ESTÁGIO SUPERVISIONADO:

FORMAÇÃO DE PROFESSORES MENTORES

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Os anexos foram criados exclusivamente para o material em pdf

e encontram-se no final de cada um dos quatro módulos.
Ícones de ação
 Sumário
1 Carta de apresentação

2 Ementa do curso

3 Acolhida do curso
Carta de apresentação
Olá professor(a), seja bem-vindo(a) ao curso Estágio Supervisionado: Formação
de Professores Mentores.

Você é parte fundamental no desenvolvimento da geração de futuros(as)

professores(as). Agradecemos por aceitar esse desafio e, por meio desse curso,
desenvolvido pelo Movimento Profissão Docente, estaremos juntos em uma
formação focada no desenvolvimento de um estágio supervisionado eficiente,
inovador e humanizado.

Por meio do seu comprometimento, compromisso e, por fim, do estágio, será

possível proporcionar, cada vez mais, uma experiência inspiradora para os(as)
jovens licenciandos(as). Neste sentido, convidamos você a imergir nestes
módulos e construir conjuntamente, a qualificação do estágio supervisionado,
bem como momentos de aprendizagem efetiva e significativa na formação dos(as)
nossos(as) futuros(as) professores(as).
Ementa do curso
Objetivo Geral

Preparar os(as) professores(as) da rede para desenvolver

habilidades para o efetivo acompanhamento e
desenvolvimento dos(as) licenciandos(as), de modo que
estes(as) futuros(as) professores(as) tenham uma formação
inicial enriquecida pelo estágio realizado na rede pública de
educação básica, consequentemente, estejam mais
preparados para o início da docência, com práticas que
impactem positivamente a aprendizagem dos(as)
estudantes.
Ementa do curso
Objetivos especí cos
Conhecer as competências essenciais a serem desenvolvidas na formação inicial
dos(as) docentes, em especial as que estão diretamente atreladas às experiências
do estágio supervisionado e pautar-se nelas para orientar e apoiar as ações
dos(as) licenciandos(as), para que elas sejam desenvolvidas com sucesso;

Ampliar o repertório de atividades e experiências de aprendizagem que podem

ser desenvolvidas durante o período de estágio supervisionado e construir
subsídios que oportunizem a vivência delas pelos(as) licenciandos(as);

Conhecer as estruturas e funções dos instrumentos de desenvolvimento do(a)

licenciando(a) (Plano de Trabalho, Portfólio e Rubrica de autoavaliação) e utilizá-
los para a efetiva formação do(a) licenciando(a).

+ INFO Anexo 1
Acolhida ao curso
Caro(a) professor(a) mentor(a)!

Neste primeiro momento, organizamos uma acolhida com

espaço cultural que oportuniza reflexões significativas do
tempo desafiador que estamos vivendo. Convidamos você a
entrar e sentir-se acolhido(a) no curso. Vamos lá?

Observe atentamente a obra de arte ao lado, procure

contemplá-la sem ser pressionado(a) a “ter conhecimento”
sobre ela. Observe e permita-se um momento de fruição
estética.

Girassóis, 1888, óleo sobre tela, 92 x 73 cm,

Vincent Van Gogh, National Gallery,
Londres.
Quais foram
as suas sensações?
Impressões?

Você certamente não teve dificuldade em identificar que se

trata de uma obra de Vincent Van Gogh, um dos artistas mais
proeminentes de todos os tempos. Os tons vibrantes, as
pinceladas marcantes, a cor amarela vibrante, intensa, estão
presentes em grande parte das obras deste gênio, assim
como os girassóis... Você provavelmente também deve ter
pensado sobre o vaso, entre outros elementos.

A professora Vera Faria Caruso Ronca (PUC-SP), ao

apresentar esta obra em uma de suas aulas, provocou os(as)
estudantes a pensarem sobre o que sugere o vaso com
girassóis. Instantes depois, ela registrou os depoimentos e
as impressões deles(as) em um livro1. Os comentários mais
recorrentes foram:

1
RONCA, Vera L. C. Docência e Ad-miração: da imitação à autonomia. São Paulo: editora Edesplan (2007)
“(...) alguns girassóis nos falam da vida e da morte.”

“(...) do nascimento e do envelhecimento”.

“(...) da exuberância, da alegria e da tristeza.”

“(...) da coexistência de todas essas formas de polaridades em nossas vidas.”

“(...) a presença de diferentes tons de amarelo aparecem nas flores, no vaso, no fundo,
na mesa.”

Seguramente, essas percepções, descrições e sensações
também estavam presentes no seu pensamento ao
observar a obra. Para alguns, a vivacidade de algumas
flores e o murchar de outras remetem à fragilidade,
fugacidade ou até mesmo à força e resistência da vida, a
vida e a morte, as diferentes fases da existência, a
ambiguidade e a aparente contradição na constituição
das identidades.
Mas, talvez você deve estar pensando: “por que em um
curso sobre mentoria no processo de estágio, estamos
falando de Van Gogh?”
Esse questionamento faz todo sentido e é importante
destacar que este momento de acolhimento inicial ao(à)
professor mentor tem uma intencionalidade, assim
como todas as suas ações pedagógicas com os(as)
estudantes da rede.
 Convidamos você a observar agora, mais três
outras obras de Van Gogh:

