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O amor ágape

A maior das virtudes

A língua grega é uma das mais ricas, e tem um campo amplo de significados
sobre cada conceito, e isto ocorre com vasta frequência, e contém séries completas
sobre cada palavra. Por exemplo o inglês, dispõe de apenas um vocábulo para
expressar toda classe de amor. O grego, tem pelo menos 4 palavras para o amor.
Ágape significa amor, e ‘agapan’ significa amar. O amor é a maior das virtudes; a
virtude características da fé cristã. Portanto faremos bem em procurar descobrir todo o
conteúdo destas duas palavras gregas, cujas características distintas, podemos
conhecer se as compararmos com outras palavras gregas que também significam;
amor.

O substantivo ‘eros’ e o verbo ‘eran’, se usam principalmente para denotar o amor


entre os sexos. Ainda que também pode ser utilizado para expressar a paixão da
ambição ou a intensidade de um sentimento patriótico, caracteristicamente são palavras
que se empregam na relação ao amor físico. Gregorio Nazianceno, definiu ’eros’, como
‘o desejo ardente e não sofredor’. Jenofonte em sua obra literária, tem uma passagem
que mostra exatamente o significado de ‘eros’ e ‘eran’. Araspas e Ciro, discutem as
diferentes classes de amor. Enquanto um diz. ‘um irmão não namora sua irmã, mas de
outro; nem um pai namora sua filha; porém de qualquer outra mulher, porque o temor a
Deus e as leis sociais são suficientes para impedir tal classe de amor. Notemos que
essas palavras estão predominantemente relacionadas com o amor sexual. O Vocábulo
“amante tanto em espanhol Quanto em Grego Traduzir um palavras de baixo escalão,
Razão pela Qual o cristianismo Não anexou essas palavras no novo testamento.

2. O substantivo 'storgen' e o verbo ' stergein', tem a ver especialmente com os


aspectos familiares. Podem ser utilizados parar classe de amor que um povo tem pelo
seu governante ou ainda como por exemplo dos pais pelos filhos e vice-versa. Platão
que escreveu: '

Um menino ama e é amado por aqueles que o engendraram'. Interno semelhante é


encontrado no novo testamento onde paolo fala da ética Rm. 12:10, isto também é
sugestivamente denotado na comunidade cristã quando se refere não há uma
sociedade mas a uma família.

3. As palavras gregas mais comuns para o Amor são o substantivo 'philia e o verbo
'philein ambas tem um ar Cálido e atrativo. Essas palavras, Essas palavras não
apenas induzem a olhar o outro com afetuoso respeito o um amor físico significam muito
mais. Em alguns textos pode Pode significar beija no novo testamento ‘Philein se utiliza
também para expressar o amor entre pais e filhos (Mat 10 :37), , e o amor de Jesus a
lázaro (Jo 11:3,36) e uma vez o amor de Jesus ao discípulo amado (João 20:2 ). Philia
e Philein, são palavras belissimas para descrever uma relação formosa.

