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SEGURANÇA VEICULAR:

PARA QUE SERVE ISSO?

www.sabo.com.br Novembro 2019


ABS, EBD, HUD, ESC
O QUE QUER DIZER CADA UMA DESSAS SIGLAS?
NÃO SE PREOCUPE!
A SABÓ EXPLICA TUDO SOBRE SEGURANÇA VEICULAR.

Segurança veicular é toda evolução/aprimoramento agregada ao veículo com a


finalidade de proteger seus ocupantes - ou seja, motoristas e passageiros -, além de
minimizar danos ao patrimônio, o veículo em questão e, assim, evitar acidentes, roubos
ou furtos e, principalmente, mortes no trânsito.

PODEMOS AFIRMAR QUE A SEGURANÇA VEICULAR ESTÁ LIGADA


A TRÊS FATORES: LEGISLAÇÃO, TECNOLOGIA E MERCADO.

Na área de LEGISLAÇÃO, temos no Brasil, como exemplo, o Código de Trânsito


Brasileiro (CTB), que entrou em vigor em janeiro de 1998 e está expresso em 341 artigos,
além de mais de 600 resoluções, cada uma legislando sobre uma situação em particular,
com obrigatoriedades e penalizações.
Nestes mais de 20 anos, o CTB sofreu diversas alterações para se atualizar e atender a
novas demandas, como incluir exigência de dispositivos que deixam o carro mais seguro.

Isso nos remete ao segundo tópico sobre Segurança Veicular, a TECNOLOGIA.

Nestes anos todos de existência do automóvel, novos desenvolvimentos foram


incorporados aos veículos como forma de tornar sua utilização mais segura. A grande
maioria das siglas que lemos no começo deste e-book está nessa categoria: sistemas de
controle, monitoramento e acionamento que visam tornar a condução do veículo mais
segura para seus ocupantes e também para os pedestres.

Chegamos agora ao terceiro fator de Segurança Veicular: o MERCADO. É aí que mora


o perigo no cenário automotivo nacional. Embora disponível, algumas tecnologias de
segurança veicular raramente são consideradas ou exigidas na decisão do consumidor
por este ou aquele modelo.

Apesar do mercado automotivo ofertar veículos cada vez mais bem equipados, com
sistemas que visam reduzir os riscos de acidentes e, em caso de acontecer, minimizar
as consequências, os consumidores avaliam design, potência, consumo de combustível,
despesas com manutenção, seguro, depreciação na hora da venda e, alguns (bem
poucos, é verdade), segurança.

Agora que já temos alguma informação sobre os fatores de Segurança Veicular,


vamos ver o que são estes itens de segurança e suas aplicações.

SEGURANÇA ATIVA E SEGURANÇA PASSIVA


Os itens de Segurança Veicular podem ser divididos em duas categorias: Ativa e Passiva.
São formadas a partir de sistemas de ação e reação distintas, mas complementares.
Enquanto a primeira trata de sistemas que visam tornar o veículo mais eficiente para
evitar acidentes, a segunda visa proteger os ocupantes nos casos de colisão ou acidente,
minimizando o resultado em danos físicos e perdas de vidas.
SEGURANÇA ATIVA
Quando falamos de segurança ativa, estamos falando de sistemas incorporados ao
veículo capazes de reduzir o risco de acidentes e de melhorar a capacidade de parar
o veículo, desviar de obstáculos ou detectar riscos. Tais componentes dependem de
veículo para veículo, assim como de marca para marca. Vamos conhecer os principais
itens de segurança ativa:

ABS - ANTI-LOCK BRAKING SYSTEM

É basicamente um sistema de antitravamento das rodas e um dos itens mais


importantes no quesito segurança de um automóvel. Numa situação em que as rodas
não travam durante uma frenagem abrupta, o motorista tem mais facilidade para parar
o carro. Com isso é possível ter mais controle da direção e, se for necessário, alterar a
trajetória do carro e desviar de alguma pessoa ou objeto.

