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SCTP Ebook - Concreto Armado
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CONCEITOS BÁSICOS
Ao se calcular uma estrutura de concreto é necessário determinar os seguintes itens:
• Cargas Características;
• Reações;
• Esforços Solicitantes;
• Cargas Características
- Cargas Permanentes: são aquelas que ocorrem com valores praticamente constantes durante
toda a vida da construção, além daquelas que aumentam com o tempo, mas tendem a um valor
limite constante, podendo ser diretas ou indiretas.
São cargas constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos de todos os elementos fixos e
instalações permanentes. Abaixo estão alguns exemplos de cargas de alguns dos materiais mais
conhecidos, fornecidas por peso específico:
- Cargas Variáveis ou Acidentais (NBR 6120/6123): são as cargas que podem atuar sobre as
estruturas de edificações em função de seu uso. Abaixo estão alguns exemplos de cargas acidentais
verticais atuando nos pisos das edificações, devidas a pessoas, móveis, utensílios, etc., e são
supostas uniformemente distribuídas:
- Ações excepcionais
As ações excepcionais são aquelas que não podem ser controladas, como é o caso de furacões e
terremotos.
Nas figuras abaixo estão representados os esforços solicitantes e reações de algumas situações em
vigas:
Esforços Máximos na Viga Biapoiada
O Estado Limite de Serviço é quando a estrutura torna-se inadequada para o uso, ou seja, ela não
atende ao usuário, seja por desconforto em função de vibrações ou por apresentar fissuras com
aberturas excessivas ou, ainda, devido a grandes flechas (deformações) que causam insegurança ao
usuário. O ELS está relacionado ao conforto, durabilidade, aparência e desempenho das estruturas.
Uma estrutura não atende ao ELS se ocorrerem:
- Fissuras maiores que as estabelecidas por norma.
- Deslocamentos excessivos.
- Deformações visíveis.
- Movimentação excessiva.
O Estado Limite Último é quando existe o esgotamento da capacidade de uma estrutura e ela deixa
de ser segura. Quando uma estrutura está em ruína, independente do motivo, dizemos que ela
atingiu seu ELU.
Quando acontece a ruína de uma estrutura, seja por colapso progressivo, esforços dinâmicos
excessivos, exposição ao fogo, efeito de segunda ordem acima da norma, abalos sísmicos e outros,
significa que essa estrutura atingiu seu ELU.
FLEXÃO SIMPLES
Na flexão simples, a ação pode ser admitida como sendo representada apenas pelo Momento de
Projeto = Md ; são adotadas como resistências aquelas oferecidas pelo concreto (fck), pelo aço (fyk)
e pela seção transversal (Mud); e a segurança adequada é quando é verificada a condição: Md ≤ Mud.
Por razão de economia, faz-se Md = Mud.
O concreto mais utilizado tem como característica um fck entre 20 e 30 MPa (KN/cm²), enquanto
que o aço mais utilizado, o CA50, tem como fyk um valor de 50 KN/cm².
Além da resistência, existem ainda outras características inerentes ao concreto e ao aço, que serão
utilizadas para efeito de cálculo, a saber:
Concreto Aço
fck = 20 a 30 MPa fyk = 50 KN/cm²
γc = 1,4 γs = 1,15
Onde:
fck é o valor característico da resistência do concreto;
fyk é o valor característico de resistência da armadura correspondente ao patamar de
escoamento;
γc é o coeficiente de ponderação de resistência do concreto (coeficiente de segurança);
γs é o coeficiente de ponderação de resistência da armadura (coeficiente de segurança);
Módulo de elasticidade do concreto
Onde Eci e fck são dados em megapascal (MPa). O módulo de deformação secante pode
ser obtido segundo método de ensaio estabelecido na NBR 8522, ou estimado pela
expressão:
Ecs = αi . Eci
A tabela abaixo apresenta os valores estimados arredondados que podem ser utilizados
no projeto estrutural.
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
Eci (GPa) 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
Ecs (GPa 21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc e tensões de tração menores que fct, o
coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2 e o módulo de elasticidade
transversal G igual a Ecs / 2,4.
- Diagrama parábola-retângulo
Diagrama retangular simplificado
ESTÁDIOS DE CÁLCULO
Os estádios são as fases que uma estrutura de concreto passa quando submetida a um
carregamento e que foram divididas em três estágios, iniciando do zero até chegar à
ruptura. São eles:
- ESTÁDIO I
O estádio I é definido pelo intervalo entre o início da aplicação do carregamento até o
momento que se inicia a fissuração da viga, ou seja, nesse momento o concreto ainda
consegue resistir às tensões de tração.