4. De modo geral as palavras mais comuns no Novo Testamento para significar amor
tem o nome 'Ágape’ e o verbo ‘AGAPAN’. Primeiro vamos estudar o substantivo ágape;
não é em absoluto uma palavra clássica e até duvidoso se era utilizada alguma vez no
grego clássico; na septuaginta se usa 14 vezes. Como direção ao amor sexual, Je. 2:2,
e 2 vezes Ec 9:1, como a oposição de missus que significa ódio a estas alturas ágape
não a chegada a ser ainda uma palavra mas a indícios de que será. O livro da
sabedoria se usa para descrever o amor de Deus (Sabedoria 3: 9 ); e o amor à
sabedoria e ( Sabedoria 6:18), a forma preeminente da beleza e o poder que enradia o
amor. 'Ágape é dom de Deus, Filón utiliza 'Ágape no mais nobre dos sentidos. Diz que
' 'phobos' ( medo ), e Ágape ( amor), são sentimentos semelhantes pela característica
forte do sentimento do homem para com Deus. Mas somente podemos encontrar raros
e dispersos registros dessa palavra ‘AGAPE, que chegaria a ser chave da ética no NT.
Agora voltemos ao verbo 'Agapan', esse verbo se emprega no grego clássico mais que
um substantivo. Entretanto, muito frequente pode significar saudar afetuosamente.
Pode descrever o amor ao dinheiro e as pedras preciosas, também pode ser usado
como expressão de estar contente com alguma coisa ou alguma situação. A verdade
Verdade é que antes poderia ser utilizado para descrever o amor Por exemplo de uma
dama senhora pelo seu cachorrinho, mas depois o discurso muda. A grande diferença
de 'Philein e Ágape, é que ágape possui o calor para caracterizar Philein. Um discurso
em uma Obra de Antônio com respeito a Césa, ele diz que: " Vós amais como o pai
ama o filho ( philein ), e com efetuosa gratidão de um homem para com o seu benfeitor
( Agapan ). Na Obra literária de Jenofonte, descreve um texto sobre como Aristarco
consulta a Sócrates sobre um problema que tinha consistente que devido
condicionamentos da Guerra, havia sido obrigado a viver em com 14 mulheres parentes
que viviam sob sua tutela. Não sabia o que fazer para amenizar os conflitos; Sócrates o
aconselhava que as colocasse para trabalhar; e não que as deixe como em um ‘ilustre
berço’; que se amem de feitos e não apenas de palavras, que se sirvam, umas as
outras, e todas defenderam o sentimento do afeto na utilidade. E registra em suas
obras: " E elas o amaram" Philein. Como a um amável protetor. " E o admiraram com
efetuoso afeto " _ Agapan.

( Registro no livro: Jenofonte, Memorabilia, e.7, 12). Novamente pode-se notar um tom
aquecido em ' philen que não há em 'Agapan. Não seria certo dizer que o Novo
Testamento usa apenas a palavra Ágape para expressar o amor cristão; algumas
vezes utiliz-se também 'philein, como nos casos seguintes para Indicar a classe do amor
de um pai para o filho, e para denotar o amor de Deus para com os homens, e ainda
para expressar a devoção dos homens sobre Jesus. Mas 'Philein se encontra no novo
testamento relativamente em comparação com a Agapan que aparece assim 120 vezes
e com Ágapan, e emprega mais de cento e 130. Antes de estudar hinos de termos no
uso das palavras há algo em torno delas e o significado que temos que ter em conta.
Por que as formas cristãs d expressões se detiveram apenas nessas expressões e não
nas outras palavras gregas que significam amor?

Evidentemente as outras palavras haviam adquirido nuances muito soltos; com


sentidos muito abertos; referências inadequadas, como o exemplo de 'eros', que se
associava definitivamente como amor vulgar. Tem a ver mais com paixão que com
amor. 'Storge, estava muito vinculada ao aspecto familiar, mas nunca teve a
amplitude que a concepção do amor cristão exige. 'Philia, era uma palavra agradável,
mas fundamentalmente denotava qualidades, intimidade e afeto. Poderia ser usada
adequadamente somente para os assuntos mais chegados aos amados, e o
cristianismo necessitava uma palavra que incluísse muito mais. O pensamento cristão
se a pegou à 'Ágape. Porque era A única palavra capaz de abarcar o sentido do
conteúdo necessário. Porque 'ágape, toma o homem como um todo. Toma seus
sentidos e existência completamente.

O amor cristão não se dirige unicamente aos nossos parentes nossos amigos
íntimos; em geral a todos os que nos amam; o amor cristão se estende até até o
próximo, seja amigo ou inimigo. e até o mundo inteiro.

