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CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFG

ÍTALO WAGNER TAVARES LIMA


LUCIANA SOUZA SANTOS
MILENE SANTOS GOMES

O AUMENTO DO CONSUMO DE FÁRMACOS PARA O


TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E
A SUA SINTOMÁTICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-
19

GUANAMBI
2023
ÍTALO WAGNER TAVARES LIMA
LUCIANA SOUZA SANTOS
MILENE SANTOS GOMES

O AUMENTO DO CONSUMO DE FÁRMACOS PARA O


TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E
A SUA SINTOMÁTICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-
19

Artigo apresentado ao Centro Universitário


UniFG de Guanambi - Ba para fim avaliativo
do Componente Curricular “Trabalho de
Conclusão de Curso” como parte dos requisitos
para obtenção do título de Bacharel em
Farmácia.

Orientador: Prof. Ricardo Costa de Moraes


Júnior.

GUANAMBI
2023
FOLHA DE APROVAÇÃO

ÍTALO WAGNER TAVARES LIMA


LUCIANA SOUZA SANTOS
MILENE SANTOS GOMES

O AUMENTO DO CONSUMO DE FÁRMACOS PARA O TRATAMENTO DO


TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E A SUA SINTOMÁTICA DURANTE
A PANDEMIA DE COVID-19

Artigo do Curso de Farmácia do Centro Universitário UniFG/Guanambi-BA, como requisito


parcial para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

BANCA EXAMINADORA:

Ricardo Costa de Moraes Júnior


Docente do Centro Universitário UniFG/Guanambi-BA
Orientador

####################################
Docente do Centro Universitário UniFG/Guanambi-BA
########################################
2º Membro

#############################################
Docente do Centro Universitário UniFG/Guanambi-BA
#######################################
3º Membro
Guanambi, ## Agosto de 2023.
Dedicamos esse trabalho as nossas
famílias e a todos os participantes que
tornaram o estudo viável.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecermos ao Deus altíssimo, por ter nos dado o dom da vida. Ele
que em sua essência emana poder, amor, carinho e esperança. Nosso obrigado Senhor por
caminhar conosco. Que estejamos sempre em tua admirável presença. Que tu sejas lâmpada
para os nossos pés, e luz para nossos caminhos.
Agradecimento em especial de minha parte, Italo Wagner Tavares Lima a minha
querida esposa Taísa Maria Santos Brito Lima, obrigado pelo companheirismo e por sua
dedicação e carinho por mim, com o amor, apoio e força, me fez tornar possível a realização
de mais um sonho. Deus guarde e cuide da minha família, nesse e em todos os momentos.
Agradecimento especial em nome de Luciana Sousa Santos a sua família que a apoiou
em todas as dificuldades, com paciência e compreensão.
Agradecimento de Milene Santos Gomes, a sua família e todos os seus amigos que
estiveram presentes nessa jornada árdua que é a conquista do ensino superior, contudo a
mesma é gratificante.
O orientador, a Professor Ricardo Costa de Morares Júnior, pela dedicação, paciência
e orientação que tornaram possível a conclusão deste artigo.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a execução desse
trabalho.
A todos vocês, nossa sincera gratidão!
LISTA DE

OMS Organização mundial da saúde


MS Ministério da saúde
OPS Organização pan-americana de saúde
DOU Diário oficial da união
CNF Conselho nacional de farmácia
CFF Conselho federal de farmácia
TEPT Transtorno de estresse pós-traumático
SM Saúde mental
IS Isolamento Social
TDM Transtorno Depressivo Maior
RESUM

No momento em que as nações ainda fragilizadas pelo impacto da pandemia e buscam


prosseguir para uma recuperação e estabilidade, fica perceptível a importância do contexto
mental diante de algumas adversidades. Na perspectiva encontrada, pode-se afirmar que, junto
com a instauração da pandemia de COVID-19, surge um ambiente propício para o
desenvolvimento do estado de pânico social, isso a nível mundial. As medidas de contenção e
prevenção como o isolamento social desencadeia os sentimentos, como a angústia,
insegurança, incertezas, medo entre outras, quando não abordadas pela saúde pública
promove o adoecimento da mente da população. Desenvolver uma análise acercados impactos
e consequências causados pela pandemia de COVID-19 e as suas medidas de controle, e
estabelecer uma correlação com o estado de saúde mental da população. Revisão integrativa
da literatura, com busca nos indexadores de dados PubMed, SciELO e LILACS, BVS, sendo
identificados referências sobre o contexto social vigente na pandemia e o impacto para a
saúde mental, e como esse evento induz ao maior consumo de medicamentos voltados para o
tratamento de distúrbios psíquico. Foram utilizados no estudo descritores como COVID-19,
isolamento social, medicamentos, pandemia e saúde mental. Ao fim da pesquisa 25 estudos
foram utilizados, entre artigos e publicações de entidades da saúde, esses atenderam os
critérios de inclusão e exclusão deste estudo. Diante da extração e síntese de dados do
material selecionado, infere-se que a submissão de indivíduos ao isolamento social e outras
medidas restritivas, expõe o mesmo a uma maior vulnerabilidade e uma maior propensão a
apresentar transtornos psiquiátricos de diversos tipos. E esse é o resultado do ato de privação
e/ou contenção social, o que por sua vez pode levar a uma sintomática de estresse, ansiedade,
depressão, favorecendo o sofrimento psíquico. Fica evidente que existe uma forte influência
do contexto social de uma nação sobre o indivíduo, que esse por sua vez recorre aos meios
acessíveis, como os medicamentos com a finalidade de amenizar a sua dor. Salienta-se que é
de fundamental o suporte psicológico e social para pessoas em vulnerabilidade, bem como
medidas para conscientizar os indivíduos a respeito da importância da saúde mental em
momentos difíceis, dando ênfase ao uso racional de substancias médicas, bem como
tratamentos complementares e não medicamentosos.

Palavras-chave: COVID-19; Isolamento social; Medicamentos; Pandemia; Saúde mental.


ABSTRAC

At a time when nations are still weakened by the impact of the pandemic and seek to continue
towards recovery and stability, the importance of the mental context in the face of some
adversities is perceptible. From the perspective found, it can be said that, along with the
establishment of the COVID-19 pandemic, an environment conducive to the development of a
state of social panic emerges worldwide. Containment and prevention measures, such as
social isolation, trigger feelings such as anguish, insecurity, uncertainty, fear, among others.
When not addressed by public health, it promotes the illness of the population's mind.
Develop an analysis of the impacts and consequences caused by the COVID-19 pandemic and
its control measures, and establish a correlation with the mental health status of the
population. An integrative review of the literature, with a search on PubMed, SciELO, and
LILACS, VHL data indexes, identifying references about the current social context in the
pandemic and the impact on mental health, and how this event leads to greater consumption
of drugs aimed at the treatment of psychic disorders. Descriptors such as COVID-19, social
isolation, medicines, pandemic, and mental health were used in the study. At the end of the
research, 25 studies were used, among articles and publications from health entities. These
met the inclusion and exclusion criteria of this study. In view of the extraction and synthesis
of data from the selected material, it is inferred that the submission of individuals to social
isolation and other restrictive measures exposes them to greater vulnerability and a greater
propensity to present psychiatric disorders of various types. And this is the result of the act of
deprivation and/or social containment, which in turn can lead to symptoms of stress, anxiety,
and depression, favoring psychic suffering. It is evident that there is a strong influence of the
social context of a nation on the individual, who, in turn, resorts to accessible means, such as
medicines, in order to alleviate their pain. It should be noted that psychological and social
support for vulnerable people is essential, as well as measures to make individuals aware of
the importance of mental health in difficult times, emphasizing the rational use of medical
substances, as well as complementary and non-drug treatments.

