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Prof. RICARDOBULGARI
13 a 17 de Dezembro 2021
www.excellergestaopublica.com.br
CURSO ONLINE
GESTÃO EFICIENTE DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
Dias 13 a 17 DE DEZEMBRO 2021
Prof. Ricardo Bulgari
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GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
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produção e aos serviços de uma organização, no menor tempo possível e na quantidade
e qualidade necessária.
O Sistema apresenta três áreas básicas, duas internas - requisitante ou usuário e
finanças - e uma externa - os fornecedores. Cabe-lhes coordenar e conciliar os interesses
dessas áreas, que por vezes tornam-se antagônicas. Cada uma delas tem as
preocupações distintas:
a) Requisitante ou usuário de materiais: boa qualidade e redução máxima do
prazo de entrega, tendendo inclusive para a entrega imediata;
b) Finanças: preços mais reduzido possível, maior prazo para o pagamento e
menor investimento;
c) Fornecedores: fornecimentos maiores, preços mais vantajosos e
responsabilidade mínima quanto aos materiais fornecidos e aos prazos de
entrega.
Alguns conflitos fundamentais surgem, entre a qualidade desejada pelo
requisitante, o preço aceito pela Unidade de Finanças e o preço desejado pelos
fornecedores. Assim, também a responsabilidade pelo menor prazo de entrega dos
requisitantes pode entrar em conflito com os anseios dos fornecedores em dilatar ao
máximo tais encargos.
Portanto, a necessidade de conciliar os interesses e reduzir os conflitos que
possam surgir, obriga o Sistema a ser organizado de forma integrada, a fim de que atinja
seus objetivos e os da organização.
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c) Recursos Financeiros: o principal instrumento financeiro é o ORÇAMENTO. O
orçamento é o demonstrativo de recursos financeiros colocados à disposição de
atividades específicas num certo prazo. É utilizado para a tomada de decisão
sobre custos e destinação de recursos em várias alternativas de ação. O
orçamento é o demonstrativo, item a item, das receitas e despesas,
estabelecendo custos para atividades-meio e atividades-fim e para novos
investimentos. É a peça fundamental para a correta destinação de recursos.
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GESTÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
Missão
Definir atribuições;
Estabelecer responsabilidades;
Estabelecer metodologia;
Institucionalizar a gestão patrimonial;
Suprir dos recursos necessários.
Qualquer servidor público será responsável pelo dano que causar, ou para o qual
concorrer, a qualquer bem público, que esteja ou não sob sua guarda.
É vedado o uso particular de qualquer bem público, salvo o uso autorizado por lei
Todo documento que se referir a qualquer bem público, deve, obrigatoriamente,
mencionar o número do seu registro patrimonial.
É vedado o reaproveitamento de um número de registro patrimonial dado a um
bem, ainda que o mesmo tenha sido baixado do acervo patrimonial.
É vedada a movimentação ou o deslocamento de qualquer bem patrimonial
desacompanhado da documentação legal.
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Em caso de reparo de bens, o número de registro patrimonial deve ser mantido,
anotando-se, quando necessário, as alterações verificadas, para fins de pronta
identificação do bem.
Os bens patrimoniais que ingressarem nos órgãos ou entidades públicas por
empréstimo ou cessão, serão cadastrado, terão controle especial, mas não
receberão registro patrimonial.
Os bens adquiridos com recursos de convênios ou contrato que, contiverem
período de carência, serão cadastrados, terão controle especial, mas só
receberão o registro patrimonial quando encerrado o prazo.
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b) Critério da Fragilidade – Se sua estrutura for quebradiça, deformável ou
danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e perda de sua identidade ou
funcionalidade;
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É Material Permanente:
a) Peças não Incorporáveis a Imóveis
Despesas com materiais empregados em imóveis e que possam ser removidos ou
recuperados, tais como: biombos, cortinas, divisórias removíveis, estrados, persianas,
tapetes e afins, deve ser classificada observando os critérios acima expostos
(Durabilidade, Fragilidade, Perecibilidade, Incorporabilidade, Transformabilidade e
Finalidade).
Nota: No caso de despesas realizadas em imóveis alugados, o
ente deverá registrar como material permanente e proceder à baixa
quando entregar o imóvel, se os mesmos encontrarem-se
deteriorados, sem condições de uso.
b) Uma melhoria
Uma melhoria pode envolver uma substituição de partes do bem ou ser resultante de
uma reforma significativa. Como regra, aumenta o valor contábil do bem se o custo das
novas peças for maior que o valor líquido contábil das peças substituídas.
Uma melhoria ocorre quando o gasto atribuído ao um bem tem como conseqüência:
1) o aumento de vida útil do bem do Ativo;
2) o incremento em sua capacidade produtiva ou
3) a diminuição do custo operacional.
Exemplo:
Aquisição de placa de memória para substituição em um computador com maior
capacidade que a existente e a classificação da despesa com aquisição de uma leitora de
CD para ser instalada num Computador sem Unidade Leitora de CD.
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“Art. 2º. Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos
escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou
costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas
avulsas, em qualquer formato e acabamento.
Assim, as Bibliotecas Públicas devem efetuar o controle patrimonial dos seus livros
adquiridos como material de consumo de modo simplificado, via relação do material
(relação-carga), e/ou verificação periódica da quantidade de itens requisitados, não
sendo necessária a identificação do número do registro patrimonial.
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SERVIÇOS DE TERCEIROS X MATERIAL DE CONSUMO
O elemento de despesa tem por finalidade identificar o objeto de gasto e pode ser
identificado pela forma de aquisição.
a.1) Aquisição, por encomenda, de produto disponível no mercado
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Quando a despesa ocasionar a ampliação do imóvel, tal despesa deverá ser
considerada como obras e instalações, portanto, despesas com investimento.
1 – OCIOSO. 1 – REDISTRIBUIR.
5 – INUTILIZAÇÃO OU ABANDONO.
BENS
Bens são valores materiais ou imateriais que possam figurar numa relação jurídica,
na condição de objeto.
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Bens móveis - aqueles que podem ser deslocados, por força própria ou alheia,
sem perder sua forma.
Bens imóveis - aqueles que não podem ser deslocados ou aqueles que para
serem deslocados perdem sua forma.
Bens semoventes: - são constituídos por animais domésticos.
BENS PÚBLICOS
São os pertencentes a entes estatais, para que sirvam de meios ao atendimento imediato
ou mediato do interesse público.
São todos aqueles destinados ao uso do povo sem nenhuma restrição a não ser a da boa
conduta, nos termos da lei, ou dos costumes, principalmente quanto à moral público e ao
respeito mútuo. Exemplo: praias, ruas, praças, etc.
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Polícia dos bens públicos é o conjunto de ações que tem por finalidade preservar os
bens públicos: vigiar, murar, ocupar bem vazio, realizar inventários, etc..
Bens adquiridos pela comunidade (interiorana) para suprir escolas, creches, etc.
o Doação com/sem cláusula restritiva sobre bens;
o Comodato com prazo indeterminado;
Bens de propriedade de servidor do próprio órgão:
o Autorização de permanência do bem nas dependências do órgão;
o Contrato de comodato, se for disponibilizado para uso geral.
o Doação.
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Controle dos Bens Públicos
O controle dos bens públicos pode ser conceituado como um conjunto de ações
sistemáticas, planejadas, de forma a evitar que os bens públicos sejam:
a) dilapidados;
b) extraviados;
c) empregados em funções fora de sua destinação.
Tipos de Controles
Eficiência – significa que os resultados são atingidos com os menores custos possíveis.
Evidencia-se, neste caso, a relação Custo/Benefício.
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A Portaria Conjunta STN/SOF nº 03/2008, estabeleceu as regras abaixo evidenciando
que o material adquirido como permanente, deve ter seu controle patrimonial baseado na
relação custo/benefício.
“Nesse sentido, a Constituição Federal prevê o Princípio da Economicidade
(artigo 70), que se traduz na relação custo-benefício, assim, os controles
devem ser suprimidos quando apresentam como meramente formais ou
cujo custo seja evidentemente superior ao risco”
Assim, se um material for adquirido como permanente e ficar
comprovado que possui custo de controle superior ao seu benefício,
deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação-carga,
que mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, não havendo
necessidade de controle por meio de número patrimonial. No entanto,
esses bens deverão estar registrados contabilmente no patrimônio da
entidade.
Da mesma forma, se um material de consumo for considerado como de
uso duradouro, devido à durabilidade, quantidade utilizada ou valor
relevante, também deverá ser controlado por meio de relação-carga, e
incorporado ao patrimônio da entidade.”
LEVANTAMENTO DA DEMANDA
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a) Em função do consumo – refere-se a bens de almoxarifado que em virtude de seu
consumo constante tem sua demanda previsível. Responsabilidade do Almoxarife.
Classificação da despesa
• Portaria Conjunta STN/SOF nº 3/08 e Portaria STN Nº 448/02.
Método Descritivo - que identifica com clareza o item através da enumeração de suas
características físicas, mecânicas, de acabamento e de desempenho, possibilitando sua
perfeita caracterização. (SEDAP – IN 205/88).
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ORÇAMENTO INICIAL
Deve ser levantado de forma criteriosa e tem por finalidade subsidiar o processo licitatório
quanto à disponibilidade orçamentária, a modalidade compatível e a avaliação dos preços
ofertados pelos licitantes.
Processo de aquisição.
Recebimento
Recebimento é o ato da entrega de um bem ao órgão no local previamente designado,
não importando sua aceitação.
Documentos hábeis para o recebimento provisório são:
Nota Fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura;
Termos de Cessão ou de Doação;
Guia de Remessa de Material ou
Nota de Transferência.
Lei 8666/93
Art. 73 - Executando o contrato, o seu objeto será recebido:
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
A) provisoriamente, para efeito de posterior verificação de
conformidade do material com a especificação.
B)definitivamente, após verificação da qualidade e quantidade do
material e conseqüente aceitação.
Parágrafo 1º - Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto,
o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
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Responsável pelo recebimento provisório
Comissão de recebimento
Lei 8666/93 - Art. 15, § 8º
O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23
desta lei, para a modalidade convite, deverá ser confiado a uma comissão de no
mínimo 3(três) membros.
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Registro Patrimonial ou Tombamento
Consiste na atribuição de um número de registro patrimonial, seqüencial a critério da
organização. Esse número acompanhará o bem por toda sua vida útil, até sua baixa,
sendo mencionado em todos os documentos que se referirem ao bem.
Identificação patrimonial
É o processo de fixação do número de registro patrimonial no respectivo bem.
Atenção:
• Bens provenientes de empréstimos ou cessão, não receberão registro patrimonial.
• Adquiridos por convênio ou contratos, com carência, não receberão registro, até o
fim da carência.
• O bem que der entrada para substituir bem extraviado, receberá novo registro
patrimonial. O bem extraviado será baixado.
Manual de Patrimônio
O número de registro patrimonial será composto pelo código do Órgão, conforme art.
17, seguido do número de inscrição no patrimônio, que deverá ser seqüencial para
cada órgão.
ESTADO DO ....................
26-00253
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Tribunal .................
Patrimônio
Nº 10.025
CADASTRO PATRIMONIAL
A Lei 4320/64
Art. 94 - Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com
indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um
deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
Art. 95 - A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.
O cadastro visa:
a) – identificação do bem;
b) – inclusão no ativo imobilizado;
c) – distribuição;
d) – localização;
e) – guarda e conservação;
f) – manutenção periódica.
Convém lembrar:
Os bens devem ser cadastrados antes de sua utilização;
Os bens móveis receberão n.ºs seqüenciais, a critério de cada
organização;
As plaquetas deverão ser afixadas em lugar visível e seguro;
Os bens imóveis terão o número do registro patrimonial igual ao do seu
registro em cartório.
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tempo necessário aos registros.
Guarda permanente para o uso:
a responsabilidade pela guarda, segurança e conservação é do destinatário do bem.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
2. Deve ser responsabilizado por omissão o servidor que não comunicar a alteração na
lotação de um bem móvel sob sua guarda.
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Os bens que perderem a serventia deverão ser encaminhados ao Setor de
Patrimônio para triagem. Aqueles que ainda se encontrarem em condições de uso
serão redistribuídos para outras unidades que deles necessitem.
A baixa de um bem patrimonial, por qualquer motivo, só ocorrerá após a conclusão final
do processo correspondente ao caso.
Os bens móveis, considerados inservíveis, serão relacionados pelo Controle Patrimonial
e submetidos à aprovação da autoridade competente, providenciando-se a baixa
patrimonial.
Ocorrendo pedido de baixa em virtude de extravio ou acidente, este só pode ser
concedido, após conclusão do processo de sindicância ou inquérito instaurado pela
autoridade competente, com vista a apuração de responsabilidade com ressarcimento em
dinheiro, reposição do bem ou a penalidade prevista na norma interna.
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Alienação de bens móveis
Existência de interesse público fundamentado;
Avaliação prévia;
Licitação;
Alienação por venda, com licitação
A Lei 8666/93 – Art. 17 - § 6º -
Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior
ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b, desta lei, a Administração poderá permitir
o leilão.
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LEGISLAÇÃO
DOU de 23.3.64
Retificação no DOU de 9.4.64 – 5.5.64 e 3.6.64
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para Elaboração e Controle dos Orçamentos
e Balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
............................................................
................................................................
...........................................................
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§ 1º - Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda
estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda
nacional.
§ 2º - As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie
serão levadas à conta patrimonial.
§ 3º - Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.
a) dação em pagamento;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art.
24 desta Lei;
d) investidura;
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Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196,
de 2005)
§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas
as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
II - a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área
rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 2o da Lei no 5.173, de 27 de
outubro de 1966, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na
alínea g do inciso I do caput deste artigo, atendidos os limites de área definidos por ato
normativo do Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (Regulamento)
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I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja
comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na
alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
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garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883,
de 1994)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-
se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por
cento) da avaliação.
