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Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Faculdade de Veterinária

Departamento de Patologia Clínica Veterinária Relatório de


Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas (VET03/121)
http://www.ufrgs.br/bioquimica Caso Clínico

IDENTIFICAÇÃO
o
Caso Clínico n 2016/2/11 Espécie: Felina Ano/semestre: 2016/2
Raça: SRD | Idade: 1 ano(s) | Sexo: fêmea | Peso: 2,8 kg
Alunos(as): Alessandra Santos Weiss, Débora Rainho de Oliveira, Marcella Bastos Lummertz e Maria
Victória Lopes de Araújo
Médico(a) Veterinário(a) responsável: Viviana Cauduro Matesco

ANAMNESE
A paciente chegou ao HCV - UFRGS no dia 24/08/2016 (dia 0), e foi relatado que o animal não urinava há
um dia, não defecava há três, não estava comendo e nem bebendo água. Foi informado que, há cerca de
uma semana, apresentou um quadro de espirros seguidos por vocalização e sialorréia. A proprietária
também informou que no dia 19/08/2016 a paciente fugiu de casa e retornou no dia 21/08/2016,
quando foi observada a ingesta de água.
Dia 22/08/2016, os proprietários levaram o animal ao veterinário, o qual recomendou Amoxicilina, meio
comprimido a cada 12 horas e o uso de um suplemento alimentar rico em calorias pois a paciente não
estava se alimentando. Um quadro de vômitos de conteúdo líquido escuro se seguiu ao uso do
suplemento, a proprietária acreditava que estavam relacionados, uma vez que os episódios aconteciam
na hora da alimentação ou minutos depois.
O animal morava em uma casa, tinha acesso à rua e mantinha contato com outros três gatos. As
necessidades eram feitas no box do banheiro. Não era vacinada e o vermífugo foi administrado em
janeiro de 2016.

EXAME CLÍNICO
 Temperatura retal: 36,1 °C (37,5 °C - 39,3 C), indicando hipotermia.
 Temperamento: linfático.
 Escore corporal: 2 (escala de 1 a 9)
 Escore muscular: 1 (escala de 1 a 4)
 Grau de desidratação: 8% (severo)

EXAMES COMPLEMENTARES
Dia 0: Ultrassonografia
Revelou prenhez, fetos viáveis, e tempo de gestação estimado cerca de 35 dias, sugere a
presença de 3 fetos.
Dia 0: FIV/FeLV
Resultado negativo para a presença de anticorpos de FIV e antígeno de FeLV.
Dia 1: Ultrassonografia
Baço com dimensões reduzidas, fetos viáveis.
Dia 1: Radiografia de tórax
Leve aumento de radiopacidade difuso de padrão misto (intersticial e bronquial), silhueta
hepática ultrapassando os limites do rebordo costal, grande quantidade de conteúdo gasoso
em cavidade gástrica.
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URINÁLISE
Método de coleta: micção natural Obs.: devido à condição clínica Data: 05/09/2016 (Dia 12)
Sedimento urinário* Exame químico
 Células epiteliais: escamosas 1-3 (<5)  pH: 7,0 (6,0-7,0)
transição 0-1 (<5)  Corpos cetônicos: negativo
 Cilindros: ausentes  Glicose: negativo
 Hemácias: ausentes  Bilirrubina: negativo
 Leucócitos: <5  Urobilinogênio: ≈0,2 mg/dL (<1)
 Bacteriúria: ausente  Proteína: negativo
 Outros: relação proteína/creatinina: 0,07  Sangue: negativo
(Referência até 0,4)
Exame físico
 Densidade específica: 1,024 (1,015-1,060)  Consistência: fluida
 Cor: amarelo  Aspecto: discretamente turvo
*número médio de elementos por campo de 400 x; n.d.: não determinado

BIOQUÍMICA SANGUÍNEA
Amostra: soro | Anticoagulante: | Hemólise: ausente Data: 24/08/2016 (Dia 0)
 Proteínas totais*: >120 g/L (54-78) ↑  Cálcio: 9,92 mg/dL (6,2-10,2)
 Fósforo: mg/dL (4,5-8,1)
 Proteínas totais**: n.d. g/L (54-78)
 Albumina: 48 g/L (21-33) ↑  Fosfatase alcalina: 31 U/L (<93)
 Globulinas: n.d. g/L (26-50)  AST: n.d. U/L (<43)
 ALT: 40 U/L (<83)
 Bilirrubina total: n.d. mg/dL (0,15-0,5)
 CK: n.d. U/L (<125)
 Bilirrubina livre: n.d. mg/dL (_)
 Bilirrubina conjugada: n.d. mg/dL (_)  : ( )