Tem-se o diagrama linear de tensões e é válida a Lei de Hooke para as deformações. O
estádio I termina quando inicia o aparecimento das fissuras.
A figura abaixo apresenta o comportamento de uma viga simplesmente apoiada,
submetida a um carregamento externo, e que se encontra no estádio I. A linha neutra
(LN) da seção indica a região em que a tensão é zero.
Os esforços produzidos nesse estádio são utilizados para determinar a armadura mínima
do elemento estrutural.
- ESTÁDIO II
Assim que se inicia a fissuração da viga, se há continuidade e aumento do carregamento,
as fissuras continuarão aparecendo. O estádio II será o intervalo entre o início do
aparecimento das fissuras até a fissuração de toda parte tracionada (trecho abaixo da
linha neutra) da viga. Nesse caso, a parte comprimida se mantém num diagrama linear
de tensões. O concreto não resiste mais à tração.
O estádio II é usado para realizar a verificação das estruturas no estado limite de serviço
(ELS). Nele, com a continuidade do carregamento, as fissuras caminharão para a borda
comprimida (acima da linha neutra) da viga, assim como a linha neutra (ponto onde as
tensões de tração e compressão se anulam).
Nesse caso, as tensões de tração aumentam tanto que as armaduras podem atingir o
escoamento. O estádio II termina quando se inicia a plastificação do concreto
comprimido.
- ESTÁDIO III
O estádio III é quando a região mais comprimida da viga está plastificada, ou seja, está
no estado limite último (ELU) ou na iminência da ruptura. Nesse estádio, não tem mais
um diagrama linear de tensões. O diagrama no estádio III é chamado de parábola-
retângulo.
A norma brasileira NBR 6118 permite que seja utilizado um diagrama retangular
equivalente, de altura 0,8.X, de modo a simplificar os cálculos.
DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
Sejam, lx, o vão teórico da laje, normalmente, igual à distância entre os eixos das vigas
de apoio, e ly o seu comprimento. Os cortes AA e BB mostram, de forma esquemática,
os deslocamentos apresentados pela laje ao ser submetida à uma carga distribuída
uniforme de valor p. Constata-se a presença de curvatura de momento fletor segundo
o corte AA, e segundo o corte BB ocorre, praticamente uma translação com curvatura e
flexão desprezíveis.
Considere-se, agora, faixas isolados de larguras unitárias paralelos ao corte AA:
o carregamento de uma dessas faixas é constituído de carga uniforme de valor p. Cada
uma dessas faixas tem, aparentemente, o comportamento de uma viga isostática e o
diagrama de momento fletor é uma parábola de ordenada igual a MF = q .
mx = .
my = ʋ.mx
vx = q.
- Laje em balanço: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga
em balanço e o carregamento consiste numa carga uniforme distribuída q mais uma
concentrada P aplicada junto à extremidade do balanço.
m’x = .
vx = q.lx + P
- Laje contínua: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga
contínua.
Dimensionamento à Flexão (Estado Limite Último - ELU)
Altura útil
A armadura de flexão será distribuída no largura de 100 cm. Em geral, tem-se nos vãos,
num mesmo ponto, dois momentos fletores (mx e my positivos) perpendiculares entre
si.
Desta forma, a cada um desses momentos corresponde uma altura útil; dx para o
momento fletor mx e dy para o momento fletor my.
Normalmente, mx é maior que my; por isso costuma-se adotar dx > dy; para isto, a
armadura correspondente ao momento fletor my (Asy) é colocada sobre a armadura
correspondente ao momento fletor mx (Asx):
dx = h - c - 0,5 cm e dy = h - c - 1,0 cm
e a armadura
Onde
Segundo a NBR 6118, qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no
máximo igual a h/8. As barras da armadura principal de flexão devem apresentar
espaçamento no máximo igual a 2.h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois
valores na região dos maiores momentos fletores.
Nas lajes maciças armadas em uma ou em duas direções, em que seja dispensada
armadura transversal de acordo com o item 19.4.1, e quando não houver avaliação
explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes da presença dos momentos
volventes nas lajes, toda a armadura positiva deve ser levada até os apoios, não se
permitindo escalonamento desta armadura. A armadura deve ser prolongada no
mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20 % da armadura principal,
mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de no máximo 33 cm.
mx = mx ⋅ cos²α + my ⋅ sen²α
Nas lajes interessam, particularmente, os momentos fletores máximos nos vãos e sobre
os apoios (quando engastados).
