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CENTRO DE TECNOLOGIA
TERESINA - PI
2014
EDILSON DA COSTA FEITOZA
TERESINA – PI
2014
EDILSON DA COSTA FEITOZA
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. MSc. Marcos Machado de Albuquerque
______________________________________________
Prof. Eng. Natassia da Silva Sales
______________________________________________
Eng. Francisco Gabriel de Sousa
TERESINA – PI
2014
AGRADECIMENTOS
Agradeço incialmente e imensamente a Deus, pelas oportunidades que me ajudou a
conquistar e por estar sempre comigo neste caminho árduo. Agradeço também aos meus pais
Edimar Feitoza e Antônia Pires que sempre me apoiaram e me apoiam, mesmo morando
longe, estão sempre presentes e fazem de tudo para que eu possa seguir meu caminho.
Agradeço aos meus irmãos Hudson Feitoza e Alison Feitoza que, assim como meus pais,
estão sempre comigo. Tenho um agradecimento especial para minha tia Ana Raimunda, que
nestes cinco anos de curso, permitiu que eu morasse em sua casa, ela, juntamente com meu tio
Edimilson e meus primos Francildo e Lucas, tiveram grande importância no meu trajeto até
aqui. Agradeço à todos os meus familiares que sempre me disseram palavras de incentivo e
certamente contribuíram na minha formação acadêmica e como pessoa. Agradeço também a
todos os meus amigos. Todo esse tempo que passamos juntos, dentro e fora da sala de aula,
correndo contra o tempo para entregar trabalhos e estudar para as provas, ficaram eternamente
gravados em minha memória e toda essa amizade, todo o companheirismo será cativado após
o final do curso. Obrigado à TODOS.
RESUMO
A falta de manutenção adequada e periódica reduz a vida útil dos pavimentos e os leva
inevitavelmente a deterioração, parcial e em alguns casos total. Observa-se uma enorme
diversidade de patologias presentes nos pavimentos urbanos, sem manutenção adequada e
com a vida útil ultrapassada.
Este trabalho vem expor os mais diversos tipos de patologias, reconhecidos pelas
bibliografias já consagradas no âmbito da engenharia rodoviário e padronizadas pela Norma
DNIT 005/2003 – TER, mais presentes nos pavimentos flexíveis asfálticos, urbanos e não
urbanos, e realizar um estudo de caso, uma avaliação visual da avenida Henry Wall de
Carvalho, na zona Sul de Teresina, para constatar a presença das patologias descritas durante
o trabalho e possivelmente identificar a origem destas patologias.
Road transport is the modal with the highest importance in Brazil due to poor
infrastructure of other modes and the ease of access to most of the sites, is the most widely
used within the city limits. For this reason, it should be given to this modal it deserved
attention and not allow them to reach levels of degradation that make it impossible a quality
of trafficability, which is unacceptable. Teresina, like most Brazilian cities, has a road system
still incomplete and with common problems, road failure, conditions on the floors, lack of
intermodal integration, among others.
The lack of properly and regularly maintenance, reduces the life of pavements and
leads them inevitably to deterioration, partial and in some cases overall. There has been a
huge variety of related conditions in urban pavements without proper maintenance and with
overcome life.
