ENSAIO FILOSOFICO

Avanços da ciência; limites da ciência.

Dina Teixeira nº10 e Rafaela Pinto nº23

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 Ao longo deste ensaio procuraremos discutir o problema das implicações éticas,
através da questão: de que forma o progresso científico causa implicações éticas?

Neste ensaio pretendermos mencionar os avanços e progressos científicos e os

respetivos benefícios, discutir as implicações éticas desses avanços nas perspetivas de Karl
Popper e Thomas Kunh , abordar os limites da ciência em termos de conhecimento e capacidade
humana.

Consideramos que a discussão deste problema filosófico é importante pois esses

avanços também podem gerar dilemas éticos complexos e impactos negativos se não forem
abordamos adequadamente, também é essencial envolver diversas partes que interessam ao
público em geral a fim de alcançar um diálogo ético e responsável e para que possamos
entender as responsabilidades da ciência na sociedade.

Vamos defender a ideia de que, apesar da complexidade de procedimentos e

normativas, o progresso científico oferece benefícios significativos, mas também requer uma
análise cuidadosa de suas implicações éticas.

Primeiramente, o progresso científico tem contribuído significativamente para o

avanço da medicina, permitindo o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e a cura de
doenças antes consideradas incuráveis. Isso resulta em benefícios diretos para a saúde e o bem-
estar das pessoas, melhorando a qualidade de vida e prolongando a expectativa de vida.
Segundo Thomas Kuhn a ciência passa por períodos de normalidade, durante os quais o
consenso é construído em torno das teorias dominantes, e revoluções caracterizadas por
mudanças de paradigma. No caso da medicina, é interpretada como uma revolução científica,
que mudou o saber e a prática médica, que representa uma quebra de paradigmas anteriores e
traz benefícios imediatos. Kuhn também realça que as revoluções científicas são impulsionadas
por anomalias, ou seja, descobertas ou fenômenos que não podem ser explicados pelas
principais teorias. Em um contexto médico, essas anormalidades podem ser doenças ou
condições que desafiam os tratamentos existentes. A procura de soluções para essas
anormalidades levou ao desenvolvimento de novas teorias e práticas médicas, que acabaram
por substituir as anteriores. Por outro lado, na perspetiva de Karl Popper, uma teoria científica
deve ser possível de ser refutada por meio de observações ou experimentos. A procura sem fim
por falsificar ou corroborar uma teoria é o que impulsiona o progresso científico. No caso da
medicina, os avanços científicos que permitem o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes

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e a cura de doenças antes consideradas incuráveis podem ser vistos como uma confirmação
empírica da eficácia dessas abordagens. Através de testes e experimentos, é possível obter
evidências de que os tratamentos funcionam, fornecendo uma base empírica para a melhoria
da saúde e do bem-estar das pessoas.

Em segundo lugar, os avanços científicos têm impulsionado o desenvolvimento

tecnológico, que por sua vez traz uma série de benefícios sociais, econômicos e ambientais.
Por exemplo, a pesquisa em energias renováveis possibilita a redução da dependência de
combustíveis fósseis e a atenuação das mudanças climáticas. Estas inovações tecnológicas são
impulsionadas pelo conhecimento científico e têm o potencial de trazer mudanças significativas
na forma como lidamos com os recursos energéticos. De acordo com Kuhn, essas
transformações tecnológicas podem ser vistas como uma mudança de paradigma, pois
representam uma nova forma de abordar e resolver problemas. E consoante Popper a partir do
critério da falsificabilidade e da procura pela corroboração empírica das teorias científicas. Os
avanços científicos mencionados, podem ser considerados como tentativas de resolver
problemas e obter resultados empiricamente testáveis. Popper argumenta que uma teoria
científica deve ser possível de falsificação por meio de observações ou experimentos. Portanto,
a pesquisa de energias renováveis, por exemplo, busca fornecer evidências empíricas de que
essas fontes de energia são viáveis, sustentáveis e capazes de reduzir a dependência dos
combustíveis fósseis.