Até alguns anos atrás, apenas veículos mais caros e sofisticados contavam com
módulos ABS. Contudo, no Brasil, essa tecnologia passou a ser obrigatória em todos os
carros novos fabricados a partir de janeiro de 2014.

Atua com base em sensores e módulos eletrônicos. São eles que realizam leituras
constantes no sistema de freio de veículo quando o pedal é acionado pelo motorista.
Esses sensores identificam quando a rotação das rodas está se aproximando de uma
parada total. A partir disso fazem com que se diminua a pressão nos discos, evitando o
travamento. O funcionamento ainda tem uma ajuda a mais do EBD, que faz a distribuição
de força da frenagem entre as rodas conforme necessário.
EBD - ELETRONIC BRAKE FORCE DISTRIBUTION
Esse sistema, na prática, possui uma função extremamente importante não só para a
melhora na performance de frenagem de um veículo, mas, principalmente, para a segurança
do condutor e dos passageiros no momento em que o pedal de freio é acionado.

O EBD atua como uma central de monitoramento dos freios, avaliando diferentes
informações, como rotação das rodas, ângulo e tração. A partir desses dados, o sistema
realiza a distribuição da força de frenagem da maneira mais eficiente possível. O EBD é
capaz de identificar quando uma das rodas do veículo não está em contato com o solo ou
está com pouca aderência e consegue corrigir essa situação. Isso evita, por exemplo, que
o carro saia da trajetória quando o freio é acionado.

Não é um item obrigatório nos carros novos, mas grande parte das montadoras já inclui
em seus projetos.

ESP - ELETRONIC STABILITY PROGRAM

O Programa Eletrônico de Estabilidade, como é chamado em português, otimiza a


trajetória e a dirigibilidade do veículo em situações atípicas, como mudanças repentinas
de direção e curvas acentuadas em alta velocidade. O ESP também depende de
diferentes sensores instalados em todos os eixos do veículo. Ele faz leituras constantes e
as encaminha para o módulo central do sistema.

Faz a constante avaliação das condições de rodagem para verificar se existe algum
problema. Quando detecta um desvio de ação das rodas, envia sinais para o câmbio e
para o freio, fazendo as frenagens automáticas nas quatro rodas com pressões diferentes
até que haja a redução do torque que é enviado para as rodas e a correção da trajetória
do veículo.
EAS - ELETRONIC ACTUATION SYSTEM
Sistema de controle de tração e também de altura do carro em relação ao solo.
Atua ao mesmo tempo como um auxiliar do ABS, agindo mesmo que o pedal não seja
levado ao fundo. Sua função em condições extremas de frenagem é controlar a altura do
veículo. A partir de sensores e leituras nos eixos do carro, detecta qual a melhor maneira
de distribuir a força do motor para as rodas.

BAS - BRAKE ASSIST SYSTEM


Sistema de auxílio à frenagem. É responsável pelo aumento da carga da frenagem
quando detecta que o motorista acionou o pedal bruscamente. Importante: o BAS atua
em conjunto com o ABS e o EBD.

FREIOS A DISCO NAS QUATRO RODAS


Trata-se de um item de segurança bastante comum no Brasil. Em geral, os carros
têm freios a disco nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras. O mais indicado seria usar
discos em todas as rodas, uma vez que esse sistema é mais eficaz em frenagens que o
desempenho dos tambores.

Além do mais, o sistema de freio a disco dissipa o calor, uma vez que o equipamento
está exposto ao ar e, assim, reduz as possibilidades de que o equipamento tenha um
superaquecimento. O freio a disco é mais caro para ser fabricado; porém, tem uma
manutenção mais baixa, pois é composto de itens simples e em pouca quantidade.
SEGURANÇA PASSIVA

Itens da segurança passiva equipam os carros para que os ocupantes sejam protegidos
quando o acidente é inevitável, minimizando as lesões aos ocupantes do veículo. Alguns
itens de segurança passiva são obrigatórios, como airbags frontais, cintos de segurança
de três pontos, apoios de cabeça nos bancos dianteiros e traseiros; e alguns itens
ainda são opcionais. Porém, pagar mais por segurança não é gasto, é investimento; um
investimento que pode salvar vidas.