This work has exposed the various types of conditions, recognized by the
bibliographies already established within the road engineering and standardized by Norma
(Rule) DNIT 005/2003 - TER, more present in flexible asphalt pavement, urban and non-
urban, and perform a case study, a visual analysis of the Henry Wall de Carvalho avenue, in
the south of Teresina, to verify the presence of the conditions described in the work and
possibly identify the origin of these diseases.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 10
2 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 14
3 OBJETIVOS................................................................................................ 15
3.1 Geral............................................................................................................ 15
3.2 Específicos................................................................................................... 15
4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................... 16
4.1 Histórico....................................................................................................... 16
4.2 Pavimentação.............................................................................................. 16
4.3 Pavimento.................................................................................................... 17
4.4 Classificação................................................................................................ 18
4.4.1 Pavimento Flexível....................................................................................... 18
4.4.2 Pavimento Rígido......................................................................................... 19
4.4.3 Pavimento Semirrígido................................................................................. 19
4.5 Estrutura (Camadas)................................................................................... 20
4.6 Estruturas do Pavimento............................................................................ 20
4.6.1 Subleito (Aterro)........................................................................................... 21
4.6.2 Reforço do Subleito..................................................................................... 21
4.6.3 Sub-Base..................................................................................................... 21
4.6.4 Base............................................................................................................. 21
4.6.5 Revestimento ou capa de Rolamento.......................................................... 21
8 METODOLOGIA.......................................................................................... 42
10 CONCLUSÕES............................................................................................. 51
11 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 54
10
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, especialmente após a década de 1950 com a explosão das rodovias
no Brasil, inúmeros estudos e técnicas foram sendo desenvolvidas com a intenção de melhorar
a implantação e conservar de maneira eficiente os pavimentos implantados. Segundo Balbo
(1998) alguns desses trabalhos, após consolidados, passaram a ser normalizados ou
recomendados pelos órgãos competentes. Com isso, índices de qualidade foram estabelecidos
para caracterização de vias pavimentadas.
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4 REFERENCIAIS TEÓRICOS
4.1 Histórico
Outras civilizações como a Egípcia durante a construção das pirâmides (2600 à 2400
a.C.) e à época de Alexandre, o Grande (300 a.C.) desenvolveu-se estradas com boa
capacidade de carga construída com lajões justapostos (Egito) e a estrada de Susa até
Persépolis (600km ao sul do que é hoje Teerã, capital do Irã), possibilitando o tráfego de
veículos com rodas desde o nível do mar até 1.800m de altitude (NETO, 2010).
4.2 Pavimentação
4.3 Pavimento
4.4 Classificação
É caracterizado por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades
cimentícias como por exemplo, por uma camada de solo cimento revestida por uma camada
asfáltica (Manual de Pavimentação – DNIT/2006).
Na elaboração desta estrutura, diversos materiais podem ser empregados entre eles
destacamos os materiais terrosos, materiais pétreos e materiais diversos, que devidamente
selecionados, dimensionados e executados proporcionam a resistência necessária e a
qualidade devida a cada via.
4.6.3 Sub-Base
22
4.6.4 Base
5 PATOLOGIAS
Cada tipo de pavimento apresentará, no decorrer de sua vida de serviço, patologias (ou
defeitos) bastante relacionados não somente aos materiais empregados como também
relacionados ao seu comportamento mecânico, peculiar de cada pavimento (BALBO, 1997).
Assim, conhecer e entender os materiais e o comportamento que apresentam de acordo com
os carregamentos é essencial na tentativa de entender os problemas que se manifestam e no
emprego da técnica que poderá ser adotada em serviços de manutenção.
Neste trabalho será dado prioridade aos defeitos apresentados em pavimentos flexíveis
e semirrígidos, pois são os pavimentos mais encontrados em nossa região e o objeto de estudo
de caso apresenta um pavimento flexível em sua constituição.
Existem inúmeras terminologias adotadas para definir os mais diversos defeitos dos
pavimentos e controvérsias entre autores. Neste trabalho tomaremos como base a Norma
DNIT 005/2003 – TER que padroniza os diversos tipos de patologia existentes nos
pavimentos flexíveis e semirrígidos destacando as seguintes terminologias: Fenda,
Afundamento, Ondulação ou Corrugação, Escorregamento, Exsudação, Desgaste, Panela ou
Buraco, Remendo.
5.1 Fenda
“[...] A formação de tais feições está muito relacionada à presença de bases com
ligantes hidráulicos nos pavimentos. [...] Podem ser ainda resultantes de secagem
do subleito e/ou base argilosa (coesiva) [...]” (BALBO, 1997).
Durante seu ciclo de vida os pavimentos possuem uma tendência natural sofrer
processos de trincamento. Esse processo de trincamento pode ser consequência das ações que
os pavimentos estão submetidos como por exemplo ações de tráfego, condições ambientais
(intemperes), ou uma combinação desses dois processos de degradação. Uma vez iniciado o
processo de trincamento, fatalmente o pavimento será conduzido a uma desintegração.
