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4
Sequência e
FUNÇÕES
unidade
4
Aplicações de Funções
Prezado estudante,
Estamos começando uma unidade desta disciplina. Os textos que a compõem foram
organizados com cuidado e atenção, para que você tenha contato com um conteúdo
completo e atualizado tanto quanto possível. Leia com dedicação, realize as atividades e
tire suas dúvidas com os tutores. Dessa forma, você, com certeza, alcançará os objetivos
propostos para essa disciplina.
OBJETIVO GERAL
Identificar as aplicações das funções racionais, exponencial e logarítmica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Definir as funções racional, exponencial e logarítmica..
• Identificar domínio, imagem, raízes e sinal de uma função.
4
Parte 1
Função Racional
Função racional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você estudará a função racional, que é qualquer fun-
p(x)
ção que pode ser especificada por uma regra escrita como f(x) = q(x) ,
ou seja, como a razão de polinômios. Alguns cuidados importantes são
necessários para a definição do domínio desse tipo de função, e você
os compreenderá aqui.
Além disso, busca-se, neste capítulo, elucidar como se define a ima-
gem, as raízes e o gráfico desse tipo de função. Outro aspecto relevante
para sua formação é analisar a aplicação prática das funções racionais,
sendo esse um dos objetivos aqui propostos.
x2 + 4
f(x) =
x2 – 16
g(x) = 3x2
x – 4x + 3
2
x3
h(x) =
x+1
x
i(x) =
x2 + 1
x→0 y→0
x → –∞ y→0
1
x=0 f(0) =
3
f(0,99) ≅ 50
f(1,01) ≅ –50
1 = 0 ∙ (x – 1)(x – 3)
1=0
Ou seja, não encontramos raiz real, então a função não corta o eixo x.
Analisando em x próximo de 3:
x → 3– y → –∞
x → 3+ y→∞
Para definir a imagem da função, olhamos para o eixo y. Note que tende a zero, mas
não toca no zero.
Portanto, a imagem da nossa função é Im: (–∞,-1]∪(0,+∞).
Graficamente, representamos a função conforme a Figura 1.
y
0,6
0,4
0,2
x
–4 –2 2 4 6 8
–0,2
–0,4
1
Figura 1. Representação gráfica da função racional f(x) = .
(x – 1)(x – 3)
Assíntotas verticais
A reta x = a é uma assíntota vertical do gráfico de uma função f se, à medida que x se
aproxima de a pelos valores que são maiores ou menores que a, o valor da função
cresce acima de quaisquer valores, positivos ou negativos. Os casos são mostrados
no Quadro 1.
a x
(Continua)
Aplicações de Funções UNIDADE 4
Função Racional PARTE 1 195
6 Função racional
(Continuação)
Assíntotas horizontais
A reta y = a é uma assíntota horizontal do gráfico de uma função f se, à medida que x
cresce indefinidamente para valores positivos ou negativos, f(x) se aproxima do valor
de a. Os casos são mostrados no Quadro 2.
(Continua)
196 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Função racional 7
(Continuação)
Assíntotas oblíquas
p(x) anxn + ... + a1x + a0
Seja f(x) = = com an ≠ 0 e bm ≠ 0. Então, se n = m + 1, f(x) pode
q(x) bmxm + ... + b1x + b0
ser reescrito usando a divisão longa na forma:
r(x)
f(x) = ax + b +
q(x)
onde o grau de r(x) é menor que o grau de q(x). Logo, se x → ∞ ou x → –∞, f(x) → ax + b
e a reta y = ax + b é uma assíntota oblíqua do gráfico da função.
Fonte: Safier (2003).
20
10
x
–6 –4 –2 2 4 6
–10
–20
–12
Figura 2. Representação gráfica da função racional f(x) = .
x
Fonte: Safier (2003, p. 152).
198 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Função racional 9
Aplicações
Nesta seção, analisaremos algumas aplicações das funções racionais. Goldstein,
Lay e Schneider (2006) destacam que as funções racionais são utilizadas em
estudos ambientais tais como modelos de custo-benefício. O custo para se
remover um poluente da atmosfera é estimado por uma função da porcentagem
de poluente removido. Quanto mais alta a porcentagem removida, maior é o
“benefício” para as pessoas que respiram o ar. Essas questões são complexas,
e a definição de “custo” é discutível. O custo para remover uma quantidade
pequena de poluente pode ser razoavelmente pequeno, mas o custo para se
remover os 5% finais de poluentes, por exemplo, pode ser terrivelmente alto.
