Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sudeste
41%
ANALISE CRIMINAL E MODUS OPERANDI
Observando as dinâmicas dos crimes, ainda é possível identifica que em 10 casos
foram utilizados boné e máscara, já por 06 vezes foram utilizados somente máscara, 09
vezes utilizaram boné, 05 ocorrências teve tomada de reféns e 4 vezes com disparos de
arma de fogo, gerando repercussão negativa nas mídias, as principais lojas alvo
continuam sendo do setor de joias e telefonia sendo que 24 ocorrências foram em
joalherias e 11 em lojas de telefonia.
A maioria das ocorrências aconteceram no horário entre 10hs e 12hs, uma das
motivações pode ser que neste horário há um número reduzido de pessoas devido a
abertura das lojas, o que favorece a ação criminosa.
Também foi identificado padrões nos horários entre 15hs e 17hs, períodos
próximo a troca de turnos de lojistas e poucas ações preventivas adotadas, outro padrão
identificado foi no horário entre 18hs e 22hs, horário em que a percepção preventiva dos
lojistas está baixa, iniciam-se os fechamentos e os processos de aberturas dos cofres para
guarda de mercadorias e ainda tem o período noturno que é um risco natural.
Nos levantamentos tivemos dois casos considerados fora da curva, por ocorrerem
fora do horário comercial, onde um atuou como simulação de locatário de espaço de lojas
e outra com tomada de refém no trajeto de casa a loja, o que reforça a questão de que o
crime é mutante e sempre surgem novas modalidades ameaçando os empreendimentos.
Outro ponto relevante é a violência aplicada nas ações, onde quatro ocorrências
terminaram com disparos de arma de fogo, gerando pânico generalizado e traumas em
clientes e colaboradores, além de mancharem a imagens do shopping. Nestas ações
perpetradas não costuma haver uma grande organização para a prática desses roubos.
Ainda assim, é um fato grave, que comumente tem empenho de arma de fogo e ameaças
às vítimas. É uma ação considerada de grande complexidade, e é ousada, praticada à luz
do dia, em shoppings, locais com movimento. Esses criminosos agem com audácia.
Análise Criminal – Mancha Semanal
É possível observar os dias da semana com maior incidência de assaltos, estudando o
crime praticado identificamos os dias com maior índice de ações criminosas.
Às terças e sábados foram identificadas dez e nove ocorrências respectivamente,
seguidos por sextas e quartas, com registros de sete e seis ocorrências respectivamente.
A maioria das ações vêm sendo perpetradas por mais de 3 causadores do evento
critico, onde um faz a segurança, outro anuncia o assalto e outro atua recolhendo as
mercadorias, e quase sempre com um veículo em condições de realizar a fuga rápida e
desimpedida, houve um aumento das ações realizadas por duplas, que reflete a ousadia e
o encorajamento devido a impunidade e morosidade das respostas do poder judiciário.
Fica claro que a maioria das ocorrências são praticadas por homens, algumas pesquisas
apontam um aumento da criminalidade feminina, porém não atuam na ação direta do
assalto, elas realizam levantamentos de informações e reconhecimento pré-operacional
nos shoppings, já que levantam menos suspeita, foram identificado mulheres monitorando
joalherias que foram assaltadas e registrando a movimentação das equipes de segurança,
foram encontradas após apreensão de celular “No vídeo do celular apreendido, uma
mulher aparece filmando a movimentação de pessoas no shopping. As imagens mostram
também a porta da joalheria e o segurança, de terno, nas proximidades, do outro lado
do corredor”.
CONCLUSÃO
Uma gestão que se denomina moderna não deve abrir mão da Análise Criminal
como instrumento otimizador de suas ações, com todas as novidades que o progresso
científico-tecnológico pode hoje nos proporcionar. Mesmo entendendo que a Análise
Criminal seja mais do que a coleta de dados quantitativos para a produção de uma
estatística criminal confiável, esta é, sem dúvida, sua primeira etapa. Assim, torna-se
importante primeiramente a construção de bases de dados abrangendo informações sobre
as práticas dos atores do sistema de segurança, juntamente com um ferramental analítico
adequado; depois, a sensibilização desses próprios atores para que, por meio de uma
postura moderna, possam de fato utilizar em toda sua plenitude o instrumental
disponibilizado pela análise, quer na projeção de cenários, na elaboração de inferências,
no estabelecimento de padrões ou no mapeamento de tendências criminais.