Existem tabelas que nos fornecem estes momentos máximos para alguns casos usuais
de lajes maciças. Nos edifícios, onde o carregamento usual é constituído de carga
distribuída uniforme, são muito úteis as tabelas de Czèrny preparadas com coeficiente
de Poisson 0,2 (admitido para o concreto).
Os momentos fletores extremos são dados por:
Lajes isoladas: inicialmente separam-se as lajes admitindo-se, para cada uma delas, as
seguintes condições de apoio:
- Apoio livre, quando não existir laje vizinha a este apoio;
- Apoio engastado, quando existir laje vizinha no mesmo nível, permitindo assim a
continuidade da armadura negativa de flexão de uma laje para a outra;
- Vigas rígidas de apoio da laje;
e, calculam-se os momentos fletores máximos (em valor absoluto) nestas lajes isoladas
(mx, my, m’x, m’y).
- Momentos nos vãos: para sobrecargas usuais de edifícios podem ser adotados os
momentos fletores obtidos nas lajes isoladas; portanto, sem nenhuma correção devido
à continuidade. Para sobrecargas maiores convém efetuar essas correções.
Altura útil
Da mesma forma que para as lajes armadas em uma só direção, as alturas úteis são
dadas por:
dx = h - c - φ x / 2 e dy = h - c – φ x - φ y / 2
podendo ser estimadas, nas lajes usuais, por
dx = h - c – 0,5 cm e dy = h - c – 1,0 cm
Cálculo de As
e a armadura
Onde
As = Asx para m = mx
As = Asy para m = my
As = A’s para m = m’
Armaduras mínimas
As armaduras longitudinais mínimas devem ser consideradas, de modo que, não haja a
ruptura frágil do elemento estrutural e sejam atendidas as condições de abertura de
fissuras da norma.
A NBR 6118, item 17.3.5.2.1 apresenta uma formulação para determinar a armadura
mínima de tração na flexão das lajes.
- Armadura de vão:
- Diâmetro: φ ≤ h / 8;
LAJES NERVURADAS
As lajes maciças podem ser recomendadas para vãos até cerca de 5m. Para vãos maiores,
ela se torna antieconômica devido ao seu grande peso próprio. Uma opção melhor para
este caso pode ser conseguida através das lajes nervuradas.
As nervuras têm a função de garantir a altura necessária para a armadura de tração
resistir à flexão.
- Os esforços solicitantes podem ser obtidos pela teoria das placas para faixas de largura
unitária; multiplicando estes esforços pelos espaçamentos entre nervuras tem-se os
esforços atuantes em cada nervura;
Equações de equilíbrio
Nos casos de dimensionamento, tem-se b, fck e faz-se Mud = Md, (momento fletor
solicitante em valor de cálculo).
- Domínio 4, se X ≥ X34, neste caso convém alterar a seção para se evitar a peça
superarmada, aumentando-se h ou adotando-se armadura dupla.
A norma brasileira NBR 6118, item 17.3.5.2, estabelece uma taxa de armadura
longitudinal mínima (ρmin) para as vigas em função da resistência à compressão do
concreto.
Conhecendo a taxa e a área da seção de concreto, pode-se dimensionar a armadura
mínima. A principal função da armadura mínima é evitar rupturas frágeis (bruscas) na
peça estrutural, fazendo com que ela apresente uma deformação razoável antes de
entrar em colapso.
Quando calcula-se uma viga, é necessário verificar se a área de aço obtida no cálculo é
maior ou igual a armadura mínima estabelecida pela norma. Caso seja menor, deve-se
utilizar a armadura mínima.
portanto a armadura mínima equivale a
Sendo a taxa de aço ρmin, pode ser obtida em função do valor do equivale a área de
função do valor do fck
Ac = equivale a área de concreto da seção transversal;
Ac = bw . h
ARMADURA DE PELE
A armadura de pele ou costela é aquela colocada na lateral das vigas e é utilizada para
prevenir a fissuração nessa região. A norma brasileira NBR 6118, item 17.3.5.2.3,
estabelece que armadura de pele seja utilizada em vigas com altura maiores que 60 cm.
A armadura mínima de pele deve ser 0,10% da área de concreto da seção transversal
(Ac) em cada face (lateral) da viga.
As barras de aço devem ser CA-50 ou CA-60 e o espaçamento (e) entre as barras não
devem ser maiores que 20 cm.