O Terraço do Café na Place du Forum, Arles, à The Good Samaritan, A er Delacroix (De Noite Estrelada Sobre o Ródano (1888)
Noite (1888) barmhartige Samaritaan, naar Delacroix),
Saint-Rémy, May, 1890, Vincent Van Gogh
(Dutch Post-Impressionist Painter, 1853-1890),
É muito provável que, ao observar essas obras, você
tenha a mesma conclusão a que chegaram os(as)
estudantes da Professora Vera F. C. Ronca: de que se trata
de um gênio. Em seu livro, ela nos chama a atenção para
o risco que corremos ao mitificar o artista. Destaca que
este equívoco reside justamente no fato de que esta
mitificação se reverbera num ofuscamento do elemento
central que é o que ela denomina “dimensão histórica da
construção do sujeito.”
Sobre isso, Vera Ronca cita Cortela (1998),
(...) o autor [CORTELA] diz que o mito da genialidade
iluminada (exclusiva de alguns seres humanos) tem sido
muitas vezes reforçado por informações e histórias
ingênuas que apresentam os inventos como revelações ou
atos mágicos e, consequentemente, retiram do processo
de conhecer, criar ou inventar as árduas investigações, os
inúmeros erros e a busca orientada por uma pré-
ocupação. Acrescenta ainda que os grandes inventores,
cientistas, pesquisadores, construíram o conhecimento
possível para a época, produto das condições materiais e
sociais do contexto em que viveram. (RONCA, 2008, p. 38)
É muito provável que esse excerto tenha levado você a
pensar na sua trajetória na função de professor(a)... Dos
inúmeros momentos de erros e acertos que
historicamente ajudaram a construir o(a) profissional
que você é hoje. É sobre isso que queremos falar com
você. O(a) profissional que você é hoje é fruto de muitas
vivências, de muitas experiências, de muita formação e
de muito investimento realizado ao longo da sua
trajetória. Todo este recurso humano que você
acumulou é um elemento valioso na formação dos(as)
professores(as) das novas gerações.
O que isso desperta em você?
Certamente, é uma responsabilidade, mas também uma
grande oportunidade: um(a) professor(a) terá a chance
de aprender com você, um(a) profissional referência!
 Convidamos você a observar agora duas outras obras:

A Siesta é um óleo sobre tela de Vincent van Gogh pintado entre Pintura - O meridiano, 1866 -, Jean François Millet
dezembro de 1889 e janeiro de 1890

É possível que a primeira coisa que tenha prendido a sua atenção seja a similaridade entre as duas obras. Teria Millet
plagiado Van Gogh?

As datas das duas obras não nos permitem afirmar isso. Pode ser que seja do seu conhecimento: muitos dos quadros
pintados no início da carreira de Van Gogh são inspirados pelos quadros de seu mestre Millet. Sim, Jean-François Millet
(1814-1875), mestre de Vincent Van Gogh (1853-1890).
 Veja, a seguir, mais duas obras:
Jean-François Millet Le Semeur (1865)
Van Gogh, O semeador , junho de 1888
Museu Kröller-Müller – Holanda
Ao tratar dessas obras de Van Gogh e
Millet, o que a professora Vera Ronca
e seus(suas) colegas queriam
desvelar nas aulas na função de
professores(as) supervisores(as) de
estágio em pedagogia na PUC-SP, e
que depois se transformou em um
projeto de pesquisa, era: “Como a
relação mestre-modelo [mentor-
profissional referência] contribui
para a constituição da identidade do
educando ?". (RONCA, 2007, p. 29)
É o que pretendemos explorar neste
curso! Seja bem-vinda (o),
professor(a) mentor(a)!
FIM DA APRESENTAÇÃO
Anexos
Anexo 1
Módulo 1 - A importância do estágio supervisionado e seus
elementos centrais na formação dos(as) licenciandos(as). O
módulo 1 é composto pelas seguintes unidades:
Unidade 1 - O estágio supervisionado e sua importância na
formação dos(as) licenciandos(as);
Unidade 2 - O perfil esperado do(a) profissional da docência;
Unidade 3 - O perfil de expert adaptativo e sua relação com
o(a) licenciando(a) e o(a) professor(a) mentor(a) no estágio
supervisionado.
Módulo 2 - Competências essenciais e propostas de atividades
para potencializar o estágio supervisionado. O módulo 2 é
composto pelas seguintes unidades:
Unidade 1 - Competências essenciais desenvolvidas no
estágio supervisionado;
Unidade 2 - Propostas de atividades de estágio com o apoio
do(a) professor(a) mentor(a) e Observação Pautada com foco
descritivo;
Unidade 3 - Mapeamento e Categorização com foco analítico-
avaliativo;
Unidade 4 - Entrevistas Semi-Estruturadas com diferentes
atores do processo educativo.
Módulo 3 - Ampliação das propostas de atividades para
potencializar o estágio supervisionado. O módulo 3 é
composto pelas seguintes unidades:
Unidade 1 - Análise Documental;
Unidade 2 - Planejamento de Atividades de Ensino e
Aprendizagem;
Unidade 3 - Regência de Aula;
Unidade 4 - Reflexão Estruturada.
Módulo 4 - Da heteronomia à construção da autonomia. O
módulo 4 é composto pelas seguintes unidades:
Unidade 1 - Plano de trabalho: um instrumento organizador
das atividades de estágio;
Unidade 2 - Portfólio como instrumento para
desenvolvimento profissional;
Unidade 3 - Rubrica de autoavaliação do(a) licenciando(a).