AIRBAGS
Item de segurança passiva mais
conhecido dos carros e o que mais
evoluiu no desenvolvimento dos
novos modelos. Hoje, muitos carros
possuem bolsas de airbag frontais
e laterais (sidebags), nos vidros e até na altura das pernas do motorista.

O airbag é um sistema adicional ao cinto de segurança que visa diminuir a força do


impacto a quem está dentro do carro. Protege especialmente rosto, coluna e peito. O
sistema é acionado por meio de uma explosão controlada que gera uma reação química
e a bolsa é inflada. Tudo isso leva 25 milésimos de segundo.
FPS – FIRE PREVENTION SYSTEM
A função do interruptor inercial de corte do combustível é cortar a alimentação
elétrica da bomba de combustível em caso de acidente. Esse dispositivo de segurança,
chamado também de interruptor inercial, corta a alimentação da bomba de combustível
após uma colisão ou uma desaceleração muito brusca, para diminuir o risco de incêndio
em caso de acidente. Nos sistemas eletrônicos o controle é feito através do módulo
de airbag, que identifica a colisão através do acelerômetro interno e de sensores de
impacto, enviando um sinal para a central responsável pelo controle da bomba. Ela, por
sua vez, corta a alimentação da bomba de combustível.

FARÓIS DE XENÔNIO
Embora pareçam acessórios de estilo, os faróis de xenônio podem ser de grande
ajuda, uma vez que iluminam mais, com um alcance maior, além de não ofuscar a visão
dos motoristas que passam no sentido oposto.

BLIS - BLIND SPOT MONITORING SYSTEM

Sensor em Pontos Cegos – Motivo de diversas colisões e acidentes, a existência de


pontos cegos nos retrovisores dos motoristas exige atenção redobrada, especialmente
nos momentos de fazer ultrapassagens. Para ajudar nessa tarefa foi desenvolvido
um sistema que identifica quando um veículo fica “escondido” nos pontos cegos da
carroceria, como atrás de colunas laterais. Nesse momento, um sensor alerta o motorista
usando sinais luminosos nos retrovisores e até mesmo alertas sonoros para avisar ao
motorista que um veículo se aproxima pela lateral.
AEBS - ADVANCED EMERGENCY BRAKING SYSTEMS
Freio automático – Parece coisa do futuro, mas existem carros que conseguem frear
sozinhos no caso de o motorista estar distraído ou mesmo não perceber alguma coisa
que apareceu de repente em seu caminho. Esse sistema usa câmeras de infravermelho
e ondas de radar que buscam detectar objetos ou mesmo pedestres que podem vir a se
chocar com o veículo. O carro não freia completamente; porém, a força da colisão será
bem menor.

CINTOS DE SEGURANÇA COM PRÉ-TENSIONADOR


O cinto de segurança que possui pré-tensionador é mais eficiente, uma vez que a
folga existente entre o usuário e o cinto no momento de choque é menor. Trata-se de
um sistema que mantém o motorista mais próximo do assento e ainda contribui para o
funcionamento mais assertivo do airbag. O acionamento é feito quando há desaceleração
ou aceleração do veículo, de maneira a evitar que as pessoas que ocupam o carro se
desloquem num momento de colisão.

ENCOSTO PARA CABEÇA


Também pode parecer um item de acabamento e conforto dos ocupantes, mas é
essencial para evitar que os ocupantes do carro sofram lesões na coluna cervical
provocado pelo chamado efeito “chicote”, que é o movimento brusco da cabeça dos
ocupantes para a frente e para trás quando ocorre uma batida na traseira.

