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Neurose Histérica

Inicialmente acreditava-se que apenas as mulheres poderiam ser


histéricas pois seria uma doença do útero. Mas Freud e Charcot
perceberam que os sintomas de histeria aparecem tanto em
mulheres quanto em homens. Na neurose histérica ou neurose de
conversão um sentimento desejo permanece reprimido no
inconsciente mas mesmo não sendo mais lembrado ele provoca
sintomas físicos como: dores corporais
paralisias
cegueira
surdez
ou seja, os sintomas convergem para todo o corpo.

Neurose obsessiva

Segundo Freud na neurose obsessiva, o pensamento ou desejo


que foi recalcado permanece no inconsciente, mas a emoção
atrelada a esse desejo escapa para o consciente. E essa emoção
será atrelada à outras idéias que então se tornam obsessivas e
será preciso repetir essas idéias frequentemente na tentativa vã
de realizar o desejo original recalcado. Por isso na neurose
obsessiva é comum que o neurótico tenha apego a certos rituais
que ele não consegue deixar de fazer; como os rituais de verificar
15 vezes se a fechadura da casa está trancada antes de sair ou
lavar as mãos muitas vezes antes de cada refeição. E com o tempo
esses rituais acabam se tornando cada vez mais demorados e
trabalhosos. E esses rituais criados, eles precisam ser mantidos a
qualquer custo, porque trazem prazer e segurança.

Já na neurose fóbica
a pessoa desenvolve medos irracionais. por exemplo alguém pode
ter favor de andar de avião, pode ter medo de subir em escada

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rolante ou até mesmo ter medo de borboletas, mesmo sem ter
um motivo para considerar essas coisas como ameaças.
Nesses casos o sentimento de trauma relacionado ao desejo
recalcado é deslocado para o novo objeto.
Na fobia o neurótico se sente muito engraçado pois ele sabe
racionalmente que os objetos ou as situações que lhe causam
fobia, não representam uma ameaça, mas ainda assim, o
neurótico fóbico não consegue controlar suas reações de medo
que pode incluir até mesmo desmaio.

Agora falando sobre As neuroses atuais,


As neuroses atuais são aquelas relacionadas a problemas na vida
sexual adulta e não em desejos infantis reprimidos. E aqui, de
novo, nós estamos entendendo vida sexual adulta não apenas
como o ato sexual mas também como o universo mais amplo de
desejos e realizações que caracterizam o termo sexualidade em
psicanálise pra Freud, ou seja o universo das pulsões.

Vamos ver 3 tipos de neuroses atuais

Vamos começar com a Neurastenia.


Na Neurastenia a pessoa desenvolve um comportamento
intolerante a estímulos que normalmente deveriam ser tolerados
sem grandes dramas, como uma música alta na festa do vizinho
ou um compromisso que foi desmarcado na última hora, ou
mesmo uma simples opinião divergente sobre um assunto
qualquer. Então com essas características você poderá perceber
que o neurastênico está sempre pre-disposto a um ato de cólera
e de indignação.
Freud percebeu que a neurastenia ocorria preferencialmente em
homens e que a neurose de angustia acontece mais
frequentemente em mulheres.
Na neurose de angústia os sintomas costumam ser taquicardia,
dores de cabeça, desarranjos intestinais, sensação de aperto no
peito ou no pescoço e sensação de angustia e medo, como se a

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pessoa fosse morrer ou enlouquecer o que hoje chamamos de
pânico.

Agora falando um pouco sobre a hipocondria, Na hipocondria o


sujeito acredita que está prestes a adoecer e ele tem a convicção
de que uma doença está se desenvolvendo em seu corpo de forma
silenciosa e não importa se os médicos não identifica essa doença.
o hipocondríaco tem certeza de que está doente.

Freud reformulou um pouco seu entendimento sobre as neuroses


atuais pois ele percebeu que em certos casos esses informação
bem parece estar relacionados a outras neuroses de fato os
quadros de neurose nem sempre são muito específicos pode
haver uma mescla de sintomas que dificulta o diagnóstico.

