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Neurose e Psicose Mestrado em Psicanálise Social
Neurose e Psicose
RESUMO
Discutir a categoria de estrutura para organizar os dados oriundos da clínica
psicanalítica. Examinar a consistência que resulta da aplicação dessa categoria no
sentido de resumir a variada fenomenologia clínica em dois quadros básicos: a neurose
e a psicose.
Na neurose o indivíduo além de saber que é um neurótico, ele tem plena consciência dos
seus atos, mas não consegue controlá-los, já os psicóticos não têm essa consciência, eles
perdem a noção da realidade.
Já a psicose é marcada por fases de delírios e alucinações. Podemos dar como exemplo
de psicose a Esquizofrenia, o Transtorno Bipolar e o Autismo.Há cura para a neurose, já
para a psicose não há cura definitiva.
Neuroses são distúrbios leves com poucas distorções da realidade tratada principalmente
pelo psicólogo. É a desordem na personalidade que gera angustia e inibe suas condutas,
é um conflito intra-psíquico.
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Sintomas:
• Insatisfações gerais
• Manias
• Problemas relacionados à área sexual
• Excesso de mentiras (mitomania)
Classificação:
Angustia:
Fóbica:
Obsessiva - Compulsiva:
Histérica:
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2. Gravidade do quadro: neurose seria menos grave que a psicose, o que faria o leigo
pensar que ela devesse ser tratada por filósofos ou psicólogos clínicos, e psicose,
mais grave, tratada por psiquiatras;
Porém, esses critérios aparentemente tão claros, são falhos, porque não resistem a
uma crítica mais acurada.
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- Pânico : surgem de repente sem prévio aviso, sendo comum se manifestar com um
terror incontrolável. Durante o ataque a respiração fica difícil, surgem tremores e
tensão muscular. A ansiedade e irritabilidade podem levar a uma depressão.
2) Distúrbios Psicossomáticos:
Essa desordem caracteriza-se por problema físico, mas seus sintomas não
apresentam bases orgânicas. No entanto como o conhecimento médico está longe de
ser completo os sintomas de uma verdadeira doença podem ser erroneamente
diagnosticados como conversão somática.
3) Distúrbios Dissociativos:
4) Distúrbios Afetivos:
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PSICOSES (Esquizofrenias):
São estados que ocorrem no mundo todo. Não se tem um consenso sobre o que seja
essa doença. Define pela perturbação do pensamento.
• Alteração na percepção
• Desordem do pensamento
• Desordem emocional
• Delírios e alucinações
• Afastamento da realidade
• Comportamento estranha e distúrbios da fala
a) Esquizofrenia Paranóide:
b) Distúrbios de Personalidade:
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Na amência de Meynert – uma confusão alucinatória aguda que constitui talvez a forma
mais extrema e notável de psicose – o mundo exterior não é percebido de modo algum
ou a percepção dele não possui qualquer efeito. Normalmente o mundo externo governa
o ego por duas maneiras: em primeiro lugar, através de percepções atuais e presentes
sempre renováveis; e, em segundo lugar, mediante o armazenamento de lembranças de
percepções anteriores, as quais, sob a forma de um “mundo interno”, são uma possessão
do ego e parte constituinte dele.
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A perversão.
Perversão - "Desvio em relação ao ato sexual "normal", definido este como coito que
visa a obtenção do orgasmo por penetração genital, com uma pessoa do sexo oposto
(hoje a psicologia tem outra concepção com relaçao a este assunto).
Diz-se que existe perversão quando o orgasmo é obtido com outros objetos sexuais
(homossexualidade, pedofilia, bestialidade, etc.) ou por outras zonas corporais (coito
anal, por exemplo) e quando o orgasmo é subordinado de forma imperiosa a certas
condições extrínsecas (fetichismo, sadomasoquismo); estas podem proporcionar por si
sós o prazer sexual.