SIP - SIDE IMPACT PROTECTION SYSTEM


Barras de proteção nas portas – ao sofrer um impacto lateral ou de frente, essas barras
têm deformação programada, evitando que a lataria invada o espaço do motorista e
dos passageiros. Ela se deforma para baixo ao receber uma colisão, absorvendo parte
do impacto e protegendo os ocupantes. Tais barras foram desenvolvidas em testes de
colisão e são resistentes para aguentar fortes impactos; porém, não totalmente rígidas,
permitindo alterar seu formato e reter parte da energia gerada na colisão.
CARROÇARIA COM ZONAS
DE DEFORMAÇÃO PROGRAMADA
É como uma célula de sobrevivência para o motorista e os ocupantes. Ao sofrer
uma colisão, é a carroçaria que absorve toda a energia transmitida durante o acidente,
mantendo o interior do veículo o mais indeformado possível.

Estas zonas se encontram na zona exterior da carroçaria, como nos parachoques,


capô e paralamas, e na estrutura do veículo, mas sempre fora do habitáculo, no cofre do
motor, apoios do motor, travessas e longarinas, principalmente na parte dianteira. Como
o próprio nome indica, são zonas desenhadas para que, em caso de acidente, não sejam
totalmente rígidas e se deformem de forma progressiva.

Crash Box é uma peça de “sacrifício”, absorvendo energia de impactos para poupar a
estrutura do monobloco. É de fácil substituição (flecha preta). Setas vermelhas indicam
as ranhuras de deformação (foto: divulgação/Volvo).
LEGISLAÇÃO: ITENS OBRIGATÓRIOS
Existe dois tipos de legislação quando o assunto é Segurança Veicular. O primeiro é o
CTB – Código de Trânsito Brasileiro, como já citamos no começo deste e-book.

A outra são as normas do Contran – Conselho Nacional de Trânsito, que cria


obrigatoriedades para as fabricantes na implantação de sistemas veiculares de segurança,
com prazos e determinações a serem cumpridos pelas montadoras e importadoras

Diferentemente do que muita gente acredita, atualmente são poucos os itens previstos
no CTB e a sua obrigatoriedade varia muito de acordo com o tipo de veículo.

Hoje, são apenas dez os itens de segurança obrigatórios para todos os carros que são
fabricados no País.

• Luzes • Extintor de incêndio


• Limpador de para-brisa • Espelhos
• Cintos de segurança • Estepe
• Freio de estacionamento • Buzina
• Pneus em bom estado • Ferramentas

Luzes - Devem estar funcionando corretamente setas, luz de ré, lanternas de freio e
lanterna de emergência.

Limpador de para-brisa - Quando o limpador de para-brisa está enguiçado ou em


péssimas condições de funcionamento, a visão do motorista é prejudicada em dias de
chuva, o que pode ocasionar acidentes.

Freio de estacionamento – Geralmente acionado por uma alavanca, o freio de


estacionamento, também chamado de freio de mão, é formado por um cabo de aço
que, ao ser “puxado”, pressiona as lonas do freio traseiro contra as rodas, mantendo-as
travadas.

Pneus em bom estado - Quando os pneus atingem uma profundidade de sulco inferior
a 1,6 mm, precisam ser trocados, pois eles podem ser rompidos durante a condução do
carro.

Extintor de incêndio – Se tornou item opcional a partir de 2015. No entanto, o extintor


de incêndio, se houver, deve estar carregado e dentro do prazo de validade; caso
contrário, resultará em multa para o motorista.
Cintos de segurança – Desde de 2018 é obrigatório o cinto de três pontos. Veículos
antigos e nos quais o modelo seja original do veículo podem usar o cinto de segurança
de dois pontos.

Espelhos - O uso do retrovisor interno e dos espelhos ao lado das portas dianteiras
são obrigatórios. Se um deles estiver quebrado, é necessário providenciar a troca
imediatamente.

Estepe – O pneu reserva (estepe) precisa estar em um bom estado de conservação,


além de calibrado e balanceado.

Buzina – Diferentemente do que muitos motoristas acreditam, esse é um item de


alerta. Sua função é provocar sinal sonoro para alertar pedestres ou outros motoristas.

Ferramentas - É obrigatório ter no automóvel um macaco, uma chave de roda e um


triângulo para sinalização.
Buscando manter a relação atualizada, o Contran instituiu a obrigatoriedade da
terceira luz de freio — brake light — a partir de 2009, assim como do airbag e do freio
ABS, a partir do ano de 2014.