Acompanhe alguns exemplos de aplicação das funções racionais.
Solução:
O custo para remover 60% é:
40 (60)
f(60) = = 48 milhões de dólares
110 – 60
450,0
Custo de remoção (milhões de dólares)
400,0
350,0
300,0
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
0 20 40 60 80 100 120
Porcentagem de poluente removido
Um estudante obteve notas 7,0 e 5,0 nas duas primeiras avaliações de uma disciplina
de matemática. Sabe-se que a nota final H será calculada por:
3
H=
1 1 1
+ +
P1 P2 P3
a) Substitua os valores na expressão acima e reescreva H como uma função racional de P3.
b) Determine a nota mínima necessária em P3 para obter nota final H ≥ 6,0.
Solução:
a) 3 b) 3
H= H=
1
+
1
+
P1 P2 P3
1
(1235 + P1 ( 3
3 3
H= 6=
1 1 1
7
+ +
5 P3 (1235 + P1 ( 3
3
H=
(1235 + P1 (
3
6∙ (1235 + P1 ( = 3
3
72 6
+ =3
35 P3
72 6
–3=–
35 P3
–33
P =–6
35 3
210
P3 = ≈ 6,4
33
210
Então, P3 ≥ ≈ 6,4.
33
Fonte: Adami, Dornelles Filho e Lorandi (2015, p. 110).
200 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Função racional 11
PREZADO ESTUDANTE
4
Parte 2
Função Exponencial
Função exponencial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo você vai aprender sobre as funções exponenciais, estu-
dando suas características, propriedades e representação gráfica. Também
vai conhecer a ampla aplicação de funções exponenciais em algumas
das diversas áreas de concentração das ciências.
Função exponencial
Funções exponenciais são aquelas que trazem a variável independente, por
exemplo x, como um expoente. Tendo como domínio o conjunto dos números
reais, uma função exponencial genérica pode ser descrita por:
f(x) = ax
()
x
1
f(x) = 5 ; f(x) =
x
; f(x) = 7–x
2
Aplicações de Funções UNIDADE 4
2 Função exponencial Função Exponencial PARTE 2 203
f(x) = 8x
f(3) = 83 = 8 × 8 × 8
f(3) = 512
f(x) = 8x
Exemplo:
2325 = 2(3 + 5) = 28
bn
= b(n – x) – divisão de potências de mesma base:
bx
204 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Função exponencial 3
Exemplo:
54
= 5(4 – 2) = 52
52
Exemplo:
(2 × 3)5 = 25 × 35
()
a n an – divisão elevada a um expoente:
b
= n
b
Exemplo:
()
6
8 86
= 6
3 3
Exemplo:
( ) = b1 – expoentes negativos:
n
1
b = b
–n
n
Exemplo:
()
3
1 1
2–3 = 2 =
23
x n
a /n = √bx – raízes:
Exemplo:
4
57/4 = √57
Aplicações de Funções UNIDADE 4
4 Função exponencial Função Exponencial PARTE 2 205
f(n) = bn
y y
4 y = 2x 4
x
1 y = ( 12 )
1
x x
–2 –1 1 2 –2 –1 1 2
x
y = 2x é crescente y = ( 12 ) é decrescente
Figura 1. Gráficos de funções exponenciais, crescente e decrescente.
Fonte: Adaptada de Rogawski e Adams (2018, p. 41).
206 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES Função exponencial 5
x -2 -1 0 1 2 3
y
8
x
–2 –1 1 2 3
Figura 2. Gráfico da função (x) = 2x.
Fonte: Safier (2011, p. 157).
Caso você se depare com funções do tipo f(x) = (3x + 2)x, o método de resolução deverá
seguir as regras básicas da matemática: substituir os valores de x, resolver a expressões
dentro dos parênteses e depois resolver a exponenciação. Assim, f(3) = (3 × 3 + 2)3 = 113.
Aplicações de Funções UNIDADE 4
6 Função exponencial Função Exponencial PARTE 2 207
Juros compostos:
( r
)
nt
A(t) = P 1 +
n
A(t) = P e r t
( )
12 × 6
0,15
A(6) = 9.000 1 + = 22.013,28
12
200000 = N0
N(40) = 200.000 ek · 40
235.000 = 200.000 ek · 40
235.000
ek · 40 =
200.000
e40k = 1,175
40k = ln 1,175
40k = 0,1613
k = 0,0040325
Aplicações de Funções UNIDADE 4
8 Função exponencial Função Exponencial PARTE 2 209
N(60) = 200.000e0,0040325×600
N(60) = 254.746,10
Leituras recomendadas
ADAMI, A. M.; DORNELLES FILHO, A. A.; LORANDI, M. M. Pré-cálculo. Porto Alegre:
Bookman, 2015.