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
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GESTÃO DE ALMOXARIFADO
1. Conceito de Almoxarifado:
Unidade administrativa que tem por finalidade suprir de material, na quantidade certa, no
momento certo e na qualidade certa, pelo menor custo possível, todas as demais
unidades dos órgãos ou entidade para que possam cumprir sua missão.
Curiosidade:
A origem da palavra almoxarifado teve origem na Península Ibérica (765 a 1031),
quando ocorreu a invasão árabe. O vocábulo al-xarif designava a pessoa de
confiança do Sultão, responsável pela guarda dos bens do seu senhor.
2. Gestão do Almoxarifado
Para uma boa gestão do almoxarifado, o gestor deve munir-se de adequadas técnicas
de quantificação e previsão a fim de fornecer material, de forma contínua, para que não
haja solução de continuidade no processo produtivo. E, para isso, é necessário conhecer
as características dos materiais sob sua responsabilidade. A classificação dos materiais
possibilita esse conhecimento
materiais de estoque
“São materiais que devem existir em estoque e para os quais são
determinados critérios e parâmetros de ressuprimento automático, com
base na demanda prevista” [...]
Exemplos:
30.07 – Gênero de alimentação;
30.09 – Material farmacológico;
30.16 – Material de expediente;
30.17 – Material de processamento de dados;
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30.21 – Material de copa e cozinha;
f. 30.22 – Material de limpeza e produtos de higienização.
materiais não de estoque
“São materiais de demanda imprevisível para os quais não são
definidos parâmetros para o ressuprimento automático.” Sua
aquisição somente pode ser efetuada por solicitação direta do
usuário.
Exemplos
30.52 – Equipamentos e material permanente
30.XX – Material de expediente personalizado.
c) materiais críticos
São materiais de reposição específica de um equipamento, de demanda
imprevisível. A decisão de estocar ou não tem por base a análise do risco que a
produção corre, caso esses materiais não estejam disponíveis quando necessário.
Exemplo:
30.28 – Material de proteção e segurança.
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mudança de temperatura (se armazenado em temperatura diferente da
recomendada). Ex. Viscosidade.
pela ação da luz (se degradam com a incidência da luz). Exemplo: água mineral.
Por ação da atmosfera (oxidação, por exemplo);
Ação de animais daninhos (ataque de insetos, ratos, etc.)
4. Especificação de Material
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d) Unidade metrológica – unidade de fornecimento (unidade de fornecimento x
unidade de controle da empresa)
e) Medidas – hp, cv (potência), hz (freqüência), V (voltagem)
f) Característica de fabricação: acabamento, processo de fabricação.
g) Característica de operação: garantias exigidas, testes a serem executados,
testes de aceitação.
h) Cuidados com relação ao manuseio e armazenagem: devem ser
fornecidos todos os detalhes sobre manuseio, transporte e precauções com
relação a preservação e armazenagem dos materiais.
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ESTÁGIOS PARA A ORGANIZAÇÃO OU REORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO
NORMATIZAÇÃO
ESPECIFICAÇÃO
PADRONIZAÇÃO
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espaço. Uma boa administração pressupõe um mínimo de padronização nas compras e
estocagem de materiais.
Com a Padronização, uniformiza-se tamanhos, qualidades e desempenhos,
fixando uma disciplina em relação aos materiais usuais, quer sejam fabricados, quer
sejam comprados e utilizados na organização.
Ela tem os seguintes objetivos:
I. Diminuir o número de itens em estoque, mediante programas que evitem a variedade
de produtos da mesma classe;
II. Simplificar o trabalho de estocagem, reduzindo esforço e instalações, pela diminuição
da variedade de itens manuseados;
III. Permitir a obtenção de melhores preços, pela compra de quantidades maiores de
itens padronizados;
IV. Reduzir o trabalho do Sistema pela diminuição da quantidade de processos
licitatórios, de inspeção e conferência de materiais e processando menor quantidade
de ordens de pagamento;
V. Especializar o pessoal e melhorar o nível de serviço pela concentração sobre menor
quantidade de itens.
VI. Diminuir os custos de estocagem, pela simplificação e redução dos encargos e
otimizar o controle de estoques, pelas reduções do capital empatado na formação de
estoque e do trabalho de escrituração e inventários.
VII. Economizar em consertos e substituição de peças, pois quanto maior a familiaridade
com peças padronizadas por parte dos servidores da instituição federal, menor a
dificuldade de manuseá-las, consertá-las e substituí-las.
VIII. Obter maior qualidade e uniformidade dos serviços executados, pela adoção de
material de boa qualidade, que atenda às necessidades da instituição, uniformizando
o manuseio, a estocagem e a utilização.
CLASSIFICAÇÃO
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CLASSE GRUPO DE MATERIAIS
Materiais de Escritório: lápis, caneta, borracha, papel sulfite,
01 formulário contínuo, fita adesiva, almofada para carimbo, etc.
Materiais de Limpeza: cera para assoalho, sabão líquido, sabão em
02 pó, sabão em pedra, esponja, sabonete, detergente, desinfetante,
etc.
03 Materiais Elétricos : fio, fusível, lâmpada, conduite, etc
Gêneros Alimentícios: feijão, arroz, açúcar, biscoito, bolacha, óleo
04 comestível, etc.
Combustíveis e Lubrificantes: álcool carburante, querosene,
05 gasolina, óleo combustível, óleo lubrificante, etc.
Materiais Farmacêuticos: éter, algodão hidrófilo, esparadrapo, água
06 oxigedana, termômetro, etc.
Materiais de Laboratórios: copos graduados, tubos de ensaio,
07 reagentes químicos, termostato, etc.
Materiais de Construção : tijolos, cimento, cal hidratada, areia fina,
08 areia grossa, arenoso, brita, parafuso, prego, tintas em geral, etc.
Material Esportivo: bola de basquete, bola de futebol, uniforme
09 desportivo, etc.
CODIFICAÇÃO
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O método mais usual é o seguinte:
Chaves
CATALOGAÇÃO
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periodicamente e é imprescindível quando as operações do Sistema de Materiais são
distribuídas por diversas Unidades Administrativas, em locais diferentes.
Sua elaboração deve ser orientada pela padronização, especificação,
classificação e codificação, de maneira a adequar o seu conteúdo às normas vigentes da
administração, bem como, à racionalidade de seu uso.
a) Recebimento;
b) Estocagem e
c) Distribuição
6. Atividade de Recebimento
Lei 8666/93
Art. 73 - Executando o contrato, o seu objeto será recebido:
II - em se tratando de compras [...]:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação de conformidade do material com
a especificação.
b) definitivamente, após verificação da qualidade e quantidade do material econseqüente
aceitação.
Parágrafo 1º - Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento
far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
7. Atividades de Estocagem
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Finalidade
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É a estrutura destinada à arrumação, localização e segurança de estoque.
Tipos:
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Código - é a especificação do material (modelo, tamanho, cor, etc.) (Sistema Sapiens)
30.16.XXXX – o número do item é fornecido pelo sistema de almoxarifado, quando do
cadastro do material.
Exemplos
1. Material 30.16.0053.
2. Material 31.01.0001
3. Material 32.04.0001(Grupo)
8. Distribuição do Material
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DESFAZIMENTO
Depois de realizado o inventário por comissão específica, esta poderá detectar que
alguns bens não estão sendo utilizados pela unidade, podendo vir a ter um melhor
destino e aproveitamento, que será realizado de acordo com o interesse público e se
processará da seguinte forma:
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1. Por transferência – modalidade de movimentação de material de acervo, com
troca de responsabilidade, de uma unidade para outra, dentro do mesmo órgão ou
da mesma esfera de governo.
2. Por doação: permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica relativamente à
escolha de outra forma de alienação, não devendo acarretar quaisquer ônus para
os cofres públicos.
3. Inutilidade ou abandono
Verificada a impossibilidade ou inconveniência da alienação de material
classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua
descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes
economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporadas ao
Patrimônio.
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COMO CONSIDERAR UM BEM PERMANENTE PARA DESFAZIMENTO
(Decreto nº 9.373/2019)
Nesse passo, com base na legislação aplicável à hipótese, pode o Poder Legislativo ou
Judiciário, com base no princípio da razoabilidade, emprestar, alienar ou doar bens
móveis inservíveis que estão sob o seu controle patrimonial, sem qualquer ingerência do
Poder Executivo.
Com essa delineação, é razoável que os bens obsoletos e inservíveis sejam, primeiro,
oferecidos aos demais órgãos da Administração Pública e só, num segundo plano,
ofertados a entidades particulares de interesse público.
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A doação de bens públicos, para ter eficácia no Direito Administrativo, exige a satisfação
de requisitos próprios para a sua efetivação.
Como se vê, cuidando-se de bens do patrimônio público, o administrador deles não pode
dispor ao seu talante; é imprescindível que ele percorra todo o caminho traçado pela lei,
sob pena de burla ao princípio da legalidade.
Portanto, a doação de bens móveis encontra-se sujeita aos seguintes requisitos legais:
existência de interesse público exaustivamente justificado, avaliação e licitação, sendo
esta dispensada quando os fins e a utilização têm interesse social. Não poderá, pois, ser
realizada em proveito pessoal ou particular.
DOAÇÃO
1. Solicitação do interessado;
2. Relação dos bens disponíveis para doação;
3. Autorização da autoridade competente;
4. Parecer da Consultoria Jurídica;
5. Termo de Doação;
6. Registros contábeis;
7. Informação ao Órgão Centralizador;
8. Entrega do bem e
9. Baixa patrimonial.
PERMUTA
Manifestação das partes;
Relação dos bens arrolados;
Parecer da Consultoria Jurídica;
Termo de Permuta;
Registros contábeis;
Troca dos bens;
Registros patrimoniais (inclusão e baixa)
LEILÃO
Relação dos bens inservíveis;
Declaração de inservibilidade;
Autorização competente para realização do leilão;
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Parecer jurídico;
Nomeação de Comissão (3 servidores);
Contratação do leiloeiro oficial ou
Designação do Servidor responsável pelo leilão;
Realização do leilão;
Entrega do bem;
Registros contábeis;
Baixa patrimonial.
INVENTÁRIO
Processo de contagem física da existência dos bens para posterior confronto com os
registros dos bens no patrimônio e com os registros contábeis.
Comissão de inventário
A comissão deve ser constituída, no mínimo, de 03 servidores, conhecedores da área
de patrimônio, dos quais um, obrigatoriamente, pertencerá ao setor de patrimônio do
próprio órgão.
Atribuições:
Conferir os bens patrimoniais existentes, à vista dos dados cadastrais;
Promover o exame físico dos bens quanto à especificação, quantidade,
estado de conservação e valor;
Completar, retificar, avaliar e regularizar o registro e as especificações e
proceder a qualquer outra anotação relacionada aos bens patrimoniais,
sempre que preciso; e
Apresentar, quando necessário, relatório circunstanciado dos fatos
apurados nos levantamentos realizados.
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AUDITORIA DOS BENS PATRIMONIAIS
Tipos de auditoria:
Auditoria Interna
Executada por agentes da própria organização.
Auditoria Externa
Executada por agentes externas à organização.
Técnicas de auditoria:
Procedimentos adequados para se verificar a veracidade da operação.
Exame Físico
a) Verificar Existência física (comprovação visual);
b) Verificar a Identificação (características físicas);
c) Comprovar a qualidade (condições de uso).
Auditoria Interna
Unidade ou servidor responsável pela realização da auditoria. Devem estar subordinada
(o) hierarquicamente a um nível superior ao Controle dos Bens Patrimoniais e à
Contabilidade para maior independência.
A auditoria externa é executada pelo Tribunal de Contas e assemelha-se em
importância, finalidade e práticas à auditoria interna.
O trabalho da auditoria externa é sobre-maneira facilitada quando a auditoria interna ou
o controle interno é bem estruturado.
Programa de auditoria ordinária
Objeto:
Bens Patrimoniais Permanentes.
Objetivo geral
“Verificar se as atividades de recebimento, cadastramento, registro,
movimentação e controle dos bens móveis permanentes estão sendo
desenvolvidas de acordo com a legislação pertinente e práticas
recomendadas.”
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Objetivos específicos:
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DECRETO Nº 9.373, DE 11 DE MAIO DE 2018
DECRETA :
Art. 3º Para que seja considerado inservível, o bem será classificado como:
I - ocioso - bem móvel que se encontra em perfeitas condições de uso, mas não é
aproveitado;
II - recuperável - bem móvel que não se encontra em condições de uso e cujo custo
da recuperação seja de até cinquenta por cento do seu valor de mercado ou cuja análise
de custo e benefício demonstre ser justificável a sua recuperação;
III - antieconômico - bem móvel cuja manutenção seja onerosa ou cujo rendimento
seja precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; ou
IV - irrecuperável - bem móvel que não pode ser utilizado para o fim a que se
destina devido à perda de suas características ou em razão de ser o seu custo de
49
recuperação mais de cinquenta por cento do seu valor de mercado ou de a análise do
seu custo e benefício demonstrar ser injustificável a sua recuperação.
Parágrafo único. A cessão dos bens não considerados inservíveis será admitida,
excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente.
50
III - dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de suas autarquias e
fundações públicas; (Redação dada pelo Decreto nº 10.340, de 2020)
Art. 11. Sem prejuízo da observância aos princípios e objetivos da Política Nacional
de Resíduos Sólidos, conforme o disposto na Lei nº 12.305, de 2010 , este Decreto não
se aplica:
51
Parágrafo único. O disposto no caput também se aplica às aeronaves, simuladores
e demais produtos aeronáuticos doados pela União e revertidos ao patrimônio da ANAC
por descumprimento do encargo até a publicação deste Decreto.
Art. 17. O Ministério da Economia poderá: (Redação dada pelo Decreto nº 10.340,
de 2020)
52
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 205, DE 8 DE ABRIL DE 1988.