Asp,face = 0,10% . bw . h
VIGA DE SEÇÃO “T” COM ARMADURA SIMPLES
As vigas com seção T, são aquelas que recebem contribuição da laje de ambos os lados
e a parcela de laje que contribui no cálculo da viga é determinada pelo que chamamos
de largura colaborante (bf) ou mesa colaborante.
Existem dois casos em que pode-se contar com a laje no cálculo das vigas. Um deles é
quando a LN (linha neutra) está localizada na mesa, nesse caso, diz-se que há
compressão parcial da mesa. O outro caso é quando a LN está localizada na alma da viga,
diz-se que há compressão total da mesa.
A análise de uma seção “T” pode ser feita como se indica a seguir:
Portanto
Uma viga contínua (com mais de um vão) apresenta momentos positivos e negativos, o
esquema estático de uma viga genérica mostra que para uma viga padrão, ou seja,
aquela em que a face superior é nivelada com a laje, haverá contribuição da laje nos
trechos de momentos positivos.
Lembrando que, para os momentos positivos, a armadura tracionada está na região
inferior da viga, logo, a região superior é a região comprimida e está no mesmo nível da
laje, podendo (a laje) colaborar no dimensionamento da armadura tracionada dessa viga.
Na análise da mesma viga mas agora em que o momento é negativo, verifica-se que não
haverá colaboração da laje no cálculo da armadura negativa, pois a região comprimida
não está no mesmo nível da laje. Quando há momento negativo, a armadura tracionada
é posicionada na face superior da viga.
VIGA DE SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA DUPLA
Quando se tem, além da armadura de tração As, outra A’s posicionada junto à borda
comprimida, temos uma seção com armadura dupla. Isto é feito para se conseguir uma
seção subarmada sem alterar as dimensões de seção transversal.
A armadura comprimida introduz uma parcela adicional na resultante de compressão,
permitindo assim, aumentar a resistência da seção. Vejamos as equações de equilíbrio:
As = Rsd1 / fyd
∆Md = Md - Mwd
Também,
∆Md = R’sd ⋅ (d - d’) = A’sd ⋅ σ’cd ⋅ (d - d’) e ∆Md = R’sd2 ⋅ (d - d’) = A’s2 ⋅ σ’cd ⋅ (d - d’)
O cálculo de A’s , requer a determinação de tensão σ’sd. Com X ≤ Xlim, tem-se, no domínio
3, εc = 0,0035 e, no domínio 2:
Logo,
ε’s = εc ⋅ (x - d’) / x
Finalmente,
PILARES
Pilares são estruturas de concreto armado que transmitem as cargas para a fundação. A
carga principal, nos edifícios, tem o sentido vertical (peso).
Por isso, o esforço solicitante nos pilares é constituído essencialmente pela força normal
de compressão. Ações outras como, por exemplo, a do vento, introduzem solicitações
transversais nos pilares. Como a força normal de compressão é grande, deve-se ainda
considerar os efeitos provenientes do desaprumo construtivo, da indefinição do ponto
de aplicação das reações das vigas e dos deslocamentos apresentados pelos pilares
(efeito de segunda ordem).
De fato, considere-se o pilar e seus esforços solicitantes usuais:
Conforme a figura acima, tem-se que Mh = momento fletor devido a H, com l = 4 m;
P = 800 kN e H = 10 kN. Assim, o momento máximo na base do pilar vale:
Mh = H ⋅ l = 10 ⋅ 4,0 = 40 kN ⋅ m
Ma = P ⋅ a = 800 ⋅ 0,02 = 16 kN ⋅ m
Para se ter uma idéia do efeito dos deslocamentos (efeito de segunda ordem),
considere-se, no momento, o comportamento elástico linear do concreto com Eo = 3000
kN / cm² e seção transversal de 25 x 25 cm (seção quadrada).
O deslocamento (usual) do topo do pilar devido a H vale:
. .
2,18 %&
. . . .
Assim,
O momento fletor adicional máximo vale M2 = P ⋅ a, então M = 800 ⋅ 0,0466 = 37,3 kN⋅m.
A figura a seguir representa M2:
O momento máximo na base do pilar vale:
M = Mh + Ma = M2 = (1 + M1/Mh + M2/Mh)
M = 40 ⋅ ( 1 + 16 / 40 + 37,3 / 40)
M = 40 ⋅ (1 + 0,40 + 0,93)
Outro fator de grande importância é a esbeltez do pilar (índice de esbeltez (λ)), que pode
ser notado através da expressão a2, pois quanto maior for o λ, maior será o momento
de segunda ordem M2.