Keywords:COVID-19; Social Isolation; Medications; Pandemic; Mental Health.


Sumário

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 11
2.1 Pandemia de COVID-.................................................................................................. 11
2.2 Medidas de controle e o agravamento da saúde mental............................................... 12
2.3 O aumento do consumo de medicamentos para o tratamento da depressão................ 13
3 MÉTODOS..................................................................................................................... 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 33
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 35
1

1 INTRODUÇÃO

A pandemia de coronavírus, mudou por completo a forma como a humanidade levava


sua vida. A covid-19,é doença que colocou todo o mundo em alerta, sendo sua causada pelo
vírus SARs-CoV-2. A alta taxa de contágio, e a falta de informações concretas sobre o
funcionamento da doença, levou a adoção de algumas medidas de prevenção, como o, uso de
máscaras em ambientes públicos, distanciamento entre pessoas, isolamento social e por fim a
imunização contra o vírus.
Pela sua alta taxa de contágio, e rápido avanço a melhor forma de prevenção da
patologia, visa evitar o contato com indivíduos infectados, recorrendo ao distaciamento
mínimo e seguro, e mesmo ao isolamento social. Esse período de adaptação trás consigo
inumeros desafios como no trabalho, rotina pessoal (Lima, 2020).O isolamento do individuo
saudavel ou infectado, possibilita frear os níveis de contaminação pelo vírus, diminue a
chance de novas variantes, contudo durante esse périodo de adapatção houve um fragilizar da
saúde mental dos confinados, o que requer atenção por parte própria, bem como da saúde
pública (ALMEIDA, et., 2020).
A medida de isolamento social pode trazer consigo inúmeros problemas, a níveis de
individualidade, familiar, comunitário e social. Esses pontos destacados no isolamento pode
ser decorrente pelo efeito negativo do processo de reitirada do individuo de um determinado
grupo , ou espaço e dessa forma altera o psicológico do individuo, o que o deixa vulnerável a
outros transtornos e doenças psicológicas. A forma com que cada individuo lida com uma
situação pode ser um fator desencadeante para o surgimento desse tipo de patologias
(ALMEIDA, et., 2020).
Não somente houve um crescimento no numero de casos de transtorno depressivo,
mas também ocorreu uma maior incidência no uso de susbstâncias antidepressivas. Esse
aumento é um indicativo de que a medida de isolamento pode ter afetado significamente o
estado de saúde dos isolados. O aumento do consumo de substancias depressivas é um
indicativo que os numeros estão crescendo, contudo nem todos os casos que envolve aumento
do uso diz respeito a casos novos. Uma patologia mais resistente a medicamentos leva a uma
busca por uma dose maior, ou mesmo substituição de substâncias medicamentosa (QUEMEL,
et.,2021).
O aumento dos casos de depressão na população se classifica como um problema de
saúde pública. O mesmo é o reflexo do adoencimento da mente da população, e mostra a
1

necessidade de tratamentos eficazes, a necessidade um um tratamento multidisciplinar e não


somente medicamentoso. O consumo de substâncias dessa classe quando consumidos sem
orientação e acompanhamento se configura como risco de saúde, colocando não somente o
individuo afetado em risco, mas todos ao seu redor, uma vez que o uso irracional de
medicamentos pode favorecer o agravamento do contexto patológico, bem como a resistência
a terapias de caratér medicamentoso (MADRUGA; SOUZA, 2012).
Por tanto o objetivo descrever que a pandemia de COVID-19, trouxe um impacto para
saúde metal dos brasileiro.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Pandemia de COVID-19

A enfermidade COVID-19 (CoronavirusDisease 2019), a doença ocorre pelo contato


com o agente infeccioso, o novo vírus SARS-CoV-2, e a infecção generalizada pode levar a
Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2). O primeiro caso de covid-19 foi
registrado em dezembro de 2019 e envolviam indivíduos que frequentavam o Mercado
Atacadista de Frutos do Mar de Wuhan, sendo até aí classificada como epidemia
(Schuchmann et al., 2020); Sifuentes-Rodríguez &Palacios-Reyes, 2020).
No dia 11 de maio do ano de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu
comunicado declarando a COVID-19 como uma pandemia, na ocasião em questão, o status
foi levado a esse nível pela alta taxa de transmissão do vírus e por sua propagação a nível
global. Na América Latina, foi registrado o primeiro caso de COVID-19 no Brasil em 25 de
fevereiro de 2020, sendo a monitoração feita pelo Ministério da Saúde do Brasil (MS-Brasil)
(D. L. F. Lima, 2020). No Brasil estima-se que até a data da redação dessa informação,
houveram em torno de mais de 600 mil mortos, enquanto que em caráter global esse número
ultrapassa 6 milhões de indivíduos (WHO, 2020c).
A doença supracitada anteriormente teve o seu registro em mais de 180 países,
segundo a OMS. Mediante ao grande avanço e taxa de contaminação, governantes e
autoridades fiscais adotaram diversas condutas a fim de reduzir a progressão da doença e
proteger os indivíduos mais vulneráveis (Kraemer et al., 2020). Ainda nesse contexto a OMS
classifica a COVID-19 elevada taxa de transmissão, sendo essa por meio de pessoa para
pessoa, por espirros, gotículas, secreções como catarro, tosse acompanhado por contato pela
boca, olhos ou nariz, e por fômites.
1

2.2 Medidas de controle e o agravamento da saúde mental

Por meio do resultado desta pesquisa se torna viável a análise sobre o aumento do uso
de compostos antidepressivos e sua correlação com a atual pandemia decorrente do novo
coronavírus. Esses resultados possibilitam estabelecer uma correlação entre o atual estado em
que nos encontramos e os efeitos trazidos pela mudança de hábitos, o isolamento social, o
medo do desconhecido, a insegurança emocional, entre outros.
Fica evidente que algumas das medidas de controle utilizadas, trouxe algumas
mudanças de habito da população. Umas das principais medidas de controle utilizada, foi o
distanciamento e o isolamento social. Nessas situações o sentimento como o medo, a tristeza e
ansiedade são comuns a acontecerem, contudo em certas situações, pode ocorrer o
prolongamento da sintomática e como consequência o agravamento do caso e evoluindo até
para transtornos de cunho psicológicos (Reis-Filho & Quinto, 2020); DIAS, Isadora et al.,
2021;).
É nítido que com o adoecimento da mente, os indivíduos ficam mais vulnerável a
transtornos psíquicos, como a depressão, ansiedade, síndromes, entre outros. Com o aumento
nos números de casos desses tipos de patologias, verifica-se também o aumento no consumo
de substâncias voltadas para o (Hossain et al., 2020; DIAS, Isadora., et al, 2021).
Entre os principais fatores, que isoladamente ou associados ao isolamento, pode levar
a desencadeamento dessas patologias, são o diabetes mellitus do tipo 2, obesidade mórbida,
pacientes oncológicos, consumo de substâncias ilícitas. A relação da depressão com doenças
clínicas e com comorbidades é muito frequente, favorece a evolução tanto do quadro
psiquiátrico como da doença clinica ou da comorbidade associada (Sun et al., 2020;
QUEMEL, Kelly et al., 2021)
Os transtornos de cunho mental, engloba um grupo de doenças que promovem um alto
grau de sobrecarga para a pessoa afetada, e quetambém afeta familiares, amigos e/ou mesmo
os cuidadores. A depressão é umas enfermidades que mais crescem em todo o mundo, e que
estão intimamente ligados ao jeito com que as pessoas lidam com o dia a dia (Gagliato, 2020;
QUEMEL, Kelly., et al., 2021).
Entre as variáveis que também impulsionam o número de casos de depressão é o fato
de que durante a pandemia, muitos indivíduos portadores de depressão não continuaram com
o tratamento, ou não puderam ser ligados avaliados. Esses fatores favorecem a expansão das
1