AYRES, F.; MENDELSON, E. Cálculo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
210 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
PREZADO ESTUDANTE
4
Parte 3
Função Logarítmica
OBJETIVOS PRÉ-APLICAÇÃO
Converter equações para fun- Se P dólares forem investidos a uma taxa de juros anual r, compostos continuamente, então
ções logarítmicas da forma o valor futuro do investimento após t anos é dado por
logarítmica para a exponen-
cial, e vice e versa. S = Pert
Calcular alguns logaritmos Uma questão comum com investimentos como esse é: “Quanto tempo demora para o in-
especiais. vestimento duplicar?”. Isto é, quando S = 2P? Para responder a esta questão e, conseqüente-
Traçar gráficos das funções mente, desenvolver a fórmula do “tempo de duplicação”, será preciso resolver a equação em
logarítmicas. t e para isso é necessário o uso das funções logarítmicas.
Usar as propriedades das fun-
ções logarítmicas para simpli-
ficar expressões envolvendo
logaritmos. Funções Logarítmicas e Gráficos
Usar a fórmula de mudança
de base. Antes do desenvolvimento e da grande disponibilidade das calculadoras e com-
putadores, certos cálculos aritméticos, tais como (1,37)13 e 16 3, 09 , eram difíceis
Modelar com funções logarít-
micas. de fazer. Os cálculos poderiam ser feitos com relativa facilidade usando os lo-
garitmos, desenvolvidos no século XVII por John Napier, usando uma régua de
cálculo, que, por sua vez, se baseia nos logaritmos. Atualmente, o uso dos logarit-
mos como uma técnica de cálculo praticamente desapareceu, mas o estudo das
funções logarítmicas ainda é muito importante, em razão das muitas aplicações
existentes dessas funções.
Por exemplo, consideremos novamente a cultura de bactérias descritas no
início da seção anterior. Se soubermos que a cultura foi iniciada com um organis-
mo e que a cada minuto todos os microorganismos presentes se dividem em dois
novos, então poderemos encontrar o número de minutos que demora até que eles
sejam 1.024 organismos resolvendo
1.024 = 2y
Conforme a definição, sabemos que y = loga x significa x = ay. Isso significa que
TABELA 5.3 log3 81 = 4 porque 34 = 81. Nesse caso, o logaritmo, 4, era o expoente ao qual temos
que elevar a base 3 para obter 81. Em geral, se y = log x, então y é o expoente ao
Forma Forma qual a base a deve ser elevada para obtermos x.
Logarítmica Exponencial
O número a é chamado de base em ambos loga x = y e ay = x, e y é o logaritmo
log10100 = 2 102 = 100 em loga x = y e o expoente em ay = x. Desse modo, podemos afirmar que o logaritmo
log100,1 = –1 10–1 = 0,1 é um expoente.
log2x = y 2y = x
loga1 = 0 (a > 0) a0 = 1 A Tabela 5.3 mostra algumas equações logarítmicas e suas formas exponen-
loga a = 1 (a > 0) a1 = a ciais equivalentes.
SOLU Ç Ã O
(a) 64 = 43 é equivalente a 3 = log4 64.
(b) log4 ( 641 ) = − 3 é equivalente a 4–3 = 1
64
.
(c) Se 4 = log2 x, então 24 = x e x = 16.
E X E M P LO 2 Calculando Logaritmos
Calcule:
(a) log2 8 (b) log3 9 (c) log5 ( 25
1
)
SOLU Ç Ã O
(a) Se y = log2 8, então 8 = 2y. Como 23 = 8 temos log2 8 = 3.
(b) Se y = log3 9, então 9 = 3y. Como 32 = 9 temos log3 9 = 2.
(c) Se y = log5 ( 25
1 1
), então 25 1
= 5 y. Como 5–2 = 25 , temos log ( 25
1
) = −2.