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Qualquer objeto pode tomar este lugar: sapatos, roupas íntimas, pé, veludo (que lembra
os pelos pubianos da mãe), etc.
Em suma:
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De qualquer maneira, temos que admitir que a neurose também perturba a relação do
paciente com a realidade, na medida que ela, a neurose, o afasta de alguma maneira do
contato com a realidade. E nos casos mais graves, significa concretamente uma fuga da
vida real.
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que não se deixará ditar pela realidade. Tanto a neurose como a psicose são, pois,
expressão de uma rebelião por parte do Id contra o mundo externo, de sua indisposição
– ou, caso preferirem, de sua incapacidade – a adaptar-se às exigências da realidade. A
neurose e a psicose diferem uma da outra muito mais em sua primeira reação
introdutória do que na tentativa de reparação que a segue.
Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que
na psicose, a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de remodelamento; na neurose, a
obediência inicial é sucedida por uma tentativa adiada de fuga. Ou ainda: A neurose não
repudia a realidade, apenas a ignora; A psicose a repudia e tenta substituí-la.
Existe, portanto outra analogia entre uma neurose e uma psicose no fato de em ambas a
tarefa empreendida na segunda etapa ser parcialmente malsucedida, de vez que o
instinto reprimido é incapaz de conseguir um substituto completo (na neurose) e a
representação da realidade não pode ser remodelada em formas satisfatórias (não pelo
menos em todo tipo de doença mental).
Em suma, depende se o ego rendeu-se à sua lealdade perante o mundo real ou à sua
dependência do Id.
É deste mundo de fantasia que a neurose haure o material para suas novas construções
de desejos e geralmente A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE
encontra esse material pelo caminho da regressão a um passado real satisfatório.
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Vemos assim, que tanto na neurose como na psicose interessa a questão não apenas
relativa a uma perda da realidade, mas também a um substituto para a realidade.
Como disse certa feita um professor da Faculdade de Psicologia: O psicótico sabe que 2
+ 2 é igual a 5 e vive tranqüilo com essa verdade. O neurótico sabe que 2 + 2 é igual a
4, mas não concorda com isso de jeito nenhum e vive sofrendo por isso.
A 1ª e 2ª Tópicas.
TÓPICA – Teoria ou ponto de vista que supõe uma diferenciação do aparelho psíquico
em certo número de sistemas dotados de características ou funções diferentes e
dispostos numa certa ordem uns com relação a outros, o que permite considerá-los
metaforicamente como lugares psíquicos de que podemos fornecer uma representação
figurada espacialmente.
No sentido tópico, inconsciente designa um dos sistemas definidos por Freud no quadro
da sua primeira teoria do aparelho psíquico. É constituído por conteúdos recalcados aos
quais foi recusado o acesso ao sistema pré-consciente-consciente pela ação do recalque.
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Id – (Es ou Isso) – Uma das três instâncias diferenciadas por Freud na sua Segunda
teoria do aparelho psíquico. O Id constitui o pólo pulsional da personalidade. Os seus
conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditárias e
inatos, e por outro, recalcados e adquiridos.
Ego – ou Eu – (Ich) – Instância que Freud na sua Segunda teoria do aparelho psíquico,
distingue do Id e do Superego.
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Do ponto de vista tópico, o ego está numa relação de dependência tanto para com as
reivindicações do Id, como para com os imperativos do superego e exigências da
realidade. Embora se situe como mediador, encarregado dos interesses da totalidade da
pessoa, a sua autonomia é apenas relativa.
Do ponto de vista econômico, o ego surge como um fator de legação dos processos
psíquicos; mas, nas operações defensivistas, as tentativas de legação da energia
pulsional são contaminadas pelas características que especificam o processo primário:
assumem um aspecto compulsivo, repetitivo, irreal.
Do ponto de vista histórico, o conceito tópico dos ego é o resultado de uma noção
constantemente presente em Freud desde as origens do seu pensamento.