Todos esses itens têm que vir de série nos veículos fabricados no Brasil ou incluídos
na “tropicalização” que todo veículo importado recebe para ser comercializado no País.

Todos os itens obrigatórios de segurança dos carros devem estar em perfeito


funcionamento, em bons estados de conservação e dentro do prazo de validade. Caso
o motorista não passe pela etapa de vistoria do CTB, o proprietário do veículo ficará
impossibilitado de obter o Certificado de Registo do Veículo (CRV).
COMO SERÁ O CARRO EM 2022
Para atender às mudanças tecnológicas, o Contran está avaliando a inclusão de
novos equipamentos obrigatórios, como indicado pela resolução número 717, divulgada
em 2017, que estabelece novos itens de segurança veicular a serem implantados pelas
montadoras. Dentre os novos sistemas a serem obrigatórios, alguns já estão bem
adiantados, como pontos fixos para cadeirinhas infantis (Isofix) e controle eletrônico de
estabilidade.

Em novembro de 2017, o Contran divulgou a lista da Resolução 717, com 38 itens de


segurança que deverão fazer parte de todos os veículos até 2022.

Veja as modificações previstas:


Luzes diurnas de rodagem (DLR)
Registro de dados de acidente de trânsito
- Sistema para gravar as informações geradas
pelo veículo.

Frenagem automática emergencial - Tem


como função auxiliar o motorista nas frenagens
bruscas.

Aviso sobre cintos de segurança - Alertas


sonoros ou luminosos indicando a necessidade
de afivelar os cintos.

Acessibilidade - Para pessoas com deficiência e/ou limitações.

Visibilidade traseira - Inclusão de sistemas e/ou equipamentos para viabilizar o


funcionamento da câmera de ré.

Proteção para pedestres - Para aumentar a prevenção contra atropelamentos.

Proteção contra impactos laterais e frontais – Barras de proteção nas portas e os


sidebags.

Luzes diurnas de rodagem (DLR)

Controle de tração (EAS - Eletronic Actuation


System) e estabilidade (ESP - Eletronic Stability
Program).

LDWS - Lane Departure Warning System -


Aviso de afastamento de faixa de rodagem.

ESS - Emergency Signal System - Sistema de


alerta de frenagem de emergência.
LDWS - Lane Departure Warning System
EXEMPLOS QUE VÊM DAS MONTADORAS
Mesmo ainda não fazendo parte das exigências do Contran, algumas montadoras já
estão incluindo sistemas de segurança mais evoluídos em seus modelos.

Exemplo disso é a Chevrolet, que após receber a nota mais baixa da Latin NCAP* com
o Chevrolet Onix Hatch, adotou uma estratégia de segurança mais avançada para seus
carros produzidos no Brasil.

Depois de negar o baixo nível de proteção ao motorista e passageiros da versão


hatch do modelo líder de vendas no País, que foi avaliado pelo Latin NCAP com zero
estrela nos testes de colisão promovidos em 2017, a GM decidiu fazer um veículo com
estrutura melhorada e incluir de série para toda a linha seis airbags (frontais, laterais e
cortina) e controle eletrônico de estabilidade (ESC).

Com isso, em novas simulações de acidentes realizadas recentemente com a


supervisão da Latin NCAP, o sedã sucessor do Prisma ganhou cinco estrelas para
proteção de ocupantes adultos e crianças, a nota máxima conferida pela entidade em
seus crash-tests e aferições de sistemas de segurança ativa.

Na avaliação, o Onix Plus mostrou boa proteção estrutural, sem riscos para os
ocupantes nos impactos frontal e lateral, com baixa penetração na cabine do veículo.
Além dos airbags e ESC, o novo Onix incorpora o sistema de lembrete de uso de cinto
de segurança para todos os cinco ocupantes do veículos, na frente e atrás (a maioria
dos carros no Brasil só tem alerta para o desacoplamento do cinto do motorista), capô
flexível ao choque simulado de uma cabeça, simulando um atropelamento de pedestre.
Hoje, a montadora pode dizer que oferece o carro mais seguro da categoria.