Por Outra parte todas as palavras ordinárias que vimos, que significam amor,
expressam emoção. Se referem ao coração; manifestam uma experiência de improviso,
quase que inevitavelmente. A verdade é que não podemos evitar o 'amor', devemos
amar os parentes, ao namorado. Ver namorasse não é nenhuma proeza. Não há
nenhuma grande virtude nisso, até porque não nos dá o trabalho de amar dessa forma.
'Ágape, tem a ver com a mente e razão. Não é uma mera emoção que se desata
espontaneamente nos nossos corações. Senão, um princípio pelo qual vivemos
deliberadamente. 'ÁGAPE se relaciona intimamente com a vontade, é uma conquista,
uma vitória, uma proeza. Ninguém amou jamais os seus inimigos! Mas se chegar a
fazer isso, é uma autêntica conquista de todas as nossas inclinações naturais e
emocionais. Este amor ÁGAPE, amor cristão, não é uma simples experiência
emocional que surja espontaneamente, é um princípio deliberado pela mente, uma
conquista deliberada, uma proeza da vontade própria. E a firme decisão de amar ao
que não é amável. De amar pessoas que não nos queiram bem. O cristianismo não
nos pede que amemos aos nossos inimigos e aos todos os homens, da mesma forma
que amamos os nossos familiares e amigos íntimos; porque isso seria até impossível e
errôneo. Mas a ordem é para que tenhamos em todo o tempo uma atitude mental,
racional; uma inclinação benevolente para os demais; amar sem olhar a quem,
independente da condição moral ou social.

QUAL É O SIGNIFICADO DE ÁGAPE?

O texto áureo para interpretar é Mt 5:43, 48. Ali ele nos manda amar aos nossos
inimigos. Para que? Para que sejam como Como Deus, que faz cair a chuva sobre
justos e injustos, sobre bons e Maus. Ou seja, Deus não se importa com o que você
demonstra para ele, mas com o que verdadeiramente você vive. O amor à luz da Biblia,
o que aqui chamamos de 'amor cristão, é o amor ÁGAPE, é benevolência insuperável; é
bondade invencível. ÁGAPE convoca aos homens à realização. Não apenas é um
coração estremecido, mas uma tomada completa de mente e vontade.
Se é assim, devemos constatar que,:

I. O 'ágape humano, nosso amor pelo próximo, está obrigado a ser produto do
Espírito. ( Gl 5:22, Rm 15:30, Col 1:8). O ÁGAPE cristão é 'inatura', no
sentido de que o homem natural não entende e não é capaz de vivê-lo.
O Homem natural só poderá demonstrar sua benevolência universal, ser
purificado de todo ódio, da amargura, da sua inclinação natural de ser humano
e da inimizade, somente quando o Espírito tome posse totalmente dele;
converta seu coração ao amor de Deus. O ÁGAPE cristão é impossível para
o ser humano cristão, que viva naturalmente. Nenhum homem poderá
praticar a ética cristã até que não seja verdadeiramente cristão. Há uma
absoluta clareza no quão desejável e precioso é esse amor. Pode-se
reconhecer que essa é a solução dos problemas do mundo; pode-se aceitar
racionalmente até, mas não poderá viver a sua genuína prática, se Cristo
não viver nele.

II. Ao entender o real significado do amor ágape, tropeçamos na base que sustentamos
de que um criminoso, poderia viver a sua vida facilitada nesse caminho, podemos alegar
algumas realidades, e na verdade temos que procurar o melhor para o homem,
podemos resistir a vontade de maltratá-lo, podemos tratar com dureza, com disciplina,
é para o bem da sua alma! Mas o fato é que, por muito que façamos pelos homens,
nunca será puramente significativo, isto será meramente retributivo; Porém o que se
faz dentro desse amor perdoador ágape, não é apenas para castigo, do Homem e
muito menos sua aniquilação, quer dizer tratar os homens como Deus o trataria. O
qual não significa permite fazerem tudo quanto quiserem.

Quando estudamos o novo testamento encontramos que o amor é a base de toda a


relação perfeita no céu e na terra.

I. O amor é a base da relação entre pai e filho entre Deus e Jesus. Jesus nos fala do
"Amor com o que me as amado", Jo 17:26; " É meu filho amado" ( 1 Col 1:13, Jo 3:35,
10:17, 15:9, 17:23, 24 ).

II. O amor e base das decisões entre O FILHO e o PAI; o propósito de toda a vida de
Jesus foi que "o mundo conheça que eu amo o Pai. Jo 14:31.

III. O amor é a atitude revelada de Deus para com os homens. Jo 3:16, Rm 8:37, 5:8,
Ef 2:4, 2 Co 13:14, 1 Jo 3:1, 16; 4:9, 10.

