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DESORDENS DE ANSIEDADE

Os distúrbios da ansiedade incluem:

Ansiolíticos • Ansiedade generalizada (estado de excessiva ansiedade,


sem nenhuma razão

e • Síndrome do pânico (ataques de medo opressivo que ocorre


associado a sintomas marcantes somáticos)

Hipnóticos • Fobias (medos intensos de coisas ou situações específicas)

• Distúrbios do estresse pós-traumático (ansiedade ativada


pela lembrança insistente de experiência passada)
Prof. Eliane Mella
Farmacologia

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PRINCIPAIS DROGAS ANSIOLÍTICAS


INSÔNIA
• Álcool etílico
• Barbitúricos
Caracteriza-se por: • Anti-histamínicos
• Dificuldade para adormecer • -Bloqueadores
• Acordar várias vezes durante a noite • BENZODIAZEPINICOS
• Acordar cedo demais
ATIVIDADE FARMACOLÓGICA
• Ansiolítico
Fármacos ansiolíticos: eliminar a ansiedade
• Hipnótico
Fármacos hipnóticos: induzir sono e graus # de depressão • Relaxamento Muscular
• Anticonvulsivante
Sedação: sonolência,  da ansiedade
Hipnose: semelhante ao sono fisiológico • Sedativo

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GABA
BENZODIAZEPÍNICOS

❑São os ansiolíticos de maior efetividade (mais eficazes e larga


margem de segurança, a não ser quando usados em
combinação com o álcool ou outros depressores do SNC).

❑Todos os BZD possuem propriedades farmacológicas


semelhantes e o medicamento protótipo do grupo e o mais
usado é o Diazepam.

❑Os BDZ são depressores do SNC, com propriedades ansiolíticas


em doses relativamente baixas e com efeitos sedativo-
hipnóticos (indução de sonolência ou sono) em doses mais
altas.

❑Os BZD agem potencializando a ação do GABA, o


neurotransmissor inibidor primário no SNC.

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RECEPTORES DO GABA A RECEPTORES DO GABA A

• BZD1 ou ômega 1: existente no SNC em áreas


responsáveis por manutenção do ciclo sono-vigília
e sedação;

• BZD2 ou ômega 2: mais concentrados em áreas do


SNC responsáveis por cognição, memória e funções
psicomotoras;

• BZD3: localizado fora do SNC, relacionado


principalmente ao relaxamento muscular.

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BENZODIAZEPÍNICOS ANTAGONISTAS
• Revertem os efeitos dos BZD (após anestesia ou overdose).

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AÇÃO CURTA AÇÃO INTERMEDIÁRIA


DROGAS ½ VIDA METABOLITOS ½ VIDA ACUMULAÇÃO DROGAS ½ VIDA METABOLITOS ½ VIDA ACUMULAÇÃO
Eliminação Hs ATIVOS Eliminação Hs Eliminação ATIVOS Eliminação Hs
Hs
Triazolam Derivado 1
2,3 Metil Hidróxido Curta - Alprazolam 12 Alfa-H-
Curta +
Alprazolam -

Temazepam +
Midazolam 2,5 Derivado 1
Metil Hidróxido Curta - 12 - - -

Lorazepam +
Brotizolam Derivado 1 12 - -
5,0 Metil Hidróxido Curta - -

Oxazepam +
12 - - -

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EFEITOS ADVERSOS DOS BZD
AÇÃO PROLONGADA
Efeitos Agudos:
DROGAS ½ VIDA METABOLITOS ½ VIDA ACUMULA Sedação e xerostomia.
Eliminação ATIVOS Eliminação ÇÃO
Hs Hs

15 Derivado 7 - 23 ++ Efeitos Crônicos:


Flunitrazepam amino - Acumulação
Muito Desalquil 87 +++ - Tolerância: geralmente não ocorre fenômeno de tolerância,
Flurazepam curta mas alguns pacientes podem desenvolver aumento das
Flurazepam
doses e abuso.
Nitrazepam 28 - - ++ - Ansiedade e insônia rebotes: com a suspensão dos BDZ
ocorre um retorno temporário dos sintomas originais, mas
numa intensidade maior.
- Nordiazepam 60 +++
Diazepam - Convulsão
- Amnésia

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EFEITOS ADVERSOS
• FREQUENTES: sedação e xerostomia.
BARBITÚRICOS
• MENOS FREQUENTES: tontura, ataxia, confusão mental,
prejuízo do desempenho motor, náusea. • Esses fármacos eram utilizados como: hipnóticos,
sedativos, ansiolíticos e anticonvulsivantes,
• RAROS: efeito paradoxal, depressão respiratória, coma e porém no Brasil não há especialidade
morte.
farmacêutica para esta finalidade.
CONTRA-INDICAÇÕES
• Grávidas (teratogênicos)
• Os barbitúricos mais comuns: tiopental,
• Alcoolistas crônicas pentobarbital e o fenobarbital.
• Apnéia do sono
• Déficits de memória

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NOVOS HIPNÓTICOS
• Zolpidem e Zopiclona

Zolpidem (Lioram®)
• Agem seletivamente nos receptores BZD1 ou ômega 1
• Absorção rápida, meia-vida em torno de 2 hs, não fornece
metabólitos ativos, não interfere no sono REM, não causa
efeito rebote quando retirado bruscamente.

