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Colégio Estadual Professor Elmano Lauffer Leal

Componente Curricular: História


Professora: Carina Domercke Dias
Nome do aluno(a): Turma: 103
Tarefa da aula referente ao dia: 28/07/2020 (dois períodos)
E-mail da professora para contato: carina.domercke@gmail.com

 Objetivos: Reconhecer os processos da de desenvolvimento da religiosidade antiga e a sua


relação com a organização social, política e econômica dos egípcios; relacionar o
desenvolvimento físico e intelectual com a produção material e a formação de diferentes
organizações sociais ao longo do desenvolvimento histórico.

 Orientações gerais:
 Finalize suas tarefas da última aula (21/07) no seu caderno. A data de entrega foi remarcada
para o dia 04/08/2020.
 Está com dúvidas? Entre em contato com a professora. Estou online nos momentos de nossas
aulas.

 Orientações para a aula do dia 28/07/2020:


 Leia o texto “Sociedade e Cultura no Antigo Egito” ele retoma aspectos da cultura egípcia
estudados em nossas primeiras aulas;
 Se possível assista ao vídeo A rainha misteriosa do Egito: Hatshepsut, o link está disponível
no Google Sala de Aula da turma;
 Responda as questões sobre o texto em seu caderno.
 Registre com fotografia e envie para o Google Sala de Aula;
 Se surgirem dúvidas, entre em contato. Estou online nos momentos de nossas aulas;
 Envie seu trabalho através da plataforma Google Sala de Aula até nossa próxima aula dia
04/08, na qual faremos a correção.

Sociedade e Cultura no Antigo Egito


A serviço dos deuses e do faraó Impregnada de religiosidade e
de sentimento hierárquico, a arte servia aos deuses e aos faraós. Assim,
as obras mais importantes da arquitetura egípcia foram os templos e as
pirâmides (túmulos dos faraós). No que se refere à pintura e à escultura,
havia normas rígidas para representar os deuses, os faraós e as pessoas
da elite: as cenas eram retratadas sem perspectiva; as figuras apareciam
com a cabeça, as pernas e os pés de perfil, enquanto os olhos e o tronco
eram mostrados de frente (veja a imagem abaixo). Essa rigidez
diminuía na representação de funcionários (os escribas) e de pessoas
dos grupos sociais baixos, que eram retratados de modo mais realista.

Pessoa da nobreza egípcia trajando


um vestido de pele de leopardo que
deixa um ombro e um braço
descobertos. Na imagem ao lado, o
tronco é mostrado de frente,
enquanto a cabeça e as pernas são
representadas de perfil.
O saber egípcio
Por sua prática na construção de diques e represas, os egípcios alcançaram grande
desenvolvimento em engenharia hidráulica. Seus tecelões eram hábeis na produção de tecidos e
linhas e seus artesãos dominavam a técnica da fabricação de objetos de vidro. Na área de transporte,
construíam embarcações de variados tipos e tamanhos, tanto fluviais como marítimas. Conhecedores
da anatomia humana, os egípcios obtiveram grandes avanços na medicina, usando até mesmo
anestesia em operações cirúrgicas. Seus astrônomos criaram
diferentes calendários, como o que conferiu ao ano a duração de
365 dias e seis horas. Mais tarde, esse calendário foi adotado,
com modificações, pelo imperador romano Júlio César.
Reformado pelo papa Gregório XIII, no século XVI, constitui a
base do calendário que utilizamos até hoje.

Os cuidados com o corpo


Os egípcios eram elegantes e se cuidavam bastante, mas
isso não se devia apenas aos padrões estéticos da época. Trabalhos arqueológicos recentes e
pesquisas científicas em diversas áreas – como química, física, biologia e medicina – têm mostrado
que muito daquilo que se apresenta como vaidade eram, de fato, cuidados especiais para prevenir os
rigores do clima ou sinônimo de vida e alimentação equilibradas. Tomografias e autópsias feitas em
múmias revelam que, graças ao fato de ingerirem pouco açúcar, os egípcios praticamente não tinham
cáries. Os óleo s perfumados com os quais untavam o corpo evitavam o ressecamento da pele. Já a
sombra nos olhos era resultado da malaquita, pedra verde pulverizada e aplicada nas pálpebras para
neutralizar a luz excessiva do Sol e agir como desinfetante contra doenças da vista transmitidas por
moscas.

