TRÊS FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
NERVOSO DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL
Alcântara, Rio de Janeiro
2023 JADA MARIA CARVALHO ARANA TRÊS FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL
O objetivo deste trabalho é analisarmos
alguns fatores que interferem o desenvolvimento do Sistema Nervoso durante a gestação
Orientador(a): Prof.ª Celina Garcia da Fonseca.
Alcântara, Rio de Janeiro
2023 Introdução:
Antes de falarmos sobre o que interfere no desenvolvimento do Sistema
Nervoso, vamos entender primeiramente como ele se desenvolve nas primeiras semanas. Nas primeiras semanas (aproximadamente 3 semanas) o tubo neural forma-se ao longo da parte posterior do embrião, a partir da qual três partes distintas serão criadas. Neste estágio, olhos rudimentares e vesículas do ouvido começam a surgir. Com 7 semanas, o embrião tem cerca de 2 cm de comprimento e as circunvoluções, se tornarão o tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro agora estão claramente visíveis. Os nervos cranianos e sensoriais também começam a se desenvolver. Já com 11 semanas, o cérebro aumenta de tamanho, olhos e ouvidos amadurecem, movendo-se para as posições finais. A cabeça ainda é grande em relação ao restante do corpo, mas este em breve iniciará um surto de crescimento. O cérebro posterior (rombencéfalo) origina o cerebelo e o tronco encefálico. Após o nascimento, o cérebro continua a se desenvolver e as fissuras (sulcos) e saliências (giros) aumento em complexidade no nascimento, o bebê tem tantos neurônios quanto um adulto (100 bilhões), a maioria tendo sido formada até o sexto mês gestacional, embora eles ainda não estejam amadurecidos.
FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO:
1- Consumo de cigarro e álcool.
O período gestacional é um momento muito delicado para mulher, portanto,
devem-se ter alguns cuidados em relação ao feto e a gestante, um dos cuidados é a restrição do cigarro e do álcool durante a gravidez, sendo eles um dos fatores que mais levaram à morte nos últimos anos. A atuação deletério do cigarro ocorre quando o monóxido de carbono e a nicotina atravessa a placenta e reduzem cerca de 10% do transporte de oxigênio para o feto, aumento o risco de prematuridade e mortalidade perinatal e também promovendo a constrição dos vasos, o que reduz o fluxo sanguíneo. Já o álcool traz consequências insalubres que afetam os olhos, nariz, coração e sistema nervoso central, ocasionando um retardo mental no bebê. Pesquisas apontam que pelo menos 22% das mulheres grávidas apresentam históricos de consumo de álcool durante a gravidez. Esse consumo de álcool pode variar de beber ocasionalmente ao consumo excessivo semanal e até ao uso crônico durante os nove meses da gestação. Muitas gestantes se encontram em casos de ansiedade pré-natal e optam pôr em risco a vida do bebê em prol do “bem-estar” e da diminuição de estresse, porém sabe-se bem que as substâncias contidas no álcool e no cigarro são prejudiciais para a vida do ser humano em quaisquer circunstâncias.
2- Obesidade
O sobrepeso e a obesidade são um dos principais impasses de saúde pública
que alcançam a população mundial, sendo classificada como "a epidemia do século 21" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E, no Brasil, o número de obesos aumentou, chegando a 67,8% em 2006 e se extendeu até 2018. Essa condição de saúde prejudica de forma absurda o dia a dia das pessoas e reduz sua expectativa de vida. Levando essa situação especificamente para as gestantes, o peso excessivo durante a gestação estão associados ao aumento de complicações pré-natais e durante as demais fases que a gestante se encontra até o parto e até mesmo pós-parto a gestante nessas condições faz-se elevar os riscos de ocorrências como diabetes, hipertensão, riscos de indução no trabalho de parto ou cesarianas, hemorragia puerperal, crescimento intrauterino restrito, recém-nascidos grandes ou pequenos para a idade gestacional, além de expor a criança a maior risco de complicações a curto e longo prazo. Em recém-nascidos, além da macrossomia fetal, os mesmos podem apresentar trauma fetal, defeitos do tubo neural, prematuridade, sofrimento fetal, risco aumentado de aspiração de mecônio. O percentual de malformações fetais é maior em mulheres obesas do que em mulheres com o peso normal, e isso deve ser levado em consideração para a conscientização da população gestante.
3- Estresse
O estresse é um dos maiores problemas da vida moderna, afetando a saúde dos
indivíduos em vários aspectos. Na gravidez, ele pode trazer riscos à mãe e ao bebê. É comum que a mulher fique estressada, nervosa e ansiosa em determinados momentos, principalmente nas últimas semanas de gestação. Porém, o estresse frequente pode aumentar a liberação de citocinas inflamatórias, cujo o corpo agride o organismo por conta de sua reação imunológica que também pode ser o agente causador de uma maior resistência à insulina e maior risco de obesidade na vida adulta, e o aumento de cortisol, hormônio relacionado com o estresse, os quais podem atravessar a placenta e chegar ao bebê, interferindo no seu desenvolvimento. O estresse na gravidez também pode favorecer o baixo peso no nascimento, devido à diminuição da quantidade de sangue e oxigênio que chega ao bebê, entre demais problemas de saúde que interferem no desenvolvimento do sistema nervoso e no desenvolvimento geral do feto. REFERÊNCIAS
Neurociências: desvendando o sistema nervoso ,2017. Disponível em:
https://books.google.com.br/books. Acesso em 18 de abril de 2023; LPO Costa, VR Gonçalves - 2021 “Diagnóstico das principais doenças do sistema nervoso fetal” Disponível em: repositorio.unicid.edu.br. Acesso em 19 de abril de 2023; MORAES, Paula Louredo. "Estresse na gravidez"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/estresse-na-gravidez.htm. Acesso em 20 de abril de 2023.
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