Zoplicona (Imovane®)
• Boa atividade hipnótica, baixa toxicidade e meia-vida curta
de eliminação (5 hs).
• Pode ser utilizado como indutor no sono antes de
procedimentos cirúrgicos.
• Boa opção para pacientes que não toleram os BZD

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HIPÓTESE DAS MONOAMINAS TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
Proposta em 1965 por Schildkraut.
 Antidepressivo Inibidores da
Monoamino Oxidase (IMAO);
A teoria baseia-se na capacidade dos agentes  Antidepressivos Tricíclicos (ADT);
antidepressivos em facilitarem a melhora dos sinais
de depressão.  Antidepressivos Inibidores Seletivos
da Recaptação de Serotonina (ISRS);
Existem algumas inconsistências.  Antidepressivos de ação dupla;
 Antidepressivos Atípicos;
Hipótese dos Receptores de Neurotransmissores.  Estabilizadores do Humor.

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ANTIDEPRESSIVOS OU ANTIDEPRESSIVOS - IMAO


TIMOANALÉPTICOS
Indicação dos antidepressivos: 1) IMAO clássicos – irreversíveis e não-seletivos
Fenelzina (Nardil)
- Depressão endógena unipolar,
- Distúrbio Obsessivo Compulsivo, Tranilcipromina (Parnate)
- Ataques de Pânico e, Isocarboxazidan (Marplan)
- distúrbios alimentares.

A classe farmacológica dos antidepressivos e heterogênea tanto a nível 2) IRMA - Inibidores reversíveis da MAO A
de mecanismo de ação, quanto a nível de efeitos indesejáveis. Mesmo
para compostos da mesma família a diferenciação também é difícil. Moclobemida (Aurorix, Moclobemine®)
Os ADT como a Amitriptilina (Laroxil – Roche) e Imipramina (Tofranil – Toloxatone (Humoril®)
Roche) foram as primeiras descobertas, seguidos pelos IMAO,
irreversíveis e não seletivos como a Fenelzina, Pargilina e tranilcipromina
(Parnate®). - Inibidores seletivos da MAO B
- Indicado para tratamento do mal de Parkinson
 Seletividade: só apareceu com os inibidores específicos de recaptação
de NA ou de 5HT. - Selegilina (Niar, Eldepril, Jumexil, Deprenil)

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ANTIDEPRESSIVOS – IMAO ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS


INTERAÇÕES (ADT)
• Não ingerir alimentos ricos em tiramina, pois esta libera Considerados eficazes nas depressões endógenas,
Na e com a MAO inibida ocorre elevação PA além de ter indicação para outras patologias.
ocasionando crise hipertensiva.

Distingue-se os antidepressivos triciclícos


imipraminérgicos dos de estrutura tricíclica modernos.

Os ADT impedem esta recaptação, facilitando a


transmissão monoaminérgica.

Interagindo pós sinápticamente, os ADT e IMAO


promovem down regulation (redução do número dos
receptores beta adrenérgicos e dos receptores 5HT2).

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ADT – MECANISMO DE AÇÃO ADT– EFEITOS INDESEJÁVEIS

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ADT – EFEITOS INDESEJÁVEIS ADT–CONTRA-INDICAÇÕES

Efeitos Endócrinos: Diminuição da libido e problemas


de ereção. Dismenorréia, hiperprolactinemia e A associação ADT + IMAO não seletivo é contra-indicada.
aumento de peso.

Efeitos neuropsíquicos: Deve-se respeitar o intervalo de 15 dias para substituir um


IMAO para um ADT, e um intervalo de 5 dias para passar de
-- Sintomas de ansiedade ou delírios, mudança rápida um ADT para um IMAO.
de humor (hipomania ou mania).
-- Piora no estado de humor inicial, aumentando o risco A conduta médica de tratamento: Aumento progressivo de
de suicídio, para depois melhorar o estado depressivo. doses em razão da latência de efeitos, aguardar três
semanas para mudar o medicamento.
Outros Efeitos: problemas hematológicos, rashs
cutâneos alérgicos, reações anafiláticas devido aos
sulfitos (formas injetáveis) e hepatites colestáticas.

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ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DA


PARECIDOS AOS TRICÍCLICOS RECAPTURA DE SEROTONINA (ISRS)

• Muito utilizados em razão de sua eficácia comparável aos ADT (mecanismo de


São de aparecimento mais recente. ação parecido, porém seletivo para serotonina), e por possuir menos efeitos
colaterais anticolinérgicos (praticamente nulos) e ausência de efeitos
cardíacos.
De estrutura bi, tri ou tetracíclicas, eles não apresentam a mesma
toxicidade dos imipramínicos (desprovidos de efeitos anticolinérgicos • Indicações:
e cardíacos) - Todos os estados depressivos.
- Sua utilização é primeiramente justificável em casos de idosos, pacientes com
problemas cardiovasculares ou que utilizem vários medicamentos.
Eficácia comparável aos tricíclicos de referência (imipramina).
- Fluoxetina (Prozac®)
• Exemplos: Mianserina ( Athimil), Amineptina (Survector), Viloxazina - Sertralina (Zoloft®)
(Vivalan) e a Tianeptina (Stablon) - Paroxetina (Aropax®, Desorat®)
- Fluvoxamina (Floxifral®)
- Citalopram (Cipramil®, Seropram®)