DA AQUISIÇÃO
RACIONALIZAÇÃO
53
2.3 – Quando se tratar de descrição de material que exija maiores conhecimentos
técnicos, poderão ser juntados ao pedido os elementos necessários, tais como: modelos,
gráficos. Desenhos, prospectos, amostras, etc.
2.5 – Deve ser evitada a compra volumosa de materiais sujeitos, num curto
espaço de tempo, à perda de suas características normais de uso, também daqueles
propensos ao obsoletismo (por exemplo: gêneros alimentícios, esferográficas, fitas
impressoras em geral, corretivos para datilografia, papel carbono e impressos sujeitos a
serem alterados ou suprimidos, etc.)
DO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO
a) compra;
b) cessão;
c) doação
d) permuta
e) transferência; ou
f) produção interna.
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a) conferência; e, quando for o caso;
b) exame qualitativo.
3.6 – O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por
comissão especial, da qual, em princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.
3.7 – Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou
ainda apresentar faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento providenciará junto ao
fornecedor a regularização da entrega para efeito de aceitação.
DA ARMAZENAGEM
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h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes
inferiores das estantes e porta-estrados, eliminando os riscos de acidentes ou avarias e
facilitando a movimentação;
j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada para o
lado de acesso ao local de armazenamento a face da embalagem (ou etiqueta) contendo
a marcação do item, permitindo a fácil leitura de identificação e das demais informações
registradas;
k) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e
alturas das pilhas, de modo a não afetar sua qualidade pelo efeito da pressão decorrente,
o arejamento (distância de 70 cm aproximadamente do teto e de 50cm aproximadamente
das paredes).
DA REQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
por Pressão;
por Requisição.
c) gêneros alimentícios.
- as tabelas de provisão; e
56
5.4 – Nas remessas de material para unidade de outras localidades, o setor
remetente, quando utilizar transporte de terceiros, deverá atentar para o seguinte:
b) quantidade;
c) unidades de medida;
e) números de volumes;
f) peso;
g) acondicionamento e embalagem; e
DA CARGA E DESCARGA
6.1 - Toda movimentação de entrada e saída de carga deve ser objeto de registro,
quer trate de material de consumo nos almoxarifados, quer trate de equipamento ou
material permanente em uso pelo setor competente. Em ambos os casos, a ocorrência de
tais registros está condicionada à apresentação de documentos que os justifiquem.
57
6.2 - O material será considerado em carga, no almoxarifado, com o seu registro,
após o cumprimento das formalidades de recebimento e aceitação.
6.4.1 - O valor do bem produzido pelo órgão sistêmico será igual à soma dos
custos estimados para matéria-prima, mão-de-obra, desgaste de equipamentos, energia
consumida na produção, etc.
b) será, como regra geral, baseada em processo regular, onde constem todos os
detalhes do material (descrição, estado de conservação, preço, data de inclusão em
carga, destino de matéria-prima eventualmente aproveitável e demais informações); e
6.6 - Em princípio, não deverá ser feita descarga isolada das peças ou partes de
material que, para efeito de carga, tenham sido registradas com a unidade "jogo",
"conjunto", "coleção", mas sim providenciada a sua recuperação ou substituição por
outras com as mesmas características, de modo que fique assegurada, satisfatoriamente,
a reconstituição da mencionada unidade.
SANEAMENTO DE MATERIAL
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7.1 - Os estoques devem ser objeto de constantes Revisões e Análises. Estas
atividades são responsáveis pela identificação dos itens ativos e inativos.
7.2 - O setor de controle de estoques, com base nos resultados obtidos em face
da Revisão e Análise efetuadas promoverá o levantamento dos itens, realizando
pesquisas junto às unidades integrantes da estrutura do órgão ou entidade com a
finalidade de constatar se há ou não necessidade desses itens naqueles setores.
TIPOS DE CONTROLES
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de maneira diferente para cada item de acordo com o grau de importância, valor relativo,
dificuldades no ressuprimento.
acompanhamento periódico;
RENOVAÇÃO DO ESTOQUE
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Quantidade a Ressuprir (Q) - número de unidade a adquirir para recompor o
Estoque Máximo. Obtém-se multiplicando o Consumo médio mensal pelo
Intervalo de Aquisição.
DA MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE
61
7.13.1 - O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material, mediante
gravação de plaqueta ou etiqueta apropriada.
62
exercício, constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais
ocorridas durante o exercício;
descrição padronizada;
número de registro;
8.2.1 - O material de pequeno valor econômico que tiver seu custo de controle,
evidentemente superior ao risco da perda, poderá ser controlado através do simples
relacionamento de material (relação-carga); de acordo com o estabelecido no item 3 da
IN/DASP nº 142/83.
63
mensais, de amostras de itens de material de um determinado grupo ou classe e inferir
os resultados para os demais itens do mesmo grupo ou classe.
DA CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO
9 - É obrigação de todos a que tenha sido confiado material para a guarda ou uso
zelar pela sua boa conservação e diligenciar no sentido da recuperação daquele que se
avariar.
DA RESPONSABILIDADE E INDENIZAÇÃO
concluir que a perda das características ou avarias do material decorreu do uso normal
ou de outros fatores que independem da ação do consignatário ou usuário;
identificar, desde logo, o(s) responsável(eis) pelo dano causado ao material, sujeitando-
o(s) às providências constantes no subitem 10.3;
64
designar comissão especial para apuração da irregularidade, cujo relatório deverá
abordar os seguintes tópicos, orientando, assim, o julgamento quanto à responsabilidade
do(s) envolvido(s) no evento:
10.3.1 - Da mesma forma quando se trata de material cuja unidade seja "jogo",
"conjunto", "coleção", suas peças ou partes danificadas deverão ser recuperadas ou
substituídas por outras com as mesmas características, ou na impossibilidade dessa
recuperação ou substituição, indenizadas em dinheiro, de acordo com o disposto no
subitem 10.3 (alínea "c").
10.6 - Não deverá ser objeto de sindicância, nos casos de extrato etc., o material
de pequeno valor econômico, nos termos do subitem 3.1.1 da IN/DASP nº 142/83.
não sendo esse procedido na forma da alínea anterior, poderá ser designado
servidor do órgão, ou instituída comissão especial pelo dirigente do
65
Departamento de Administração ou da unidade equivalente, nos casos de
cargas mais vultosas, para conferência e passagem do material.
DA CESSÃO E ALIENAÇÃO
DISPOSIÇÕES FINAIS
66
16 - Fica revogada a IN/SEDAP nº 184, de 8 de setembro de 1986 (DOU de
10.09.86), bem como as demais disposições em contrário.
67
premente necessidade da maximização do recurso público utilizado em suas compras.
Compras, então, contribuirá com tal finalidade através de seu adequado planejamento e
negociação com fornecedores visando a obtenção do fornecimento mais vantajoso ao
interesse público.
68
10. O inventário deve ter data programada para o início e fim de suas
atividades?
Sim, deve ser em datas programadas, visando a contribuir para o seu melhor
planejamento e execução.
69
O recebimento é o ato pelo qual o material é entregue ao órgão público no local
previamente designado, não implicando em aceitação, transfere apenas a
responsabilidade pela guarda e conservação do fornecedor ao órgão. Deve-se observar a
especificação técnica, a quantidade e a documentação do material (nota fiscal, empenho
etc.).
25. Quais as informações obrigatórias nas notas fiscais, que deverão ser
observadas pelo gestor quando do recebimento de materiais?
Data de emissão;
Descrição do material;
Quantidades;
Unidades de medida (dúzia, quilo, etc.);
Preços (unitários e total);
Bem como o destaque das alíquotas dos impostos (ICMS e IPI);
70
Caracterização do fornecedor (CGC, inscrições estadual e federal, entre
outras).
26. O exame qualitativo de um material deverá ser feito somente pelo gestor do
almoxarifado?
Não, deverá ser realizado por uma comissão, na qual ele deverá tomar parte.
71
- Os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores das
estantes e porta-estrados, a fim de eliminar os riscos de acidentes e avarias,
facilitando a movimentação;
- Os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente abertos,
quando houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião da sua
utilização;
- A disposição dos materiais deve ser feita de modo a manter, a face de embalagem
(ou etiqueta), voltada para o lado de acesso ao local de armazenagem, contendo a
marcação do item de modo a permitir a fácil e rápida leitura da identificação e das
demais informações registradas;
- Quanto ao material a ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e altura das
pilhas, a fim de não afetar sua qualidade e o seu arejamento (distância de 70 cm
aproximadamente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes), pelo efeito da
pressão decorrente.
72
36. Quais as formas de classificação de estoques?
São as seguintes:
- Estocagem de matéria-prima – que pode ser armazenagem centralizada, onde
facilita o planejamento da produção, pois que permite um melhor controle sobre
as peças ou produtos defeituosos, tornando o ato de rejeição mais simples.
73
b) Almoxarifado – é o local reservado para a guarda e a conservação de materiais,
isto é, um local que, em princípio, foi estruturado para assegurar o atendimento
dessas funções.
44. Como é feita a saída de bens de consumo do almoxarifado, cuja entrada não
existe registro?
Há a obrigação do registro patrimonial de todos os bens públicos, ainda que pelo simples
relacionamento. Um bem não registrado, formalmente, não existe e, portanto, não integra
o patrimônio. Logo, não haverá a possibilidade de registros relativos a saídas, enquanto
não houver a entrada ou registro patrimonial do bem.
74
45. O almoxarifado pode dar saída em mercadoria, cuja nota fiscal ainda se
encontra a pagar no setor financeiro?
Como orientação geral o gestor de patrimônio deverá observar a liquidação da aquisição,
que consolida a plena propriedade do bem pelo Estado. Todavia, a emissão de empenho
implica em assumir responsabilidades sobre a aquisição, de onde, de acordo com a Lei
de Responsabilidade Fiscal, após a entrega do material e sua entrada no patrimônio
público, se caracteriza a impossibilidade do cancelamento da operação. Ou seja, esta
despesa consta, obrigatoriamente, do orçamento anteriormente estabelecido e da
programação para a sua execução associada à disponibilidade financeira.
52. Que destinação deve ser dada aos materiais obtidos, através de convênio,
após o término deste?
Em regra, deverão ser destinados para a respectiva entidade, salvo expresso, de outra
forma, no próprio convênio.
75
Deverá ser feita, anualmente, atualizando o valor de cada item do patrimônio, fazendo-a
constar do inventário anual da unidade. Para cada tipo de equipamento e material
permanente, deve ser consultada a Norma de Execução 06/93 (publicada no DOU de
30/12/93), onde se extraiu a tabela abaixo:
TAXA ANUAL
Aeronaves 5%
Aparelhos de medição 10 %
Aparelhos e equipamentos de Comunicação 10 %
Aparelhos e equipamentos de Medicina, Odontologia e
10 %
Laboratórios Hospitalares
Aparelhos e equipamentos para Esportes e Diversões 10 %
Aparelhos e utensílios domésticos 10 %
Armamentos 10 %
Bandeiras, flâmulas e insígnias 20 %
Coleções e material bibliográfico 10 %
Embarcações 5%
Equipamentos de manobra e patrulhamento 10 %
Equipamentos de proteção, patrulhamento e socorro 10 %
Instrumentos musicais e artísticos 10 %
Máquinas e equipamentos de natureza industrial 10 %
Máquinas e equipamentos energéticos 20 %
Máquinas e equipamentos gráficos 10 %
Equipamentos para áudio, vídeo e foto 20 %
Máquinas, utensílios e equipamentos diversos 10 %
Equipamentos de processamento de dados 20 %
Máquinas, instalações e utensílios de escritório 10 %
Máquinas, ferramentas e utensílios de oficina 10 %
Equipamentos hidráulicos e elétricos 20 %
Máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários 20 %
Mobiliário em geral 10%
Obras de arte e peças de museu 5%
Semoventes e equipamentos de montaria 20 %
Veículos diversos 20 %
Veículos ferroviários 20 %
Peças não incorporáveis a imóveis 10 %
Veículos de tração mecânica 20 %
Carros de combate 20 %
Equipamentos, peças e acessórios aeronáuticos 10 %
Equipamentos, peças e acessórios de proteção de vôo 20 %
Equipamentos de mergulho e salvamento 20 %
Equipamentos, peças e acessórios marítimos 10 %
Equipamentos sobressalente de máquinas e motor de navios e
esquadra 20 %
Outros materiais permanentes 10 %
76
dos bens, com a respectiva indicação das quantidades e valores de cada item, em razão
de seu estado ou qualidade (conforme sua depreciação). Os resultados desse inventário
devem ser analisados, em conjunto, pelos setores de patrimônio e de contabilidade da
unidade.
59. O que é vida útil física (VUF) e vida útil econômica (VUE) de máquinas e
equipamentos?
VUF e VUE são dois conceitos associados à substituição de máquinas e equipamentos.
VUF diz respeito ao período da vida útil dos materiais em que o seu desempenho
é compatível com o desempenho para o qual foi adquirido ou projetado.
VUE diz respeito ao período da vida útil do material em que o seu custo
operacional ou de funcionamento é compatível com o de similares encontrados no
mercado, para um dado desempenho tomado como referência.
61. Como dar saída de um bem, que existe, fisicamente, mas que pela falta de
controle não se sabe a origem deste, pois, o mesmo não foi localizado na
relação geral de bens do patrimônio?
Proceder avaliação para, em seguida, dar entrada no patrimônio e baixar conforme valor.
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63. Como dar a saída de livros técnicos extraviados em uma unidade, quando o
órgão não possui informações sobre a aquisição destes, em seu
patrimônio?
Bens que não foram devidamente registrados como integrantes do patrimônio público
ficam mais susceptíveis a extravio, furto ou outras formas de perda. Todavia, o
responsável por este patrimônio poderá responder, administrativamente, caso comprove
a existência de omissão por sua parte, não procedendo aos devidos registros, em tempo
hábil.