Mulheres no Antigo Egito


A sociedade egípcia era rigidamente estratificada, ou seja, estava dividida em grupos sociais
fortemente separados entre si. No topo da pirâmide social estavam o faraó*, considerado filho do
deus Amon-Rá, e seus familiares. A seguir, vinham sucessivamente os sacerdotes, a nobreza, os
escribas e os soldados. Na base estavam os camponeses e artesãos – abaixo deles, só os escravos.
Nesta estrutura social, a mulher cuidava de todos ao seu redor, isso incluía filhos, marido e
servos. Seu dever era gerar, cuidar e curar. As mulheres eram bem tratadas no Egito, podiam ter
propriedade e receber renumeração, elas tinham direitos, e poderiam ir ao tribunais reclamarem caso
se sentissem lesadas.
Quando casadas continuavam a dispor de seus bens, assumiam o papel do marido quando
esse se ausentava, algumas mulheres chegaram até o posto de Faraó, onde até então era somente
titulo de um homem. Essa condição da mulher egípcia, só foi alcançada novamente nos dias atuais,
com muita luta e conquistas. A mulher na Antiguidade não tinha direito de responder por si próprias,
muito menos de ter direito a terras ou renumeração. Há sem duvidas salvos casos de mulheres que
chegaram a ser rainhas na Idade Média, mas não eram reconhecidas pela Igreja. Já no Egito a mulher
era reverenciada e tinha um papel fundamental nos
cultos religiosos.
O casamento no antigo Egito era considerado
como um evento muito importante para as mulheres. As
garotas egípcias costumavam casar-se na faixa dos 12
anos, enquanto os garotos tinham entre 15 e 19. Elas
podiam também divorciar-se, caso sofressem maus-
tratos, onde recorriam aos seus familiares para pedir
ajuda, na intervenção do casamento. O divórcio era algo
simples e que não necessitava de muito tempo para obter-se, dentre os principais motivos de
divórcios estavam os maus-tratos, o adultério e a infertilidade.
As mulheres camponesas vestiam-se com uma longa túnica, enquanto as mulheres da nobreza
usavam vestidos bordados com contas. Nas cerimônias, tanto os homens como as mulheres usavam
pesadas perucas. Além do mais, independentemente de idade ou sexo, os egípcios adoravam usar
imensas joias entre elas tiaras, brincos, colares, anéis, braceletes e pulseiras. Podendo ser de ouro,
prata, pedras semipreciosas, contas de vidro, conchas ou pequenas pedras polidas de cores bonitas
Além das jóias, a maquiagem ocupava uma parte considerável do tempo dos egípcios, tanto para as
mulheres quanto para os homens, os cosméticos, os ornatos para a cabeça e os adereços tinham papel
marcante na aparência da mulher egípcia.
Na sociedade egípcia as mulheres tinham a função de gerar, cuidar e curar, podendo ter posse
de terras e possuir bens próprios. No antigo Egito a esposa era quem cuidava de todos ao seu redor,
incluindo filhos e servos. Segundo documentos da III e V Dinastia, as mulheres podiam administrar a
herança dos filhos caso fossem menores, sendo que em alguns documentos são mostrados que tanto
os filhos, quanto às filhas, recebia de forma igual à divisão da herança. Há vários registros de
mulheres fazendo serviços domésticos, como a tecelagem e a preparação de cerveja e pães para a
distribuição em todo o Estado. Na ausência dos maridos elas tomavam conta de suas tarefas.
As mulheres também tinham praticamente os mesmos direitos dos homens, o que não ocorria
em outras civilizações da mesma época. Chegando a postos que só foram alcançados por mulheres
somente na sociedade atual. Havia muitos postos de trabalho e de destaque para as mulheres egípcias
inclusive na medicina.
As mulheres eram bem tratadas no Antigo Egito. Elas podiam receber uma remuneração e ter
propriedades. A lei egípcia reconhecia seus direitos e elas podiam ir aos tribunais reclamá-los, se
sentissem que estavam sendo tratadas de forma injusta. Era esperado que os maridos permitissem as
suas esposas irem aonde quisessem e fazer o que desejassem. As mulheres nas famílias mais pobres
tinham de trabalhar em casa, nos campos, ou ajudando no ofício de seus maridos. A função de uma
sacerdotisa era considerada uma honra e não um trabalho. Uma mulher poderia se tornar faraó mais
isso era extremamente raro.
A posição sociocultural e profissional alcançada pela mulher não se restringia apenas àquelas
pertencentes à nobreza. Mas também mulheres do povo desfrutavam de dignidade e de respeito na
sociedade faraônica. Participavam ativamente dos rituais, tinham instrução e desempenhavam o
papel importante no culto religiosa de vários Deuses egípcios, além das oferendas às divindades,
cerimônias de consagração e de jubileus, orações e procissões de barcas sagradas.
As mulheres podiam dispor de bens próprios e também de ser proprietárias de terras por elas
mesmas administradas, participavam de transações comerciais, assim como também herdavam bens
e faziam testamentos. Quando se casavam, continuavam a dispor de seus bens e, em caso de
separação do cônjuge, teriam seus direitos garantidos perante aos códigos de leis, podiam apresentar-
se diante dos tribunais como acusadoras, defensoras ou testemunhas. Eram responsáveis pelos seus
atos e, igualmente, estavam sujeitas às mesmas penalidades ou castigos com a mesma severidade que
as atribuídas aos homens.
Geralmente a condição normal da mulher era a de casada, constituindo parte de uma família
monogâmica, do núcleo da sociedade egípcia na época faraônica. As representações de casais e seus
filhos nos mostram a importância da estrutura familiar e o papel fundamental representado pela
mulher, no antigo Egito.
O trono no antigo Egito era por direito do filho mais
velho. Houve em alguns momentos da história egípcia em que a
rainha, com a morte do Faraó, precisou governar até que o filho
mais velho pudesse assumir o cargo de Faraó. Quando o Faraó se
casava com alguma mulher que não pertencia à família real, esta
se tornava uma esposa secundária.
No contexto real, no Egito Antigo, Hatshepsut, foi
considerada a mais poderosa rainha, que governou o Egito Antigo