doenças, além do seu agravamento. É sabido que a depressão requer acompanhamento


profissional médico é/ou multidisciplinar, dessa forma a patologia será melhor tratada, e se
necessário propor uma nova terapêutica ao portador (Pimentel & Silva, 2020; Gagliato, 2020).
Dentre alguns dos fatores de risco que vem sendo frequentemente associado com as
doenças de caráter mental podemos citar a baixa autoestima, diagnóstico prévio de distúrbio
mental, baixo poder econômico, falta de suporte social, baixas condições de saúde e
condições precárias de trabalho. Todos estes fatores juntos ou isoladamente podem influenciar
de forma significativa o grau de vulnerabilidade do indivíduo no âmbito psicossocial (MS-
Argentina, 2020; Xiang et al., 2020)

2.3 O aumento do consumo de medicamentos para o tratamento de doenças psíquicas

De acordo a uma pesquisa do ministério da saúde do Brasil, e outra pesquisa do


Conselho Federal de Farmácia houve um aumento de pelo menos 14% nas vendas desse tipo
de substâncias antidepressivas. A busca foi expressiva também na venda de fitoterápicos
voltados para tratar esses distúrbios, tendo um aumento expressivo em 59%. Ainda de acordo
com o CFF os primeiros 12 meses após pandemia registrou um aumento de bruto de 17% do
consumo de medicamentos para o tratamento de transtornos psiquiátricos, liderando o
consumo os antidepressivos e estabilizadores de humor e ansiolíticos. Segue abaixo o quadro
(1) com as principais substâncias psiquiátricas vendidas durante o primeiro ano de pandemia
segundo MEDICINA S/A.(2021).

Quadro 1–Principais fármacos psiquiátricos vendidos no primeiro ano de pandemia tendo


como ano base 2019/2020 e algumas de suas características farmacológicas.

Fármacos Classe Mecanismo de Ação Efeito Adverso Recomendações


Terapêutica
1º Zolpidem Hipnótico, sedativo Intensificam a resposta Alucinações, agitação, Tratamento de curta
de ligação ao GABA. pesadelos, depressão. duração da insônia
(dificuldade para dormir)
2º Fluoxetina Antidepressivo Bloqueio da recaptura de Perda de apetite, Depressão associada ou
inibidor Seletivo da monoaminas e a sonolência, dor de não a ansiedade,
Receptação da recaptação de serotonina. cabeça, ansiedade, bulimia nervosa,
Serotonina fraqueza, náusea, transtorno obsessivo
diarreia, tremores, compulsivo, síndrome
impotência sexual, do pânico e
nervosismo. irritabilidade e alteração
de humor.
3º Antidepressivo Bloqueio da recaptura de Ansiedade, inquietude, Tratamento e prevenção
Escitalopram inibidor Seletivo da monoaminas e a recaptação sonhos anormais, da recaída ou recorrência
Receptação da de serotonina. dificuldade para da depressão, tratamento
1

Serotonina dormir, sonolência do transtorno do pânico,


diurna, tonturas, Dores tratamento do transtorno
musculares e nas de ansiedade generalizada.
articulações
4º Sertralina Antidepressivo Inibição de captação Dor de cabeça, Tratamento da depressão
inibidor Seletivo da neuronal de serotonina (5- insônia, sonolência,
acompanhada por
Receptação da HT). diarreia, boca seca,
sintomas de ansiedade, do
Serotonina tontura, sensação de
transtorno do pânico, do
transtorno do estresse pós-
cansaço ou fraqueza.
traumático.
5º Benzodiazepínico Aumento da transmissão do Amnésia, insônia, Crises de epilepsia e
Clonazepam GABA. psicose, libido convulsões, transtornos de
diminuída ou ansiedade (ansiolítico em
aumentada, ataques de geral, pânico, fobia social)
ansiedade, tremor, Depressão e mania,
disforia, distúrbios, inquietação extrema.
sonolência, tonturas.
Fonte:adaptação de MEDICINA S/A.(2021) e Bulário eletrônico da ANVISA

Um fator preocupante em conjunto com o aumento dessas doenças, é o uso irracional de


medicamentos controlados, a pandemia e os dados mostram que pessoas recorrem a
automedicação para tratar diversas doenças de cunho psiquiátrico, o que reflete um risco, uma
vez que esses fármacos são perigosos, viciantes, e mortais, o que requer o acompanhamento
do médico, para que o mesmo avalie e determine se necessário uma nova terapêutica
(QUEMEL, Kelly et al., 2021).
A Organização Pan-Americana da Saúde, Unidade de Saúde Mental e Uso de
Substâncias (La unidad de Salud Mental y Uso de Sustancias, OPS/OMS), alerta para que as
autoridades governamentais voltem a sua atenção para os impactos da COVID-19 na saúde da
população, sobretudo dos que se encontram em condições de desigualdades sociais, exclusão
social, idosos e com comorbidades, além de indivíduos com vulnerabilidade mental
(OPS/OMS, 2016). Faz-se necessário identificar as desigualdades entre os grupos
populacionais, levando em consideração gênero, idade e condição econômica (LIMA; BUSS;
PAES-SOUZA, 2020).
No Brasil em decorrência do contexto de pandemia de COVID-19, ficou decretado
pelo governo federal, por meio da portaria nº 340, de 30 de março de 2020, recomendações
acerca das condutas a serem tomadas para o enfrentamento da emergência em Saúde Pública
de importância Nacional e decorrente de infecção humana pelo vírus SARS-CoV-2 no âmbito
das Comunidades Terapêuticas. O documento cita as medidas de isolamento social,
enfatizando a necessidade dos indivíduos com suspeita da doença e indivíduos sintomáticos a
permanecerem em isolamento em suas residências, de tal modo a diminuir a progressão e
disseminação do vírus, promovendo o controle, e menores taxas de morbidade e mortalidade
(DOU, 2020). Na perspectiva acima o isolamento tem como finalidade principal restringir o
1

contato entre os indivíduos, assim promovendo a redução das chances de contaminação do