65. Como efetuar, adequadamente, a baixa de bens quando o órgão não tem
referência do seu valor histórico?
A unidade somente perde a referência de valor de um bem, quando esta não cumpre,
adequadamente, as suas finalidades entre as quais está a de manter atualizado o valor
do patrimônio aos seus cuidados. Para a regularização da situação e a adequada baixa
do material do patrimônio, este deverá estar, devidamente valorado, seja por avaliação
técnica de especialista ou por intermédio de uma comissão de avaliação (equipe de
especialistas).
68. Como proceder à saída de bens, que serão dados em permuta por outro, de
forma a realizar os ajustes no sistema de patrimônio?
Os bens somente poderão ter sua baixa realizada após a formalização da permuta,
inclusive, quando dados em pagamento por outro, fato este que deve estar corretamente
registrado, nos processos e publicações pertinentes.
69. Quais os procedimentos legais para a baixa de um bem que foi dado em
pagamento?
Após a execução da dívida, atualizar o valor do bem incorporando-o ao patrimônio e
proceder a baixa normalmente..
70. Como fazer a baixa de um bem cedido para um órgão público sem contrato
de cessão de uso?
Nenhuma movimentação de materiais deverá ser feita sem o devido registro e
autorização competente. Há a necessidade de se estabelecer um processo de
responsabilidade pela inobservância dos requisitos formais.
78
71. Como proceder a baixa de um veículo roubado na residência ou em poder de
um servidor?
Proceder o registro policial da ocorrência e comunicar o fato às instâncias competentes
da unidade de patrimônio, à qual o bem está vinculado para a tomada das providências
pertinentes, se a posse do veículo estiver, devidamente, autorizada para o servido
79
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
PORTARIA Nº 448, DE 13 DE SETEMBRO DE 2002
DOU de 17.9.2002
Divulga o detalhamento das naturezas de despesas 339030, 339036, 339039 e 449052.
O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL, no exercício das atribuições que lhe foram
conferidas pela Portaria MF/GM nº 71, de 08 de abril de 1996, e;
80
Art. 4º - As unidades da administração indireta, sujeitas à observância da Lei nº 6.404/76,
poderão considerar, ainda, o limite para dedução como despesa operacional de bens
adquiridos para suas operações, de acordo com a legislação vigente.
Art. 5º - Os componentes relacionados esgotam todos os tipos de bens, materiais ou
serviços possíveis de serem adquiridos ou contratados pelos órgãos, razão pela qual os
executores deverão utilizar o grupo que mais se assemelha às características do item a
ser apropriado, quando não expressamente citado. Por outro lado, o fato de um material
ou serviço estar exemplificado ementário não significa que não possa ser classificado em
outro do mesmo elemento de despesa, desde que possua uma outra aplicação
específica.
Art. 6º - A despesa com confecção de material por encomenda só deverá ser classificada
como serviços de terceiros se o próprio órgão ou entidade fornecer a matéria-prima. Caso
contrário, deverá ser classificada na natureza 449052, em se tratando de confecção de
material permanente, ou na natureza 339030, se material de consumo.
Art. 7º - Para a classificação das despesas de pequeno vulto, deverá ser utilizada a conta
cuja função seja a mais adequada ao bem ou serviço.
Art. 8º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, tendo seus efeitos
aplicados a partir de 1º de janeiro de 2003.
81
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TSP 04, DE 25 DE NOVEMBRO DE
2016
Objetivo
Alcance
3. Esta norma não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por:
(a) produtor de produtos agrícolas e florestais, produtos agrícolas após o
ponto da colheita, minerais e produtos minerais, na medida em que eles
sejam mensurados pelo valor realizável líquido de acordo com as práticas
estabelecidas nesses setores. Quando tais estoques são mensurados
pelo valor realizável líquido, as alterações nesse valor devem ser
reconhecidas no resultado do período em que se tenha verificado a
alteração;
(b) operadores (broker-traders) de commodities que mensurem seus
estoques pelo valor justo deduzido dos custos de venda. Nesse caso, as
alterações desse valor devem ser reconhecidas no resultado do período
em que se tenha verificado a alteração.
5. (Não convergido).
6. Os estoques referidos no item 2(d) não são abordados nesta norma porque
envolvem questões específicas do setor público que exigem considerações
adicionais.
7. Os estoques referidos no item 3(a) devem ser mensurados pelo valor realizável
líquido em determinadas fases de produção. Isso ocorre, por exemplo, quando as
culturas agrícolas tenham sido colhidas ou os minerais tenham sido extraídos e a
82
venda esteja assegurada pelos termos de contrato futuro ou por garantia
governamental ou quando exista mercado ativo e haja baixo risco de fracasso de
venda. Esses estoques devem ser excluídos apenas dos requisitos de mensuração
desta norma.
Definições
10. O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar
com a venda do estoque no curso normal das operações. O valor justo reflete a
quantia pela qual o mesmo estoque poderia ser trocado entre compradores e
vendedores bem informados e dispostos a isso, em ambiente de mercado. O
primeiro é o valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por
isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo
deduzido dos gastos necessários para vender.
Estoques
83
(orientação quanto ao reconhecimento da receita pode ser encontrada na NBC TSP
02 – Receita de Transação com Contraprestação).
13. Onde o governo controla os direitos para criar e emitir vários ativos, incluindo selos
postais e moeda, esses itens de estoques devem ser reconhecidos como tal para
fins desta norma. Esses ativos não são contabilizados a seu valor de face, mas
mensurados de acordo com o item 15, ou seja, sob custo de impressão ou de
cunhagem.
14. Quando o governo mantém vários estoques estratégicos, tal como reservas de
energia (por exemplo, petróleo), para uso em emergência ou em outras situações
(por exemplo, desastres naturais ou outras emergências de defesa civil), esses
ativos devem ser reconhecidos como estoques para fins desta norma e
devidamente tratados como tais.
Mensuração de estoques
15. Os estoques objeto desta norma devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor, exceto quando o disposto
nos itens 16 ou 17, se aplicar.
16. Quando os estoques tiverem sido adquiridos por meio de transação sem
contraprestação, o custo deve ser mensurado pelo seu valor justo na data do
seu recebimento.
17. Estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o custo
corrente de reposição quando são mantidos para:
(a) distribuição gratuita ou por valor irrisório;
(b) consumo no processo de produção de bens a serem distribuídos
gratuitamente ou por valor irrisório.
84
18. O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à
sua condição e localização atuais.
Custo de aquisição
Custo de transformação
22. Por exemplo, a alocação dos custos fixos e variáveis incorridos na melhoria de
terrenos ”sem benfeitorias” mantidos para a venda em empreendimentos
comerciais ou residenciais pode incluir custos relacionados ao paisagismo,
drenagem, assentamento de tubulação para conexão das instalações, etc.
85
cada produto, seja na fase do processo de produção em que os produtos se tornem
separadamente identificáveis, seja no final da produção, conforme o caso. A maior
parte dos subprodutos, em razão de sua natureza, geralmente é imaterial. Quando
for esse o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável líquido, e
esse valor é deduzido do custo do produto principal. Como resultado, o valor
contábil do produto principal não é materialmente diferente do seu custo.
Outros custos
24. Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos
custos dos estoques somente à medida que sejam incorridos para colocar os
estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, pode ser apropriado
incluir, no custo dos estoques, gastos gerais que não sejam da produção ou custos
do projeto de produtos para clientes específicos.
25. Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como
despesa do período em que são incorridos:
(a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de
produção;
(b) gastos de armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo
produtivo, como entre uma ou outra fase de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer os estoques ao seu
local e condição atuais; e
(d) despesas de comercialização.
27. A entidade pode comprar estoques com condição para pagamento a prazo. Quando
a negociação contém efetivamente elemento de financiamento, por exemplo, a
diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor
pago deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do
financiamento.
30. Outras formas para mensuração do custo de estoques, tais como o custo-padrão
ou o método de varejo, podem ser usadas por conveniência se os resultados se
86
aproximarem do custo. O custo-padrão leva em consideração os níveis normais de
utilização dos materiais e suprimentos, mão de obra, eficiência e utilização da
capacidade produtiva. Elas devem ser regularmente revisadas à luz das condições
correntes.
31. Estoques podem ser transferidos à entidade por meio de transações sem
contraprestação. Por exemplo, agência de ajuda internacional pode doar
medicamentos para hospital público como consequência de desastre natural.
Nessas circunstâncias, o custo do estoque é o seu valor justo na data de seu
recebimento.
32. O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de
bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser
atribuído por meio da identificação específica dos seus custos individuais.
33. A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos específicos a
itens identificados do estoque. Esse é o tratamento apropriado para os itens que
sejam segregados para projeto específico, independentemente de eles terem sido
comprados ou produzidos. Porém, quando há grandes quantidades de itens de
estoque que sejam normalmente intercambiáveis, a identificação específica de
custos não é apropriada. Em tais circunstâncias, o critério de valoração dos itens
que permanecem nos estoques deve ser usado para se obter os efeitos
predeterminados no resultado do período.
34. Ao se aplicar o item 33, a entidade deve usar o mesmo critério de valoração
para todos os estoques que possuam a mesma natureza e uso para a
entidade. Para estoques com diferentes naturezas ou usos (por exemplo,
certas commodities usadas em um segmento e o mesmo tipo de commodities
usadas em outro segmento), o uso de critérios de valoração diferentes pode
se justificar. A diferença na localização geográfica dos estoques (e nas
respectivas regras fiscais), por si só, não é suficiente para justificar o uso de
diferentes critérios de mensuração do estoque.
35. O custo dos estoques, que não sejam os tratados no item 32, deve ser
atribuído pelo uso do critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS); ou pelo
critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo critério de
valoração para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes
para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem
justificar-se diferentes critérios de valoração.
36. Por exemplo, os estoques usados em um segmento podem ter, para a entidade,
uso diferente do mesmo tipo de estoques usados em outro segmento. Porém, a
diferença na localização geográfica dos estoques, por si só, não é suficiente para
justificar o uso de diferentes critérios de valoração dos estoques.
37. O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou
produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os
itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais
recentemente comprados ou produzidos. Pelo critério do custo médio ponderado, o
custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens
semelhantes no começo do período e do custo dos mesmos itens comprados ou
produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base periódica ou
à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.
87
Valor realizável líquido
38. O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem
danificados; caso se tornem total ou parcialmente obsoletos; ou se os seus preços
de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode também não ser
recuperável se os custos estimados de conclusão ou as despesas estimadas a
serem incorridas para realizar a venda, a troca ou a distribuição tiverem
aumentado. A prática de reduzir o valor de custo dos estoques para o valor
realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem
ser reconhecidos por quantias superiores aos benefícios econômicos futuros ou
potencial de serviços que se espera que sejam realizadas por meio da venda, da
troca, da distribuição ou do uso.
39. Os estoques devem ser reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item.
Em algumas circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar unidades
semelhantes ou relacionadas, pode ser o caso dos itens de estoque relacionados
com a mesma linha de produtos que tenham finalidades ou usos semelhantes, que
sejam produzidos e comercializados na mesma área geográfica e não possam ser
avaliados separadamente de outros itens dessa linha de produtos. Não é
apropriado reduzir o valor dos estoques com base na classificação de estoques,
como, por exemplo, produtos acabados, ou em todos os estoques de determinado
setor ou segmento geográfico. Os prestadores de serviços normalmente acumulam
custos relacionados a cada serviço para o qual será cobrado preço de venda
específico. Portanto, cada um desses serviços deve ser tratado como item em
separado.
42. Em cada período subsequente, é feita nova avaliação do valor realizável líquido.
Quando as circunstâncias que anteriormente provocaram a redução dos estoques
abaixo do custo deixarem de existir ou quando houver clara evidência do aumento
no valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias econômicas, a
quantia da redução deve ser revertida (a reversão é limitada à quantia da redução
original) de modo que o novo valor registrado dos estoques seja o menor valor
entre o custo e o valor realizável líquido revisto. Isso ocorre, por exemplo, com item
88
de estoque registrado pelo valor realizável líquido, porque o seu preço de venda
havia sido reduzido, que ainda está no estoque em período posterior e o seu preço
de venda aumentou.
43. A entidade do setor público pode manter estoques dos quais seus benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços não estejam diretamente relacionados
à sua capacidade de gerar entradas de caixa. Esses tipos de estoques podem
surgir quando o governo determina a distribuição de certos bens gratuitamente ou
por valor irrisório. Nesses casos, os benefícios econômicos futuros ou potencial de
serviços para fins de elaboração e divulgação das demonstrações contábeis devem
ser refletidos pelo valor que a entidade precisaria pagar para adquiri-los se eles
fossem necessários para alcançar os objetivos da entidade. Quando os benefícios
econômicos ou potencial de serviços não puderem ser adquiridos no mercado, a
estimativa do custo de reposição deve ser realizada. Se o propósito pelo qual o
estoque é mantido se alterar, então esse estoque deve ser avaliado usando-se o
disposto no item 15.
Reconhecimento no resultado
46. Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como,
por exemplo, estoques usados como componentes de ativos imobilizados
produzidos internamente. Os estoques alocados a outro ativo devem ser
reconhecidos como despesa durante a vida útil desse ativo.
Divulgação
89
(e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecido como despesa no
resultado do período, de acordo com o item 42;
(f) o valor de qualquer reversão de redução do valor dos estoques
reconhecido no resultado do período, de acordo com o item 42;
(g) as circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão da
redução de estoques, de acordo com o item 42; e
(h) o valor contabilizado de estoques dados como garantia a passivos.