*Veja mais detalhes sobre o Latin NCAP na seção “Os 10 carros mais seguros no Brasil”, deste e-book.
CURIOSIDADE: O CARRO
MAIS SEGURO DO MUNDO

Ele ainda não existe em produção de série, mas o protótipo apresentado pela
Mercedes-Benz - o modelo ESF 2019 - é a mais recente mostra tecnológica do trabalho
desenvolvido pela marca na evolução da segurança veicular.

Baseado numa versão híbrida, ainda não oferecida no mercado, do Mercedes-Benz


GLE, o protótipo MB é capaz de se conduzir de forma semiautônoma. Na parte externa,
o Mercedes-Benz ESF 2019 apresenta uma série de superfícies digitais incorporadas na
grade dianteira, vidro traseiro e teto, que são capazes não só de indicar em que direção
o ESF 2019 se desloca, como também transmite informações e até avisos aos pedestres
e outros usuários da estrada.

Quando o ESF 2019 circula em modo semiautônomo, os pedais e o volante se retraem,


minimizando danos em caso de acidente. Outra inovação é que o airbag passa a ficar em
posição mais elevada e com novas dimensões.

Grande parte dos sistemas de segurança demonstrados no ESF 2019 tem como
objetivo não só prevenir acidentes, como antecipar em alguns segundos a resposta
dos vários mecanismos de segurança, aumentando a sua eficácia. Mais inovações do
Mercedes-Benz ESF 2019:
Child safety Roof warning
PRE SAFE® Child triangle Rear airbag
Vitalizing
interior light

Holistic driver PRE SAFE®


safety concept Impulse rear

Warning
triangle
robot

Warning
robot

PRE SAFE®
Slide light
PRE SAFE®
Curve
Cooperative 360º pedestrian
Active safety
communication with protection
the enviroment parking

Cadeirinha do sistema Capaz de monitorar os sinais vitais da


PRE SAFE® Child criança.

Atualização do já existente sistema


de tensores dos cintos de segurança,
o PRE SAFE® Curve avisa o condutor
PRE SAFE® Curve caso a velocidade de aproximação a
uma curva seja demasiado elevada.
Para o fazer, aplica uma ligeira pressão
no cinto de segurança.

Na parte inferior da traseira que carrega


o triângulo até a distância regulamentar,
Robô evitando que o condutor tenha de sair
do carro, e triângulo auxiliar no teto do
veículo.

Monitora os veículos que se aproximam


pela retaguarda. Caso perceba um
impacto iminente, o sistema faz avançar
PRE SAFE® Impulse Rear
o automóvel, evitando a colisão e dá
tempo (ou distância) ao veículo atrás
para parar.
PASSADO X PRESENTE
SEU CARRO OU O CARRO DO SEU AVÔ:
QUAL OFERECE MAIS SEGURANÇA?

Quando se vê um carro mais antigo pelas ruas, a impressão é que eles é mais robusto
e resistente que os modelos atuais. Mais plástico e espuma dos carros novos no lugar de
chapas de metal e barras de ferro dos modelos antigos deixam o carro mais frágil? Muitos
motoristas mais velhos (e até os mais novos) acreditam nisso e valorizam os exemplares
do passado no quesito segurança.

A verdade é que isso não passa de uma lenda automotiva como outras tantas?
Para tirar a questão a limpo, a ANCAP - entidade que avalia o padrão de segurança
dos veículos vendidos na Oceania - realizou um teste de colisão entre automóveis de
diferentes gerações.
O modelo escolhido foi o Toyota Corolla (na versão hatch), o carro mais vendido do
planeta. Um fabricado em 1998 e outro em 2015. Foi simulada uma colisão frontal a uma
velocidade de 64 km/h, padrão nos testes realizados pelo mundo, inclusive no Brasil (de
responsabilidade do Latin NCAP, versão latino-americana da ANCAP).