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INIBIDORES SELETIVOS DA
RECAPTURA DE SEROTONINA (ISRS) ANTIDEPRESSIVOS DUAIS
• Inibem a recaptação de serotonina e noradrenalina, sem ter os efeitos
EFEITOS INDESEJÁVEIS DOS ISRS colaterais dos tricíclicos.
• Sintomas digestivos: com náuseas, vômitos, constipações
e anorexia. • Venlafaxina
• Insônia e cefaléia. • Cuidado em pacientes hipertensos. Existe relatos de pneumonite
intersticial e miocardiopatia.
• Baixa de libído.
• Efeito dual (em ambos os receptores) a partir da dose de 150mg – doses
menores inibem apenas a serotonina;
OBS: Em associação com os IMAO podem causar:
Síndrome da serotonina (aguardar 1 mês para a troca) • Desvenlafaxina
• Tremor • Derivado da venlafaxina.
• Tem efeito dual com dose de 50mg.
• Hipertermia
• Colapso cardiovascular • Duloxetina
• Morte • Efeitos em sintomas álgicos.
• Efeito dual independentemente da dose.

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ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
BUPROPIONA
A Bupropiona é um inibidor relativamente seletivo da recaptação de
MIRTAZAPINA (Remeron® 30mg, 45 mg) noradrenalina e dopamina, com mínimo efeito sobre a recaptação de
serotonina.
* Aumento da atividade noradrenérgica e serotoninérgica central
(ANES – antidepressivos noradrenérgicos e específico Depressão Senil
serotoninérgico. Além disso, tem antagonismo dos receptores alfa-2
pré-sinapticos, aumentando a transmissão noradrenérgica. São Indicado para tratamento do tabagismo: sua utilização única ou em combinação
antagonistas 5HT2 e 5HT3 pós-sináticos. com adesivos cutâneos de nicotina, tem mostrado taxas significativas de sucesso
para o abandono do hábito de fumar.

MILNACIPRAM (Ixel® 50 mg) SIBUTRAMINA


*** age inibindo a recaptação de noradrenalina, entretanto, seus metabólitos
Inibidor da recaptação da NA e 5HT ativos (1 e 2) também inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina.

VENLAFAXINA (Efexor® 75 mg, 50mg) ☺Não mostra eficácia antidepressiva.


• Inibe a recaptura as vezes de 5HT e as vezes de NA, mas ☺Reduz o peso em excesso através de um mecanismo específico de estímulo do
seus efeitos 5HT são menos importantes que os dos ISRS. centro da saciedade, que reduz a ingestão calórica.

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ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS LÍTIO


Vortioxetina Controla a fase maníaca do transtorno bipolar (60 a 80%)
Antidepressivo mais novo com efeito multimodal, pois age também em
outros receptores. Esses efeitos multimodais parecem facilitar a liberação
neuronal de serotonina quando comparado a um ISRS puro, com
Uso profilático: impede as oscilações de humor
mecanismo de ação diferencial.
Episódio agudo: somente reduz a mania – Antipsicóticos
Trazodona
• Inibidor da receptação de serotonina com antagonista forte de 5HT2A, EFEITOS COLATERAIS
agonista parcial 5HT1A, agonista 5HT2C, sem efeito anti-colinérgico, mas • Náusea, vômitos e diarréia
com efeito anti-alfa-1-adrenérgico. Apresenta um efeito sedativo • Tremor
importante.
• Efeitos renais: poliúria (e consequente sede) – inibição do
ADH
Agomelatina Tratamento prolongado: lesão tubular renal grave
• Melhora o sono, efeito em receptores da melatonina (agonistas seletivos • Hipertiroidismo
dos receptores MT1 e MT2 melatoninérgicos). Pode elevar transaminases, • Aumento de peso, edema e acne
exigindo um controle dessas enzimas.

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ESQUIZOFRENIA
HIPÓTESE DA DOPAMINA

• Drogas que  a dopamina intensificam ou produzem


sintomas positivos (Ex: anfetamina e cocaína);

• Drogas que  a dopamina diminuem/paralisam os sintomas


positivos;

• Drogas antipsicóticas capazes de tratar dos sintomas


psicóticos positivos são bloqueadoras dos receptores de
dopamina (D2).

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VIAS DOPAMINÉRGICAS DO CÉREBRO


ANTIPSICÓTICOS
CLASSIFICAÇÃO FARMACOLÓGICA:

• Antipsicóticos Típicos ou Neurolépticos


Ex: Clorpromazina (Amplictil®), Haloperidol (Haldol®),
Tioridazina (Melleril®), Levomepromazina (Neozine®),
Periciazina (Neuleptil®), Amissulprida (Socian®).

