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Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma

Prehospital Trauma Life Support

Trauma
8 Craniencefálico

CURSO DE SOCORRISTA

Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved.


Objetivos
• Conceituar lesão cerebral primária e secundária

• Discutir os achados da avaliação que sugerem


lesão cerebral traumática

• Discutir o que fazer na suspeita de lesão


cerebral traumática

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Lesão Cerebral Traumática (LCT)

• Ocorre com freqüência


• É causa freqüente de morte pós-trauma
• Muitos sobreviventes ficam com seqüela
definitiva

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Anatomia
Crânio
Periósteo
Dura mater
} Camada funcional única
Membrana aracnóide
Pia mater (bem aderida
à superfície cerebral,
não sendo removível)

Vasos no espaço
subaracnoídeo

Espaço epidural
Espaço subdural
Espaço subaracnoídeo
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Cérebro
Sulco central
Lobo frontal
Lobo parietal

Lobo
occipital
Anterior Posterior

Sulco lateral
Lobo temporal Cerebelo
Tronco Ponte
cerebral Medula

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Fisiopatologia
• Lesão cerebral primária
• Lesão cerebral secundária
– Causas sistêmicas
– Causas intracranianas

Exemplos de cada uma?

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Lesão Cerebral Secundária

Causas sistêmicas
– Hipóxia
– Aumento ou diminuição do CO2
– Anemia
– Hipotensão
– Aumento ou diminuição da glicemia

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Lesão Cerebral Secundária

Causas intracranianas
– Convulsões
– Edema cerebral
– Hematomas
– Hipertensão intracraniana (HIC)

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Hipertensão Intracraniana
• O crânio é uma estrutura rígida, semelhante
a uma caixa
• Pressão de perfusão cerebral (PPC)
– PPC = PAM – PIC
– Se PIC e PAM = ou PPC
• Sinais de hipertensão intracraniana
– Fenômeno de Cushing
– Alterações no padrão ventilatório
– Postura motora anormal

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Você vai atender um menino de 12 anos,
jogador da Liga Infantil de Beisebol, que
foi atingido na cabeça por uma bola.

Como é que a LCT pode afetar


As vias aéreas?
A ventilação?
A circulação?
O estado neurológico?

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Exame Primário
Os companheiros dizem que ele ficou desacordado
por 5 minutos. Agora está acordado e queixa-se de
dor de cabeça. Vomitou uma vez.

A – Vias aéreas pérvias


B – Normal
C – Normal
D – Escore de 14 na GCS (AO-4, RV-4, MRM-6),
PEARRL

O que é concussão cerebral?

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Você é chamado a um bar, onde um rapaz
de 22 anos se envolveu numa briga.
Testemunhas afirmam que ele foi atingido
por um taco de bilhar. A cena é segura.

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Exame Primário
A – Respiração ruidosa
B – FV muito baixa; ventilação superficial; murmúrio
vesicular normal e simétrico
C – Sem hemorragia externa; pulso radial rápido
D – Escore de 6 na GCS (AO-1, RV-1, MRM-4);
anisocórico (D>E); RFM lentificado
E – Múltiplos hematomas no couro cabeludo e na face

Sinais vitais: FV: 8 vpm; pulso: 110 bpm; PA: 150/90 mm Hg

Que lesões é que estes achados sugerem?

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Fraturas de Crânio

• Fratura simples e linear


• Fratura de base
• Fratura com afundamento
• Fratura exposta

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Hematomas Intracranianos

• Epidural
(Extradural)
• Subdural
• Intracerebral
(Intraparenquimatoso)

Quais as características de cada um?

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Os vizinhos chamam-no para atender um
senhor idoso, que foi achado caído.

A – Ventilação ruidosa
B – Ventilação de Cheyne-Stokes
C – Pulso radial irregular
D – Escore de 8 na GCS (AO-2, RV-2, MRM-4)
E – Hematoma em região frontal

Qual a importância (e a dificuldade) de obter


uma história AMPLA neste cenário?

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Você é chamado para
atender uma menina
de 16 anos, que foi
ejetada do veículo
num capotamento. Ela
está deitada de costas
no chão. A sua
ventilação é ruidosa e
rápida. Tem uma
laceração extensa de
couro cabeludo.
Aparentemente a
cena é segura.

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Exame Primário
A – Respiração ruidosa
B – Ventilação rápida e superficial; murmúrio vesicular
diminuído bilateralmente
C – Sangramento moderado de couro cabeludo; pulso
carotídeo rápido e fraco; sem pulso radial
D – Escore de 5 na GCS (AO-1, RV-1, MRM-3)

Sinais vitais: FV: 38 vpm; pulso: 124 bpm;


PA: 80 mm Hg / Palpação

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Quais os problemas com risco de vida nesta
doente?

Qual a possível causa do choque?

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Tratamento

Os objetivos do tratamento do doente com


lesão cerebral traumática incluem a
prevenção e a reversão da lesão cerebral
secundária

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Vias Aéreas
Qual a dificuldade em cuidar das vias aéreas do
doente com lesão cerebral traumática?

Quem deve ser intubado?

Quais são as opções de tratamento das vias


aéreas?

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Suporte Ventilatório
• Evitar hipóxia
– Oxigênio suplementar (SaO2  95%)
• Manter PaCO2 normal
– Ventilação assistida, evitando a hiperventilação
– Se possível, usar capnógrafo (ETCO2: 30-35 mm Hg)
– Se não tiver capnógrafo:
• Adultos: 10 ventilações/min
• Crianças: 20 ventilações/min
• Lactentes: 25 ventilações/min

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Circulação
• Evitar a anemia
– Controlar a hemorragia
• Externa
• Interna
• Restaurar o volume sanguíneo
– Iniciar a reanimação volêmica durante o transporte
– Manter a PAS em pelo menos 90 a 100 mm Hg

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Estado Neurológico

• Imobilização de coluna, se indicada


• Controle de convulsões
– Benzodiazepínicos IV, conforme a necessidade

A sedação pode levar a hipotensão e


depressão respiratória

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Copyright
Copyright
© 2003,
© 2003,
Elsevier
Elsevier
Science
Science
(USA).
(USA).
All rights
All rights
reserved.
reserved.
Transporte
• Hospital de destino apropriado
– Tomografia
– Neurocirurgião

• Reavaliação freqüente
• De preferência, em decúbito dorsal horizontal

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Hipertensão Intracraniana

Sinais de possível aumento da PIC ou de


herniação iminente
– Perda de 2 pontos ou mais na GCS
– Aparecimento de pupilas arreativas ou
diminuição do reflexo fotomotor
– Aparecimento de hemiplegia ou
hemiparesia
– Fenômeno de Cushing

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Suspeita de Hipertensão
Intracraniana
Opções de tratamento
– Sedação
– Paralisia química
– Osmoterapia (manitol)
– Hiperventilação leve, controlada

Usar estas opções sem aprovação do


controle médico

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Resumo
• A avaliação neurológica e a história são fundamentais
para reconhecer a lesão cerebral traumática
• A lesão cerebral traumática não leva a choque a não
ser em estágios terminais; considerar a possibilidade
de hipovolemia
• A base do tratamento da lesão cerebral traumática
consiste em prevenir e reverter a lesão cerebral
secundária
• Transporte rápido para hospital que disponha de
serviço de neurocirurgia de urgência

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