5
SOLU Ç Ã O
Podemos traçar o gráfico de y = log2 x estudando o gráfico de x = 2y. A tabela de
valores (encontrados substituindo valores para y e calculando x) e o gráfico são
mostrados na Figura 5.12
214 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
y
x = 2y y
4
1
8
–3
1
4
–2
2
1
2
–1 y = log2 x
1 0 x
2 1 -2 2 4 6 8
4 2 -2
8 3
Figura 5.12 -4
Da definição de logaritmos, vemos que todo logaritmo tem uma base. A maio-
ria das aplicações de logaritmos envolve logaritmo na base 10 (chamado de loga-
ritmo comum) ou logaritmo na base e (chamado de logaritmo natural). De fato,
os logaritmos na base 10 e na base e são os únicos que têm teclas de função nas
calculadoras científicas. Assim, é importante familiarizar-se com seus nomes e no-
tações.
SOLU Ç Ã O
(a) Na forma logarítmica, 2 = ert é equivalente a loge2 = rt. Resolvendo, temos a
fórmula para o tempo de duplicação
log e 2 ln 2
t = =
r r
ln 2
t = ≈ 6, 93 anos
0,10
Aplicações de Funções UNIDADE 4
Função Logarítmica PARTE 3 215
234 Capítulo 5 Funções Exponenciais e Logarítmicas
Observe que poderíamos escrever o tempo de duplicação para este problema como
ln 2 0, 693 69, 3
t = ≈ =
0,10 0,10 10
EX EM P LO 5 Participação no Mercado
Suponha que, depois que uma companhia introduziu um novo produto, o número
de meses m que leva até que sua participação no mercado seja s por cento, pode
ser modelado por
40 ⎞
m = 20 ln ⎛⎜ ⎟
⎝ 40 − s ⎠
SOLUÇÃO
Uma participação de 35% no mercado significa s = 35. Conseqüentemente,
40 ⎞
m = 20 ln ⎛⎜ ⎟
⎝ 40 − s⎠
40 ⎞ ⎛ 40 ⎞
= 20 ln ⎛⎜ ⎟ = 20 ln ⎜ ⎟ = 20 ln (8) ≈ 41, 6
⎝ 40 − 35 ⎠ ⎝ 5⎠
EX EM P LO 6 Logaritmo Natural
Trace o gráfico de y = In x.
SOLUÇÃO
Podemos traçar o gráfico y = ln x calculando y = ln x para x > 0 (incluindo alguns
valores no intervalo 0 < x < 1) com uma calculadora. O gráfico é mostrado na
Figura 5.13
x y = ln x
0,05 –3,000
y 0,10 –2,303
4
0,50 –0,693
y = ln x 1 0,000
2 2 0,693
3 1,099
x
-2 2 4 6 8 10
5 1,609
Figura 5.13 -2
10 2,303
216 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
PREZADO ESTUDANTE
4
Parte 4
Números Reais,
Funções e Gráficos
(Linear, Quadrática e
Trigonométrica)
Introdução
Neste capítulo, você recordará os conhecimentos adquiridos sobre o
conjunto dos números reais, suas representações por meio de exem-
plos numéricos e ilustrações, bem como receberá dicas de leitura para
aprofundar seus estudos. Ainda que algumas vezes não percebamos, os
conjuntos numéricos estão presentes em nossa vida diária: o conjunto
dos números inteiros, por exemplo, com seus valores negativos que
podem representar as temperaturas negativas que experimentamos
no inverno, ou ainda os saldos bancários negativos. O conjunto dos
números racionais, que contém as frações, costuma ter aplicação em
receitas culinárias, em estudos envolvendo proporções, etc. E o conjunto
dos números reais, que contém os naturais, os inteiros, os racionais e os
irracionais, é bastante abrangente e pode contemplar diversos exemplos,
além dos já mencionados.
Outro aspecto interessante é que as funções podem ser percebidas
em situações bem-próximas a nós, como na conta de energia elétrica
que recebemos mensalmente para pagar. O valor pago depende da
quantidade de kW/h consumida em um mês. Ou seja, nesse exemplo, há
uma relação entre duas variáveis. Podemos, ainda, pensar na cobrança que
os estacionamentos de veículos fazem: em geral, cobra-se um valor fixo e
um variável que dependerá de quanto tempo o veículo permanecerá no
Aplicações de Funções UNIDADE 4
2 Números reais, funções e gráficosNúmeros
(linear,Reais,
quadrática
Funçõeseetrigonométrica)
Gráficos (Linear, Quadrática e Trigonométrica) PARTE 4 219
π = 3,141592653589793…
Vejamos agora alguns conjuntos que estão contidos no conjunto dos nú-
meros reais: elemento “pertence” a um conjunto. Subconjunto “está contido”
em um conjunto.