(YOSHIZANE, 2005).
A dimensão das trincas pode estar relacionada com o processo que às deu origem. Por
exemplo, Bernucci (2008) afirma que as trincas curtas, independentemente da direção
(longitudinais, transversais, diagonais), estão relacionadas principalmente aos processos de
execução do pavimento, devido à má execução de juntas entre revestimentos de idades
diferentes. O escorregamento do revestimento pode ser uma outra possível causa do
surgimento das trincas, podendo desencadear processos de trincamento mais intensos.
- a retração de subleitos coesivos por secagem poderá ser causa de trincas em bordas
de pista e acostamento (trincas de borda).
As trincas tipo “Bloco” está diretamente associada à presença de bases tratadas com
ligantes hidráulicos nos pavimentos. Retração hidráulica durante a cura da base e eventual
retração térmica ao longo do tempo causam as primeiras trincas transversais na base,
definindo placas, que posteriormente irão sofrer fadiga resultarão em pacas menores até a
completa desagregação da base cimentada. Durante este processo, as trincas da base serão
transmitidas ao revestimento asfáltico por efeito de propagação, gerando trincas tipo bloco.
(BALBO, 1997)
5.2 Afundamento
Por fim, o afundamento plástico em trilha de roda caracteriza-se por depressões nas
posições das trilhas de roda, acompanhada de deslocamentos laterais do revestimento
29
5.4 Escorregamento
5.5 Exsudação
5.6 Desgaste
Cavidade que se forma no revestimento por diversas causas (inclusive por falta de
aderência entre camadas superpostas, causando o desplacamento das camadas), podendo
alcançar as camadas inferiores do pavimento, provocando a desagregação dessas camadas.
As panelas são os defeitos mais encontrados em pavimentos asfálticos, sendo que de acordo
com a ABPv (2010) 90% dos casos em que há patologias em um determinado pavimento,
existe ocorrência de panelas no mesmo.
oportuno. Como exemplo Balbo (1997) cita a desagregação de revestimentos com trincas
interligadas, evolução de afundamentos localizados, evolução de processos de deslocamento
do revestimento sobre antigos revestimentos ou bases, entre outras.
5.8 Remendo
Passar por rodovias, ruas ou avenidas e nos depararmos com erros e/ou defeitos no
pavimento decorrentes da má execução de projeto não é raro. Facilmente percebemos a
diversidade de problemas gerados pela execução incorreta do pavimento. A negligência por
parte de quem executa e também por parte de quem fiscaliza essas obras é a causa principal
desses erros. Com a intenção de mascarar os problemas existentes economizando em material
e outros itens, em prol do benefício de poucos, ficamos sujeitos aos problemas decorrentes
dessa negligência.
Balbo (1997) descreve alguns erros com os quais nos deparamos provocados por uma
má execução do pavimento, que são:
7.1 Monitoramento
Podemos observar que para cada período, durante o ciclo de vida do pavimento, pode
e deve ser adotado uma metodologia de manutenção, desde uma simples manutenção de
rotina como desobstrução de sarjetas, galerias, descidas d’água, retirada de areia e detritos do
pavimento, etc., até mesmo uma recuperação total do pavimento e podendo haver
melhoramento do mesmo.
8 METODOLOGIA
Para o estudo de caso, foi realizada uma análise da avenida Henry Wall de Carvalho,
localizada na Zona Sul da capital, passando pelos bairros Saci, Promorar, Parque Piauí,
Angelim, entre outros. Esta escolha deve-se ao fato de que a avenida mencionada apresenta
uma grande variedade de patologias e também ao fato de ser a principal via de acesso à
grandes bairros da cidade, além de ser a avenida que dá acesso a PI – 130 que liga a capital,
Teresina, a cidade de Amarante, passando por Palmeirais e outras cidades e diversos
povoados, também é a via de acesso ao polo cerâmico regional, onde fica localizada a
Industria de Cerâmicas Mafrense (fabricante de tijolos e telhas cerâmicas) e outras empresas
do ramo.