• Antipsicóticos Atípicos ou de 2 geração


Ex: Risperidona (Risperdal®), Sulpirida (Dogmatil®,
Equilid®), Quetiapina, Clozapina (Leponex®), Olanzapina
(Zyprexa®)

*** Lurasidona possui propriedades antipsicóticas que agem como


antagonistas de receptores de dopamina (D2 e D3). Tem função
bloqueadora de receptores de serotonina (5-HT2A e 5-HT7) e agonista
parcial (estimulante) de receptores serotoninérgicos (5-HT1A).

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ANTIPSICÓTICOS

MECANISMO DE AÇÃO:

• Atividade bloqueadora dos receptores


dopaminérgicos cerebrais.

• Atividade bloqueadora dos receptores


serotoninérgicos cerebrais.

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ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS

• Efeitos Anticolinérgicos: Boca seca, visão


turva, sedação, confusão mental, retenção
urinária e Constipação.

• Bloqueio de receptores Histamínicos H1


Maior apetite, ganho de peso.

• Bloqueio -adrenérgico:
Hipotensão ortostática e tontura.

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ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
• Sedação
• Efeitos extrapiramidais: Sintomas parkinsonianos como e
Acatisia (caracteriza o individuo estar sempre em movimento)
Bradicinesia
• Impotência, Infertilidade
• Homem: ginecomastia; Mulheres: galactorréia
• Pseudo-gravidez:  de FSH e LH (amenorréia)
• Discinesia tardia (movimento involuntário dos lábios, língua,
mandíbula)
• Síndrome neuroléptica maligna

ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
• Ganho de peso
• Resistência a insulina
• Aumento de colesterol
• Agranulocitose (clozapina)

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CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS FENITOÍNA


CONVULSÕES EPILÉPTICA
• INDICAÇÃO
PARCIAIS SINTOMAS
Usada para todos os tipos de epilepsias, exceto crises de ausência.
Consciência intacta. Distúrbios sensoriais e motores
PARCIAL SIMPLES localizados. Duração variável. EEG: pico localizado
em uma única área.
• MECANISMO DE AÇÃO:
PARCIAL COMPLEXA
Diminuição da consciência. Comportamento - Agem sobre canais de Na++ voltagem-dependente
complexo, intencional, compulsivo (estereotipado).
(PSICOMOTORA)
Duração variável. EEG: córtex e sistema límbico. ( a excitabilidade das membranas)-Inativados

GENERALIZADAS
• FAMACOCINÉTICA
CRISES DE AUSÊNCIA Perda rápida da consciência. Interrupção abrupta das
atividades. Olhar inexpressivo. Tremor palpebral.
(pequeno mal)
Duração: <30s. EEG: grande amplitude/baixa freq. em
- É bem absorvida quando administrada via oral
todo cérebro. Ocorre em crianças
- Ligação proteínas plasmáticas (Albumina): 80 - 90% (meia-vida: 20 horas).
Perda total da consciência. Extensão rígida do
tronco e membros (fase tônica). Contração rítmica e
TÔNICO/ CLÔNICA
violenta dos membros (fase clônica). Bloqueio - Biotransformação: Sistema microssomal (95%), promove indução enzimática
intermitente da respiração, Salivação, micção e (interagem com outras drogas como os anticoncepcionais orais diminuindo a
defecação. Duração: ± 1-5 min. EEG: picos de alta eficácia, ocorrendo falha de 8%).
freq. em todo o cérebro.

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FENITOÍNA FENITOÍNA
Efeitos Agudos Efeitos Crônicos
- MAIS LEVES: Vertigem, ataxia, cefaléia e nistágmo.
• Deterioração intelectual, lentidão psicomotora,
hiperplasia gengival (50%dos pacientes e 65% dos
- CONCENTRAÇÕES MAIORES: confusão acentuada, casos de hiperplasia), hirsutismo, descoloração da
deterioração intelectual, tremores das extremidades pele, anemia megaloblástica,  enzimas hepáticas,
(reações extrapiramidais), sedação, diplopia, visão reações de hipersensibilidade.
turva, oftalmoplegia
• Malformações fetais - EPÓXIDO (falta de soldadura
CAUSAS MAIS COMUNS DE TOXICIDADE AGUDA PELA PHT: labial e palatal, alterações cardíacas congênitas,
SATURAÇÃO DO SISTEMA MICROSSOMAL, INTERAÇÃO COM diminuição do crescimento e deficiência mental).
OUTRAS DROGAS, HEPATITE, SÍNDROME NEFRÓTICA

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CARBAMAZEPINA CARBAMAZEPINA
• Considerada droga primária para o tratamento de
todos os tipos de epilepsia, exceto crise de • FAMACOCINÉTICA
ausência. - Boa Absorção por via oral

• INDICAÇÃO - Oxcarbazepina
- Todos os tipos de epilepsias, exceto crises de
ausência. - Tempo de meia-vida: 30 hs quando administração única,
- Crise parciais complexas 15 hs repetidamente.

