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Características de uma pessoa neurótica

A neurose é conhecida como um distúrbio neurótico. E refere-se aos


desequilíbrios mentais de angústia e ansiedade, mas que não afetam o
pensamento racional. Ademais, ela pode afetar as emoções e a autoconfiança,
causando instabilidade emocional, desordens no sentido e ação. Neste artigo,
vamos refletir sobre a neurose e as características de comportamento de uma
pessoa neurótica. Ficou curioso? Então confira agora!

Índice de Conteúdos
• As características de uma pessoa neurótica
• Todos temos traços de uma pessoa neurótica
• Origem da Neurose: manifestação logo na infância
• A neurose é uma doença ligada a vários quadros
• Pessoa neurótica e pessoa psicótica: diferenças
• Os 5 principais tipos de neuroses
• Características de cada tipo de neurose
• Efeitos da neurose
• O significado de Neurose sob diferentes concepções
• Não há fuga da realidade
• A necessidade de um diagnóstico precoce no tratamento das neuroses
• As neuroses podem resultar em problemas na vida pessoal
• Como prevenir as neuroses?
• Conclusão: Todos somos neuróticos
As características de uma pessoa neurótica
Assim, são três importantes características de uma pessoa neurótica são:
• Compulsão: A pessoas substitui o gozo inconsciente por um sofrimento
consciente suportável, o que gera um sentimento de compulsão.
• Obsessão: O paciente faz com que o objeto inconsciente, se separa da
situação do pensamento original. Com isso, substituindo o original por
coisas imaginárias.
• Fobia: O indivíduo projeta o prazer para fora do seu eu, em que o objeto
ameaçado representa a angústia.
Todos temos traços de uma pessoa neurótica
Todos somos um pouco neuróticos, segundo Freud. Ademais, o próprio Freud
se definia como um neurótico. Os filmes de Woody Allen (como o clássico
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa) são ricos em focalizar as neuroses mais ou
menos cotidianas de personagens arquetípicos.
Outrossim, o problema da patologia começa quando há exagero, o que
incomoda os outros e, principalmente, a própria pessoa.
A seguir, vamos desenvolver um pouco mais sobre as origens das
características da pessoa neurótica e falar um pouco sobre como a Psicanálise
considerou esta temática. Especialmente pelas contribuições de Freud.

Origem da Neurose: manifestação logo na infância


A neurose é um conflito que pode atingir o indivíduo logo no começo da
infância. Assim, provocando dificuldade de adaptação, muito embora, nesse
estado, a criança ainda não seja capaz de estabelecer os vínculos emocionais.
Nesse estágio, a criança tem capacidade de estudar e se envolver com a
família. Porém, sempre entrando em conflito com a realidade, sem ter
conhecimento real dos sintomas que não permite viver prazerosamente.

A neurose é uma doença ligada a vários quadros


Nos dias atuais, é muito comum ver pessoas falando em alterações de
comportamento, mudanças de humor, pessoas bipolar, pessoas
esquizofrênicas. Isso, sem necessariamente saber que se trata de neuroses e
que precisam de tratamento
Além disso, a neurose como doença está ligada ao quadro de angústia
emocional, conflitos inconscientes, perturbações mentais e ansiedade.

Pessoa neurótica e pessoa psicótica: diferenças


Podemos citar a neurose de caráter, de compensação, depressiva, psicótica, as
quais levam o indivíduo a situações de transtorno de comportamentos. Por
exemplo, como descontentamento social, estresse ligado ao fim de um
casamento e a vários outros transtornos.
O indivíduo acometido de uma neurose não deverá ser confundido com uma
pessoa psicótica. Nas psicoses, geralmente se perde a noção da realidade e, na
neurose, ele continua ligado à realidade.
Ademais, nas crises neuróticas o organismo libera suas formas de defesa que
na maioria dos casos entra em conflito com os traumas e recalques, colocando
o indivíduo num sofrimento excedente as situações vivenciadas.
Os 5 principais tipos de neuroses
Existem vários tipos de neuroses. Assim, os tipos mais comentados no meio
clínico e leigo são:
1. Obsessiva: pensamento fixo em ideias e atos, como a obsessão por
pensamentos trágicos.
2. Compulsiva: comportamento repetitivo exagerado, como a compulsão
alimentar.
3. Ansiosa: pensamentos de insegurança e inquietação sobre o que pode
ocorrer no futuro.
4. Fóbica: medo ou pavor, dos mais diversos tipos, como a agorafobia, que é o
medo de estar em público.
5. Histérica: ações corporais involuntárias, paralisias transitórias ou picos
comportamentais explosivos.
Características de cada tipo de neurose
A histeria, a compulsão e a fobia têm o objetivo substituir o gozo inconsciente
por um sofrimento consciente suportável. Por exemplo, se o indivíduo tem um
desejo recalcado para o inconsciente, manter esse recalque tem o seu preço.
Nesse exemplo, podem surgir a histeria, a fobia ou a compulsão como formas
de barrar ou distrair a mente, para que ela não tenha acesso ao desejo
inconsciente.
Já na obsessão, o objeto se separa da situação do pensamento original,
substituindo o original por coisas imaginárias. Por exemplo, a pessoa pode ter
uma pensamento obsessivo de toda noite alinhar seus chinelos para um lado
da casa, com receio de que a ausência deste ato trará consequências
prejudiciais.
Na fobia, o prazer é projetado fora do sujeito, em que o objeto ameaçado
representa a angústia. O desejo inconsciente é incorporado na representação
de um medo. Por exemplo, o medo de altura poderia ser um substituto daquilo
que foi desejado. Ao temer a altura, mantém-se isolado o objeto de desejo.
A histeria se dá com o sofrimento do corpo, em que o prazer inconsciente é
transformado em sofrimento corporal. Assim, podendo comprometer todos os
movimentos do corpo e causar uma paralisia geral.