vírus e consequentemente também reduzirá a busca pelos serviços de saúde e também o
número de óbitos (Aquino et al., 2020).
Visando a medida restritiva de isolamento o governo também cria medidas a fim de
manter a população contida em suas casas. Entre algumas dessas medidas tivemos algumas
voltadas para a área médica e prescrição de receitas. Nesse período por exemplo entra
medidas como receitas com validade indeterminada ou com prazos maiores. Segundo o
veículo de comunicação CNN Brasil, logo no primeiro ano de pandemia o país registrou um
aumento estimado em 17% no consumo de substâncias antidepressivas, os valores declarados
foram levantados pelo Conselho Nacional de Farmácia (CNF).
Ainda no contexto de pandemia e isolamento social foi decretado em diversos países,
o que inclui o Brasil, medidas que determinou o fechamento de escolas, universidades,
edifícios de escritórios, shoppings, comércios em geral, entre outros serviços não essências.
Essas medidas trouxeram um forte impacto na economia global. E avanços no número de
novos casos fizeram com que governos locais elevassem ainda mais suas restrições, tendo
como um bom exemplo disso, a limitação de bairros, municípios, estados e mesmo o bloqueio
de fronteiras e proibido a entrada de estrangeiros. Diante do exposto e da alta pressão aos
povos para se guardarem, faz de suma importância preservar pelo respeito e pela dignidade
humana a fim de não houver desvio de conduta e desrespeito pela pessoa humana (Wilder-
Smith &Freedman, 2020).
Como contra partida a medida de isolamento social trouxe consigo inúmeros
paradigmas, como ser gatilhos para o surgimento de altos níveis de estresse, bem como lesão
do direito de ir e vir, o que promove um estado de negação acerca do fator gravidade da
doença, e que de forma automática promove a desconsideração da relevância do isolamento
pois não o considera eficaz (Brooks et al., 2020; Enumo et al., 2020).
É possível observar a existência de vários fatores correlacionados e que contribuir de
forma positiva para o desenvolvimento das manifestações de ansiedade e depressão em
pessoas durante o período de isolamento. Ambos podem ser resultantes a uma reação ao
estresse. Observa-se que a falta de controle da situação nessas circunstâncias é contínua uma
vez, pois em muitos casos o contexto impossibilita que o indivíduo saiba o tempo preciso em
que a crise dará fim. O Sentimento de incerteza, assim como os limites impostos pelas
medidas preventivas de Isolamento, o que não excluir a possibilidade de alterações nos
futuros de modo drástico, e mesmo a brusca separação do ambiente social ou familiar, tornam
1

se catalisadores para o desenvolvimento de sintomas da ansiedade e até mesmo depressão


(Ramírez-Ortiz et al., 2020).

3 MÉTODOS

Trata-se de uma Revisão Sistemática acerca da Literatura, sendo um estudo descritivo,


exploratório com delineamento transversal de abordagem e análise de informações. Os
indexadores de escolha foram Lilacs, PubMed,SciELO e BVS. Utilizou-se de alguns
descritores, juntamente cominado com o operador booleano AND, foram eles
“antidepressivos, pandemia e covid-19”. Por meio do DeCS (Descritores em Ciências da
Saúde)deu-se base aos termos técnicos mais apropriados para uma pesquisa cientifica,
inclusive na eleição das palavras chaves. Para elaboração do artigo foram consultadas,
referências publicadas entre os anos de 2019 a 2022. O corte temporal permite uma maior
relevância de conteúdo, uma vez que inclui o período de ocorrência do evento e também
possibilita abordagens recentes. Adotaram-se dos seguintes critérios de inclusão: estudos
realizados preferencialmente em humanos, estudos acerca do possível envolvimento da
pandemia de covid-19 e como esse momento levou um maior consumo de medicamentos
controlados, que são normalmente indicados para o tratamento de alguns transtornos e
deficiências de caráter mental. Foram validadas as referências que estivessem nos idiomas
inglês, português ou espanhol. Entre os critérios de exclusão tivemos registros duplicados ou
localizados em mais de uma base. Os mesmos foram contabilizados como um, sendo
considerado uma base de escolha e eliminados de outras. Os artigos identificados foram
selecionados após serem submetidos ao processo de triagem, e leitura dos títulos, resumos e
por fim leitura integral dos artigos. Do material selecionado fez-se a extração dos dados com a
finalidade de responder à questão que nortear essa revisão sistemática. Foram recolhidas
informações como autor (ano), tipo de estudo, composto(s) avaliado(s), desfecho avaliado.
Essas informações passaram por tabulação, sendo posteriormente anexadas aos resultados. Os
dados tabulados tiveram como base resultados de estudo com populações afetadas
mentalmente pela pandemia e consequentemente o aumento no uso de medicamentos
antidepressivos por indivíduos dentro do perfil de vulnerabilidade.

Figura 1- Fluxograma com a descrição do número de referências encontradas e


selecionadas, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, respeitando os
descritores em uso.
1

Fonte: Autoria Própria.(2023)


1

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo foi realizado a partir da análise de 16 artigos, aos quais atenderam o tema
proposto:o aumento do consumo de fármacos para o tratamento do transtorno depressivo
maior e a sua sintomática durante a pandemia de covid-19; descritos abaixo no quadro 1,
correlacionando os principais resultados e conclusões de cada autor abordado em suas
literaturas. Foram considerados elegíveis informações complementares provenientes de
instituições e sites governamentais e/não governamentais, conselhos profissionais, serviços de
saúde, órgãos federais de saúde, desde que atendessem a pergunta que norteou a pesquisa.
Esses foram selecionados para uma análise minuciosa e posterior extração de dados. Detalhes
do número de referências encontradas e selecionadas por cruzamento dos termos e critérios,
estão esquematizados na Figura(1). Não houve discordância a respeitos das inclusões ou
exclusões de estudo, as decisões foram tomadas de comum decisão.O método para o processo
de organização e sintetização das informações utilizado foi o referredReportingItems for
Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As etapas do processo encontram-se
localizadas na Figura (1).

Quadro 2 -Impacto da Pandemia de COVID-19 desencadeia um aumento na prevalência de


ansiedade e depressão, (2019-2022).
Autor/Ano Título Objetivo (s) Principais Resultados Conclusões
JournalofTr Isolamento, O principal O que sabemos é que a A vitória
avel, 2020. objetivo dessas gravidade da doença das
quarentena,
medidas de saúde não determina a ferramentas
distanciamento pública é impedir a transmissibilidade. Emb da saúde
propagação da ora a taxa de pública do
social e contenção
doença de pessoa mortalidade de casos tipo antigo
da comunidade: para pessoa, possa ser muito menor sobre a
separando as do que a do SARS-CoV, SARS
papel
pessoas para a maior preocupação fornece
fundamental para interromper a pode ser que esse novo ímpeto para
transmissão. As vírus se comporte continuar
medidas de saúde
ferramentas que epidemiologicamente medidas tão
pública à moda temos à mão são como os vírus da gripe, rigorosas
isolamento e desafia todas as medidas para o novo
antiga no surto do
quarentena, de saúde pública antigas coronavírus.
novo coronavírus distanciamento e se transforme em uma
social e contenção pandemia com muito
(2019-nCoV).
da comunidade. mais mortes do que a
SRA.
1