- Biotransformação: Cit. P450 (Indutor enzimático:


MECANISMO DE AÇÃO: anticoncepcionais, fenitoína, varfarina, corticóides, etc)
- Agem sobre canais de Na++ voltagem-dependente
( a excitabilidade das membranas)- inibe a - Excreção: urina (conjugação glicurônica).
propagação

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CARBAMAZEPINA FENOBARBITAL

• EFEITOS COLATERAIS • Barbitúrico barato, semelhante a fenitoína, porém altamente sedativo


• Todos os tipos, exceto crises de ausência

- Produz uma variedade de efeitos colaterais, mas a • MECANISMO DE AÇÃO


Incidência e gravidade são relativamente baixas - Potencialização da ação do GABA
- Inibição da excitação mediada pelo glutamato
- Sonolência, tontura e ataxia • EFEITOS COLATERAIS
- Retenção de água - SEDAÇÃO
- Reações leves de hipersensibilidade
- Efeitos cardiovasculares e no TGI - Ataxia
- Depressão da M.O (neutropenia) - Nistágmo
- Distúrbios cognitivos
- Anemia megaloblástica

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VALPROATO
BENZODIAZEPÍNICOS
• Eficaz contra quase todas as formas de epilepsia, inclusive crises
de ausência.
• Epilepsia infantil (baixa toxicidade e inexistência de ação Clonazepam (Rivotril®), diazepam (Valium®) e lorazepam (Lorax®)
sedativa).
Mecanismo de ação: Potencialização da ação do GABA
• MECANISMO DE AÇÃO
• Bloqueio de canais de sódio voltagem dependente Indicações:
• Aumento do GABA cerebral - Clonazepam, crises de ausência e convulsões mioclônicas
• Inibição de canais de cálcio - Diazepam, mal epilético
- Lorazepam, mal epilético e convulsões febris
• EFEITOS COLATERAIS
- Baixa incidência de efeitos colaterais Farmacocinética: Boa absorção oral
- Queda de cabelos (calvície)
- Anorexia, Náuseas e Vômitos (18%) Efeitos indesejáveis
- Hepatotoxicidade (hepatite induzida-rara) - Sedação
- Teratogênico (espinha bífida) - Confusão mental
- Comprometimento da coordenação

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ETOSSUXIMIDA VIGABATRINA
• Preparação: Zarontin®
• A primeira “droga designer”
• Utilizada para crises de ausência • Inibe GABA TRANSAMINASE (específica e irreversível)
• Eficácia muito boa em pacientes resistentes aos fármacos
• Inibidor do Canal de Ca++ do tipo T
convencionais.
• Meia-vida de 50 horas
• Desvantagem
• Efeitos indesejáveis
- Anorexia - Ocorrência de sonolência, depressão ou distúrbios
- Náuseas psicóticos;
- Sonolência - Custo
- Letargia
- Síndrome de Stevens-Johnson
- Leucopenia • Sabril® 500 mg

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LAMOTRIGINA GABAPENTINA

•Age sobre canais de Na++ e inibindo aa • Mecanismo de ação desconhecido


excitatórios
• Segura e livre de efeitos colaterais associados à
•Perfil terapêuticos amplo (não faz superdosagem
indução enzimática).
• Não apresenta interação com outras drogas
•Efeitos Colaterais: náusea, tonteira,
ataxia e hipersensibilidade (cutâneas) • Pacientes resistentes
•Lamictal® • Neurotin®

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TOPIRAMATO
• Mecanismo de ação múltiplo (Na, GABA, etc) • CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS (GANDE MAL):
Carbamazepina, fenitoína, valproato. Os mais
• Parecido a fenitoína, porém desprovido de efeitos recentes (vigabatrina, lamotrigina, gabapentina).
colaterais graves e farmacocinética.
• CONVULSÕES PARCIAIS: Carbamazepina, valproato
• Teratogênico
• CRISES DE AUSÊNCIA (PEQUENO MAL):
• Casos Refratários Etossuximida ou valproato

• Topomax® • CRISES MIOCLÔNICAS: Valproato ou clonazepan

• ESTADO DO MAL EPILÉPTICO: Diazepam (IV)

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SÍNDROME DE STEVEN-JOHNSON
DOENÇA DE PARKINSON
➢ Natureza: Forma severa de eritema multiforme(erupções papulo- • Se deve a deficiência de dopamina devido a perda de
vesiculares exudativas), conjuntivite, keratites, estomatites,vulvite, febre neurônios pigmentados dopaminérgicos da substância
negra (80%) e aumento de Ach a nível estriatal.
e artralgias.
➢ Aparecimento: 2 semanas
• Tríade Clássica: Tremor, rigidez muscular e bradicinesia.
➢ Outros sintomas: pneumonia, hematúria, complicações da córnea
➢ Tratamento: Suspensão do ACV
➢ Fatalidade: 10%

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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO LEVODOPA

ESTIMULAÇÃO E/OU
• Descoberta em 1967
PRECURSOR DA DOPAMINA
RESTAURAÇÃO DA
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
ATIVIDADE INIBIDORES DA MAO • Tratamento de primeira linha
DOPAMINÉRGICA COMBINAÇÃO
CENTRAL
•  a eficiência da neurotransmissão
INIBIÇÃO DA
AGENTES ANTIMUSCA- • Apresenta muitos efeitos colaterais
ATIVIDADE RÍNICOS
COLINÉRGICA
ESTRATÉGIAS
ESTRIATAL
M2 ESPECÍFICOS • Ainda atravessa pouco a BHE
TERAPÊUTICAS

