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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

JADA MARIA CARVALHO ARANA


202104136374

TRÊS FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA


NERVOSO DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL

Alcântara, Rio de Janeiro


2023
JADA MARIA CARVALHO ARANA
TRÊS FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
NERVOSO DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL

O objetivo deste trabalho é analisarmos


alguns fatores que interferem o
desenvolvimento do Sistema Nervoso
durante a gestação

Orientador(a): Prof.ª Celina Garcia da Fonseca.

Alcântara, Rio de Janeiro


2023
Introdução:

Antes de falarmos sobre o que interfere no desenvolvimento do Sistema


Nervoso, vamos entender primeiramente como ele se desenvolve nas primeiras
semanas.
Nas primeiras semanas (aproximadamente 3 semanas) o tubo neural forma-se
ao longo da parte posterior do embrião, a partir da qual três partes distintas serão
criadas. Neste estágio, olhos rudimentares e vesículas do ouvido começam a surgir.
Com 7 semanas, o embrião tem cerca de 2 cm de comprimento e as circunvoluções, se
tornarão o tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro agora estão claramente visíveis. Os
nervos cranianos e sensoriais também começam a se desenvolver. Já com 11
semanas, o cérebro aumenta de tamanho, olhos e ouvidos amadurecem, movendo-se
para as posições finais.
A cabeça ainda é grande em relação ao restante do corpo, mas este em breve
iniciará um surto de crescimento. O cérebro posterior (rombencéfalo) origina o cerebelo
e o tronco encefálico. Após o nascimento, o cérebro continua a se desenvolver e as
fissuras (sulcos) e saliências (giros) aumento em complexidade no nascimento, o bebê
tem tantos neurônios quanto um adulto (100 bilhões), a maioria tendo sido formada até
o sexto mês gestacional, embora eles ainda não estejam amadurecidos.

FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO:

1- Consumo de cigarro e álcool.

O período gestacional é um momento muito delicado para mulher, portanto,


devem-se ter alguns cuidados em relação ao feto e a gestante, um dos cuidados é a
restrição do cigarro e do álcool durante a gravidez, sendo eles um dos fatores que mais
levaram à morte nos últimos anos. A atuação deletério do cigarro ocorre quando o
monóxido de carbono e a nicotina atravessa a placenta e reduzem cerca de 10% do
transporte de oxigênio para o feto, aumento o risco de prematuridade e mortalidade
perinatal e também promovendo a constrição dos vasos, o que reduz o fluxo sanguíneo.
Já o álcool traz consequências insalubres que afetam os olhos, nariz, coração e
sistema nervoso central, ocasionando um retardo mental no bebê. Pesquisas apontam
que pelo menos 22% das mulheres grávidas apresentam históricos de consumo de
álcool durante a gravidez.
Esse consumo de álcool pode variar de beber ocasionalmente ao consumo
excessivo semanal e até ao uso crônico durante os nove meses da gestação. Muitas
gestantes se encontram em casos de ansiedade pré-natal e optam pôr em risco a vida
do bebê em prol do “bem-estar” e da diminuição de estresse, porém sabe-se bem que
as substâncias contidas no álcool e no cigarro são prejudiciais para a vida do ser
humano em quaisquer circunstâncias.

2- Obesidade

O sobrepeso e a obesidade são um dos principais impasses de saúde pública


que alcançam a população mundial, sendo classificada como "a epidemia do século 21"
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E, no Brasil, o número de obesos
aumentou, chegando a 67,8% em 2006 e se extendeu até 2018. Essa condição de
saúde prejudica de forma absurda o dia a dia das pessoas e reduz sua expectativa de
vida.
Levando essa situação especificamente para as gestantes, o peso excessivo
durante a gestação estão associados ao aumento de complicações pré-natais e durante
as demais fases que a gestante se encontra até o parto e até mesmo pós-parto a
gestante nessas condições faz-se elevar os riscos de ocorrências como diabetes,
hipertensão, riscos de indução no trabalho de parto ou cesarianas, hemorragia
puerperal, crescimento intrauterino restrito, recém-nascidos grandes ou pequenos para
a idade gestacional, além de expor a criança a maior risco de complicações a curto e
longo prazo.
Em recém-nascidos, além da macrossomia fetal, os mesmos podem apresentar
trauma fetal, defeitos do tubo neural, prematuridade, sofrimento fetal, risco aumentado
de aspiração de mecônio. O percentual de malformações fetais é maior em mulheres
obesas do que em mulheres com o peso normal, e isso deve ser levado em
consideração para a conscientização da população gestante.

3- Estresse

O estresse é um dos maiores problemas da vida moderna, afetando a saúde dos


indivíduos em vários aspectos.
Na gravidez, ele pode trazer riscos à mãe e ao bebê. É comum que a mulher
fique estressada, nervosa e ansiosa em determinados momentos, principalmente nas
últimas semanas de gestação. Porém, o estresse frequente pode aumentar a liberação
de citocinas inflamatórias, cujo o corpo agride o organismo por conta de sua reação
imunológica que também pode ser o agente causador de uma maior resistência à
insulina e maior risco de obesidade na vida adulta, e o aumento de cortisol, hormônio
relacionado com o estresse, os quais podem atravessar a placenta e chegar ao bebê,
interferindo no seu desenvolvimento. O estresse na gravidez também pode favorecer o
baixo peso no nascimento, devido à diminuição da quantidade de sangue e oxigênio
que chega ao bebê, entre demais problemas de saúde que interferem no
desenvolvimento do sistema nervoso e no desenvolvimento geral do feto.
REFERÊNCIAS

Neurociências: desvendando o sistema nervoso ,2017. Disponível em:


https://books.google.com.br/books. Acesso em 18 de abril de 2023;
LPO Costa, VR Gonçalves - 2021 “Diagnóstico das principais doenças do
sistema nervoso fetal” Disponível em: repositorio.unicid.edu.br. Acesso
em 19 de abril de 2023;
MORAES, Paula Louredo. "Estresse na gravidez"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/estresse-na-gravidez.htm. Acesso em 20 de abril
de 2023.

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