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Certos psicanalistas recuam para mais cedo a formação do superego, vendo esta
instância em ação desde as fases pré-edipianas (Melanie Klein) ou pelo menos
procurando comportamentos e mecanismos psicológicos muito precoces que seriam
precursores do superego (Glover, Spitz, por exemplo).
O Superego tem como que dois subsistemas: a “consciência” – onde estão as punições e
o “ideal do ego” onde estão as ações merecedoras de aprovação.
• O Id não tolera aumentos de energia ...... Vide Princípio do Prazer .. Para isso ele
dispõe de:
• Ação reflexa;
• Realização do desejo.
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Devemos levar em consideração, entretanto, que o ego é a parte organizada do Id, que
existe para realizar os desejos do Id e não para frustrá-los e que toda a sua força se
origina do Id. Ele não tem existência á parte do Id, nunca se torna completamente
independente dele. Seu papel principal é o de intermediário entre as exigências
pulsionais do organismo e as condições do ambiente. Seus objetivos constituem em
manter a vida do indivíduo e garantir a reprodução da espécie.
O Superego tem como que dois subsistemas: a “consciência” – onde estão as punições e
o “ideal do ego” onde estão as ações merecedoras de aprovação.
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executivas o Ego tem que procurar integrar as exigências muitas vezes antagônicas do
Id, do superego e do Meio Externo. Esta é uma tarefa difícil que pesa sobre o Ego.
É por que podemos assegurar que a instalação do Superego pode ser classificada como
exemplo bem-sucedido de identificação com a instância parental. O fato que fala
decisivamente a favor desse ponto de vista é que essa nova criação de uma instância
superior dentro do Ego está muito intimamente ligada ao destino do complexo de Édipo,
de modo que o superego surge como o herdeiro dessa vinculação afetiva tão importante
para a infância. Abandonando o complexo de Édipo, uma criança deve renunciar às
intensas catexias objetais que depositou em seus pais e é como compensação por essa
perda de objetos que excite uma intensificação tão grande das identificações com seus
pais, as quais provavelmente há muito estiveram presentes em seu Ego.
Uma investigação atenta mostra que o superego é tolhido em sua força e crescimento se
a superação do complexo de Édipo tem êxito apenas parcial. No decurso do
desenvolvimento, o superego também assimila as influências que tomaram lugar dos
pais – educadores e professores, pessoas escolhidas como modelos ideais. Normalmente
o Superego se afasta mais e mais das figuras parentais originais; torna-se digamos assim
mais impessoal. E não se deve esquecer que uma criança tem conceitos diferentes sobre
seus pais, em diferentes períodos de sua vida. À época que o complexo de Édipo do
lugar ao superego, eles são algo de muito extraordinário; depois, porém, perdem muito
desse atributo.
Id – (Es ou Isso) – Uma das três instâncias diferenciadas por Freud na sua Segunda
teoria do aparelho psíquico. O Id constitui o pólo pulsional da personalidade. Os seus
conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditárias e
inatas, e por outro, recalcados e adquiridos.
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Ego – ou Eu – (Ich) – Instância que Freud na sua Segunda teoria do aparelho psíquico,
distingue do Id e do Superego.
Do ponto de vista tópico, o ego está numa relação de dependência tanto para com as
reivindicações do Id, como para com os imperativos do superego e exigências da
realidade. Embora se situe como mediador, encarregado dos interesses da totalidade da
pessoa, a sua autonomia é apenas relativa.
Do ponto de vista econômico, o Ego surge como um fator de legação dos processos
psíquicos; mas, nas operações defensivistas, as tentativas de legação da energia
pulsional são contaminadas pelas características que especificam o processo primário:
assumem um aspecto compulsivo, repetitivo, irreal.