• Cerca de 95% é utilizada perifericamente e apenas 1% atravessa a BHE


AGENTES INIBIDORES DA MAO
chegando ao SNC
NEUROPROTETORES VITAMINA E
• A dose deve ser aumentada progressivamente

COMBINAÇÃO • Geralmente combinado a um inibidor da dopa descarboxilase periférica


(Carbidopa, Benserazida)

65 66

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LEVODOPA
LEVODOPA
MAO COMT MAO COMT

LEVODOPA DOPAMINA EFEITOS INDESEJÁVEIS:


DDC
ESTOMAGO CÉREBRO
• Náusea e anorexia

• Hipotensão (30%)
PROTEÍNAS DA
DIETA • Efeitos psicológicos (esquizofrenia), em 20% confusão, desorientação,
insônia ou pesadelos

• Discinesia: movimentos involuntários anormais - 2 anos após o


início
LEVODOPA LEVODOPA
- Face e membros (tikes)
DDC DDC

DOPAMINA
DOPAMINA
• Efeito on-off: preso a uma cadeira de força
(90%) (9%)
PLASMA
INTESTINO DELGADO • Deterioração de fim de dose: encurtamento do período útil da
Levodopa, onde os sintomas vão se acentuando.

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CARBIDOPA E BENZERAZIDA CARBIDOPA + L-DOPA


• Utilizada associada a Levodopa (Prolopa®: 25 mg de carbidopa RAT STRIATUM DIALYSATE
Nakashima, et al. (1991)
16
+ 250 mg de Levodopa) ou (Sinemet®: 25 mg de Benzerazida +
200 mg de Levodopa), Cronomet®, Levocarb®, ProlopaHBS® 14

12 L-DOPA
• Inibe a L-aa descaboxilase periférica L-DPA + CABIDOPA
10
• Reduz em quase 10 vezes a dose necessária e  efeitos 8
colaterais
6
• Pode-se espassar mais as doses (Vit. B6) 4

• Melhora a qualidade e o tempo de vida 2

0
• CONTRA-INDICADA: Insuficiência renal, hepática, pulmonar ou V
0 1 2 3 4 5 6
cardíaca, gestantes e lactação. TIME AFTER L-DOPA ADMINISTRATION (h)

69 70

SELEGILINA AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS DIRETOS


• Agonistas potentes de DA nos Receptores D2 (pré e pós)
• Inibidor seletivo de MAO-B (Não possui efeitos periféricos
indesejáveis, nem de “Reação do queijo”
• Efeito bem menos potente que o da Levodopa (associação)
• A inibição da MAO-B impede a degradação de dopamina
• Náusea, desorientação, alucinações e efeitos cognitivos.
• Utilizada em combinação com a Levodopa (maior eficácia)
•  Ginecomastia e galactorréia
• Cefaléia, insônia e sudorese. • Preparações:
- Bromocriptina (Parlodel®, Baagren ®),
• Preparações: Niar®, Jumexil®, Elepril® e Deprilan®)
- Pergolida (Celance ®)
- Lisuride (Dopergin ®)

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AMANTADINA ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS

• Pode aumenta a síntese e liberação de Dopamina • Indivíduos mais jovens toleram melhor os anticolinérgicos,
preferindo iniciar o tratamento com este tipo de droga
• Longa meia-vida

• Ação menos eficaz (ação declina com o tempo) • Parkinson farmacológico

• Associada a Levodopa ou a anticolinérgicos • Efeitos colaterais anticomuscarínicos


• Reduz discinesia • Fármacos: Biperideno - Akineton®
• Hipotensão ortostática, confusão, náuseas e alucinações. Trihexfenidil - Artane®

• Nome Comercial: Mantidan®

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TRATAMENTO DA
DOENÇA DE ALZHEIMER DOENÇA DE ALZHEIMER
• A demência do tipo Alzheimer, ou DA, é a mais ANTICOLINESTERÁSICOS
freqüente na velhice (50-60%), sendo também
chamada de demência irreversível. • Drogas anticolinesterásicas se mostram-se eficazes no controle
temporário de sintomas, como a melhora cognitiva e certas dificuldades
enfrentadas nas atividades diárias.
• É uma doença cerebral degenerativa, caracterizada
pelo comprometimento da memória recente,
• Entre os anticolinesterásicos utilizados recentemente, estão donezepil,
expressa por distrações, falhas, abstrações, rivastigmina, epstatigmina e galantamina, que apresentam vantagens
dificuldade de linguagem, perturbação da em relação a tacrina, o primeiro anticolinesterásico a ser comercializado
orientação e humor, enquanto a memória remota é para o tratamento da DA.
preservada.
• Os anticolinesterásicos, estabilizam a deterioração cognitiva, mas não
param a progressão da doença.