Em algumas vezes o cristianismo é apresentado de uma forma em que parece um


Jesus amoroso e calmo, tentando apaziguar a um Deus raivoso, colérico e severo.
Como se Jesus tivesse trocado a atitude de Deus para conosco. O novo testamento
mostra exatamente o contrário. Todo o amor teve origem em Deus. Todo o processo
da salvação começou em Deus, " que amou o mundo de tal maneira, que enviou o seu
único filho".

IV. É dever do homem amar a Deus. ( Mat 22:37, Mr 12:30, Lc 10:27, Rm 8:28, 1 Co
2:9, 2 Tm 48, 1 Jo 4:19 ). O cristianismo não concebe um homem dizer que é
submetido ao poder de Deus se esse não for rendido ao poder de Deus. Não é uma
vontade humana triturada, mas um coração quebrantado.

V. A FORÇA PRIMÁRIA do amor de Cristo foi o seu amor para com os homens.

(GL 2:20, Ef 5:2, 2Ts 2:16, Ap 1:5, Jo 15:9 ).

VI. A essência da fé cristã que os une, é o amor a Cristo. ( Ef 6:24, 1Pedro 1:8, Jo
21:15, 16). Assim como Jesus demonstrou o seu terno amor pelas almas, assim o
cristão deve demonstrar o amor como Cristo amou, e logo, amar a Cristo.

VII. O que distingue a Vida Cristã é o amor dos cristãos entre si. Jo 13: 34,
15:12,17 ; 1Pe 1: 22; 1Jo 3:11, 23; 4:7. Cristãos autênticos são os que amam a Cristo
e se amam entre si.

A base de toda a relação justa e concebível no céu e na terra, é o Amor.

I. O amor é a própria natureza de Deus, Deus é amor.

( 1 Jo 4:7, 8; 2Co 13:11 ).

II. O amor de Deus é universal - ( Não foi somente ao deu povo escolhido ). Ao mundo
inteiro e de tal maneira Jo 3:16.

III. O Amor de Deus é sacrificial. A prova do seu amor é a entrega do seu filho aos
homens ( 1Jo 4:9, 10; Jo 3:16). A garantia de Cristo é ele mesmo se dar por nós.

( Gl 2:20, Ef 5:2, Ap 1:5).

IV. O amor de Deus é imerecido - Deus nos amou e Cristo se entregou por nós quando
éramos inimigos de Deus ( Rm 5:8, 1Jo 3:1, 4:9, 10 ).

V. O amor de Deus é misericordioso - Ef 2:4, Não se revela como um ditador ou um


Deus tirano e possessivo. É um amor anelante, de coração misericordioso.

VI. O Amor de Deus é Salvador e santificador - 2Ts 2:13; Resgata o homem do


passado e o faz triunfar para o futuro.
VII. O Amor de Deus é confortador -_ Nele e por meio dEle , todo homem chega a ser
mais que vencedor – Rm 8.37, Não é um amor fraco ou superprotetor, que gera homens
imaturos, é o amor que produz heróis.
VIII. O amor de Deus é inseparável - Rm 8.39, De modo natural, o amor humano está
fadado a terminar, alguns duram um tempo até maior, mas só o amor de Deus em nós,
nos ajuda a permanecer em propósitos; perdura sobre todas as intempéries. Mudanças
e ameaças da vida.
IX – O Amor de Deus é recompensador –Tg 1.12;2.5; Ele registra que nessa vida é algo
precioso, e na vida vindoura, são promessas muito maiores.
X - O Amor de Deus é disciplinador – Hb 12.6 - O A mor de De é provedor da
disciplina do amor.

No NT, tem muitos registros sobre como deve ser o amor do homem para com DEUS.
1. Deve ser um amor exclusivo – Mt 6.24, Lc 16.13 – quando o Amor em adoração,
somente há um lugar.
2. Deve ser um amor fundamentado na gratidão – Lc 7.42, 47 – As dádivas vindas
de Deus pedem em troca apenas o amor dos nossos corações.
3. Deve ser um amor obediente – Repetidas vezes no NT, vemos que a forma de
demonstrar o nosso amor para com Deus é obedecendo a Ele
incondicionalmente. Jo 14.15, 23, 24; 13.35; 15.10; 1Jo 2.5; 5.2; 3.2; Jo 6.
4. Deve ser um amor dadivoso – com ações externas – Demonstramos que
amamos a Deus no fato de amarmos e ajudarmos ao nosso próximo. 1Jo 4.12;
20; 3.14; 2.10. Negar ajuda, é tanto quanto negar que amamos a Deus. 1Jo
3.17.