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Certos psicanalistas recuam para mais cedo a formação do superego, vendo esta
instância em ação desde as fases pré-edipianas (Melanie Klein) ou pelo menos
procurando comportamentos e mecanismos psicológicos muito precoces que seriam
precursores do superego (Glover, Spitz, por exemplo).
O Id não tolera aumentos de energia ... Vide “Princípio do Prazer”... Para isso ele dispõe
de:
• Ação reflexa;
• Realização do desejo.
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Devemos levar em consideração, entretanto, que o ego é a parte organizada do Id, que
existe para realizar os desejos do Id e não para frustrá-los e que toda a sua força se
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origina do Id. Ele não tem existência á parte do Id, nunca se torna completamente
independente dele. Seu papel principal é o de intermediário entre as exigências
pulsionais do organismo e as condições do ambiente. Seus objetivos constituem em
manter a vida do indivíduo e garantir a reprodução da espécie.
A personalidade total ou psique, como é chamada por Jung, consiste de vários sistemas
isolados, mas que atuam uns sobre os outros. Os principais são o ego, o inconsciente
individual e seus complexos, o inconsciente coletivo e seus arquétipos, a persona, a
anima ou animus, e a sombra. A estes sistemas interdependentes acrescentou as atitudes
de introversão e extroversão, e as funções do pensamento, do sentimento, da sensação e
da intuição. Finalmente, há o self, que é personalidade plenamente desenvolvida e
unificada.
O Inconsciente Individual.
O Incs. Individual é uma região adjacente ao ego. Consiste de experiências que foram
reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, e de experiências inicialmente muito
fracas para impressionar conscientemente o indivíduo. Os conteúdos do inconsciente
individual, assim à semelhança do material pré-consciente de Freud, são acessíveis à
consciência, e há muitas permutas entre o inconsciente individual e o ego.
Complexos.
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Um complexo pode comportar-se como uma personalidade autônoma, que tem vida
mental e dinamismo próprio. Pode apoderar-se do controle da personalidade, utilizar a
psique para seus próprios fins, como Tolstoi, do qual se diz ter sido dominado pela idéia
da simplificação, e Hitler pela ambição do poder.
O núcleo e muitos dos elementos a ele associados são sempre inconscientes, mas
qualquer das associações e mesmo o próprio núcleo podem tornar-se conscientes, o que
ocorre muitas vezes.
O Inconsciente Coletivo.
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Memórias ou representações sociais não são herdadas como tais; o que herdamos é a
possibilidade de reviver experiências das gerações passadas. São predisposições que nos
põe em situação de reagir para com o mundo de um modo seletivo. Essas predisposições
são projetadas no mundo. Por exemplo, já que os seres humanos sempre tiveram mães,
cada criança nasce com a predisposição para perceber a mãe e reagir frente a ela. O
conhecimento da mãe, adquirido individualmente, é a realização de uma potencialidade
herdada, que foi construída no cérebro humano pelas experiências passadas da raça.
Assim como o homem nasce com a capacidade de ver o mundo em três dimensões e
desenvolve esta capacidade através da experiência e de treino, de igual modo nasce com
muitas predisposições para pensar, sentir e perceber de acordo com padrões e conteúdos
definidos, que se caracterizam, através de experiências individuais. Assim, temos
predisposições para sentirmos medo do escuro e de cobras, porque no passado os
primitivos encontraram muitos perigos no escuro e foram vítimas de cobras venenosas.
Assim, a forma do mundo, no qual nascemos, já é inata como imagem virtual. Essa
imagem virtual torna-se uma idéia, ou percepção concreta, por sua identificação com
objetos no mundo que a ela correspondem. Nossa experiência do mundo está moldada
em larga escala, pelo inconsciente coletivo, embora não completamente, pois, se assim
fosse, não poderia haver variação e desenvolvimento.