É fácil, durante uma viagem, um passeio ou até mesmo uma caminhada, percebermos
o quanto nossas estradas, ruas e avenidas encontram-se, em sua maioria, deterioradas ou em
processos de degradação, com necessidade de intervenção imediata, porém sem qualquer tipo
de demonstração de interesse por parte da maioria dos governantes.
Uma avaliação não muito criteriosa, e não necessariamente realizada por um perito,
permite deduzir que há sim necessidade de manutenção e reparo na maioria das nossas vias,
sejam elas urbanas ou não.
Em nosso estudo de caso realizamos uma avaliação visual na avenida Henry Wall de
Carvalho que é caracterizada, segundo o Plano Diretor de Transportes e Mobilidade Urbana
de Teresina como uma via arterial, possui características radiais pois liga bairros a região
central, tem origem na zona sul em direção ao centro e é um dos principais corredores
metropolitanos como mostra a figura a seguir.
Trinca tipo Couro de Jacaré: Identificada de maneira fácil por suas fissuras
múltiplas e irregulares interligadas, decorrente da evolução do processo de trincamento do
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pavimento sem que houvesse qualquer tipo de manutenção, preventiva, de rotina ou corretiva.
Constatada em diversos pontos do trecho estudado.
A partir do que foi observado na avenida Henrry Wall de Carvalho, o único processo
de manutenção do pavimento empregado no trecho foi o “Tapa Buraco”. E executado de
maneira não muito prudente pois os remendos executados geram desconforto, insegurança,
stress e prejuízos aos usuários.
Defeitos diversos: O nível de degradação em certos pontos da avenida é tal que não é
possível identificar uma única patologia. Já houve uma interligação entre trincas
(longitudinais e transversais), panelas, desgaste, remendos, entre outros como mostrado nas
figuras 24 e 25.
10 CONCLUSÕES
Através deste estudo de caso (Avaliação visual da avenida Henry Wall de Carvalho)
foi observado um nível de degradação muito alto do revestimento. O pavimento apresenta
uma enorme diversidade de patologias, em alguns pontos é extremamente difícil identificar a
patologia existente ou a origem da mesma. Podemos destacar a falta de manutenção
preventiva e/ou corretiva como o principal motivo de o pavimento apresentar este nível de
deterioração, associado ao intenso tráfego de veículos leves e pesados.
Por conta da vida útil ultrapassada, o ideal seria a remoção completa ou parcial
(fresagem) do pavimento e implantação de um novo pavimento. Na avenida Henry Wall de
Carvalho está sendo realizado um processo de recuperação total do pavimento, não apenas da
camada superficial (revestimento asfáltico) mas também de camadas inferiores que também
apresentam significativas degradações.
empreiteiras sem pericia geram patologias imediatas ou o surgimento delas torna-se precoce.
A ausência de manutenção preventiva, corretiva ou de recuperação, talvez seja o principal
fator de redução da vida útil dos pavimentos. Caso houvesse uma atuação mais intensa por
parte dos órgãos públicos, no sentido de evitar o surgimento ou corrigindo patologias
decorrentes de projetos ou que surgiram ao longo do tempo, certamente a vida útil dos
pavimentos seria prolongada.
55
11 REFERÊNCIAS
BALBO, J. T., Pavimentos Asfálticos – patologias e manutenção. São Paulo, Editora Plêiade,
1997.
APS, Marcia, BALBO, José Tadeu, SEVERI, Andréa Arantes. Avaliação de Pavimentos
Asfálticos em Via Urbanas Utilizando o Método PCI. 31ª Reunião Anual de Pavimentação,
São Paulo – SP, 1998.
SCHROEDER, Élcio e CASTRO, José Carlos de. Transporte Rodoviário de Carga: Situação
Atual e Perspectivas. Rio de Janeiro, dez. 1996.
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhec
imento/revista/carga.pdf. Acesso em: 10 jan. 2015.