Yankun Abordagem de Fornecer A atual falta de cuidados Em


Sun cuidados de saúde intervenções de saúde mental para os qualquer
PhD,Yanpi mental para os psicológicas enlutados pode ser epidemia ou
ngBao enlutados durante oportunas e devido à falta de pandemia,
PhD, 2020. a pandemia de prevenir o conscientização sobre há um
COVID-19. desenvolvimento saúde mental, estigma e grande
de transtornos discriminação, ou a falta número de
mentais. Durante o de recursos de saúde mortes. No
surto de COVID- mental. entanto, a
19. condição
psicológica
do luto é
frequenteme
nte ignorada
ou mal
diagnostica
da; de fato,
poucos
serviços de
apoio ao
luto
baseados
em
evidências
estão
atualmente
disponíveis.
Dong & Crise de saúde Fornecer China divulgou uma As
Bouey, mental pública intervenções notificação em 26 de intervençõe
2020 durante a psicológicas janeiro de 2020, s de saúde
pandemia de oportunas e fornecendo princípios mental
covid-19, CHINA prevenir o orientadores das pública
desenvolvimento intervenções de devem ser
de transtornos emergência psicológica formalment
mentais. Durante o para reduzir os efeitos e integradas
surto de COVID- psicossociais do surto de à
19. COVID-19, equipes de preparação
extensão psicológica da saúde
lideradas por psiquiatras pública e
e profissionais de saúde aos planos
mental e equipes de de resposta
linha direta de apoio a
psicológico. para 6 emergências
grupos: pacientes para conter
confirmados, pessoas efetivament
sob investigação para e todos os
COVID-19, surtos. Os
profissionais de saúde, governos
pessoas em contato devem
imediato com pacientes, atender às
2

pessoas doentes que se necessidade


recusam a procurar s de saúde
atendimento e pessoas mental
suscetíveis/geral pública,
público. desenvolven
do e
implementa
ndo planos
estratégicos
bem
coordenado
s para
atender a
essas
necessidade
s durante a
pandemia
de COVID-
19.

Jahanshahi A angústia dos Pesquisas em As diferenças nos Que os


et al., 2020 adultos iranianos adultos iranianos preditores de angústia adultos no
durante a de acordo com o durante a pandemia da Irã estão
pandemia de Índice de Angústia Covid-19 no Irã e na passando
Covid-19 – Mais Peritraumática China,adultos iranianos por mais
angustiada que Covid-19 (CPDI) é experimentaram angústia do
os chineses e um índice sofrimento psicológico que os
com diferentes projetado para leve a moderado e adultos na
preditores. capturar fobias grave, em comparação China, com
específicas e com a China. nível de
transtornos de angústia
estresse previsto por
específicos diferentes
daCovid-19. fatores,
sugerindo
que
pesquisas
futuras
precisam
examinar a
saúde
mental e os
preditores
em países
individuais
para
identificar.
2

Lima, C. O impacto Evidenciar Que a epidemia de A maioria


K. T et al., emocional do Pacientes e COVID-19 destacou dos
2020 Coronavírus profissionais de possíveis lacunas nos profissionai
2019-nCoV (nova saúde da linha de serviços de saúde s de saúde
doença de frente que estão mental durante que
Coronavírus). vulneráveis ao emergências, além de trabalham
impacto emocional testar a resiliência dos em
do coronavírus profissionais de saúde e unidades de
dos sistemas médicos. isolamento
e hospitais
não recebe
nenhuma
formação
para a
prestação de
cuidados de
saúde
mental.
Ramírez- Consequências Apresenta estudos Pacientes As
Ortiz et al., para a saúde que vêm sendo diagnosticados com pandemias e
2020 mental da desenvolvido COVID-19 ou com a
pandemia de sobre as alterações suspeita de infecção consequente
COVID-19 na saúde mental podem apresentar necessidade
associadas ao secundárias à emoções intensas e de
isolamento social. pandemia de respostas isolamento
COVID-19. comportamentais, além social
de medo, tédio, solidão, tiveram um
insônia ou raiva. Essas impacto
condições podem significativo
evoluir para transtornos na saúde
como depressão, mental,
ataques de pânico, durante e
TEPT, sintomas após o
psicóticos e suicídio, surto,
que são especialmente levando a
prevalentes entre respostas
pacientes em emocionais
quarentena, nos quais o patológicas
estresse psicológico é de longa
maior. duração que
podem
resultar em
transtornos
mentais
altamente
incapacitant
es,
principalme
nte TEPT e
TDM, bem
2

como
transtornos
de
ansiedade.

Pereira et A pandemia de Realizar uma Os indivíduos Refletir


al., 2020 COVID-19, análise das submetidos ao sobre a
isolamento social, consequências isolamento social são necessidade
consequências na para a saúde mais suscetíveis a de garantir
saúde mental e mental decorrentes apresentar transtornos uma
estratégias de do período de de saúde mental, devido comunicaçã
enfrentamento: isolamento social à privação e contenção o clara e
uma revisão durante a social, com sintomas de informativa
integrativa pandemia de sofrimento psíquico, sobre
COVID-19 estratégias
para reduzir
esses
sintomas de
sofrimento
psíquico,
além de
fornecer
suporte
psicológico
e social
fundamental
para esses
indivíduos
vulneráveis.
Wang et al., Um estudo Questionário que Medidas decisivas e Vários
2020 longitudinal sobre avaliou as rápidas impostas pelo governos
a saúde mental da propriedades governo chinês foram devem se
população em psicométricas na fundamentais para concentrar
geral durante a fase inicial da reduzir ainda mais a em métodos
epidemia de epidemia de propagação do vírus. No eficazes de
COVID-19 na COVID-19 entanto, o bloqueio disseminaçã
China. prolongado teve vários o de
impactos adversos na conhecimen
saúde mental, to imparcial
sobre a
doença,
ensinando
métodos
corretos de
contenção,
garantindo a
disponibilid
ade de
serviços e
2

mercadorias
essenciais,

Roy et al., Estudo do Estudo Um total de 75% As pessoas


2020 conhecimento, transversal, concordou com a têm maiores
atitude, ansiedade observacional, necessidade de cuidados necessidade
e necessidade realizado na Índia de saúde mental para s percebidas
percebida de relacionada à indivíduos que entram para lidar
saúde mental na conscientização, em pânico em meio à com suas
população indiana atitude, situação de dificuldades
durante a experiência de pandemia. Mais de 80% de saúde
pandemia de ansiedade e dos participantes mental. É
COVID-19. necessidades sentiram a necessidade necessário
percebidas de da ajuda profissional de intensificar
saúde mental na especialistas em saúde o programa
comunidade mental para lidar com de
durante questões emocionais e conscientiza
a pandemia de outras questões ção e
corona. psicológicas durante abordar os
esta pandemia. problemas
de saúde
mental das
pessoas
durante esta
pandemia
de COVID-
19.
Araujo; Impacto do Discutir os efeitos Compreender o ônus de Construir
Machado. COVID-19 da pandemia do um surto na saúde estratégias
(2020) na COVID-19 em um mental é fundamental para
saúde mental em país de baixa e para uma ação efetiva garantir que
um país de baixa média renda, para conter a os pacientes
e média renda Brasil. propagação da doença, tenham
o estresse causado pelo acesso a
risco eminente de medicament
infecção ou incerteza os e
econômica, aconselham
especialmente em ento durante
ambientes de renda a pandemia
média-baixa. é
fundamental
para evitar a
recorrência
ou
agravament
o dos
distúrbios
2