49. O valor do estoque reconhecido como despesa durante o período consiste nos
custos que estavam incluídos na mensuração do estoque que foi vendido, trocado
ou distribuído, e nos custos indiretos de produção não alocados aos produtos e
montantes anormais de custos de produção dos estoques. Em determinadas
circunstâncias, a entidade também podem admitir a inclusão de outros valores, tais
como custos de distribuição.
Vigência
Esta norma deve ser aplicada pelas entidades do setor público a partir de 1º de
janeiro de 2017, salvo na existência de algum normativo em âmbito Nacional que
estabeleça prazos específicos – casos em que estes prevalecem, e revoga, a partir
de 1º de janeiro de 2017, os itens 7 a 19 da NBC T 16.10, aprovada pela Resolução
CFC n.º 1.137/2008, publicada no DOU, Seção 1, de 25.11.2008.
90
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TSP 07, DE 22 DE
SETEMBRO DE 2017
Objetivo
Alcance
4. (Eliminado).
91
Contudo, esta norma aplica-se aos ativos imobilizados utilizados para desenvolver
ou manter os ativos descritos neste item.
7. Outras NBCs TSP podem exigir o reconhecimento de item do ativo imobilizado com
base em abordagem diferente da usada nesta norma. Por exemplo, a NBC TSP 05
exige que a entidade avalie o reconhecimento de um item do imobilizado usado em
um contrato de concessão com base no controle do ativo. Porém, em tais casos,
outros aspectos do tratamento contábil para esses ativos, incluindo depreciação,
são estabelecidos por esta norma.
9. Esta norma não exige que a entidade reconheça itens do patrimônio cultural que de
outra forma se enquadrariam na definição e critérios de reconhecimento de ativo
imobilizado. Se a entidade reconhece itens do patrimônio cultural, deve aplicar as
exigências de divulgação desta norma e pode, mas não é obrigada a, aplicar as
exigências de mensuração desta norma.
10. Alguns itens são definidos como do patrimônio cultural devido a sua relevância
histórica, cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e edificações, sítios
arqueológicos, áreas de conservação e reservas naturais e obras de arte. Certas
características, incluindo as seguintes, são geralmente apresentadas por itens do
patrimônio cultural (apesar de que estas características não são exclusivas de tais
itens):
(a) o seu valor em termos cultural, ambiental, educacional e histórico é improvável
de ser totalmente refletido em valor financeiro baseado puramente a preços de
mercado;
(b) obrigações legais e/ou estatutárias podem impor proibições ou severas
restrições à sua alienação por venda;
(c) são geralmente insubstituíveis e seus valores podem aumentar ao longo do
tempo mesmo se sua condição física se deteriorar; e
(d) pode ser difícil estimar sua vida útil, que, em alguns casos, pode ser de
centenas de anos.
Entidades do setor público podem possuir expressivos valores de itens do
patrimônio cultural, que foram sendo adquiridos ao longo de muitos anos e por
vários meios, incluindo compra, doação, legado e desapropriação. Esses itens
são raramente mantidos pela sua capacidade de gerar fluxo de caixa e podem
haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos.
92
mesma base como ativos imobilizados. Para outros itens do patrimônio cultural, seu
benefício econômico futuro ou potencial de serviços é limitado às suas
características culturais, por exemplo, monumentos e ruínas. A existência de
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços pode afetar a escolha de
base de mensuração.
Definições
13. Os termos a seguir são utilizados nesta norma com os seguintes significados:
Valor contábil é o montante pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução
da depreciação acumulada e das perdas acumuladas por redução ao valor
recuperável.
Classe de ativo imobilizado significa um agrupamento de ativos de natureza
ou função similares nas operações da entidade que é mostrado como um
único item para fins de divulgação nas demonstrações contábeis.
Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro montante que substitua seu
custo, menos seu valor residual.
Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de ativo ao longo
da sua vida útil.
Valor específico para a entidade é o valor presente dos fluxos de caixa que a
entidade espera obter com o uso contínuo do ativo e com a alienação ao final
da sua vida útil ou incorrer para a liquidação de um passivo.
Perda por redução ao valor recuperável de ativo gerador de caixa é o
montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora
de caixa excede seu valor recuperável.
Perda por redução ao valor recuperável de ativo não gerador de caixa é o
montante pelo qual o valor contábil do ativo ou de uma unidade não geradora
de caixa excede seu valor recuperável de serviço.
Ativo Imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços,
para aluguel a terceiros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período contábil.
93
Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo do ativo gerador de caixa
líquido de despesas de venda e o seu valor em uso.
Valor recuperável de serviço é o maior valor entre o valor justo do ativo não
gerador de caixa líquido de despesas de venda e seu valor em uso.
Valor residual de ativo é o montante estimado que a entidade obteria com a
alienação do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o
ativo já tivesse a idade, a condição e o tempo de uso esperados para o fim de
sua vida útil.
Vida útil é:
(a) o período no qual se espera que um ativo esteja disponível para a
utilização pela entidade; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades similares que a
entidade espera obter pela utilização do ativo.
Reconhecimento
14. O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e
apenas se:
(a) for provável que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços
associados ao item fluirão para a entidade; e
(b) o custo ou valor justo do item puder ser mensurado confiavelmente.
15 e 16 (Eliminados).
18. Esta norma não estabelece qual é a unidade para o reconhecimento, ou seja, aquilo
que constitui um item do imobilizado. Assim, é necessário exercer julgamento ao
aplicar os critérios de reconhecimento às circunstâncias específicas da entidade.
Pode ser apropriado agregar itens individualmente insignificantes, tais como livros
de biblioteca, periféricos de computadores e pequenos itens de equipamento, e
aplicar o critério ao valor agregado.
19. A entidade avalia segundo esse critério de reconhecimento todos os custos dos
ativos imobilizados no momento em que são incorridos. Esses custos incluem
custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item do ativo imobilizado
e custos incorridos posteriormente para adicionar, substituir suas partes ou prestar
manutenção ao mesmo.
94
Ativos de infraestrutura
21. Alguns ativos são geralmente descritos como ativos de infraestrutura. Mesmo que
não exista uma definição universalmente aceita de ativos de infraestrutura, esses
ativos geralmente apresentam algumas ou todas as características a seguir:
(a) são parte de um sistema ou de uma rede;
(b) são especializados por natureza e não possuem usos alternativos;
(c) não podem ser removidos; e
(d) podem estar sujeitos a restrições na alienação;
Apesar da posse de ativos de infraestrutura não ser limitada às entidades do setor
público, ativos de infraestrutura importantes são frequentemente encontrados nesse
setor. Ativos de infraestrutura se encaixam na definição de ativos imobilizados e
devem ser contabilizados conforme esta norma. Exemplos desses ativos incluem
malhas rodoviárias, sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de água e
energia e rede de comunicações.
Custos iniciais
22. Itens do imobilizado podem ser requeridos por razões de segurança ou ambientais.
A aquisição de tais ativos imobilizados, mesmo que não aumentem diretamente os
futuros benefícios econômicos ou potencial de serviços de qualquer item específico
já existente de ativo imobilizado, pode ser necessária para que a entidade obtenha
futuros benefícios econômicos ou potencial de serviços para seus outros ativos.
Esses itens de ativo imobilizado se qualificam para reconhecimento como ativo
porque possibilitam a entidade obter futuros benefícios econômicos ou potencial de
serviços de ativos relacionados acima dos benefícios que obteria caso não tivesse
adquirido esses itens. Por exemplo, normas de segurança de incêndio podem
requerer que um hospital modernize os sistemas de sprinkler. Essas melhorias são
reconhecidas como ativos porque sem elas a entidade é incapaz de operar o
hospital de acordo com as regulações. Entretanto, o valor contábil resultante de tal
ativo e ativos relacionados é alterado por meio de redução ao valor recuperável, de
acordo com a NBC TSP 09 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador
de Caixa.
Custos subsequentes
95
24. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em
intervalos regulares. Por exemplo, uma estrada pode necessitar recapeamento a
cada poucos anos, um aquecedor pode requerer novos revestimentos após um
número específico de horas de uso ou os interiores de aeronaves tais como
assentos e cozinhas podem requerer substituição algumas vezes durante a vida da
aeronave. Itens do ativo imobilizado podem, também, ser requeridos a fazerem com
menor frequência substituições recorrentes, tais como substituir as paredes
interiores de edifício ou a fazerem substituições não recorrentes. Pelo critério de
reconhecimento do item 14, a entidade reconhece no valor contábil de um item do
ativo imobilizado o custo da parte substituída de tal item quando o custo é incorrido
e se o critério de reconhecimento for satisfeito. O valor contábil de tais partes que
são substituídas é desreconhecido de acordo com as disposições desta norma (ver
itens 82 a 87).
25. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo,
uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca
de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas.
Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor
contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de
reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor contábil remanescente do custo
da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é desreconhecido. Isso ocorre
independentemente do custo da inspeção anterior ter sido identificado na transação
em que o item foi adquirido ou construído. Se necessário, o custo estimado de
futura inspeção semelhante pode ser usado como indicador de qual era o custo do
componente de inspeção existente, quando o item foi adquirido ou construído.
Mensuração no reconhecimento
28. Um item do ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de transação sem
contraprestação. Por exemplo, terrenos podem ser doados a um governo local por
um incorporador sem pagamento ou por valor irrisório, para possibilitar ao governo
local desenvolver estacionamentos, estradas e outros pavimentos em construção.
Um ativo também pode ser adquirido por meio de transação sem contraprestação
pelo exercício de poderes de confisco. Sob essas circunstâncias o custo do item é o
seu valor justo na data da aquisição.
96
Elementos do custo
32. A entidade aplica a NBC TSP 04 – Estoques, aos custos das obrigações de
desmontagem, remoção e restauração do local em que o item está localizado que
sejam incorridos durante determinado período como consequência de ter usado o
item para produzir estoque durante esse período. As obrigações decorrentes de
custos contabilizados de acordo com a NBC TSP 04 e esta norma são
reconhecidas e mensuradas de acordo com a NBC TSP 03 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes.
33. São exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo imobilizado:
(a) gastos de abertura de nova instalação;
(b) gastos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) gastos de transferência das atividades para novo local ou para nova categoria
de clientes (incluindo custos de treinamento); e
97
(d) despesas administrativas e outros gastos indiretos.
34. O reconhecimento dos custos no valor contábil de item do ativo imobilizado cessa
quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração. Portanto, os gastos incorridos no uso ou na transferência ou
reinstalação de um item do ativo imobilizado não são incluídos no seu valor
contábil, como, por exemplo:
(a) gastos incorridos durante o período em que o ativo, capaz de funcionar nas
condições operacionais pretendidas pela administração, ainda não está sendo
utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade
total;
(b) perdas operacionais iniciais, tais como as incorridas enquanto a demanda
pelos produtos do ativo é estabelecida; e
(c) gastos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da
entidade.
Mensuração do custo
37. O custo de item do ativo imobilizado é o preço à vista ou, para um item referido no
item 27, o seu valor justo na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento
excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista
e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o
prazo de financiamento a menos que tais juros sejam passíveis de capitalização.
38. Ativos imobilizados podem ser adquiridos por meio de permuta por ativo ou ativos
não monetários ou uma combinação de ativos monetários e não monetários. A
discussão a seguir refere-se simplesmente à permuta de ativo não monetário por
98
outro, mas também se aplica a todas as permutas descritas anteriormente. O custo
de tal item do ativo imobilizado é mensurado pelo valor justo a não ser que (a) a
operação de permuta não tenha natureza comercial ou (b) o valor justo do ativo
recebido e do ativo cedido não possam ser mensurados confiavelmente. O ativo
adquirido é mensurado dessa forma mesmo que a entidade não consiga
desreconhecer imediatamente o ativo cedido. Se o ativo adquirido não for
mensurável ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil do ativo
cedido.
40. O valor justo do ativo para o qual não existem transações de mercado comparáveis
é mensurado confiavelmente se (a) a variabilidade da faixa de estimativas de valor
justo razoável não for significativa para tal ativo ou (b) se as probabilidades de
várias estimativas, dentro dessa faixa, puderem ser razoavelmente avaliadas e
utilizadas na mensuração do valor justo. Se a entidade for capaz de mensurar com
segurança tanto o valor justo do ativo recebido quanto do ativo cedido, então o
valor justo do ativo cedido é usado para mensurar o custo do ativo recebido a não
ser que o valor justo do ativo recebido seja mais evidente.
Modelo do custo
99
43. Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser
apresentado pelo custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao
valor recuperável acumuladas.
Modelo da reavaliação
44. Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor
justo possa ser mensurado confiavelmente deve ser apresentado pelo seu
valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação
menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável
acumuladas subsequentes. A reavaliação deve ser realizada com suficiente
regularidade para assegurar que o valor contábil do ativo não difira
materialmente daquele que seria determinado usando-se seu valor justo na
data das demonstrações contábeis. O tratamento contábil para reavaliação é
estabelecido nos itens 54 a 56.
46. Para certos ativos públicos pode ser difícil estabelecer seus valores de mercado
pela ausência de transações de mercado para tais ativos. Algumas entidades do
setor público podem possuir uma quantidade considerável de tais ativos.
47. Caso não haja nenhuma evidência disponível para determinar o valor de mercado
em um mercado ativo e líquido de um item de terrenos e edificações, o valor justo
do item pode ser estabelecido com referência a outros itens com características
semelhantes, em circunstâncias e locais semelhantes. Por exemplo, o valor justo de
um terreno desocupado do governo que tenha sido mantido por um período no qual
poucas transformações tenham ocorrido pode ser estimado com referência ao valor
de mercado de terreno com características e topologia semelhantes em localização
semelhante na qual evidências de mercado sejam disponíveis. No caso de
edificações especializadas e outras estruturas feitas artesanalmente, o valor justo
pode ser estimado usando-se o custo de reposição depreciado, ou de custo de
restauração ou abordagem de unidades de serviço (veja a NBC TSP 09). Em
diversos casos, o custo de reposição depreciado de um ativo pode ser estabelecido
com referência ao preço de compra de ativo similar com semelhante potencial de
serviços remanescente em um mercado ativo e líquido. Em alguns casos, o custo
de reprodução de um ativo vai ser o melhor indicador de seu custo de reposição.
