórios. Se um deles estiver quebrado, é necessário providenciar a troca
imediatamente.
Todos esses itens têm que vir de série nos veículos fabricados no Brasil ou incluídos
na “tropicalização” que todo veículo importado recebe para ser comercializado no País.
Exemplo disso é a Chevrolet, que após receber a nota mais baixa da Latin NCAP* com
o Chevrolet Onix Hatch, adotou uma estratégia de segurança mais avançada para seus
carros produzidos no Brasil.
Na avaliação, o Onix Plus mostrou boa proteção estrutural, sem riscos para os
ocupantes nos impactos frontal e lateral, com baixa penetração na cabine do veículo.
Além dos airbags e ESC, o novo Onix incorpora o sistema de lembrete de uso de cinto
de segurança para todos os cinco ocupantes do veículos, na frente e atrás (a maioria
dos carros no Brasil só tem alerta para o desacoplamento do cinto do motorista), capô
flexível ao choque simulado de uma cabeça, simulando um atropelamento de pedestre.
Hoje, a montadora pode dizer que oferece o carro mais seguro da categoria.
*Veja mais detalhes sobre o Latin NCAP na seção “Os 10 carros mais seguros no Brasil”, deste e-book.
CURIOSIDADE: O CARRO
MAIS SEGURO DO MUNDO
Ele ainda não existe em produção de série, mas o protótipo apresentado pela
Mercedes-Benz - o modelo ESF 2019 - é a mais recente mostra tecnológica do trabalho
desenvolvido pela marca na evolução da segurança veicular.
Grande parte dos sistemas de segurança demonstrados no ESF 2019 tem como
objetivo não só prevenir acidentes, como antecipar em alguns segundos a resposta
dos vários mecanismos de segurança, aumentando a sua eficácia. Mais inovações do
Mercedes-Benz ESF 2019:
Child safety Roof warning
PRE SAFE® Child triangle Rear airbag
Vitalizing
interior light
Warning
triangle
robot
Warning
robot
PRE SAFE®
Slide light
PRE SAFE®
Curve
Cooperative 360º pedestrian
Active safety
communication with protection
the enviroment parking
Quando se vê um carro mais antigo pelas ruas, a impressão é que eles é mais robusto
e resistente que os modelos atuais. Mais plástico e espuma dos carros novos no lugar de
chapas de metal e barras de ferro dos modelos antigos deixam o carro mais frágil? Muitos
motoristas mais velhos (e até os mais novos) acreditam nisso e valorizam os exemplares
do passado no quesito segurança.
A verdade é que isso não passa de uma lenda automotiva como outras tantas?
Para tirar a questão a limpo, a ANCAP - entidade que avalia o padrão de segurança
dos veículos vendidos na Oceania - realizou um teste de colisão entre automóveis de
diferentes gerações.
O modelo escolhido foi o Toyota Corolla (na versão hatch), o carro mais vendido do
planeta. Um fabricado em 1998 e outro em 2015. Foi simulada uma colisão frontal a uma
velocidade de 64 km/h, padrão nos testes realizados pelo mundo, inclusive no Brasil (de
responsabilidade do Latin NCAP, versão latino-americana da ANCAP).
O resultado, é claro, não poderia ser outro. O Corolla seminovo se mostrou mais seguro
aos ocupantes do que seu ancestral. O fato de ter uma carroceria e peças (para-choque
e capô) mais rígidas não é sinônimo de maior proteção ao impacto - pelo contrário.
No caso dos antigos, essa prevenção era mais frágil ou não existia tecnologia para tal.
Assim, o corpo dos passageiros recebia boa parte da energia de impacto gerada pela
batida.
Resultado: nos carros atuais, apesar do estrago visual quando se envolve numa colisão,
a gravidade das lesões é muito menor. De nada adianta ter apenas alguns amassados por
fora se as pessoas no interior do veículo sofreram ferimentos que podem ser até fatais.
Junto da estrutura deformável, outros dispositivos que atuam em conjunto - caso dos
airbags, freios com ABS e cintos de três pontos com apoios de cabeça compatíveis, além
dos controles de tração e de estabilidade - foram os responsáveis pela superioridade do
modelo mais novo.
Confira as recentes avaliações que revelam quais são os dez carros mais seguros
vendidos no Brasil e que colocam os modelos da Volkswagen nas quatro primeiras
posições.
1. Volkswagen Golf
Destaque para os sete airbags
do VW Golf, o que o ajudou
a conquistar cinco estrelas na
proteção de adultos e crianças.
2. Volkswagen Virtus
O modelo sedã da VW possui
quatro airbags e também
obteve cinco estrelas, a cotação
máxima.
4. Volkswagen T-Cross
Equipado com seis airbags,
o T-Cross é considerado o
SUV mais seguro no mercado
brasileiro.
5. Toyota Corolla
Com sete airbags, o sedã mais
vendido do país alcançou nota
máxima.
7. Fiat Toro
Como o VW Golf e o Toyota
Corolla, a picape Fiat também
oferece sete airbags, mas ganhou
quatro estrelas nas avaliações.
A preferência do consumidor sempre foi por itens de conforto, estilo e aparência, como
som, rodas, teto solar, bancos e outros acessórios no lugar de itens de segurança como
airbags, ABS, controle de tração e outros itens de segurança ainda não obrigatórios.
No ano de 1973, passou a ser obrigatório o vidro temperado no para-brisa, que não
estilhaçava, com o objetivo de reduzir os riscos de ferimento numa colisão.
Será que vale mesmo a pena não pensar na sua segurança e na da sua família?
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