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RESENHA CRÍTICA

VIEIRA PILOPAS, Ana Luisa e JOSE TONELLI, Maria, DOCES PRÁTICAS PARA
MATAR: DEMISSÃO E DOWNSIZING NA PERSPECTIVA DE DEMISSORES E
PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS1.
Ano: 2007

INSTITUIÇÃO: FGV-EAESP

1 – CREDENCIAS DOS AUTORES

Maria José Tonelli é professora titular no Departamento de Administração Geral e


Recursos Humanos na FGV EAESP, instituição em que trabalha como professora e
pesquisadora desde 1988. Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo e Mestrado e Doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, onde também iniciou sua carreira acadêmica em 1985.
Foi coordenadora do PIBIC e do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração de
Empresas da FGV EAESP. Vice-presidente do Iberoamerican Academy of Management
(2011-2016) tendo organizado a última conferência desta associação em 2013. Foi vice
diretora da FGV EAESP entre julho de 2007 e fevereiro de 2015. Coordenadora do NEOP -
Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas. Editora científica da RAE - Revista de
Administração de Empresas e GV Executivo, a partir de janeiro de 2016. Delegada brasileira
no grupo Women 20, que representa a sociedade civil junto ao G20. Integra a Diretoria da
ANPAD - Associação Nacional de Pós-Graduação em Administração (triênio: 2018-2019-
2020), como Diretora de Publicações e Comunicação. Faz parte da linha de pesquisa em
Estudos Organizacionais do Curso de Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas
da FGV EAESP e seus interesses de pesquisa incluem: questões de gênero nas organizações,
comportamento organizacional, gestão de pessoas.

Ana Pliopas é doutora em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas.


Possui mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas - SP (2004) e
é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1986). Ana é uma
experiente Coach Executiva e Profissional de Recursos Humanos com mais de 20 anos de
trabalho em grandes organizações globais, tais como Goldman Sachs, JPMorgan, ING e Itaú-
Unibanco. Coaching tem sido o fio condutor de suas atividades como coach profissional,
professora e executiva líder de grandes equipes. O sucesso de Ana ao realizar coaching com
executivos experientes e jovens de alto potencial deve-se a sua trajetória executiva, sua
proximidade ao mundo acadêmico, sua formação diferenciada em coaching e supervisão e
dedicação contínua ao próprio desenvolvimento. Ana conduz a supervisão de grupos de
coaches e recebe supervisão há mais de 4 anos, além disso é "Master Certified Coach" (MCC)
pelo "International Coaching Federation" (ICF). Possui graduação em Ciências Biológicas
pela Universidade de São Paulo (1986) e mestrado em Administração de Empresas pela
Fundação Getulio Vargas - SP (2004). Tem experiência na área de Administração, com ênfase
em Administração de Recursos Humanos.

2 – RESUMO SOBRE O ARTIGO

As transformações ocorridas a partir da década de 80 na economia, na maneira de


administrar as empresas e nas relações de trabalho levaram à perda de emprego de milhares de
pessoas. Downsizing e demissão passaram a ser comum tanto no Brasil como em outros
lugares do mundo. Chama a atenção, entretanto, que a literatura na área de recursos humanos
não contemple as atividades de gerenciamento das demissões. Fala-se dos quatro pilares da
área de recursos humanos: recrutamento, seleção, avaliação de desempenho, desenvolvimento
e remuneração, mas o tema da demissão parece estar discretamente omitido. O objetivo do
artigo foi apresentar uma revisão da literatura nacional e internacional com artigos sobre o
tema e buscar como profissionais de recursos humanos e demissores descrevem as práticas de
demissão, de modo a evidenciar o papel da área de recursos humanos (e de gestores) nestes
processos. A retórica em Recursos Humanos, já descrita por Legge (1995), de que precisamos
ser cruéis para amar, apresenta-se como uma ação fundamental na construção das práticas
organizativas em demissão e downsizing.

2 – RESENHA SOBRE O ARTIGO

De um modo geral, o artigo fala sobre como a literatura sobre recursos humanos não
contempla o processo de demissão. Os efeitos da prática de downsizing foram analisados em
especial no tocante às suas conseqüências nos demitidos e na sociedade de forma geral. As
autoras destacaram os efeitos de demissões coletivas nas organização, argumentando que
além de não obter o que esperavam, demissões em massa usualmente trazem à própria
empresa em processo de enxugamento uma série de conseqüências negativas inesperadas; e
isto pode ser verificado também em demissões coletivas ocorridas no Brasil. Para enfocar esta
dimensão pouco estudada de processos de enxugamento, o artigo examina e estrutura a
literatura acadêmica a respeito de efeitos organizacionais de enxugamentos e sumariza uma
pesquisa exploratória de quatro casos brasileiros de enxugamentos de pessoal, focando-se nos
seus efeitos dos cortes nas próprias organizações envolvidas.

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