Por exemplo, no caso de ocorrer uma perda, um edifício parlamentar pode ser
100
reconstruído em vez de ser substituído com acomodações alternativas por causa da
sua importância para a comunidade.
48. Caso não haja evidências baseadas no mercado do valor justo pelo fato da
natureza especializada do item do ativo imobilizado, a entidade pode precisar
estimar o valor justo usando, por exemplo, custo de reprodução, custo de reposição
depreciado ou custo de restauração ou abordagem de unidades de serviço (ver a
NBC TSP 09). O custo de reposição depreciado de item do ativo imobilizado pode
ser estabelecido com referência ao preço de mercado de compra dos componentes
utilizados para produzir o ativo ou um índice de preço para ativos iguais ou
semelhantes baseados no preço de períodos passados. Quando o método do
índice de preço é usado, julgamento é requerido para determinar se a tecnologia de
produção mudou significativamente ao longo do período e se a capacidade do
referido ativo é a mesma que a do ativo sendo avaliado.
49. A frequência das reavaliações depende das mudanças dos valores justos dos itens
do ativo imobilizado que estão sendo reavaliados. Quando o valor justo de ativo
reavaliado difere materialmente do seu valor contábil, será necessária outra
reavaliação. Alguns itens do ativo imobilizado sofrem mudanças frequentes e
significativas no seu valor justo, necessitando, portanto, de reavaliação anual. Tais
reavaliações frequentes são desnecessárias para itens do ativo imobilizado sem
variações significativas no se valor justo. Em vez disso, pode ser necessário
reavaliar o item apenas a cada três ou cinco anos.
50. Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, o valor contábil do ativo deve ser
ajustado para o valor reavaliado. Na data da reavaliação, o ativo deve ser tratado
de uma das seguintes formas:
(a) o valor contábil bruto deve ser ajustado de forma que seja consistente com a
reavaliação do valor contábil do ativo. Por exemplo, o valor contábil bruto pode
ser ajustado em função dos dados de mercado observáveis, ou pode ser
ajustado proporcionalmente à variação no valor contábil. A depreciação
acumulada à data da reavaliação deve ser ajustada para igualar a diferença
entre o valor contábil bruto e o valor contábil do ativo após considerar as
perdas por redução ao valor recuperável acumuladas; ou
(b) a depreciação acumulada deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do
ativo.
O valor do ajuste da depreciação acumulada faz parte do aumento ou da
diminuição no valor contábil registrado de acordo com os itens 54 e 55.
101
(c) estradas;
(d) maquinário;
(e) redes de transmissão de energia elétrica;
(f) navios;
(g) aeronaves;
(h) equipamentos militares especiais;
(i) veículos a motor;
(j) móveis e utensílios;
(k) equipamentos de escritório; e
(l) plataformas de petróleo.
102
ativo. As transferências da reserva de reavaliação para resultados acumulados não
transitam pelo resultado do período.
Depreciação
60. A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de item do ativo imobilizado aos
componentes significativos desse item e os deprecia separadamente. Por exemplo,
na maioria dos casos, é requerido que se deprecie separadamente a pavimentação,
estruturas, meios-fios e canais, calçadas, pontes e iluminação de um sistema de
rodovias. De forma similar, pode ser apropriado depreciar separadamente a
estrutura da aeronave e os seus motores, sejam próprios ou sujeitos a
arrendamento financeiro.
61. Um componente significativo de item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o
método de depreciação iguais à vida útil e ao método de depreciação de outro
componente significativo do mesmo item. Esses componentes podem ser
agrupados no cálculo da depreciação.
103
utilizados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de um
ativo intangível reconhecido de acordo com a NBC TSP 08 – Ativo Intangível.
67. O valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo menos ao
final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas
anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa
contábil.
68. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor
contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. O
reparo e a manutenção de ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
Inversamente, alguns ativos podem sofrer manutenções precárias ou a manutenção
pode ser diferida indefinidamente por motivos de restrições orçamentárias. Quando
as políticas de administração de ativos exageram no uso do ativo, sua vida útil deve
ser reavaliada e devidamente ajustada.
70. O valor residual de um ativo pode aumentar até um montante igual ou superior ao
seu valor contábil. Se isso ocorrer, a taxa de depreciação do ativo é zero, a menos
que e até que seu valor residual subsequentemente diminua a um montante abaixo
do valor contábil do ativo.
71. A depreciação do ativo se inicia quando esse está disponível para uso, ou seja,
quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela
administração. A depreciação de um ativo cessa quando o ativo é desreconhecido.
Consequentemente, a depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é
retirado de uso e mantido à disposição, a menos que o ativo esteja totalmente
depreciado. Entretanto, de acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a taxa
de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção.
104
(b) desgaste físico esperado, o qual depende de fatores operacionais tais como o
número de turnos durante os quais o ativo é usado e o programa de reparos e
manutenção, bem como o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver
ocioso;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na
produção, ou de mudança na demanda de mercado para o produto ou serviço
derivado do ativo. Reduções futuras esperadas no preço de venda de item que
foi produzido usando um ativo podem indicar expectativa de obsolescência
técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir uma redução dos
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços incorporados no ativo;
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término
dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.
73. A vida útil de ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a
entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de
ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção
específica de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços incorporados
no ativo. Por isso, a vida útil do ativo pode ser menor do que a sua vida econômica.
A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na
experiência da entidade com ativos semelhantes.
Método de depreciação
77. O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos
ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão
esperado de consumo dos benefícios futuros ou potencial de serviços
incorporados no ativo, o método de depreciação deve ser alterado para
refletir essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança na
estimativa contábil.
105
78. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para alocar de forma
sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos
incluem o método linear, o método dos saldos decrescentes e o método de
unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em uma taxa
constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. O
método dos saldos decrescentes resulta em uma taxa decrescente durante a vida
útil. O método de unidades produzidas resulta em uma taxa baseada no uso ou
produção esperados. A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão
esperado do consumo dos benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços
incorporados no ativo. O método escolhido é aplicado consistentemente entre
períodos, a não ser que haja mudança no padrão de consumo dos benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços.
78A. O método de depreciação que se baseia na receita que é gerada pela atividade que
inclui a utilização de ativo não é apropriado. A receita gerada pela atividade que
inclui o uso de ativo reflete geralmente outros fatores além do consumo dos
benefícios econômicos ou potencial de serviços do ativo. Por exemplo, a receita é
afetada por outros insumos e processos, atividades de venda e mudanças nos
volumes e preços de vendas. O componente de preço da receita pode ser afetado
pela inflação, o que não tem qualquer influência sobre a maneira como o ativo é
consumido.
79. Para determinar se um item do ativo imobilizado deverá ser reduzido ao valor
recuperável, a entidade aplica a NBC TSP 09 ou a NBC TSP 10 – Redução ao
Valor Recuperável de Ativo Gerador de Caixa, conforme o caso. Essas normas
explicam como a entidade deve revisar o valor contábil de seus ativos, como
determinar o seu valor recuperável e quando reconhecer ou reverter perda por
redução ao valor recuperável.
80. A indenização de terceiros por itens do ativo imobilizado que tenham sido
reduzidos ao valor recuperável, extraviados ou abandonados deve ser
reconhecida no resultado do período quando a indenização se tornar
recebível.
106
(c) a indenização de terceiros por itens do ativo imobilizado que tenham sido
reduzidos ao valor recuperável, extraviados ou abandonados é reconhecida no
resultado do período quando a indenização se tornar recebível; e
(d) o custo de itens do ativo imobilizado restaurados, adquiridos ou construídos
para reposição é determinado de acordo com esta norma.
Desreconhecimento
84. Existem várias formas de alienação de item do ativo imobilizado (por exemplo,
venda, arrendamento mercantil financeiro ou doação). Para determinar a data da
alienação do item, a entidade deve aplicar os critérios da NBC TSP 02 para
reconhecer a receita da venda de bens.
85. Se, de acordo com o critério do reconhecimento previsto no item 14, a entidade
reconhecer no valor contábil de item do ativo imobilizado o custo de substituição de
parte do item, deve desreconhecer o valor contábil da parte substituída,
independentemente de a parte substituída estar sendo depreciada separadamente
ou não. Se a apuração desse valor contábil não for praticável para a entidade, ela
pode utilizar o custo de substituição como um indicativo do custo da parte
substituída na época em que foi adquirida ou construída.
87. A quantia a receber pela venda de um item do ativo imobilizado deve ser
reconhecida inicialmente pelo seu valor justo. Se esse pagamento for a prazo, a
quantia recebida deve ser reconhecida inicialmente pelo valor equivalente ao preço
à vista. A diferença entre o valor nominal da quantia a receber e seu valor presente
deve ser reconhecida como receita de juros, de acordo com a NBC TSP 02,
refletindo o efetivo rendimento do valor a receber.
107
Divulgação
108
(c) o valor dos compromissos contratuais advindos da aquisição de ativos
imobilizados; e
(d) se não for divulgado separadamente no corpo da demonstração de
desempenho, o valor das indenizações de terceiros por itens do ativo
imobilizado que tenham sido reduzidos ao valor recuperável, perdidos ou
abandonados, incluído no resultado do período.
90. A seleção do método de depreciação e a estimativa da vida útil dos ativos são
questões de julgamento. Por isso, a divulgação dos métodos adotados e das
estimativas das vidas úteis ou das taxas de depreciação fornece aos usuários das
demonstrações contábeis informação que lhes permite revisar as políticas
selecionadas pela administração e facilita comparações com outras entidades. Por
razões semelhantes, é necessário divulgar:
(a) a depreciação, quer seja reconhecida no resultado do período, quer como parte
do custo de outros ativos, durante o período; e
(b) a depreciação acumulada no final do período.
109
(g) a soma de todos os déficits de reavaliação para itens individuais do
imobilizado dentro daquela classe.
93. De acordo com as NBC TSP 09 e NBC TSP 10, a entidade deve divulgar
informações sobre ativos imobilizados que perderam o seu valor, além das
informações exigidas no item 88(e) (iv) a (vi).
110
PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO DAS CONFORMIDADES
1 Requisição de materiais/serviços
1) Verificar se a requisição do material/serviço foi expedida por agente que tem
competência prevista em normativa interno.
2) Evidenciar, para cada processo licitatório examinado, a legitimidade da documentação
referente à requisição do material/serviço efetuada.
3) Avaliar a adequabilidade do sistema de autorizações e a confiabilidade dos
procedimentos de requisição de material e serviços utilizados pela Entidade.
4) Verificar, nas requisições de compra, a efetiva necessidade da aquisição:
a) se a natureza do material é compatível com as atividades típicas da área requisitante;
b) se a quantidade é coerente com as necessidades regulares e se as especificações são
suficientes;
c) se a tempestividade da requisição é compatível com a natureza de atuação da área
requisitante.
5) Verificar, nas requisições de serviços em geral, a sua real utilidade:
a) se a natureza do serviço solicitado expressa efetivo vínculo com as atividades usuais
da área requisitante.
b) se o quantitativo de pessoal envolvido e as especificações do serviço são coerentes
com as necessidades regulares da área requisitante.
c) se a tempestividade da requisição é compatível com a natureza de atuação da área
requisitante.
6) Verificar, nas requisições de obras, a efetiva necessidade de sua realização:
a) se a natureza da obra (construção, reforma, recuperação ou ampliação) é a mais
adequada e oportuna;
b) se as dimensões e as especificações técnicas, definidas no Projeto Básico, são
coerentes com as necessidades definidas.;
c) se a tempestividade da requisição é compatível com as necessidades identificadas.
2 Parcelamento do objeto
1) Determinar a natureza dos parcelamentos dos certames licitatórios, verificando a lisura
da licitação desmembrada - distinguindo objeto fracionado de parcelamento legal.
2) Verificar se o parcelamento de obras, serviços e compras foi motivado, tão-somente,
pela viabilidade técnica e econômica.
3) Comprovar que o procedimento ensejou aproveitamento dos recursos disponíveis no
mercado e a ampliação da competitividade.
4) Confirmar que não houve perda da economia de escala, com o parcelamento do objeto
contratado.
5) Examinar a legalidade da ocorrência de processos licitatórios em curtos intervalos de
tempo, para objetos semelhantes e/ou correlatos.
6) Verificar se, na execução parcelada, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra,
serviço ou compra, há licitação distinta com a preservação da modalidade licitatória
correspondente à execução do objeto como um todo.
3 Limites à Competitividade
111
1) Verificar se não foram estabelecidas exigências e executadas atividades que, sem
razão técnica e administrativa fundamentada, limitaram a competitividade no processo
licitatório.
2) Comprovar a inexistência de tentativas de frustrar ou fraudar o caráter competitivo dos
procedimentos licitatórios, mediante acertos, combinações ou qualquer outro expediente
ilegal.
4 Modalidades de licitação
1) Examinar a escolha da modalidade licitada, em função dos princípios da legalidade, da
publicidade e da economicidade, em especial com relação ao uso do pregão.
2) Verificar se foi adotada a modalidade licitatória adequada em função da natureza do
objeto licitado ou em função do valor estimado para a contratação.
5 Tipos de licitação
1) Verificar se os tipos melhor técnica e técnica e preço foram utilizados exclusivamente
para serviços de natureza predominantemente intelectual.
2) Verificar se nas licitações dos tipos melhor técnica e técnica e preço foram adotados
critérios objetivos para pontuação das propostas técnicas.
6 Comissão de Licitação
1) Verificar se as licitações são processadas e julgadas por Comissão Permanente ou
Especial, composta de no mínimo três membros, cuja investidura segue o previsto na
legislação.