Wilder- Isolamento, Definir As ferramentas que A


Smith; DO quarentena, ferramentas, temos à mão são 'quarentena'
Freedman distanciamento explicar como elas isolamento e é uma das
2020 social e contenção são usadas para quarentena, ferramentas
da comunidade: controlar o noco distanciamento social e mais antigas
papel coronavírus e contenção da e eficazes
fundamental para detalhar os comunidade. de controle
medidas de saúde benefícios e de surtos de
pública à moda desafios. doenças
antiga no surto do transmissíve
novo coronavírus is
(2019- nCoV)
Brooks et O impacto Impactos A maioria dos estudos Esta
al (2020). psicológico da psicológicos da revisados relatou efeitos revisão
quarentena e quarentena. psicológicos negativos, sugere que
como reduzi-lo: incluindo sintomas de o impacto
revisão rápida das estresse pós-traumático, psicológico
evidências. confusão e raiva. da
quarentena
é amplo,
substancial
e pode ser
duradouro.
Isso não
sugere que a
quarentena
não deva ser
usada; os
efeitos
psicológicos
de não usar
a
quarentena
e permitir
que a
doença se
espalhe
podem ser
piores.44
No entanto,
privar as
pessoas de
sua
liberdade
para o bem
público
mais amplo
é muitas
vezes
controverso
e precisa ser
2

tratado com
cuidado.
Kraemer et O efeito da Elucidar o papel Medidas A
al (2020). mobilidade da importação de intensivas de combinação
humana e casos na controle, incluindo de
medidas de transmissão em restrições de intervençõe
controle na cidades da China e viagem, foram s
epidemia de verificar o impacto implementadas implementa
COVID-19 na das medidas de para limitar a das na
China controle propagação do China foi
COVID-19 na claramente
China. Aqui, bem-
mostramos que as sucedida em
restrições de mitigar a
viagem são disseminaçã
particularmente o e reduzir a
úteis no estágio transmissão
inicial de um local do
surto, quando ele COVID-19
está confinado a
uma determinada
área que atua
como uma fonte
importante
XIONG; et Impacto da Foi vislumbrado Foi-se observado Esta
pelos autores da metodologias eficazes revisão
al. (2020) pandemia de
obra, abordar de para combater a sistemática
COVID-19 na maneira direta os problemática em examinou o
impactos da questão, como por estado
saúde mental da
pandemia sob a exemplo, politicas psicológico
população em população em públicas que promovam do público
geral. assistência aos grupos em geral
geral: uma
Tendo como, foco mais vulneráveis citados durante a
revisão primordial analisar no referido artigo, como pandemia
o comportamento também, disseminar as de COVID-
sistemática
de uma sociedade informações corretas 19 e
moderna que não sobre a covid 19; Apoio enfatizou os
havia passado por monetário e serviços de fatores de
um colapso no seu saúde remotos, foram risco
sistema de saúde. alternativas citadas associados.
Partindo desta visando promover um Uma alta
premissa, os resultado positivo, aos prevalência
impactos membros de uma de sintomas
relacionados à sociedade que psiquiátrico
saúde mental dos enfrentava uma s adversos
cidadãos se pandemia mundial além foi relatada
tornaram cada vez de sofrer diariamente na maioria
mais explícitos. com uma crise dos estudos.
econômica e um sistema
de saúde sucateado.
2

Garrido, r. Covid-19: um O trabalho visa Foi observado pelos Apesar de


apresentar um autores as medidas algumas
G., & panorama com
panorama atual eficazes frente a uma projeções
garrido, f. ênfase em sobre a covid-19 e patologia de alcance matemáticas
trazer luz para a mundial que não , ninguém
S. R. G. medidas
discussão, que se disponibilizava de pode prever
(2020). restritivas de prolonga no brasil, medicação imediata com até onde o
quanto à aplicação eficacia sobre vírus, novo
contato
de medidas tendo em vista, obter um coronavírus
interpessoal clássicas de saúde mecanismo rápido e pode
pública ideal para erradicar a chegar. Por
relacionadas à problemática. outro lado,
restrição do Analisando esses a única
contato mecanismos foi possível certeza é
interpessoal. Para perceber as suas que se trata
tanto, principais virtudes no de uma das
desenvolveu-se combate contra o vírus, maiores
pesquisa bem como, as suas pandemias
exploratória e lacunas que impediam pela qual a
qualitativa, a partir um maior desempenho humanidade
de documentação no combate à doença. já passou e
indireta de fontes que, na
secundárias como falta de
artigos e sites. Esta terapêutica
pode ser farmacológi
configurada como ca e
uma revisão imunopreve
sistemática dos nção, a
trabalhos humanidade
publicados ou, tem sua
face à urgência do salva-
tema, ainda no guarda nas
prelo, medidas
disponibilizados clássicas de
principalmente saúde
entre janeiro e pública, a
abril de 2020 por partir da
revistas restrição do
internacionais de contato
grande impacto na interpessoal
área médica e . O ataque à
2

científica. covid-19
demanda o
empenho de
todos: dos
pesquisador
es em busca
de trata-
mentos e
prevenção;
de
industriais,
produzindo
os insumos
clínicos, de
diagnóstico
e de
proteção;do
s
profissionai
s de saúde,
segurança,
produtores
de
alimentos e
demais
trabalhadore
s de
serviços
essenciais;
mas,
sobretudo,
daqueles
que
colaboram
com os mais
vulneráveis.
Uma
espécie de
isolamento
solidário.

Johnson, Emoções, O objetivo deste Este tema reúne Este


inquietações e trabalho nos
M. C., trabalho é explorar diversos sentimentos
reflexões diante permitiu
Saletti- da pandemia do os sentimentos e gerados pela conhecer os
coronavírus, sentimentos
Cuesta, L., expectativas que o pandemia, onde se
COVID 19 NA das pessoas
&Tumas, ARGENTINA. COVID-19 gerou destacam a incerteza, o contra o
COVID-19
N. (2020 na Argentina medo e a
na
angústia.
2

durante a primeira Podendo desta maneira Argentina.