Hatshepsut
no século XV a.C. com toda força política e carisma, ela usava a dupla coroa do faraó, indicando sua
soberania sobre as duas terras, ou seja, o Alto e o Baixo Egito. Até aquele momento nenhuma mulher
havia se tornado faraó, sendo no máximo esposas dos reis ou regentes de seus filhos.
Com o passar do tempo seu poder foi aumentando, até se mostrar como faraó, fazendo até o
uso de barba postiça e calças. O uso de barba falsa era um costume exclusivo dos faraós, a barba para
eles tinha o mesmo significado da coroa para os reis. Hatshepsut promoveu a inovação
administrativa e a expansão comercial no Antigo, além de ter promovido grandes obras hidráulicas.

No desenvolvimento do Novo
Império do Egito, após a expulsão dos
hicsos dos centros de poder, a Décima
Oitava Dinastia faraônica consolidava
sua centralidade administrativa sob o
Nilo. Sendo este um período de grandes
nomes do Egito Antigo, a época ficou
marcada por situações de grandes
mudanças e personalidades fortes, e
uma delas, indubitavelmente, foi
Hatshepsut, uma das únicas mulheres a
terem governado este Império.
Hatshepsut realizou grandes
obras durante seu governo, que tinha
certo caráter lacunar. Sofrendo
pressões por parte de grandes
instituições em atrito com o palácio, muito se tentou apagar o crédito Templo de Hatshepsut, em Luxor.
de seu legado, mas a popularidade da faraó foi tão ascendente que
isso foi impossível. A rainha assumiu o poder numa situação de crise política, pois era filha de Tutmés
I, sendo colocada desde cedo na posição de futura esposa do faraó, dado que ela seria filha de Amun
com a mãe Ahmose. Ela, então, se tornou consorte de Tutmés II, seu irmão i — com quem casou,
seguindo a tradição dinástica egípcia — após a morte do pai.

Responda em seu caderno:


1) Por que os cuidados com o corpo e a beleza para os egípcios não representavam somente
uma preocupação estética? Cite um exemplo.
2) Qual a função das mulheres no Antigo Egito? Explique porque elas são consideradas uma
singularidade na História da Antiguidade Oriental.
3) Quem foi Hathepsut? Explique sua importância para a história do Egito.

i
Nota da professora: Os membros da realeza egípcia tinham como costume realizar casamentos entre irmãos para
preservar a linhagem pura e divina que originava os faraós. Assim, o sangue real era preservado.

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