Efeitos da neurose
Na maioria das vezes, a neurose é a reação psíquica desproporcional que leva
a pessoa a comportamentos inadequados em relação ao tamanho do
problema. Ou seja, mesmo tendo consciência, o indivíduo sente-se impotente
para modificá-lo.
As neuroses, se não tratadas, poderão causar vários transtornos. Por exemplo,
prisão de ventre, visões espantosas, cefaleias, diarreias, congestões, distúrbios
sexuais, distúrbios respiratórios e cardíacos.

O significado de Neurose sob diferentes concepções


Para Freud, os distúrbios sexuais têm grande relevância nas crises neuróticas,
sendo responsáveis por grande parte dos transtornos.
Para Laplanche e Pontalis, a neurose pode ser afecção (doença) psicogênica,
com sintomas expressivos causando conflitos psíquicos que tem origem na
história infantil e constitui compromissos entre o desejo e a defesa.

Não há fuga da realidade


A neurose é conhecida como doença da personalidade e atinge diretamente a
mente. Haja visto que toda crise vem acompanhada de grande ansiedade, os
sintomas variam de pessoa para pessoa.
Mesmo apresentando delírios, as pessoas acometidas de transtornos
obsessivos compulsivos nos momentos de crises não fogem da realidade.

A necessidade de um diagnóstico precoce no tratamento das neuroses


A pessoa que sofre de qualquer tipo de neurose sofre constantemente de
alterações de comportamento, de humor, provocando limitações no cotidiano.
Os sintomas neuróticos aparecem rapidamente e precisam ser identificados e
tratados na mesma velocidade. Se não tratados, poderão atrapalhar a vida
pessoal, profissional e afetiva.
Portanto, faz-se necessário um diagnóstico das funções do sistema nervoso
para se fazer um acompanhamento por um especialista de acordo com cada
caso.
As neuroses podem resultar em problemas na vida pessoal
Entretanto, a neurose é uma doença emocional, afetiva e da personalidade.
Então, não é falta de pensamento positivo, falta de vontade, influência
espiritual, problemas familiares, é uma doença mental que causa grandes
sofrimentos da vida do ser.
Assim, as neuroses interferem diretamente nos problemas familiares, nas
crises conjugais, na aprendizagem, na personalidade, causando conflitos entre
o desejo e a moral, provocando transtornos na defesa do ego.

Como prevenir as neuroses?


Para prevenção das doenças neuróticas, é necessário um controle de
comportamentos, evitando agir na hora dos impulsos. Ou seja, pensar antes de
agir, respirar bem, ter bons relacionamentos, praticar exercícios físicos, evitar
ambientes agitados, uso de bebidas alcoólicas e bom convívio familiar.

Conclusão: Todos somos neuróticos


Por fim, na pós modernidade, os tratamentos das neuroses são feitos por
especialistas como psicólogos e psiquiatras, dependendo da evolução de cada
caso, poderá ser recomendado o uso de tranquilizantes e antidepressivos.
Freud já entendia que todos somos um pouco neuróticos. O pensamento
mágico e aquilo que chamamos de “manias” são exemplos da neurose diária
presente em nossa sociedade. Agora, quando é algo excessivo que incomoda o
indivíduo ou coloca este indivíduo ou pessoas próximas sob risco, entendemos
ser o caso de buscar ajuda profissional.
Atualmente, existem tratamentos para qualquer tipo de neurose , em que o
paciente poderá ter uma recuperação rápida e levar uma vida normal, sendo
considerada uma enfermidade como outra qualquer.

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