O resultado, é claro, não poderia ser outro. O Corolla seminovo se mostrou mais seguro
aos ocupantes do que seu ancestral. O fato de ter uma carroceria e peças (para-choque
e capô) mais rígidas não é sinônimo de maior proteção ao impacto - pelo contrário.

Os carros construídos mais recentemente possuem as chamadas zonas de deformação


programada. São áreas cujos materiais empregados absorvem a energia da colisão,
impedindo que o impacto chegue aos ocupantes. Por isso os veículos costumam ficar
quase irreconhecíveis após um acidente.

No caso dos antigos, essa prevenção era mais frágil ou não existia tecnologia para tal.
Assim, o corpo dos passageiros recebia boa parte da energia de impacto gerada pela
batida.

Resultado: nos carros atuais, apesar do estrago visual quando se envolve numa colisão,
a gravidade das lesões é muito menor. De nada adianta ter apenas alguns amassados por
fora se as pessoas no interior do veículo sofreram ferimentos que podem ser até fatais.

Junto da estrutura deformável, outros dispositivos que atuam em conjunto - caso dos
airbags, freios com ABS e cintos de três pontos com apoios de cabeça compatíveis, além
dos controles de tração e de estabilidade - foram os responsáveis pela superioridade do
modelo mais novo.

A ideia do crash-test realizado na Nova Zelândia foi a confirmação de um levantamento


que revelou que mais da metade das mortes por acidentes nas estradas do País envolvia
carros fabricados antes dos anos 2000.
OS 10 CARROS MAIS SEGUROS
NO BRASIL
(LISTA LATIN NCAP 2019)
A Latin NCAP é um instituto independente que avalia a segurança dos automóveis
comercializados nos mercados da América Latina e da região do Caribe por meio de
crash-tests, os testes de colisão com os impactos frontal a 64 km/h, lateral a 50 km/h e
de poste a 29 km/h.

Confira as recentes avaliações que revelam quais são os dez carros mais seguros
vendidos no Brasil e que colocam os modelos da Volkswagen nas quatro primeiras
posições.

1. Volkswagen Golf
Destaque para os sete airbags
do VW Golf, o que o ajudou
a conquistar cinco estrelas na
proteção de adultos e crianças.

Proteção para adultos:


33,30 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


43,52 pontos de 49 possíveis

2. Volkswagen Virtus
O modelo sedã da VW possui
quatro airbags e também
obteve cinco estrelas, a cotação
máxima.

Proteção para adultos:


32,56 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


43 pontos de 49 possíveis
3. Volkswagen Polo
A versão hatch do Virtus
manteve o desempenho da
família no crash-test.

Proteção para adultos:


32,13 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


43 pontos de 49 possíveis

4. Volkswagen T-Cross
Equipado com seis airbags,
o T-Cross é considerado o
SUV mais seguro no mercado
brasileiro.

Proteção para adultos:


31,62 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


42,77 pontos de 49 possíveis

5. Toyota Corolla
Com sete airbags, o sedã mais
vendido do país alcançou nota
máxima.

Proteção para adultos:


29,60 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


44,80 pontos de 49 possíveis
6. Chevrolet Cruze
O modelo da Chevrolet possui
quatro airbags e, embora
não tenha conquistado cinco
estrelas, seu resultado foi bom.

Proteção para adultos:


30,23 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


38,75 pontos de 49 possíveis

7. Fiat Toro
Como o VW Golf e o Toyota
Corolla, a picape Fiat também
oferece sete airbags, mas ganhou
quatro estrelas nas avaliações.

Proteção para adultos:


29,40 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


39,90 pontos de 49 possíveis

8. Mitsubishi Eclipse Cross


O SUV da Mitsubishi foi avaliado
com cinco estrelas para proteção
de adultos, mas perdeu pontos na
segurança das crianças.

Proteção para adultos:


31,96 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


30 pontos de 49 possíveis
9. Toyota Yaris
Modelo mais recente da Toyota,
possui apenas dois airbags, o que
não o impediu de conquistar quatro
estrelas nas versões hatch e sedã.

