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Mulheres Egípcias

A mulher na sociedade egípcia exerceu um papel muito importante e tinha praticamente


os mesmos direitos dos homens, o que não ocorria em outras civilizações da mesma
época. Elas chegaram a postos que só foram alcançados pelas mulheres novamente
na sociedade atual.
Havia muitos postos de trabalho e de destaque para as mulheres egípcias. Hatshepsut
assumiu um deles e é considerada a mulher mais popular a governar o Egito com o
título de Faraó.
No antigo Egito a esposa é quem cuida de todos ao seu redor, incluindo seus filhos e
os seus servos. Havia vários trabalhos disponíveis para a mulher, especialmente se ela
fosse de uma família rica. Existem inúmeros registros de mulheres fazendo serviços
domésticos, como tecelagem e preparação de cerveja e pão. As mulheres, na ausência
de seus maridos, eram as chefas e tomavam conta também das tarefas deles. Elas
tinham os mesmos direitos dos homens em tribunais e estavam sujeitas às mesmas
condenações aplicadas a eles.
“Nas primeiras tumbas, as mulheres não participam das obras mais importantes, bem
como das diversões mais prazerosas; porém tampouco aparecem envolvidas nos
trabalhos mais árduos. Os homens, por exemplo, fazem o vinho, que requer maior
esforço físico que a preparação da cerveja. Com exceção das cenas de mulheres
musicistas e das danças realizadas por algumas moças muito atléticas, o papel das
mulheres nos primeiros tempos parece muito decoroso, ainda que isso talvez se deva
ao fato de não podermos interpretar as fontes em todo o seu conteúdo.” (BAINES;
MALIK, 2008, p. 204)
O casamento no antigo Egito era considerado importante para as mulheres. As garotas
egípcias costumavam se casar na faixa dos 12 anos, enquanto os garotos tinham entre
15 e 19. Elas também podiam se divorciar, caso sofressem algum tipo de maltrato, por
exemplo. Nesse caso recorriam aos seus familiares e pediam ajuda para intervir no
casamento. O divórcio era algo simples e não necessitava de muito tempo para a sua
obtenção. Entre os principais motivos de divórcios estavam os maus-tratos, o adultério
e a infertilidade.
“O mais surpreendente é que temos poucas informações tanto sobre as cerimônias de
casamento quanto sobre os processos judiciais de divórcio. Ainda assim, o status legal
de um casal que vivia junto era diferente do de um casado. Existe até o testemunho de
um homem, que foi acusado de ter tido relações sexuais com uma mulher que vivia
com outro homem, mas que não era casada com ele, e parece que isso não era
considerado crime. Apesar dessas instituições relativamente livres, o adultério de uma
mulher representava, pelo menos em teoria, um grave crime.” (BAINES; MALIK, 2008,
p. 205)
O trono no antigo Egito era por direito do filho mais velho. Houve alguns momentos da
história egípcia em que a rainha, com a morte do Faraó, precisou atuar como Regente
até que o filho mais velho pudesse governar. Para se tornar um Faraó era preciso ter
todos os títulos reais exigidos. O casamento geralmente era feito entre irmãos, para
manter o sangue real da família. Quando o Faraó se casava com alguma mulher que
não pertencia à família real, esta se tornava uma esposa secundária.
“As mulheres não possuíram nenhum título importante, sem contar alguns relacionados
ao sacerdócio, e, fora alguns membros da família real e as soberanas reinantes,
tiveram pouco poder político. Seu título mais comum era, “senhora da casa”, é um título
de respeito que significa apenas algo mais que “Sra.” “(BAINES; MALIK, 2008, p. 205)
A vaidade das mulheres egípcias
Bastante vaidosas que eram, as mulheres egípcias dispunham de vários apetrechos
para cuidarem de sua higiene e beleza. Os escrínios de toucador — relata a egiptóloga
Christiane Noblecourt — continham os mais belos recipientes e pequenos frascos de
perfume que possam existir, em madeiras preciosas provenientes sobretudo da Núbia e
do Sudão, em marfim, em vidros multicores e translúcidos e, às vezes, até
transparentes. Mas os de alabastro eram os mais comuns, pois esse material frio era
excelente para a conservação de cremes e perfumes. Esses escrínios tinham as mais
variadas formas: a da romã, da mandrágora, de cachos de uva, de lótus e de  papiros,