Em termos
fase da pandemia , mapear de maneira
gerais, nas
Foi aplicada uma objetivo todos os fases
iniciais da
pesquisa da sentimentos vivenciados
pandemia
Organização pela população mundial na
Argentina,
Mundial da Saúde em um momento critico
observa-se
adaptada ao para a saúde. Assim, foi- um impacto
na saúde
contexto local. se observado que a taxa
mental das
de emoções que levam o pessoas, no
qual se
ser humano a
destacam o
desenvolver doenças medo, a
incerteza e a
mentais como por
angústia
exemplo a depressão,
obteve um índice
elevado, mas além disso
afetos positivos que
valorizaram ainda mais
os laços entre familiares
e amigos.
Lima, D. L. COVID-19 no Avaliar os Abordagem frente à Construir
F. (2020) aspectos pandemia de COVID-19estratégias
estado do Ceará,
comportamentais e varia de acordo com para
Brasil: as crenças da aspectos sociais, como
garantir que
população gênero, idade, os pacientes
comportamentos e
cearense frente à escolaridade e local de
tenham
crenças na pandemia de residência, assim como
acesso a
COVID-19. o sistema de crenças da
medicament
chegada da
população do estado do
os e
pandemia. Ceará aconselham
ento durante
a pandemia
é
fundamental
para evitar a
recorrência
ou
agravament
o dos
distúrbios.
Fonte: Impacto da Pandemia de COVID-19 desencadeia um aumento na prevalência de
ansiedade e depressão, Elaboração: Os autores (2022).
2

No momento em que as nações ainda fragilizadas pelo impacto da pandemia buscam


prosseguir para uma recuperação e estabilidade, ficou perceptível a importância do contexto
mental diante de algumas adversidades. É observado nesse período que a saúde da população
é uma questão que diz respeito a saúde pública e representa um sério problema para a bem
estar do país qualquer que seja (OMS, 2020c).
Segundo uma cartilha da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. (2020a), a saúde do
povo brasileiro sofre danos de caráter psicológicos, psiquiátricos e sociais, isso em diversos
graus de intensidade e severidade. Ramírez-Ortiz et al. (2020) se posiciona declarando que no
cenário, vigente na pandemia, o medo, a angústia, tristezas, incertezas entre outros
sentimentos negativos leva a uma intensificação dos níveis de estresse e ansiedade em pessoas
saudáveis e eleva a sintomática de indivíduos com transtornos psíquicos preexistentes.O
caráter da saúde mental passou a ser tão relevante no âmbito da pandemia de COVID-19 que
passou a ter um guia, O Guia Preliminar: Como lidar com os aspectos psicossociais e de
saúde mental referentes ao surto de COVID-19, que foi desenvolvido pelo Comité
Permanente Interagências (IASC), um fórum de interagências das Organizações das Nações
Unidas (ONU) e de parceiros humanitários não pertencentes a ONU. Nesse guia estão
reunidas informações baseadas em princípios da ONU e instituições não governamentais e
agências locais, que visam aborda a temática de como lidar com os aspectos psicossociais da
saúde mental durante o contexto pandêmico em vigor, visto que diz respeito a um grave
problema de emergência (GAGLIATO, 2020);
Segundo o Wang et al. (2020) a população chinesa teve cerca de 53% dos seus
indivíduos afetados por danos psicológicos e que tais danos foram frutos do momento vigente,
a pandemia. A principal medida de controle utilizada na china foi o isolamento social, a
medida implementada se mostrou eficaz para a contenção da infecção (Cyranoski, 2020).
Visando minimizar os efeitos e consequências negativos na SM de sua população, a China foi
um dos países que adotaram suporte psicológico, sendo tão bem implementado que serviu
como modelo para diversas outras nações ao redor do mundo (Dong &Bouey, 2020).
Um estudo realizado por Johnson et al. (2020) mostra a importância da abordagem do
contexto de SM para a saúde pública, a pesquisa evidencia a necessidade de se conhecer os
riscos para o desenvolvimento de patologias e transtornos mentais, e também oferta
3

programas para intervenções de caráter psicoterapêutico que são adaptáveis e dinâmicos


podendo ser utilizados durante o momento vigente.
Para a ONU, cabe as autoridades governamentais estarem atentas à saúde de suas
nações, chamando atenção para os momentos de adversidades, como é o caso da pandemia de
COVID-19. Em situações adversas esses governantes deverão estarem atentos para os
processos patológicos que podem vim a causar danos ao bem comum, respeitando claro, a
individualidade de cada um e levando em conta as questões de desigualdade sociais e
econômicas, buscando uma gestão equidade e igualdade. Ainda como forma de apoio, as
Organizações das Nações Unidas elaboram um pacote de incentivo e apoio ao bem-estar
mental e psicossocial, sendo voltados para os diversos grupos que a compõe ou lhe presta
apoio.
Juntamente com as medidas impostas como forma de frear a expansão do vírus, veio
consigo algumas intempéries, como o agravamento da saúde da mente. Em meio a negação,
ansiedade, desesperança, medo entre outros sentimentos negativos, a mente humana passa a
trabalhar em altos níveis de estresse, todos esses fatores quando acumulados pode promover o
adoecimento mental em diferentes níveis, o que pode favorecer o desenvolvimento de
enfermidades de grau mais elevado, como depressão (PEREIRA et al., 2020; Ortiz et
al.,2020).
Para Roy uma das medidas de controle de maior impacto negativo, foi o isolamento
social (IS), o mesmo foi marcado como uma barreira entre a população e os governantes. A
falta de informação da população quando somada com despreparação, distorções, conflitos
políticos e divergências de opiniões dos gestores governamentais acerca da real gravidade do
problema promoveu um ambiente de relevável insegurança e instabilidade, que refletiu
diretamente na população, que daquele momento em diante somaria mais um fator agravante,
além dos que já possuíam (JAHANSHAHI et al., 2020; Schmidt et al., 2020).
Em resumo C. K. T. Lima et al., 2020 classifica o cenário vivido promove certamente
o âmbito ideal para o surgimento de alterações comportamentais de relevância significativas
que podem impulsionar danos a mente, promovendo até sintomas graves na saúde psiquiátrica
do indivíduo. As barreiras de desinformações permitem de o clima de horror possa vingar e
produzir frutos na população. Eventos como as fake News possibilita manter a população em
constante alerta e altos níveis de tensão e pressão, como resultado do medo de se contaminar e
por conseguinte morrer. Esse clima se torna o terreno fértil para o surgimento de diversos
transtornos como, o do pânico, que é marcado por sintomas psíquico e físicos (Garrido &
Garrido, 2020).
3

Um dos públicos mais afetados mentalmente pela pandemia, foram os profissionais da