 : ( )
 Glicose: n.d. mg/dL (70-100)
 : ( )
 Colesterol total: n.d. mg/dL (95-130)
 : ( )
 Ureia: 637 mg/dL (43-64) ↑  : ( )
 Creatinina: 10,56 mg/dL (0,8-1,8) ↑
Observações:
*Proteínas totais determinadas por refratometria; **Proteínas totais determinadas por espectrofotometria.
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HEMOGRAMA
Data: 24/08/2016 (Dia 0)
Leucograma Eritrograma
 Quantidade: 34.600/µL (5.000-19.500) ↑  Quantidade: 9,23 milhões/µL (5-10)
 Tipos: Quantidade/µL %  Hematócrito: 40 % (24-45)
 Mielócitos 0 (0) 0 (0)  Hemoglobina: 12,2 g/dL (8-15)
 Metamielócitos 0 (0) 0 (0)  VCM: 43,3 fL (40-60)
 Neutrófilos bast. 0 (<300) 0 (<3)  CHCM: 30,5 % (31-35) ↓
 Neutrófilos seg. 32.870 (2.500-12.500) ↑ 95 (35-75) ↑  RDW: % (17-22)
 Basófilos 0 (0) 0 (0)  Reticulócitos: % (<0,4)
 Eosinófilos 0 (<1.500) 0 (<12) Observações: plaquetas ativadas
 Monócitos 346 (<850) 1 (<4)
 Linfócitos 1.384 (1.500-7.000) ↓ 4 (20-55) ↓
 Plasmócitos (_) (_)
Observações:

Plaquetas
 Quantidade: 260.000/µL (200.000-630.000) | Observações:

TRATAMENTO E EVOLUÇÃO
Dia 0: A paciente foi internado e iniciou-se uma fluidoterapia com uma solução isotônica composta por
cloreto de sódio + cloreto de potássio + cloreto de cálcio + lactato de sódio que perdurou até o dia 12.
Iniciou-se, também, a administração de Amoxicilina com clavulanato (antimicrobiano) e de um
complexo de vitaminas do complexo B, nicotinamida, frutose, aminoácidos, macro e micro minerais
durante todo o período de internação; sucralfato (protetor gástrico) até o dia 09; citrato de maropitant
(antiemético) até o dia 07. Apresentou hematêmese e foi colocada sonda esofágica para alimentação.
Teste Snap para FIV/FeLV (resultados negativos).
Dia 1: Abortou e apresentou sangramento vulvar por alguns dias. Foi iniciada terapêutica de nebulização
durante todo o período de internação, pois o animal apresentava muita secreção nasal.
Dia 2: Limpeza com soro fisiológico dos olhos e nariz, pois apresentava lesões (até o dia 12). Tobramicina
(antibiótico) nos dois olhos até o dia 9.
Dia 3: Administração de Metronidazol (antibiótico) até o dia 9; omeprazol (protetor gástrico) até o dia
12.
Dia 6: Cloridrato de tramadol (analgésico) até o dia 12.
Dia 7: Cobamamida + cloridrato de ciproeptadina (estimulador de apetite) até o dia 12.
Dia 8: Limpeza da língua com clorexidine 0,12% até o dia 12 uma vez que o apresentava úlceras. Foi
colocada sonda nasoesofágica, alimentação via sonda e ração pastosa até o dia 12.
Dia 9: Foi realizado o controle de ecto e endoparasitas.
Dia 12: A paciente recebeu indicação de alta, mas veio a óbito subitamente.
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Tabela 1. Resultados comparativos dos exames realizados


24/08/16 27/08/16 29/08/16 02/09/16
Parâmetro avaliado (val. referência)
Dia 0 Dia 3 Dia 5 Dia 9
Bioquímica sanguínea
Fósforo (2,7-6,2 mg/dL) 5,8
Albumina (21-33 g/dL) 48 ↑ 32 29 28
ALT (<83 U/L) 40 9
Cálcio Total (6,2-10,2 mg/dL) 9,92
Creatinina (0,8-1,8 mg/dL) 10,56 ↑ 0,95 0,7 ↓ 0,78 ↓
Fosfatase Alcalina (<93 U/L) 31 89
Uréia (32-54 mg/dL) 637 ↑ 52 34
Proteína Plasmática Total (60-80 g/L) >120 ↑ 58 ↓ 60 68