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subliminais, todas aquelas coisas que foram esquecidas ou desprezadas, como também a
sabedoria e a experiência de séculos incontáveis, que repousam em sues órgãos
arquetípicos. De outro lado, a sabedoria do inconsciente é ignorada pelo ego, o
inconsciente pode romper o processo racional consciente, apoderar-se fortemente dele,
distorcendo-o. Sintomas, fobias, ilusões e outras manifestações irracionais resultam de
processos inconscientes negligenciados.
A Persona.
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A importância do SELF.
O Self – Em seus primeiros escritos, Jung considerou o self como equivalente à psique
ou personalidade total. Entretanto, quando ele começou a explorar os fundamentos
raciais da personalidade e descobriu os arquétipos, encontrou um que representava luta
do homem pela unidade. Esse arquétipo expressa-se através de vários símbolos, sendo
o principal deles a mandala, ou circulo mágico. Em seu livro “Psychology and
Alchemy”, Jung desenvolve uma psicologia da totalidade baseada no símbolo da
mandala. O principal conceito dessa psicologia de unidade total é o self.
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O self é o alvo da vida, um alvo pelo qual as pessoas sempre lutam, mas raramente o
atingem. Como todos os arquétipos, motivam comportamento do homem, e fazem com
que ele procure a integração, especialmente pelos caminhos fornecidos pela religião. As
verdadeiras experiências religiosas são as que mais se aproximam da natureza do self, e
as figuras do Cristo e Buda são as mais altas expressões do arquétipo do self. Não é
surpreendente constatar que Jung descobriu o self em seus estudos e observações acerca
das religiões orientais, nas quais o esforço pela unidade e identidade com o mundo,
através das várias práticas ritualísticas, como a ioga, é mais adiantado do que nas
religiões ocidentais.
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Causalidade e Teleologia.
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Assim, o presente não é apenas determinado pelo passado (causalidade), mas também
pelo futuro (teleologia). No seu esforço de compreensão, o psicólogo tem que ter duas
faces.
Com uma, olha o passado e com outra, o futuro do homem. As duas perspectivas
combinadas dão um quadro completo do homem. De uma lado, ela (a mente) oferece
um quadro do patrimônio do passado e, de outro, um quadro do conhecimento criador
de tudo o que está para vir, na medida em que a psique cria seu próprio futuro.
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Sublimação e Recalque – A energia psíquica é deslocável. Isto significa que pode ser
transferida de um processo num sistema particular a outro processo no mesmo ou num
diferente sistema. Essa transferência é feita de acordo com os princípios dinâmicos
básicos de equivalência e entropia. Se o deslocamento é governado pelo processo de
individuação e pela função transcendente, ele é chamado sublimação. A sublimação
descreve o deslocamento de energia dos processos mais primitivos, instintivos e menos
diferenciados para processos cultural e espiritualmente mais elevados. Por exemplo,
quando a energia é retirada do impulso sexual e investida em valores religiosos, diz-se
que a energia foi sublimada. Sua forma foi mudada no sentido de que um novo tipo de
trabalho está sendo realizado; nesse caso, o trabalho religioso substituiu o trabalho
sexual.
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Essa função é dotada da capacidade de unir todas as tendências opostas dos diversos
sistemas e de trabalhar para a meta ideal de totalidade perfeita (individualidade). O alvo
da função transcendente é a revelação do homem essencial e “a realização, em todos os
seus aspectos, da personalidade originariamente oculta no plasma germinal do
embrião; a produção e o desdobramento da totalidade potencial original”.
Individuação.
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Para ter-se uma personalidade saudável e integrada, deve-se permitir a cada sistema que
alcance o grau mais intenso de diferenciação e desenvolvimento. O processo pelo qual
isto se realiza chama-se processo de individuação.
Jung:
1. Sonhos – interpretação em série.
2. Libido – energia da vida.
3. Incs, Coletivo.
4. Teleologia e Causalidade.
5. Self, Individuação, Equilíbrio.
6. Instinto Simbólico – ARQUÉTIPOS.
Freud:
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Bibliografia:
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