Obediência a Deus e amável ajuda aos homens, são as evidências que


validam o amor que demonstramos.

Vejamos agora a outra cara da moeda. O amor do homem pelo homem _seu próximo.
1. O amor deve ser a mesma atmosfera da vida cristã. 1Co 16.14; Col 1.4; 1Tes
1.3; Ef 5.2; Ap 2.19. O amor é o emblema da comunidade cristã. Uma Igreja
onde haja contendas, pode ser chamada de IGREJA dos homens e não de
Cristo. As lutas internas, muitas vezes poluem a atmosfera cristã e asfixiam o
amor entre os irmãos. Uma vez que perderam o emblema cristão, da vida cristã
que é o amor de Deus em nós, já não se pode ser reconhecida como Igreja do
Senhor.
2. A identidade no amor. Ef 4.16; O amor é o fundamento que sustenta a Igreja; é
o clima favorável para o crescimento; o alimento de forte nutriente para a Igreja.
3. O dínamo do líder cristão deve ser o amor. 2Cor 11.11; 12.15; 2.4; 1Tm 4.12;
2Tm 3.10; 2Jo 1; 3Jo 1 _ Não deve ser chamado ao serviço na casa de Deus
aquele que só tenha como base seus faculdades humanas, prestígios
meramente humanos, ou autoridade e prestígios catedráticos; a chave do
chamado é fundamentalmente amar e servir ao próximo.
4. Concomitantemente, a atitude do cristão com os seus líderes, também deve ser
promovida pelo amor. 1Tes 5.13; o inverso disso, já dizia Inmanuel kant – 1724
– 1804 _ que muitos adotam a doutrina do criticismo; só validando o que passou
por suas análises críticas; trazendo na comunidade cristã mais confusão do que
construção, mais tristeza e ressentimento, que proveito. O vínculo que une o
exército cristão deve ser o amor.
O amor cristão vai se blindando em vínculos cada vez mais amplos.