7 Oportunidade da licitação
1) Avaliar o mérito/oportunidade da licitação. Examinar a necessidade da Obra, do
Serviço ou da Compra. Analisar a oportunidade e conveniência efetiva do objeto da
licitação, tendo por base o interesse público e a redução das despesas públicas.
8 Formalização da licitação
1) Comprovar a observância das exigências legais para composição dos processos
licitatórios ocorridos na Entidade.
2) Verificar se a abertura de processo administrativo licitatório foi precedida de requisição,
aprovada pela autoridade competente. Observar se o documento apresenta clara e
objetivamente a especificação do objeto requisitado.
3) Constatar o adequado enquadramento da modalidade e do tipo de certame licitatório.
4) Verificar se as peças que compõem o processo licitatório encontram-se de acordo com
a Lei 8666/93.
5) Atestar se o edital está adequadamente formalizado, inclusive no que concerne aos
seus anexos obrigatórios.
6) Verificar, no caso de obras e serviços, se o projeto básico está adequadamente
caracterizado.
9 Procedimento da Licitação
1) Evidenciar que a licitação foi processada e julgada com critérios objetivos,
constatando-se a conformidade de cada proposta com os requisitos do ato convocatório.
2) Realizar confirmações com terceiros - efetuando circularizações para verificar se a
composição de custos da proposta vencedora (definidora do preço da proposta) é
compatível com preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou
ainda, com os constantes do sistema de registro de preços, os quais, foram devidamente
registrados na ata de julgamento.
3) Confirmar se houve a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis.
Obs.: A Lei nº 8.429/92 (art. 9º, inciso II) considera como ato de improbidade
administrativa, que importa enriquecimento ilícito, perceber vantagem econômica, direta
112
ou indiretamente, para facilitar a contratação de serviços por preço superior ao valor de
mercado.
10 Dispensa e inexigibilidade de licitação
1) Identificar as contratações sem processo licitatório e analisar as razões oferecidas
para efetividade das contratações. Verificar o cumprimento das exigências legais para
inexigibilidade ou dispensa de licitação.
11 Fomalização dos contratos
1) Confirmar a inexistência de contratos verbais (pagamentos sem suporte contratual).
2) Comprovar a formalização legal dos contratos. Confirmar a observância das
determinações legais, definidas para a constituição dos processos obrigacionais.
3) Verificar se, quando necessário, o termo de contrato foi regularmente formalizado e
contém todas as cláusulas obrigatórias fixadas pela legislação.
3) Verificar se foi providenciada a publicação resumida do instrumento de contrato ou de
seus aditamentos, conforme determina a legislação.
4) Examinar se a duração dos contratos atendeu aos prazos fixados na legislação.
12 Execução dos contratos
1) Verificar se os recebimentos de obras ou serviços executados foram realizados
conforme preceitua a legislação.
2) Verificar se as cláusulas contratuais foram obedecidas, inclusive no tocante à
aplicação das sanções em função do seu descumprimento.
3) Comparar as especificações constatadas no exame do material adquirido, na análise
do serviço prestado e na verificação da obra concluída, com as especificações contidas
na requisição, no Projeto Básico e no instrumento convocatório.
13 Pagamentos contratuais
1) Examinar se os pagamentos aos contratados obedeceu ao previsto no texto contratual
e identificar a inexistência de pagamentos sem cobertura contratual.
2) Verificar, para o caso de alterações contratuais que objetivem modificações na forma
de pagamento (por imposição de circunstâncias supervenientes), se foi mantido o valor
inicial atualizado.
3) Verificar se houve, com relação ao cronograma financeiro fixado, pagamento
antecipado de fornecimento de materiais, execução de obras, prestação de serviços, sem
a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço.
14 Alteração dos contratos
1) Comprovar a manutenção da natureza e especificação do objeto contratual, durante o
processo de execução da avença. Comprovar a efetiva manutenção, no decorrer do
período de execução, do valor inicial contratado ou que as alterações ocorridas no valor
da avença, limitaram-se ao estabelecido na legislação em consonância com o princípio
da economicidade.
2) Atestar se não havia previsibilidade para as alterações efetivadas.
3) Examinar os critérios de reajuste utilizados. Verificar, preliminarmente, as autorizações
definidas no edital e no termo contratual, em consonância com a legislação.
4) Verificar se, nos casos de alteração contratual, os acréscimos ou supressões feitas
nas obras, serviços ou compras respeitaram os limites constantes das disposições legais.
5) Verificar, em havendo comprovação de fato imprevisível ou previsível, porém de
conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, se foi
promovido o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
15 Fiscalização da execução contratual
113
1) Identificar inicialmente se a Entidade dispõe de mecanismos de fiscalização interna e
controles próprios de gestão contratual.
2) Verificar se foi formalmente designado um representante da Entidade para
acompanhar e fiscalizar a execução do(s) contrato(s).
3) Verificar se todas as ocorrências relacionadas com a execução do(s) contrato(s) foram
anotadas, em registro próprio (Diário de Ocorrências), determinando as providências
necessárias à regularização das faltas ou defeitos observados.
16 Inspeção física da execução
1) Identificar a execução física do objeto contratado, analisando o quantitativo e a
natureza qualitativa do efetivamente executado, em face do objeto acordado.
2) Examinar os boletins de verificação física das execuções, elaborados pela fiscalização
interna, identificando a existência de atrasos injustificados na execução do contrato ou
lentidão do seu cumprimento.
3) Verificar se, quando executado o contrato, o seu objeto foi recebido definitivamente,
conforme preceitua a legislação.
4) Examinar se o contratado cumpriu exatamente com todas as cláusulas contratuais
avençadas, comparando especialmente os elementos físicos da execução (através de
checagens amostrais de estoques ou utilização e existências efetivas), com as
especificações do objeto do contrato.
5) Verificar, na inspeção de compras realizadas:
a) a existência de especificações detalhadas do produto e destinação do uso;
b) a adequação da quantidade e qualidade requisitadas com a quantidade e qualidade
estocadas e/ou utilizadas;
c) a adequação da natureza do produto com o destino da utilização.
6) Inspeção de serviços: verificar, na inspeção de serviços executados ou em execução:
a) a existência de especificações e usuários do serviço;
b) a consistência de perfil técnico do pessoal executor;
c) a compatibilidade entre o serviço pretendido e o serviço efetivamente executado, a
vista dos elementos comprobatórios.
7) Inspeção de obras: verificar, na inspeção de obras realizadas ou em andamento:
a) a existência de projeto completo e o cumprimento de suas especificações técnicas;
b) a compatibilidade entre previsto e efetivamente executado em m2 – no cronograma
físico;
c) a utilização efetiva da técnica orçamentária;
d) a existência das relações de materiais e sua aplicação consoante ajustado;
f) se a contratada mantém o diário de obra devidamente atualizado;
g) se existe compatibilidade entre os cronogramas físico e financeiro;
h) se a participação relativa aos grandes itens que compõem o orçamento são
compatíveis com os percentuais médios, tradicionalmente consagrados na construção
civil;
i) se a contratada mantém, no canteiro de obras, representante aceito pela entidade.
114
FICHA DE PRATELEIRA
Data Entrada Saída Saldo
115
COMPUTADORES INSERVÍVEIS
116
POLTRONAS – MÁ CONSERVAÇÃO
117
MADEIRA ESTUFADA
FROTA INSERVÍVEL
118
119
LOTE 22
120
MÁQUINA DESMANCHADA
121
DESORGANIZAÇÃO – Prejuízo ao erário público
122
PREJUÍZO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO
123
PREJUÍZO AO ERÁRIO
124
CLASSIFICAÇÃO DO BEM: SERVÍVEL OU INSERVÍVEL?
125
IDENTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DE TODO O PATRIMÔNIO PÚBLICO
126
MELHOR CONTROLE DOS BENS PERMANENTES
127
AVALIAÇÃO DOS BENS USADOS
128
PROCESSO DE REAVALIAÇÃO DE BENS
PROFESSOR RICARDO BULGARI
100
Tempo TF
> 20 anos 0,2
> 15 anos 0,4
> 10 anos 0,6
Até 10 anos 1,0
Até 9 anos 2,0
Até 8 anos 3,0
Até 7 anos 4,0
Até 6 anos 5,0
Até 5 anos 6,0
Até 4 anos 7,0
Até 3 anos 8,0
Até 2 anos 9,0
Até 1 ano 10,0
Tempo TU
> 15 anos 0,2
> 10 anos 0,3
Até 10 anos 0,6
Até 9 anos 0,8
Até 8 anos 1,2
Até 7 anos 2,1
Até 6 anos 3,5
Até 5 anos 4,5
Até 4 anos 6,0
Até 3 anos 8,0
Até 2 anos 9,0
Até 1 ano 10,0
129
Situação ECc
Ótimo (10,0) 10,0
9,0 9,0
8,0 8,0
7,0 7,0
6,0 6,0
5,0 5,0
4,0 4,0
3,0 3,0
2,0 2,0
Péssimo (1,0) 1,0
Situação ECp
Ótimo (10,0) 10,0
9,0 9,0
8,0 8,0
7,0 7,0
6,0 6,0
5,0 5,0
4,0 4,0
3,0 3,0
2,0 2,0
Péssimo (1,0) 1,0
Estimativa VUE
> 10 anos 10,0
Até 10 anos 9,0
Até 9 anos 8,0
Até 8 anos 7,0
Até 7 anos 6,0
Até 6 anos 5,0
Até 5 anos 4,0
Até 4 anos 3,0
Até 3 anos 2,0
Até 2 anos 1,0
< 2 anos 0,5
Exemplo 1
TF: 7 anos
130
TU: 6 anos
ECc : 8
ECp : 5
VUE: 4 anos
4,0 + (3,5x1,5) + (8x3,0) + (5x2,0) + (3x2,5) = 4 + 5,25 + 24 + 10 + 7,5 = 41,75/100 =
0,4175
FR = 0,4175. O bem novo tem o preço de mercado de R$ 2.500,00, logo a reavaliação
será: R$ 2.500,00 x 0,4175 = R$ 1.043,75.
Exemplo 2
TF: 10 anos
TU: 10 anos
ECc : 3
ECp : 3
VUE: 2 anos
1,0 + (0,6x1,5) + (3x3,0) + (3x2,0) + (2x2,5) = 1 + 0,9 + 9 + 6 + 5 = 21,9/100 = 0,219
FR = 0,219. O bem novo tem o preço de mercado de R$ 1.200,00, logo a reavaliação
será: R$ 1.200,00 x 0,219 = R$ 262,80.
131
EXEMPLO DE NORMATIZAÇÃO DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO
132
características normais de uso ou ainda que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de
prejuízo ecológico ou inconveniente de qualquer natureza;
XX - Depreciação: redução de valor dos bens tangíveis pelo desgaste ou perda de
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
XXI - Amortização: redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e
quaisquer outros, inclusive aqueles intangíveis, com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitada;
XXII - Exaustão: redução do valor decorrente de exploração de recursos minerais,
florestais e/ou outros recursos esgotáveis;
XXIII - Avaliação inicial: ajuste ao valor justo (valor de mercado) dos bens no momento da
adoção do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, por não terem sido ajustados
anteriormente às valorizações e desvalorizações ocorridas no valor dos mesmos;
XXIV - Avaliação patrimonial: atribuição de valor monetário a itens do ativo e do passivo
decorrentes de julgamento, fundamentado em consenso, entre as partes e que traduza
com razoabilidade a evidenciação dos atos e dos fatos administrativos;
XXV - Valor de aquisição: soma do preço de compra do bem e gastos acrescidos direta
ou indiretamente para colocá-lo em condição de uso;
XXVI - Valor residual: montante líquido que a entidade espera, com razoável segurança,
obter por um ativo no fim de sua vida útil, deduzidos os gastos esperados para sua
alienação;
XXVII - Valor depreciável: valor original de um ativo deduzido do seu valor residual;
XXVIII - Valor recuperável: valor de mercado de um ativo, menos o custo para a sua
alienação ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro
desse ativo nas suas operações; o que for maior;
XXIX - Redução a valor recuperável: redução nos benefícios futuros ou no potencial de
serviços de um ativo que reflete o declínio na sua utilidade, além do reconhecimento
sistemático por meio da depreciação;
XXX - Vida útil: período de tempo que o órgão ou entidade espera utilizar o ativo;
XXXI - Carga patrimonial: instrumento administrativo de atribuição de responsabilidade
pela guarda, conservação e uso dos bens permanentes ao seu consignatário;
XXXII - Detentor de carga patrimonial: ocupante de cargo de direção e chefia de unidade
administrativa, ou servidor designado em Unidade de Localização, responsável pelo uso,
guarda e conservação dos bens;
XXXIII - Desfazimento: destinação final dos bens classificados como inservíveis, que
pode se dar por meio de alienação, incineração, reciclagem, dentre outras formas
ecologicamente corretas de descarte;
XXXIV - Perdimento: ato punitivo em razão de contravenção ou crime praticado por uma
pessoa, pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco seus pertences, através de ato
administrativo ou por sentença judiciária fundados em lei.
XXXV- SIGPAT: Sistema Integrado de Gestão Patrimonial do Poder Executivo.
Art. 3º Um bem permanente pode ser classificado quanto a sua utilização, em servível ou
inservível:
§ 1º Considera-se bem servível aquele que o órgão ou entidade tenha interesse em seu
uso.
133
§ 2º Considera-se bem inservível aquele que não tenha mais utilidade para o órgão ou
entidade, podendo ser classificado como:
a) Ocioso: bem que embora em perfeitas condições, não esteja sendo aproveitado;
b) Obsoleto: bem não utilizado por se tornar antiquado, caindo em desuso, sendo a sua
operação considerada onerosa;
c) Recuperável: Quando a sua recuperação for possível e se estiver orçada em até 50%
do seu valor de mercado.
d) Antieconômico: bem não utilizado por sua manutenção ser onerosa, ou seu rendimento
precário e representar custos acima de 50% (cinquenta por cento) do seu valor de
mercado;
e) Irrecuperável: bem que não pode mais ser utilizado para o fim a que se destina devido
à perda de suas funções.