Hemograma
Eritrograma
Eritrócitos (5-10.5 Milh/µL) 9.23 6.34 5.3 5.35
Hemoglobina (8-15 g/dL) 12,2 8,3 6,9 ↓ 6,8 ↓
Hematócrito (24-45%) 40 25 22 ↓ 22 ↓
V.C.M. (39-55 fL)* 43,3 39,4 41,5 41,1
C.H.C.M. (31-35%) 30,5 ↓ 33,2 31,4 31
Reticulócitos (0-0,4 %) 2,1
Leucograma
Leucócitos Totais (5.000-19.500 /µL) 34.600 ↑ 16.300 11.500 14.700
Mielócitos (zero) 0 0 0 0
Metamielócitos (zero) 0 0 0 0
N. Bastonetes (0-300 /µL) 0 163 0 147
N. Segmentados (2.500-12.500 /µL) 32.870 ↑ 14.507 ↑ 9.315 10.878
Eosinófilos (100-1.500 µL) 0 163 0 294
Basófilos (raros) 0 0 230↑ 0
Monócitos (0-850 /µL) 346 0 115 147
Linfócitos (1.500-7.000 /µL) 1.384 ↓ 1.467 ↓ 1.840 3.234
*valores de referência LACVet
Plaquetas
Contagem de Plaquetas (200.000-630.000 /µL) 260.000 72.000 ↓ 120.000 ↓ 390.000

Outros
Temperatura retal (37,5-39,3 C) 35,6 ↓ 39,7 ↑ 38,3 ↑ 37,7
Condição corporal (1-5) 2↓

NECROPSIA E HISTOPATOLOGIA
Necropsia dos fetos:
Feita no dia 6, na descrição histológica da placenta foram observados restos necróticos e ausência de
células inflamatórias. Os fetos não apresentaram alterações microscópicas. Diagnóstico foi dado como
inconclusivo.

Necropsia
Data da morte: 05/09/2016
Data da necropsia: 06/09/2016
Exame externo: animal em mau estado corporal. Mucosas oral e ocular pálidas, desidratação.
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Exame interno: Na cavidade abdominal o intestino delgado com áreas multifocais de hemorragia linear
em mucosa intestinal, mucosa uterina com superfície irregular e avermelhada.
Na cavidade torácica, a traqueia apresentou espuma branca na luz (edema). Pulmão com áreas
multifocais de enfisema.

Histopatologia
Pulmão: enfisema crônico.
Útero: trombose focal em camada muscular.
Cerebelo: hemorragia multifocal discreta.
Medula óssea: hiperplasia mieloide e eritróide.
Diagnóstico: Bronquite eosinofílica aguda compatível com asma felina.

Imuno-histoquímica herpes vírus: negativa.

DISCUSSÃO
Urinálise
Não apresentou alterações fora dos valores de referência. Foi feita após tratamento, no dia 12.

Bioquímica sanguínea
O alto grau de desidratação, devido à adipsia da paciente, pode ter causado uma hemoconcentração,
resultando em um aumento na concentração de proteínas totais e hiperalbulinemia. A desidratação
excessiva também pode resultar numa azotemia pré-renal. A ureia é excretada principalmente pela
urina, o aumento de sua concentração pode estar relacionado, neste caso, à baixa oferta de sangue nos
rins, provenientes de desidratação, e também ao jejum prolongado, que causa aumento da proteólise
endógena para utilizar os aminoácidos como fonte energética, aumentando a concentração de ureia6. A
uremia também pode ter sido a causadora das ulcerações na mucosa oral da paciente, pois as bactérias
presentes na boca transformam o ácido úrico em amônia, esta é agressiva à mucosa oral, desenvolvendo
estomatite2.
A creatinina não é absorvida pelo rim, então seus altos níveis no sangue indicam uma diminuição da
perfusão renal, também podendo estar relacionados à desidratação7.
Após a fluidoterapia e a alimentação via sonda, foram realizados novos exames bioquímicos, em que os
padrões estavam normalizados, o que corrobora a hipótese da desidratação ter causado as variações do
primeiro exame.
A concentração sangüínea de creatinina é proporcional à massa muscular. Nos exames seguintes a
creatinina estava um pouco abaixo dos valores de referência, condizente com o estado de desnutrição
por tempo prolongado. Uma das causas da diminuição dos níveis de creatinina no plasma é a hidratação
excessiva e a falha hepática7.

