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CURSO DE PSICOLOGIA

Supervisão em Psicanálise

Andréia Feldaus

Foz do Iguaçu

2023
Fichamento Textual

A Perda da realidade na Neurose e na Psicose

Nas neuroses o ego está dependente da realidade, suprimindo fragmentos do


id enquanto, nas psicoses, o ego está totalmente afastado da realidade, perdendo a
função do id. Assim, o que predomina numa neurose é a influência da realidade sobre
o ego, e o que é predominante numa psicose é a influência do id. Porém em ambas
pode existir a perda da realidade, sendo que na neurose o sujeito não repudia a
realidade, ignorando-a apenas, enquanto que na psicose ela a repudia e tenta
substitui-la.

Na neurose, a perda da realidade é interrompida ou distorcidos frente aos


conflitos internos, o ego porém, mantém a capacidade de distinguir entre o que é
realidade externa e o que é a realidade externa e ainda a realidade subjetiva gerada
pelos conflitos psíquicos. Alguns exemplos da neurose são a ansiedade, fobias,
compulsões e outros tipos de manifestações de conflitos psíquicos que possam gerar
desconforto, mas que não geral a ruptura total com a realidade externa. É o “retorno
do reprimido”, surge como forma de solucionar um conflito psíquico.

Dessa forma, o ego utiliza-se dos mecanismos de defesa, já citados


anteriormente, como a repressão, negação e/ou projeção como forma de lidar com
esses conflitos internos e a ansiedade que são gerados, permitindo assim uma relativa
conexão estável com a realidade;

Já na Psicose, existe uma perda significativa dessa capacidade do ego, que


sobrecarregado com os conflitos psíquicos intensos já não consegue distinguir entre
o que é real ou imaginário, o que pode provocar alucinações e delírios.

O indivíduo psicopata poderá viver em um mundo subjetivo e distorcido, o que


pode causar grande sofrimento e dificuldades em se comunicar com os outros. A
perda da realidade na neurose está mais relacionada à negação e repressão. Nos
casos de psicose muitas vezes é necessário a intervenção de médicos psiquiatras e
medicamentos para tratar e controlar o indivíduo.

É possível dizer que a neurose e a psicose são, a expressão de uma rebelião


do id ao mundo externo, de sua incapacidade de adaptar-se às exigências da
realidade, pois que nos dois casos o desejo de poder é do id, que não aceita restringir-
se ao real.

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