Do Sistema de Patrimônio
Da Central de Bens
Parágrafo Único. Caso os bens classificados como inservíveis pelas unidades, não
possam ser reaproveitados dentro do próprio órgão ou entidade, compete ao Setor de
Patrimônio encaminhá-los à Central de Bens.
Parágrafo Único. Após o prazo estipulado no caput, os bens poderão ser alienados.
134
Art. 10 Quando o bem a ser destinado à Central de Bens for veículo, o mesmo somente
poderá ser aceito se os débitos existentes nos órgãos de trânsito forem inferiores ao valor
residual estimado para sua alienação.
Parágrafo Único. O veículo a ser transferido para a Central de Bens, somente poderá ser
aceito se estiver registrado nos órgãos de trânsito em nome de órgão, entidade ou fundo
do Poder Executivo .
Das Entradas
Parágrafo Único. O setor de patrimônio deverá arquivar uma via de todo documento de
entrada de bens patrimoniais.
Do Recebimento Provisório
135
Do Recebimento Definitivo
Parágrafo Único. Quando o bem a ser recebido for considerado complexo, deverá ser
solicitado o auxílio e acompanhamento de técnicos com conhecimentos específicos para
auxiliar no recebimento.
Parágrafo Único. No termo de doação, assinado pelo doador, deverá constar a descrição
do bem e seu respectivo valor.
Do Tombamento
136
Art. 23 O registro analítico dos bens permanentes deverá assegurar sua perfeita
caracterização.
Art. 27. Bem adquirido com recursos com classificação orçamentária de transferência ou
delegação da qual se firma convênios, de acordo com a modalidade de aplicação
definida, poderá ser incorporado ao patrimônio de acordo com as normas contábeis
definidas nos manuais do STN - Secretaria do Tesouro Nacional.
Art. 28 Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, o valor do ativo
deverá ser considerado pelo resultado da avaliação obtida com base em procedimento
técnico ou conforme constante no documento de entrada do bem.
137
Estado, estes deverão ser incorporados ao patrimônio do órgão responsável pela
apreensão.
Art. 30 O emplaquetamento do bem deverá ser realizado pelo Setor de Patrimônio ou por
comissão setorial designada para essa finalidade, sob orientação do Setor de Patrimônio.
Art. 31 O número de patrimônio deverá ser aposto mediante fixação de etiqueta adesiva
com código de barras ou qualquer outro método adequado às características físicas do
bem.
Art. 32 As plaquetas deverão ser fixadas em local visível e de fácil acesso, sem
sobreposição de informações, em superfície plana, preferencialmente na parte frontal
superior dos móveis e equipamentos, facilitando a sua identificação.
Parágrafo Único. Materiais de pequeno valor individual, cujo conjunto possa somar valor
relevante, poderão a critério da unidade, serem cadastrados por kits, tendo um número
de patrimônio único para o conjunto.
138
data e assinatura.
Do Armazenamento
Do Termo de Responsabilidade
139
Art. 41 Sempre que houver substituição do responsável pela guarda e conservação dos
bens, o Setor de Patrimônio deverá ser informado e providenciar a transferência da carga
patrimonial através da emissão de novo termo de responsabilidade.
§ 1º O novo detentor da carga patrimonial terá 15 (quinze) dias úteis para a conferência
da relação dos bens sob sua guarda, a contar da destinação do bem.
§ 3º Caso a conferência prevista no caput deste artigo não seja efetuada no prazo
estipulado, a relação dos bens será considerada aceita tacitamente.
Art. 43 No caso de bem permanente de uso pessoal, o usuário deste, será responsável
pelo seu uso, guarda e conservação.
Art. 44 O responsável pela carga patrimonial deverá comunicar, por escrito, ao superior
hierárquico, casos de irregularidades no uso ou extravio de bens para as providências de
abertura de Termo Circunstanciado Administrativo ou Sindicância.
§ 2º O servidor que for responsabilizado pelo furto, roubo ou extravio de bem patrimonial
móvel, deverá proceder ao ressarcimento ao erário através de recolhimento via DAR ou
desconto em salário, de forma parcelada, dependendo do valor do bem.
Da Transferência
§ 1º A transferência implica em uma saída (do órgão que está disponibilizando o bem) e
uma entrada (no órgão que está recebendo o bem).
140
Da Transferência Interna
Art. 50 Após a transferência, o recebedor do bem será o responsável por sua guarda e
uso, respondendo administrativamente pela sua conservação, sem prejuízo da
responsabilização civil e criminal, no que couber.
Da Movimentação Temporária
141
utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo
sua destinação específica.
Art. 56 O registro da saída de bens para reparos far-se-á mediante cadastro pelo Setor
de Patrimônio.
Da Baixa
Parágrafo único. Todas as baixas por cadastramento indevido deverão ser instruídas com
autuação de processo, contendo a justificativa que motivou a baixa.
142
Art. 60 Bandeiras nacionais e estaduais velhas, em mau uso de conservação ou ociosas
não podem ser descartadas. Devem ser entregues a uma unidade militar, para que sejam
incineradas no Dia da Bandeira, de acordo com o cerimonial peculiar.
Art. 63 São motivos para inutilização de bens patrimoniais móveis, dentre outros:
I - bem que não puder ser mais utilizado para os fins a que se destina e suas partes não
puderem ser reaproveitadas e este representar ameaça as pessoas, riscos de danos
ecológicos ou inconvenientes análogos;
II - contaminado por agentes patológicos, sem possibilidade de recuperação por
assepsia;
III - infestado por insetos nocivos;
IV - natureza tóxica ou venenosa;
V - contaminado por radioatividade;
VI - com perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros.
Art. 64 Sempre que necessário, os órgãos especializados deverão ser consultados sobre
a melhor forma de desfazimento dos bens.
143
Art. 65 A baixa de bens de consumo ocorrerá com o registro da sua saída do
almoxarifado, sob pena de responsabilização Administrativa e Civil.
Art. 66 Compete à Secretaria de Estado de Gestão realizar a doação dos bens móveis
inservíveis, transferidos pelos órgãos à Central de Bens.
Art. 67 A doação é permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha
de outra forma de alienação.
Art. 72 Na hipótese de baixa por furto, roubo, sinistro ou extravio de bem patrimonial
móvel, sua baixa deverá ser acompanhada da ocorrência policial e da finalização do
processo de sindicância.
Art. 73 A baixa de bem patrimonial móvel motivada por alienação, sempre deverá ser
precedida de procedimento licitatório, exceto nos casos previsto em Lei.
144
Da Avaliação Inicial e da Redução ao Valor Recuperável
Parágrafo Único. Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deverá
ser evidenciado pelo custo menos qualquer depreciação e redução ao valor recuperável
acumuladas.
§ 3º Ficam dispensados dos procedimentos a que se refere o caput deste artigo, os bens
que não ultrapassem o prazo de vida útil de dois anos (bens de consumo).
Parágrafo Único. O registro analítico deverá ser realizado pelo Setor de Patrimônio e; o
registro sintético, pela Contabilidade.
Art. 79 Para definição da vida útil remanescente dos bens que sofrerem avaliação inicial
poderão ser utilizadas:
a) Informações relacionadas à vida útil do bem, considerando a data em que este foi
colocado em condições de uso;
b) Informações constantes da Tabela de Vida Útil e Valor Residual (bens avaliados),
Anexo II.
c) Definidos pela comissão de avaliação do órgão ou entidade, considerando o potencial
de serviços ou a capacidade de geração de benefícios econômicos futuros deste bem.
Art. 80 A avaliação inicial deverá ser realizada através de laudo ou relatório de avaliação,
por comissão devidamente designada para essa finalidade.
145
Parágrafo Único. É de responsabilidade da Comissão de Avaliação do órgão ou entidade,
todos os procedimentos necessários à avaliação inicial dos bens, tais como: pesquisa de
preço, elaboração de laudos técnicos e/ou relatórios de avaliação.
Art. 86 Para fins de cálculo da avaliação inicial dos bens móveis deverá ser utilizado o
fator de avaliação, que representa quanto o bem no estado de conservação atual custa
em relação ao valor de aquisição à época, conforme a data e percentuais a seguir:
I - Bens adquiridos anterior ao ano de 2005, com estado de conservação classificado
como bom, seu valor após avaliação inicial deverá ser de 30% do valor de aquisição; se
classificado como ruim o valor será de 25% do valor de aquisição;
II - Bens adquiridos entre os anos de 2006 e 2007, com estado de conservação
classificado como bom, seu valor após avaliação inicial deverá ser de 40% do valor de
aquisição; se classificado como ruim o valor será de 35% do valor de aquisição;
III - Bens adquiridos entre os anos de 2008 e 2009, com estado de conservação
146
classificado como bom, seu valor após avaliação inicial deverá ser de 50% do valor de
aquisição; se classificado como ruim o valor será de 45% do valor de aquisição;
Art. 87 Para fins de cálculo da avaliação inicial dos bens móveis que se encontram sem
valores, com valores insignificantes ou valores muito elevados, deverá ser realizada
pesquisa de preço e ser utilizado o fator de avaliação, que representa quanto o bem no
estado de conservação atual, custa em relação ao valor de mercado de um bem novo,
considerando os seguintes percentuais:
I - Ótimo: 80% do valor de mercado;
II - Bom: 60% do valor de mercado;
III - Ruim: 40% do valor de mercado;
IV - Péssimo: 10% do valor de mercado.
Art. 88 O novo valor do bem deverá ser obtido pela multiplicação do fator de avaliação
pelo valor de mercado do bem novo.
Art. 89 A obtenção do valor recuperável deverá considerar o maior valor entre o valor
justo, menos os custos de alienação de um ativo e o seu valor em uso.
Da Depreciação
Art. 91 O registro da depreciação deverá ser realizado de forma analítica, pelo Setor de
Patrimônio e; sintética, pelo Setor Contábil.
Art. 92 Deverá ser adotado para cálculo dos encargos de depreciação, amortização e
exaustão o método das quotas constantes, que se utiliza da taxa de depreciação
constante durante a vida útil do ativo, caso seu valor residual não se altere.
147
Art. 93 O registro da depreciação deverá ser mensal, devendo os dados estar disponíveis
a qualquer momento pelo Setor de Patrimônio.
§ 4º Os bens que ao final de sua vida útil estimada não forem baixados, poderão ter sua
vida útil ampliada, mantendo seu valor residual.
Art. 95 Para a definição da vida útil e valor residual dos bens, deverão ser utilizados os
parâmetros e índices estabelecidos para cada grupo sintético do ativo imobilizado,
conforme orientações constantes da Tabela de Vida Útil e Valor Residual, Anexo I.
Do Inventário
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I - Anual: realizado para comprovar a exatidão dos registros de controle patrimonial de
todo o patrimônio, demonstrando o acervo de cada unidade, constituído do inventário
anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício;
II - Eventual: realizado a qualquer tempo, com o objetivo de verificar qualquer bem ou
conjunto de bens, por iniciativa do dirigente de determinada unidade;
III - De transferência de responsabilidade: realizado quando da mudança deum titular de
Cargo, Função Gratificada ou Função Comissionada responsável por carga patrimonial;
IV - Inicial: realizado quando da criação de uma nova unidade, para identificação e
registro dos bens;
Parágrafo Único. Sempre que houver transição de cargos em comissão, deverá ser
realizado o inventário de transferência de responsabilidade, conforme Art. 41.
Art. 100 Compete aos órgãos e entidades realizar inventário dos bens patrimoniais,
anualmente, de forma descentralizada, em todas as suas unidades administrativas.
§ 1º As comissões de que trata o caput deverão ser designada pelo titular do órgão ou
entidade, por portaria, composta por no mínimo três servidores, destes pelo menos dois,
preferencialmente, ocupantes de cargo de provimento efetivo.
Art. 103 O Titular do órgão ou entidade, bem como os ocupantes de cargos de direção e
chefia deverão assegurar os recursos necessários para que as comissões e
subcomissões tenham condições de realizar o inventário dos bens patrimoniais.
Art. 104 Os órgãos e entidades do Poder Executivo . deverão concluir o inventário dos
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bens patrimoniais sob sua responsabilidade e encaminhá-lo ao seu Setor Contábil até 15
de dezembro do corrente ano.
Art. 106 Após o recebimento dos inventários analíticos, o Setor Contábil, deverá proceder
à análise e os ajustamentos necessários à apresentação do Balanço Geral, dentro do
prazo estabelecido na legislação vigente.
Art. 107 Para os bens não localizados quando da realização do inventário anual, deverá
ser aberto processo de sindicância, para apuração de responsabilidades e somente após
a finalização do processo, estes deverão ser baixados.
Art. 108 A contabilidade deverá adequar seus registros em razão do controle analítico
exercido pelo Setor de Patrimônio.
Art. 109 As entradas, baixas, saldos anteriores, saldos atuais, depreciações do mês e
acumuladas, valores da avaliação inicial ou redução ao valor recuperável deverão constar
no relatório de movimentação patrimonial a ser encaminhado ao Setor Contábil, pelo
Setor de Patrimônio até o 3º dia útil de cada mês.
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ESPECIAL – INVENTÁRIO
Inventário de Bens
Edificações
Terrenos
Instalações
Benfeitorias
Móveis de utensílios
Equipamentos de informática
Softwares
Ferramentas
Semoventes
e outros
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Determinação do estado físico e funcional;
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FLUXOGRAMA DE INVENTÁRIO
153
Pensar cria caminhos e fortalece a vontade de evoluir, de superar-se e de alcançar
objetivos.
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