Hemograma
Eritrograma: Devido ao fato da paciente ter chegado ao hospital com um alto grau de desidratação, seus
valores de hematócrito e hemoglobina nos primeiros exames não são confiáveis para se descartar a
hipótese de uma anemia, visto que poderia se tratar de uma anemia mascarada pela hemoconcentração
dos componentes sanguíneos¹. Depois da fluidoterapia e da administração de um complexo vitamínico
somados ao sangramento vulvar pós aborto, ficou evidente uma anemia normocrômica normocítica.
Trata-se de uma anemia regenerativa pois a porcentagem de reticulócitos corrigidos indica uma resposta
da medula óssea (contagem de reticulócitos corrigida 2,1 %; uma contagem acima de 1% em gatos indica
uma anemia regenerativa4) e tem seu pico de 48 a 72 horas após o evento anêmico, condizente com a
data do aborto.
Leucograma: A paciente apresentou uma leucocitose importante devido a uma neutrofilia 9 ,que estão
presentes em infecções bacterianas e virais. Os valores apresentados e a ausência de desvios podem
sugerir uma inflamação crônica, ocasionada pela asma felina, ou aguda devido à presença de úlceras na
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boca e a bronquite idiopática encontrada na necropsia. O leucograma também poderia estar indicando
uma leucocitose por estresse crônico, comum em felinos, explicado pela linfopenia associada a
neutrofilia encontradas juntamente com o histórico do animal, que ficou perdido durante dias e voltou
com um escore corporal muito ruim5.
Nos dias seguintes, a leucocitose foi normalizada. Possivelmente pela administração de antimicrobianos
na primeira possibilidade de inflamação crônica e/ou pelo tratamento de suporte oferecido na opção de
estresse. A basofilia apresentada pode estar associada a distúrbios que produzem Imunoglobulinas E,
porém, geralmente está acompanhada de eosinofilia, o que não foi o caso10.

Ultrassonografia (dia 1)
O baço apresentou dimensões reduzidas, podendo ser pela esplenocontração que tem papel influente na
compensação da hipovolemia11, já que o paciente chegou em grave estado de desidratação.

Radiografia de tórax
No diagnóstico por imagem, o padrão bronquial pode ser visualizado quando há alterações em brônquios
tais como alterações de densidade e espessura das paredes e também alterações no diâmetro do lúmen
(bronquiectasia). Enfermidades pulmonares causadoras do padrão são bronquite, bronquiectasia
(inflamatória ou infecciosa) e asma em felinos³. As condições que exibem um padrão intersticial incluem
edema pulmonar, hemorragia, neoplasia, pneumonia, granulomas, infestações parasitárias e fibrose
pulmonar8.

CONCLUSÕES
Os achados da radiografia de tórax (leve aumento de opacidade difuso de padrão misto no pulmão),
necropsia (áreas multifocais de enfisema) e histopatologia (bronquite eosinofílica aguda) são compatíveis
com asma felina, apesar da anamnese e sintomatologia não serem específicas da doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BUSH, B. M. Interpretação de resultados laboratoriais para clínicos de pequenos animais. São
Paulo: Roca, 2004. Cap. 2, p. 28-99.
2. CHANDLER, E. A.; GASKELL, C. J.; GASKELL, R. M. Sistemas principais. Clínica e terapêutica em felinos.
São Paulo: Editora Roca, 2006. p. 323.
3. DUARTE, J.T. Asma Felina. São Paulo: Centro Universitário FMU, 2009. p. 62.
4. GONZÁLEZ, F. H. D.; SILVA, C. S. Patologia clínica veterinária: texto introdutório. Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. p. 6.
5. GONZÁLEZ, F. H. D.; SILVA, C. S. Patologia clínica veterinária: texto introdutório. Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. p. 45.
6. GONZÁLEZ, F. H. D.; SILVA, C. S. Perfil bioquímico sanguíneo. Introdução à bioquímica clínica
veterinária. Porto Alegre: Editora da universidade/UFRGS, 2006. Cap. 8, p. 322-330.
7. GONZÁLEZ, F. H. D.; SILVA, C. S. Perfil Bioquímico sanguíneo. Introdução à bioquímica clínica
veterinária. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. p. 342.
8. KEALY, J.K.; MCALLISTER, H. Radiologia e ultra-sonografia do cão e do gato. 3 ed. São Paulo: Manole,
2005. p. 600.
9. REBAR, A; MACWILLIAMS, P.; FELDMAN, B.; METZGER, F.; POLLOCK, R.; ROCHE, J. Guia de
Hematologia para Cães e Gatos. 2 ed. São Paulo: Editora Roca, 2003. p. 88.
10. REBAR, A; MACWILLIAMS, P.; FELDMAN, B.; METZGER, F.; POLLOCK, R.; ROCHE, J. Guia de
Hematologia para Cães e Gatos. 2 ed. São Paulo: Editora Roca, 2003. p. 110.
11. STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Eritrócitos. Fundamentos de Patologia Clínica Veterinária. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011. p. 94.

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