saúde, alguns desses indivíduos por trabalharem diretamente na linha de frente da pandemia,
tiveram uma alta exposição a altos níveis de estresse, chegando mesmo a sobrecarga,
esgotamento físico e mental, picos de ansiedade, muitos desses fatores são considerados
gatilhos para outro como transtorno de ansiedade e mesmo depressão (LANCET, 2020;
Ramírez-Ortiz et al.,2020).
A principal medida de controle utilizada no Brasil, foi o distanciamento social,
juntamente com o isolamento social e o uso de mascaras. Visando manter a população em
suas residências, o governo de cada esfera busca medidas que permitam com que as pessoas
continuem suas atividades essências, sem prejuízo e com segurança. No dia 30 de março de
2020, por meio da portaria nº 340, o governo federal decretou um conjunto de recomendações
para o enfrentamento da emergência em Saúde Pública de importância Nacional decorrente de
infecção humana pela COVID-19, no âmbito das Comunidades Terapêuticas (DOU, 2020).
Buscando atender a população que fazem o uso de medicações controladas de caráter
psiquiátrico, e que também esses não ficassem sem acesso a tais compostos, o Ministério de
Saúde do Brasil, decreta que as receitas terão valor de até seis (6) meses de validade, entrega
por delivery Apesar de visar a integração, a medida mostra falha em alguns aspectos, visto
que pacientes psiquiátricos necessitam de acompanhamento profissional e que em dadas
situações será necessário a intervenção médica, como pra substituição de substância ou ajuste
de dosagem (Pereira et al., 2020; CFF, 2020).
O primeiro ano da pandemia no Brasil refletiu um aumento de cerca de 17% em
relação ao ano anterior no consumo de medicamentos para o tratamento depressivo e seus
sintomas, isso segundo os dados levantados pelo Conselho Federal de Farmácias. Alguns
estados da federação tiveram um aumento maior que 30% em comparação ao ano anterior. Já
segundo um levantamento da Funcional Health Tech, o primeiro semestre de 2021, o aumento
registrado foi de cerca de 14% em relação ao ano de 2021, sendo as classes que lideraram
antidepressivos, que representam 71,38%, seguido de sedativos e ansiolíticos (usados no
controle da ansiedade), com 41,72%.
Fica nítido que a população teve seu estado mental comprometido durante o período
em estudo. Muitas pessoas recorreram a automedicação a fim de diminuir o mal-estar
produzido pelo contexto que estavam inseridos. Algumas medidas promovidas pelo governo
facilitou o acesso a inúmeros medicamentos para o controle do transtorno depressivo maior e
para o controle dos sintomas que são manifestados no mesmo, o que consequentemente levou
3

ao aumento nos processos de automedicação, o que já era comum em situações normais, e


passou a ser mais intenso na pandemia (Araújo & Machado, 2020).
Segundo o CFF, 2021 o aumento do consumo também é decorrente da questão cultural
ocidental, onde as pessoas buscam o consumo de tais substâncias como antidepressivos e
estabilizadores de humor para tentar sanar todo tipo condição decorrente do convívio societal
como se tudo se reduzisse a um problema de saúde. No momento do contexto pandêmico as
situações desgastantes passaram ser mais aflorado e extenso, deixando as pessoas sobre
extremo estresse psicológico, atuando como gatinho para desenvolvimento de transtornos de
ansiedade e depressão (Duan& Zhu, 2020), levando os indivíduos buscarem alívio por conta
própria (CFF, 2020).
Para o Araújo &Machado, 2020 assim como para Ramírez-Ortiz et al.2020.faz se a
necessário de políticas de estratégias a fim de garantir acesso a prescrição de medicamentos
voltados para tratamento da ansiedade, depressão entre outros transtornos psiquiátrico. De
suma importância para o portador da enfermidade, o tratamento medicamentoso não poder ser
interrompido, o mesmo será de grande relevância para um melhor prognóstico.
De acordo Ho et al. (2020), faz necessário uma abordagem Terapia Cognitiva
Comportamental (TCC), e essa pode acontecer por intermédio da psicoeducação, onde o foco
é instruir o indivíduo lidar com a doença, seja o seu caráter físico ou mental, e que tal TCC se
torna uma eficiente ferramenta de intervenção para a saúde da população em sua
totalidade.C.Wang et al. (2020) salienta ainda a importância da boa comunicação entre os
entes governantes e a população, torna-se de grande relevância uma compreensão mútua
acerca das medidas de contenção e prevenção da infecção da COVID-19. Ainda segundo
C.Wang et al. (2020) esse acontecimento possibilita condições favoráveis para um melhor
prognósticos, pois promove estímulos positivos nas respostas psicológicas.
Diante do contexto da saúde do Brasil no período da expansão viral, profissionais da
psicologia passaram a oferta suporte psicológico. O Governo Federal por sua vez convoca
profissionais da área da saúde para trabalharem dando suporte ao sistema de saúde pública
sendo o regime de voluntariado e remunerado (Fiocruz, 2020a, 2020c). Visando garantir os
direitos daqueles em situação de alguma vulnerabilidade, o serviço social atuou prestando
assistência social a população de forma individual ou mesmo caráter multidisciplinar em
conjunto com outras áreas (CFESS, 2020)
A atuação com uma visão mais social busca amenizar os efeitos da real situação da
ocasião com o estado de fragilidade que aquele indivíduo poderá a vim se encontrar, caso não
ocorra nenhuma intervenção. O serviço social, bem como a psicologia se posiciona
3

salientando que em um contexto de adversidade, as necessidades socias são importantíssimas


para o bom enfretamento do período, e também deixa nítido que trabalhar o psicológico da
população vai além somente do tratamento medicamentoso (CFESS, 2020)
Os gatilhos para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas pode ser resultantes de
gatilhos socias, e que em muitas vezes são automedicados como forma de paliativar os
problemas que enfrentamos. O risco da automedicação diz respeito não somente aos perigos
dos fármacos envolvidos na sua composição e o risco de vida Um dos principais perigos para
automedicação dessa gama de medicamentos além do risco de morte, quando consumidos em
dose letal, é o risco da dependência seja psíquica ou física, além também dos casos de
tolerância, o que pode levar o aumento da dosagem ou substituição do composto. A
automedicação sem acompanhamento profissional pode inclusive envolver diagnóstico
errôneos, levando uma terapêutica ineficaz (CRP-SP, 2020; MS-Brasil, 2020).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sistematização do presente estudo, possibilitouuma maior compreensão acerca das


consequências das medidas de contenção e prevenção da COVID-19, e como essas trouxeram
impacto para a saúde da mente. Fica nítido a importância dos profissionais de saúde mental
em um momento de adversidade como o encontrado na pandemia, os mesmos representam
grande relevância, visto podem oferta importantes contribuições para o enfrentamento da
doença e sua repercussão. Torna-se notório que diante da maior emergência de saúde pública
que a comunidade internacional e nacional enfrenta em décadas, a saúde psicológica das
nações foi afetada uma vez que se encontrar em altos níveis de tensão e pressão.
No período vigente a pandemia, observa-se que entre os principais sintomas
psicológicos relatados, foram principalmente, altos níveis estresse, medo, ansiedade, pânico,
culpas, tristezas e angustias, o que consequentemente promove o sofrer psíquico e podendo
levar ao surgimento de outros transtornos como de pânico, de ansiedade, TEPT e o transtorno
depressivo maior. A vulnerabilidade mental da população deve receber atenção especial dos
serviços que zelam pela saúde pública. Também faz necessário estratégias para fornecer apoio
a indivíduos em situação de vulnerabilidade. Esseúltimogrupo, podem ter seus sintomas e
transtornos aumentados ou estabelecidos através da vivência do IS, caso não tenham um
acompanhamento ideal.
3

Dentro do espaço de saúde pública é sentido a lacuna da falta de investimento na


saúde psiquiátrica do seu povo, é visto que falta a conscientização da população a respeito do
uso racional de medicamentos, em especial os de caráter psiquiátrico, que não devem ser
administrados por conhecimentos próprios, mas sim deverá ser prescrito após intervenção
médica. A população também deve entender que em certas ocasiões somente a medicação não
é a única solução, e que algumas medidas complementares juntamente com a mediação, o que
inclui o apoio psicológico e social são fundamentais para um bom prognóstico.
3

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no Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva. Disponível em:
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