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TRATAMENTO DA TRATAMENTO DA
DOENÇA DE ALZHEIMER DOENÇA DE ALZHEIMER
•A rivastigmina é amplamente utilizada no Brasil, OUTROS
sendo um inibidor pseudoirreversível seletivo da • Propanolol, pindolol, buspirona e valproato ajudam a
ACHE, que não é metabolizada pelo sistema reduzir agressão e agitação e o haloperidol, pode ser usado
microssomal hepático. no controle de perturbações comportamentais agudas

• O uso de antiinflamatórios como prednisona, diclofenaco,


•Esta, juntamente com donezepila e galantamina rofecoxib ou naproxeno, durante um ano, não mostrou
tem seus efeitos tóxicos elevados aumentando resultados favoráveis, mas estudos demonstraram sua
se a dose, promovendo náuseas, vômitos, importância na prevenção, pois alguns desses agentes
diarréia, anorexia e fraqueza muscular, porém puderam reduzir a produção de A.
não evidente e grave como no caso da tacrina.

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TRATAMENTO DA Opiáceos e Opióides
DOENÇA DE ALZHEIMER
•Designa qualquer substância com
• Substâncias antioxidantes reduzem o risco para DA, uma vez que o dano ação semelhante ao ópio (papoula).
oxidativo no cérebro é intenso.

• A vitamina E bloqueia a peroxidação lipídica e é amplamente utilizada, •Naturais: morfina, codeína,


no entanto não é evidente deficiência de vitamina E no cérebro de papaverina, narcotina, etc.
pacientes com DA. Uma associação de vitamina E com seleginina é
favorável devido ao baixo custo, mas a preocupação é que a vitamina E
pode exacerbar as coagulopatias em alguns indivíduos.
•Sintéticas: metadona, propoxifeno,
• A Ginko biloba é conhecida no tratamento, mas seu benefício não está etc.
esclarecido, e muitos estudos confirmam que o uso a curto prazo não
tem efeito sobre as funções cognitivas do paciente.

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CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES PEPTÍDEOS OPIÓIDES


I - Análogos da Morfina: ENDÓGENOS
• Agonistas: Morfina, Heroina, Codeina.
•São substâncias produzidas pelo organismo
• Agonistas Parciais: Nalorfina e Levalorfano
• Antagonistas: Naloxona
que tem estrutura semelhante ao ópio.

II - Derivados Sintéticos
•As principais são: encefalina, endorfina,
• Fenilpiperidinas (Meperidina e Fentanil)
• Metadona (Metadona e Dextropropoxifeno)
dimorfina.
• Benzomorfan (Pentazocina)
• Tebaina (Etorfina)
•Estas substâncias se ligam nos receptores
III - Antagonistas
farmacológicos do ópio promovendo
• Nalorfina, Naloxona E naltrexona analgesia.

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RECEPTORES OPIÓIDES CLASSIFICAÇÃO


MÚLTIPLOS
Os receptores mais conhecidos: • AGONISTAS FORTES
Morfina, Meperidina, Fentanil, sufentanil, alfentanil,
• Mu1: analgesia supraespinhal. remifentanil, Metadona, Tramadol, Hidromorfina e Oximorfina.

• Mu2: depressão respiratória, míose, dependência, redução dos • AGONISTAS LEVES/MODERADOS


movimentos do TGI (intestino). Codeína, Oxicodona, Diidrocodeína e Hidrocodona, Difenoxilato,
difenoxina, loperamida, Propoxifeno.
• kapa: Analgesia espinhal, sedação, sono, miose, dependência.
• AGONISTAS ANTAGONISTAS MISTOS
• Gama: disforia, desilusão, alucinação. Nalbufina, Buprenorfina, Pentazocina.

• Delta: alteração no comportamento afetivo • ANTAGONISTAS


(aceitação à dor) Naloxona e Naltrexona.

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FARMACOCINÉTICA Liberação Imediata Liberação lenta
• A cc no SNC é relativamente baixa em relação a outros órgãos, devido
à barreira hematoencefálica.

• Compostos como a heroína atravessam mais facilmente a barreira


hematoencefálica

Metabolismo • absorção rápida • conc. equilíbrio 24 h


• Conjugação com ácido glicurônico (morfina) • picos plasmáticos elevados • dupla matriz
• Os ésteres (meperidina e heroína) são hidrolizados por esterases
hepáticas. • riscos de toxicidade • conc. analgésicas
eficazes por mais tempo
Excreção • maior incidência de efeitos
• Podem ser excretados em forma inalterada ou em compostos polares (8 -12 h)
colaterais
pela urina.
• Os glicuronídeos são excretados na bile.
• sem picos plasmáticos
Metabólitos na urina: - Codeína: 2 a 4 dias; - Dihidrocodeína: 2 a 4 dias; Morfina: 3
de toxicidade
dias.