220 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Números reais, funções e gráficos (linear, quadrática e trigonométrica) 3
Segundo Rogawski (2008), podemos dizer que um número é ou não racional a partir
de sua expansão decimal. Ou seja, números racionais têm expansões decimais finitas
ou periódicas, e números irracionais têm expansão infinitas que não são periódicas.
A reta numérica nos permite visualizar os números reais como pontos sobre
ela. A Figura 1, a seguir, mostra o conjunto dos números reais representado
como uma reta.
|3, 1| = 3, 1
|–10| = 10
|4| = |–4| = 4
|5 ∙ 3| = |5| ∙ |3| = 15
Rogawski (2008) destaca que, dados os números reais a < b, teremos quatro
intervalos com extremidades a e b. O intervalo fechado [a, b] é o conjunto de
todos os números reais x, tais que a ≤ x ≤ b. Note que a e b fazem parte e estão
contidos no intervalo. Algebricamente, podemos representar da seguinte forma:
[a, b] = {x ∈ R: a ≤ x ≤ b}
222 SEQUÊNCIAS E FUNÇÕES
Números reais, funções e gráficos (linear, quadrática e trigonométrica) 5
O intervalo infinito (–∞, ∞) é toda reta real R. Um intervalo semi-infinito pode ser
aberto ou fechado e contém sua extremidade finita, conforme Figura 5:
Função
Em nosso cotidiano, as funções estão presentes nas mais variadas situações.
No entanto, nem sempre nos damos conta disso. De acordo com Hoffmann et
al. (2018), a palavra função é utilizada para designar a ação de exercer uma
influência, ou seja, certa grandeza ou característica depende de outra. Sendo
assim, função pode ser definida como “uma regra que associa a cada objeto
de um conjunto A e apenas um objeto de um conjunto B. O conjunto A é
chamado de domínio da função, e o conjunto B é chamado de contradomínio”
(HOFFMANN et al., 2018, p. 2).
Aplicações de Funções UNIDADE 4
6 Números reais, funções e gráficosNúmeros
(linear,Reais, Funçõeseetrigonométrica)
quadrática Gráficos (Linear, Quadrática e Trigonométrica) PARTE 4 223
B Entrada f Saída
A Máquina f(x)
x
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
6 + 0,05 t2 = 6,8
0,05t2 = 0,8
Gráficos de funções
Nesta seção, você estudará a representação gráfica de algumas funções. De
acordo com Braga (2012), os gráficos são uma excelente forma de visualizar-
mos funções em que as entradas e saídas são números reais. Além disso, o
autor destaca que é possível aplicar o teste da reta vertical para verificar se
um gráfico representa uma função, já que qualquer reta vertical no plano só
poderá interceptar o gráfico de uma função, no máximo, em um único ponto,
não podendo cortar o gráfico duas vezes. Se assim fosse, teríamos dois pontos
diferentes (x, y1) e (x, y2) pertencentes a f, em que y1 ≠ y2, contradizendo a
definição de função. Observe, a seguir, alguns exemplos:
Exemplo 4
Exemplo 5
Exemplo 6
Figura 9. Gráfico de x2 + y2 = 9.
Fonte: Braga (2012, p. 9).
Exemplo 7
Exemplo 8
Seja f(x) = |x|. Quando x ≥ 0, sabemos que f(x) = x. Quando x < 0, f(x) = –x. O
gráfico de |x| pode ser visto na Figura 11 (FLEMMING; GONÇALVES, 2006).
Exemplo 9
Polinômios
Para qualquer número real m, a função f(x) = xm é denominada função potência
de expoente m. Um polinômio é a soma de múltiplas funções potência de
expoentes naturais em que o domínio são os reais (Figura 13):
f(x) = x5 – 5x3 + 4x
Racionais
Conforme Rogawski (2008), uma função racional é o quociente de dois po-
linômios (Figura 14):
D( f ) = {x ∈ R:x ≠ –2 e x ≠ 1}
Algébricas
De acordo com Rogawski (2008), uma função algébrica envolve soma, produto
e quociente de raízes de polinômios e funções racionais (Figura 15):
D( f ) = {x ∈ R: –1,81753 ≤ x ≤ 1,81735}
Im( f ) = {f ∈ R: 0 ≤ f ≤ 1,80278}
Exponenciais
Rogawski (2008) define função exponencial como a função f(x) = bx, onde
b > 0, em que b é a base:
Aplicações de Funções UNIDADE 4
16 Números reais, funções e gráficosNúmeros
(linear, Reais,
quadrática e etrigonométrica)
Funções Gráficos (Linear, Quadrática e Trigonométrica) PARTE 4 233