Mas ainda assim é importante que a gente compreenda que as


neuroses são quadros realmente patológicos. Por que?
Porque na neurose os mecanismos de defesa operam no contexto
de uma doença psíquica e que precisa ser tratada.
Mas o neurótico felizmente é uma pessoa que costuma perceber
que precisa de ajuda pois na neurose geralmente é mantida uma
ponte com a realidade, ou seja, o neurótico está em conflito com
seu mundo interno, como o seu inconsciente, mas na maioria das
vezes ele não cortou os laços com a realidade externa.

Já o psicótico geralmente vive no mundo da psicose, ou seja, se o


conflito do neurótico é com o seu mundo interno, o grande
conflito do psicótico é com o mundo externo. O psicótico constrói
uma realidade paralela, que é a realidade da psicose.

Ao contrário das neuroses que tem origem psíquica ou seja são


patologias de ordem psicológica, vamos considerar as psicoses
enquanto doenças nas Quais há um comprometimento neuro

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fisiológico, Por algum motivo certos grupos de neurônios estariam
se relacionando de maneira anormal.

Comparando a neurose com a psicose teremos que


a neurose afeta pouco a personalidade e compromete pouco a
autonomia intelectual
já a psicose afeta profundamente a personalidade e compromete
fortemente a autonomia intelectual

se a neurose pode ser tratada pelo psicanalista e o psicólogo a


psicose demanda um médico psiquiatra

se neurose compromete a emoção; a psicose compromete a razão


e a ação.

Se o neurótico não costuma perder a ponte com a realidade; o


psicótico geralmente perde a ponte com a realidade. Por isso o
neurótico normalmente está consciente da sua doença já
psicótico geralmente não.

A pesar de sempre imaginarmos o psicótico como louco


segurando uma Faca prestes a nos atacar, tal como divulgado em
filmes, a verdade é que a psicose nem sempre é tão evidente.
O psicótico muitas vezes dormem tranquilamente na casa ao lado
ou convive conosco no ambiente de trabalho ou nos encontros
familiares.

podemos classificar as psicoses em 3 grandes grupos


a paranoia
a esquizofrenia e
as alterações severas do humor

Na paranóia o grande sintoma é o delírio.


Por isso ela também é chamada de transtorno de personalidade
delirante. Curiosamente, na paranoia o delírio pode ser

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relativamente compatível com o dia a dia do psicótico, ou seja, o
seu delirio não necessariamente compromete o seu convívio
social.
O psicótico na paranoia pode ter delírios de ciúmes, de grandeza,
de perseguição, entre outros e ainda assim conviver socialmente,
sem a necessidade de ser excluídos de seu meio, sua família. A
não ser em casos extremos.

A esquizofrenia, por sua vez, é mais desestruturante no que diz


respeito aos laços sociais. Por que? Porque o esquizofrênico tende
a estranhar a si mesmo, ou seja, parece haver um afastamento da
própria personalidade e ele pode chegar ao ponto de não se
reconhecer mais no espelho. o delírio na esquizofrenia é
frequentemente incompatível com a realidade, podendo haver
inclusive a presença de alucinações ou delírios de perseguição.
Uma indicação de um filme é uma Mente Brilhante, que retrata a
história de um grande matemático que sofria de delírios de
perseguição e alucinações e ainda assim foi um excelente
professor e pesquisador durante toda sua vida.

Finalmente, nas alterações severas de humor, há um forte


empobrecimento afetivo, sentimentos de apatia e desmotivação
e parece haver um desaparecimento da energia e
consequentemente da iniciativa, assim, a pessoa pode
permanecer inerte durante horas. alucinações alfativas como
cheiro de putrefação podem ser sentidas pelo psicótico nessa
condição e levá-lo acreditar que já está morto. Exemplo de
pacientes que ficam num canto inertes na sua casa ou no hospital
psiquiátrico.

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