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OPIÓIDES AÇÕES FARMACOLÓGICAS


MECANISMO DE AÇÃO
➔ SNC
• Receptores opióides
pertencem a família dos • depressão do centro da dor (produz analgesia sem perda da
acoplados a proteína G. consciência).
• Inibem adenilciclase e
reduzem cAMP (?) • Depressão do centro da vigília (sistema reticular ativado) –
• Provocam abertura dos canais causa sonolência.
de K e inibem os de Ca na
membrana: diminuem assim • Alterações do humor (age no sistema límbico) - aceita mais
atividade neuronal ou facilmente a dor e a patologia.
aumentam quando inibir
sistemas inibitórios.
• Eventualmente promove confusão mental e dificuldade de
• Diminuem liberação de raciocínio.
neurotransmissores

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AÇÕES FARMACOLÓGICAS
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
• HIPOTÁLAMO: ligeira queda na temperatura e diminuição do FSH e LH, ocorrendo
distúrbios menstruais (amenorréia).
Trato Gastrointestinal
• Efeitos constipantes:  da motilidade do estômago e aumento do tônus, 
• SISTEMA RESPIRATÓRIO: promove depressão respiratória (Mu 2). Contra-indicada em produção de secreção gástrica.
pessoas com problemas respiratórios
• Aumento do tônus do intestino delgado e espasmos periódicos.
• Inibição direta centros respiratórios pontinos e bulbares. Em doses terapêuticas
deprimem todas as fases da respiração • Aumento do tônus do intestino grosso e  das ondas propulsivas
constipação
• Em caso de intoxicação causa respiração de cheyne-Stokes (apnéia e hiperpinéia: respira
– pára – respira).
Trato Biliar
→Antitussígeno
• Contração do músculo liso biliar, pode ocasionar cólicas biliares.

• PUPILA: atua no óculo-motor (míose). Trato genitourinário


• Depressão da função renal ( do fluxo plasmático renal)
• Tríade de identificação do viciado •  do tônus do esfíncter uretral pode levar à retenção urinária.
Respiração cheyne-stokes, Míose e Coma

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AÇÕES FARMACOLÓGICAS EFEITOS COLATERAIS
• Prolonga a duração do trabalho de parto (ação
musculatura lisa + efeitos centrais). Aumenta a • MAIS COMUNS: Sedação, constipação intestinal,
mortalidade neonatal (travessa a placenta – depressão náuseas e vômitos, boca seca, depressão
respiratória no bebê). respiratória, prurido, pele quente e eritematosa,
hipotensão arterial, retenção urinária e míose.
• Age no centro do vômito (bulbo): age na zona
quimiorreceptora e gera impulsos para desencadear o
vômito (40% com a morfina). • Amenorréia

• Pele: no local a picada promove vasodilatação, prurido • Doses altas levam a dependência física e síndrome
(liberação de histamina). de abstinência (retirada)

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OPIÁCEOS E OPIÓIDES
INTERAÇÕES
Dependência
• Sedativos-hipnóticos: maior depressão do SNC,
- Dependência psíquica: Euforia e indiferença à provocação e estresse - incentivam seu uso particularmente depressão respiratória.
compulsivo.

- Dependência física (retirada abrupta síndrome de abstnência) 6 a 12 h; 72horas; 6 meses a 1 ano. • Tranquillizantes antipsicóticos: Sedação maior;
efeitos variáveis sobre a depressão respiratória;
acentuação dos efeitos cardiovasculares (ações
Síndrome de Abstinência (F11.3 - CID10) muscarínicas e alfa-bloqueadoras).
- Sintomas: dor abdominal, anorexia, ansiedade, insônia, fissura, disforia, fadiga, cefaléia,
• Inibidores da MAO: Contra-indicação relativa a todos
irritabilidade, dores musculares, náusea, transpiração, bocejos;
os analgésicos opióides pela elevada incidência de
- Sinais: diarréia, aumento da pressão arterial e da pulsação, lacrimejamento, febrícula, espasmos coma hiperpirético e hipertensão.
musculares, rinorréia, midríase, vômitos, piloereção.

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PRINCIPAIS OPIÓIDES PRINCIPAIS OPIÓIDES
• Diacetilmorfina (heroina): obtida à partir da morfina, mais • Fentanil: derivados da fenilpiperidina, ação similar a morfina de
lipossolúvel (rush), menor duração , > dependência. curta duração. Uso em anestesia

• Codeina: obtida da morfina, bem absorvida por VO, antitussígeno, • Etorfina : análogo de grande potência (1000 vezes); utilizado para
não induz euforia e constipação intensa. imobilizar grandes animais .

• Metadona: Semelhante a morfina com menor efeito sedativo; longa


• Dextropropoxifeno: similar a codeína, com duração mais longa, duração (1/2 vida > 24hs); menor dependência; síndrome de
dependência discutível. abstinência menos severa.

• Meperidina: similar a morfina com agitação; com menos sedação, • Pentazocina: Em baixas doses potência similar a morfina. Maior
atividade antimuscarínica, euforia e dependência, < duração efeito. afinidade por receptores K do que µ.

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PRINCIPAIS OPIÓIDES
Nalorfina: estrutura semelhante a morfina
• antagonista µ; agonista parcial ð, k(disforia)
• antídoto substituído pela naloxona.

Naloxona
• antagonista puro µ, ¶ , k para todos agonistas.
• Isoladamente efeito insignificante = hiperalgesia em condições de liberação de
opióides endógenos.
• Reverte depressão respiratória por opióides
• Efeito curto (IV 1-2hs.)

Naltrexona
• similar a Naloxona, porém com duração mais longa (1/2 vida = 10hs). Uso
experimental, não clínico.
• Neutraliza os efeitos dos opiáceos.

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