1. O amor cristão começa no lar. Ef 5.25, 28. 33 _ Não podemos negligenciar que
é a família cristã uma das maiores testemunhas do amor de Deus em nós. O
homem que fracassou em demonstrar o amor de Deus na sua própria família,
não deve ter direito de exercer autoridade na Igreja.
2. O amor cristão deve ser percebido pelo de fora. 1Pe 2.17 _ A tônica expressão
dos pagãos nos primeiros passos da Igreja era _ ‘Vejam como se amam estes
chamados cristãos!’; O esfriamento do amor é um dos pontos de tropeço dos
cristãos modernos, ficando em segundo lugar para a degradação do testemunho
pessoal. Uma Igreja totalmente imersa no amor genuíno e divino é uma
raridade. É reflexo da Paz, embora não seja necessariamente que seus
membros ou líderes concordem em tudo; mas a diversidade de opiniões é
respeitosa, não implica no amor.
3. O amor cristão alcança o próximo – Mt 19.19; 22.39; Mr 12.31; Lc 10.27; Rm
13.9, Ga 5.14, Tg 2.8 _ Nosso próximo é todo aquele que seja necessitado.
Como um poeta romano disse_ ‘Não considero estranho, nenhum ser humano ‘_
Já se sabe que muitas pessoas se achegaram à família cristã tanto pelo
conhecimento de Deus e também pela bondade expressada no amor cristão.
De igual forma, muitos se afastaram pelo fracasso de alguns cristãos em
expressar o amor divino.
4. O amor deve ser prático _ Hb 6.10, 1Jo 3.18; É importante saber que não é um
mero sentimento cheio de bondade que está limitado a gestos de piedade e
bons desejos, é um amor que se manifesta em verdadeiras ações.
5. O amor é paciente - Ef 4.2 – O amor cristão é testemunho que confronta tudo
aquilo que transformaria o amor em ódio.
6. O amor se manifesta em perdão e restauração – 2 Co 2.8 – O amor cristão é
capaz de perdoar e capacita o malfeitor a voltar ao caminho bom.
7. O amor é realista ( racional ) 2Co 2.4 – O amor cristão não fecha os olhos
diante das faltas alheias, não é cego, e usará a disciplina e a repreensão
quando for necessário; Um tipo de amor que não vê a falta de quem ama e
ignora os erros que precisam ser corrigidos, não é autêntico, e terminará por
findado e ferido.
8. O amor preserva a liberdade – Ga 5.13, Rm 14.15; É certamente compreensível
e aceitável que um cristão tenha a liberdade de fazer tudo aquilo que não seja
condenável pela Palavra de Deus; Entretanto, há ações em que um irmão pode
não ver mal algum, no entanto essa ação pode ofender ao outro que assiste ou
está recebendo; Um seguidor de Cristo não esquece a sua liberdade, mas cuida
seu direito com responsabilidade e controle, para que o outro se sinta amado.
9. O amor preserva a sinceridade – Ef 4.15 – O cristão ama a verdade - 2 Ts 2.10,
porém ao expressá-la, terá cuidado em não demonstrar antipatia ou causar
feridas no irmão. Um grande filósofo – Florence Allshorn _ dizia que um mestre
quando tiver que repreender seu subordinado, faça colocando os braços sobre
seus ombros. O cristão não omite a opinião sincera, ou a verdade, mas lembra
que o amor e a verdade andam de mãos dadas.
10. O amor cristão é o vínculo que possibilita o companheirismo. Fil 2.2; Col 2.2 –
Paulo se dirige aos cristãos como ‘unidos em amor’. Nos amemos mesmos que
pontos de vistas teológicos sejam diferentes; mesmo que tenhamos métodos de
ensino e pontos de vista que se divergem.
11. O amor dá direito a usufruir do favor de outro cristão – Flm 9 – Se realmente
unidos estamos em um só amor, será simples o pedir e prazeroso o dar.
12. O amor é o órgão vital da fé – Ga 5.6 – As almas são atraídas a Cristo quando
se apela ao coração e não ao cérebro; a fé está firmada não somente do
levantar racionalmente uma bandeira de Cristo. Estas questões também nos
movem; mas no real cristianismo, é o coração o dínamo primaz.
13. O amor é o aperfeiçoador da jornada cristã – Rm 13.10; Col3.14, 1 Tm 1.5; 6.11;
1Jo 4.12 – Nada é maior neste mundo que o amor. A primazia obra da Igreja
não é aperfeiçoar o edifício, a música, seus uniformes; nada valerá se não
aperfeiçoar o amor.

Finalmente, o NT registra algumas formas em que o amor pode ser mal


empregado ou usufruído equivocadamente.

1. O amor errôneo ao mundo – 1Jo 2.15 – Demas, abandonou Paulo por amor ao
mundo, 2Tm 4.10. Um homem pode amar tanto as coisas desse tempo que
esquece o Eterno Criador do Tempo. Pode amar tanto os brindes desse mundo
que esquece o galardão vindouro que teria direito na vida eterna; há quem ame
tanto ao mundo que logo se submete às suas regras pesadas, esquecendo-se do
fardo leve no amor de Cristo.
2. O amor errôneo ao prestígio pessoal – O escribas e fariseus amavam os assentos
de prestígio nas Sinagogas e os louvores do povo para com eles – Lc 11.43; Jo
12.43 - Devemos sempre perguntar – ‘ O que Deus pensará da minha conduta?
Estou agradando a Deus com isso? ‘.
3. O amor errôneo às obras das trevas - O medo da luz é a inevitável consequência
do pecado. Jo 3.19 – Logo que um homem peca, terá que se esconder. E assim,
demonstra seu amor às trevas; Mas não se ocultará dos olhos de Deus.

ASSIM, VEMOS CLARAMENTE que a vida cristã é, sem sombra de dúvida,


edificada sobre DOIS PILARES inseparáveis – O amor a Deus e o amor ao
próximo.

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