naturalmente, ou ainda inspiravam-se nos animais, patos dos pântanos, íbis de patas
ligadas, pequenos macacos pousados nas bordas de um cadinho ou segurando nas
mãos a tigelinha de antimônio. As mais belas colheres de pintura ou unguentos eram
feitas conforme a imagem de uma sedutora nadadora nua que empurrava diante de si
um pato cujo corpo, de asas articuladas, servia de recipiente. Cofres muito elaborados
eram concebidos especialmente para receber todo esse material miúdo, tão luxuoso;
câmaras interiores e chanfraduras na tampa ou nas gavetas esperavam que se
recolocassem no lugar os pequenos objetos.
Não faltavam produtos de beleza — escreve Pierre Montet. Para combater os maus
cheiros do corpo na época do calor, os egípcios friccionavam-se durante vários dias
com um unguento à base de terebentina e de incenso que eram misturados com certos
grãos não especificados e com um perfume. Nos lugares onde se articulam duas partes
do corpo deviam aplicar-se outros produtos. Havia preparados para embelezar e
rejuvenescer a epiderme, para enrijar a carne, e outros para combater as manchas e as
verrugas do rosto. Para enrijar a carne empregava-se, por exemplo, o pó de alabastro,
o pó de natrum, sal do norte misturado com mel. Outras fórmulas eram conseguidas à
base do leite de burra. O couro cabeludo era objeto de cuidados incessantes. Ora se
tratava de suprimir os cabelos grisalhos, evitar o embranquecer das sobrancelhas, ora
se tratava de combater a calvície, ou de fazer crescer o cabelo. Sabia-se que o óleo de
rícino era adequado a esta higiene especial. Mas os egípcios também sabiam libertar-
se dos pelos e das penugens supérfluas. Além das roupas e dos cosméticos, os
penteados e os adereços tinham igualmente um papel marcante na aparência da
mulher egípcia. A peruca, sobretudo a título de elemento componente da vestimenta
dos funcionários ou do círculo da corte, tinha uma importância particular. Os dois tipos
principais de penteados artificiais masculinos eram a peruca de pequenos cachos e a
peruca com longas mechas de cabelo caindo do crânio até os ombros. Na XVIII
dinastia a moda fez nascer uma nova forma de peruca misturando pequenos cachos e
mechas lisas. Quanto aos penteados femininos, durante o Império Antigo eles desciam
em duas espessas mechas sobre o peito e esse estilo se manteve com algumas
pequenas modificações até o Império Novo. Em meados da XVIII dinastia tornou-se
moda uma série de novos penteados. Em todas as épocas as mulheres se
preocuparam com os seus penteados e com suas perucas, pois a cabeleira era um dos
fetiches eróticos do homem egípcio.
Munidas de um espelho formado por um disco polido de cobre, bronze ou  prata e
dotado de um cabo de ébano, ouro, faiança ou marfim, as mulheres se entregavam aos
cuidados das cabeleireiras ou tratavam elas mesmas de seus penteados. Tais
espelhos, usados desde o princípio do período dinástico, empregavam aqueles metais
por fornecerem uma boa superfície refletora e eram confeccionados de forma a não
deformarem os rostos que deviam refletir. Enquanto trabalhavam com uma mecha de
cabelo, as mulheres prendiam o restante deles com um objeto decorado ,o qual
também servia como pinça para extração de espinhas ou remoção de pelos. Usavam-
se pentes grossos, simples ou duplos, que também podiam ser decorados. Os
penteados chegavam a ser bastante complicados e até a ostentar enfeites como, por
exemplo, a representação de um cavaleiro galopando, que era um dos adornos mais
apreciados pelas mulheres do Império Novo.
Já na vida de uma sacerdotisa, acordava-se em frescos lençóis de linho e chamavam
suas criadas para vesti-las. Quando elas terminavam de se maquiar, encontravam seus
filhos para dar-lhes bom dia. Em horas sem compromisso, elas se reuniam com seus
maridos e amigos. A noite os amigos a faziam companhia ou então elas jogavam Senet
com os maridos.
Fontes:
http://antigoegito.org/208/ texto redigido por Lucas Ferreira
http://www.fascinioegito.sh06.com/higiene.htm
http://redescobrindoopassado1b.blogspot.com.br/2013/04/a-mulher-na-sociedade-
egipcia.html texto redigido por Nathalia Araujo e Israel Cabral

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