Proteção para adultos:


26,99 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


38,05 pontos de 49 possíveis

10. Nissan Kicks


O utilitário esportivo da Nissan
teve bom desempenho nos testes
com quatro estrelas em proteção
a adultos e crianças, mas com
notas um pouco menores.
Proteção para adultos:
25,39 pontos de 34 possíveis

Proteção para crianças:


37,41 pontos de 49 possíveis
O QUE PENSA O CONSUMIDOR?
A segurança nunca esteve entre os fatores de maior preocupação entre os brasileiros.
As alterações surgidas na indústria automotiva foram frutos da legislação e pouca ou
nenhuma influência de demanda do consumidor.

A preferência do consumidor sempre foi por itens de conforto, estilo e aparência, como
som, rodas, teto solar, bancos e outros acessórios no lugar de itens de segurança como
airbags, ABS, controle de tração e outros itens de segurança ainda não obrigatórios.

Quando surgiu a primeira resolução do Contran a respeito de segurança veicular em


1972, que regulamentava o uso dos cintos de segurança (não obrigatórios até então),
houve até reação dos motoristas, que consideravam o cinto de segurança um incômodo
ou elemento de desconforto e item que dificultava a saída rápida do interior do veículo
em caso de acidentes com risco de incêndio. Nunca se vendeu tanto um tipo de grampo
para o cinto de segurança (proibido de ser utilizado) que deixava o cinto mais folgado
sobre o peito do motorista.

Até então, o veículo deveria oferecer ao motorista a direção, buzina, transmissão,


ignição, faróis, indicador de mudança de direção, limpador e lavador do para-brisa,
afogador e para-sol. Esses eram os itens de segurança daquela época.

No ano de 1973, passou a ser obrigatório o vidro temperado no para-brisa, que não
estilhaçava, com o objetivo de reduzir os riscos de ferimento numa colisão.

Com a abertura às importações, em 1990, itens de segurança até então desconhecidos


por aqui começaram a ser incorporados pelas montadoras de forma espontânea nos
seus modelos.
Em 1991, o Volkswagen Santana foi o primeiro modelo nacional equipado com ABS
(opcional). O sistema foi inventado em 1929 por Gabriel Voisin para uso em aviões, mas
começou a ser difundido entre os motoristas a partir de 1978, quando a Bosch forneceu
o sistema, já com o nome ABS (de Anti-lock Braking System, ou sistema de frenagem
antitravamento), ao Mercedes-Benz Classe S.

Em 1996, foi a vez


do airbag, com o
Fiat Tipo

Vale lembrar que o primeiro carro com zonas de deformação na carroceria, o


Mercedes-Benz Classe S “Fintail”, surgiu em 1959. Até então concebidos como caixotes
de aço, os carros possuíam estruturas rígidas e com baixa absorção e dissipação da
energia gerada pelos impactos.

A partir daí, os carros começaram a ser desenvolvidos com materiais capazes de


absorver a energia dos impactos, com as chamadas áreas de deformação programada,
criadas para absorver energia. O novo conceito batia de frente com a crença de que,
quanto mais resistente e sólido fosse o carro, mais seguro ele seria. Se a lata não dobra,
ela transmite o impacto diretamente para os passageiros. O interior do veículo. por sua
vez, recebeu reforços para se manter íntegro. Depois de aprender a diminuir os riscos no
caso de colisão, o estágio atual é o de evitar o acidente.

No entanto, apesar de todos os esforços da legislação e pesquisa dos fabricantes


e institutos de segurança veicular, pouco ou praticamente nada foi alterado no rol de
exigências do consumidor. Ele continua valorizando o sistema multimidia de última
geração, as rodas de liga leve, desempenho do motor, preço do modelo e outros itens
em detrimento dos sistemas de segurança. Se o modelo sem ABS custa 2 mil reais mais
barato do que o com o sistema que torna a frenagem mais segura, ele escolhe o sem
ABS. Já o sistema multimidia e caixas de som de desempenho superior no valor de 5 mil
reais...

Será que vale mesmo a pena não pensar na sua segurança e na da sua família?
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