- Pilar Curto: para λ ≤ 40; pode-se desprezar o efeito de segunda ordem e fluência;
- Pilar Medianamente Esbelto: para 40 ≤ λ ≤ 80; o efeito de segunda ordem deve der
considerado (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e pode-se desprezar o
efeito da fluência;
- Pilar Esbelto: para 80 ≤ λ ≤ 140; o efeito de segunda ordem deve der considerado
(podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e deve-se considerar o efeito da fluência
(podendo ser estimada através de uma excentricidade complementar equivalente);
- Pilar Muito Esbelto: para 140 ≤ λ ≤ 200; o efeito de segunda ordem e a fluência devem
ser considerados e calculados de forma “rigorosa”, além disso o coeficiente de
ponderação das ações deve der majorado, passando a valer.
Tipos de Pilares
- Pilares de Contraventamento: são aqueles que, devido à sua grande rigidez, permitem
considerar os diversos pisos do edifício como, praticamente, indeslocáveis (caixas de
elevadores, pilares enrijecidos); o seu cálculo exige sua consideração como um todo;
- Pilares contraventados: são constituídos pelos pilares menos rígidos, onde as
extremidades de cada lance podem ser consideradas indeslocáveis, graças aos pilares
de contraventamento; seu cálculo pode ser feito de feito de forma isolada em cada lance.
- Pilares de canto: situados junto aos cantos do piso; para situação de projeto considera-
se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e dois momentos
fletores (Mx e My), atuando segundo os planos constituídos pelo pilar e por cada uma
das vigas nele apoiadas; normalmente o conjunto de valores (N, Mx e My) é substituído
por (N), (eix = Mx / N) e (eiy = My / N).
Situação de cálculo
. . . . .
* + . ,+- ; *′ + . ,+- ; ÿ ( 2 3 . + . ,+- ( *;
/ / / / /
.
Com (ÿ tem-se, para a seção do meio do vão 2 3 .+
4 4 /
Ou + 6
5 /
.
. 4
7/
Por outro lado, sendo 1/r = (εco + εo) / d, a NBR 6118 permite considerar pilares
medianamente esbeltos e esbeltos:
Dimensões Mínimas
Segundo a NBR 6118, a seção transversal de pilares, qualquer que seja a sua forma, não
pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde
que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no
dimensionamento por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na Tabela
abaixo.
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
b (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14
ƴn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Onde:
γn = 1,95 – 0,05 . b
b é a menor dimensão da seção transversal, expressa em centímetros (cm).
Valores mínimos
A armadura longitudinal mínima deve ser:
I=
E?,FGH 0,15. D 0,004. E
<=
O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem superior a 1/8
da menor dimensão transversal.
Valores máximos
A máxima armadura permitida em pilares deve considerar inclusive a sobreposição de
armadura existente em regiões de emenda, devendo ser também respeitado o disposto
em 18.4.2.2.
E?,FK 0,08. E
Armaduras transversais
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória
sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro
da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura
longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para
garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a
costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou inferior
ao menor dos seguintes valores:
— 200 mm;
— menor dimensão da seção;
— 24 φ para CA-25; 12 φ para CA-50.
Pode ser adotado o valor φt < φ/4, desde que as armaduras sejam constituídas do
mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
∅
,FK 90000 2 N 3 . com fyk em megapascal.
∅ O
Travamentos Adicionais na Seção transversal
Segundo a NBR 6118 em seu item 18.2.4 especifica que sempre que houver possibilidade
de flambagem das barras da armadura, situadas junto à superfície do elemento
estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la.
Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos
suplementares.
Figura (a): neste caso, as duas barras localizadas no centro da seção do pilar está a uma
distância menor de 20.Øt do canto do estribo poligonal. Desta maneira, ela se encontra
assegurada contra a flambagem.
Figura (b): perceba que neste caso, todas as barras encontram-se a uma distância menor
do que 20.Øt do canto do estribo poligonal. Todavia, perceba que nesta distância há
mais de duas barras, sendo que a terceira barra na seção deverá ser travada por um
estribo suplementar.
Figura (c): neste caso, as barras no centro da seção estão a uma distância maior do que
20.Øt , sendo necessário prever o estribo suplementar.
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
As armaduras utilizadas no concreto armado são barras de aço que quando expostas a
ambientes úmidos ou agentes agressivos podem sofrer um processo de corrosão.
Quando há corrosão da armadura, ela perde seção transversal, diminuindo sua área e
consequentemente sua resistência.