Em terceiro lugar, o progresso científico nos campos da inteligência artificial e da

automação pode levar a avanços significativos na eficiência e produtividade das atividades
humanas. Isso tem o potencial de melhorar a qualidade de vida, liberando as pessoas de tarefas
repetitivas e permitindo que se concentrem em atividades mais criativas e significativas. Apesar
dos benefícios do progresso científico, existem objeções e preocupações éticas relacionadas a
ele. Uma das objeções mais fortes é que avanços científicos podem resultar em consequências
imprevistas e impactos negativos para a sociedade. Na perspetiva de Thomas Kuhn o progresso
científico nos campos da inteligência artificial e da automação é como um exemplo de mudança
de paradigma. Estes avanços representam uma transformação significativa na forma como as
atividades humanas são realizadas e têm o potencial de melhorar a qualidade de vida, libertando
as pessoas de tarefas repetitivas e permitindo que se concentrem em atividades mais criativas
e significativas. Isso implica uma mudança no modo como o trabalho é realizado e nas
possibilidades de aproveitamento do tempo e dos recursos. No entanto, Kuhn também ressalta
que as revoluções científicas podem gerar objeções e preocupações éticas essas preocupações
podem estar relacionadas a consequências imprevistas e impactos negativos. Por exemplo, o
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aumento da automação pode levar à perda de empregos e a desafios socioeconômico. Na
perspetiva de Karl Popper, analisado em relação ao critério da falsificabilidade e à importância
de considerar as objeções e preocupações éticas. Popper argumenta que a ciência deve ser
orientada pela procura de evidências empíricas e pela refutação de teorias por meio de testes
rigorosos. A inteligência artificial e a automação são áreas de pesquisa científica que devem
ser submetidas a testes e observações para verificar sua eficácia, segurança e impactos na
sociedade. Popper enfatiza a necessidade de considerar as objeções e preocupações éticas
levantadas em relação ao progresso científico. Isso envolve avaliar cuidadosamente os
possíveis efeitos negativos e os riscos associados ao avanço dessas tecnologias.

Em conclusão, a discussão sobre as implicações éticas do progresso científico é de

extrema importância, considerando os avanços e benefícios proporcionados pela ciência em
diversas áreas. Ao longo deste ensaio, abordamos os campos da medicina, energia renovável,
tecnologia médica avançada, inteligência artificial e automação como exemplos desses avanços
científicos.

A perspetiva de Thomas Kuhn permitiu nos compreender esses avanços como

revoluções científicas, que desafiam e substituem paradigmas antigos, trazendo benefícios. Por
outro lado, a visão de Karl Popper ressaltou a importância da falsificabilidade e da busca por
evidências empíricas na validação e progresso das teorias científicas. Através de testes e
experimentos, é possível obter evidências que provem a eficácia dos tratamentos e tecnologias,
fornecendo uma base sólida para o avanço científico. Além disso, destacamos os benefícios
sociais, econômicos e ambientais trazidos pelos avanços científicos, como a redução da
dependência de combustíveis fósseis e a melhoria na eficiência e produtividade das atividades
humanas. No entanto, reconhecemos as objeções e preocupações éticas levantadas em relação
a esses avanços, como o impacto na perda de empregos e desafios socioeconômicos, que
exigem uma análise cuidadosa e responsável. Portanto, é fundamental promover um diálogo
ético e inclusivo, envolvendo diversas partes interessadas, a fim de avaliar os riscos e
benefícios desses avanços científicos. A conscientização das responsabilidades da ciência na
sociedade e a consideração das implicações éticas são essenciais para garantir que o progresso
científico seja conduzido de forma ética e sustentável.

Em suma, o progresso científico oferece benefícios significativos, mas também requere

uma análise cuidadosa de suas implicações éticas. A procura contínua pelo conhecimento e
pela melhoria da sociedade deve ser acompanhada por um compromisso ético e pela
consideração dos impactos e dilemas éticos que surgem ao longo desse caminho. Apesar da

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complexidade dos procedimentos e normativas envolvidas, os seus benefícios para a sociedade
são inegáveis. No entanto, é fundamental que o progresso científico seja acompanhado de uma
análise ética cuidadosa, a fim de diminuir riscos e garantir que seu impacto seja benéfico e
justo. Somente assim poderemos aproveitar plenamente os avanços científicos, assegurando
que estejam alinhados com o bem-estar humano e os valores éticos fundamentais.

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Webgrafia/bibliografia:

• Manual filosofia 11º ano

• https://pt.slideshare.net/LRSR1/comparacao-entre-popper-e-kuhn
• https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/12/43/embates-teoacuterico-
filosoacuteficos-entre-thomas-kuhn-e-karl-popper-como-pensar-a-atividade-
cientiacutefica-
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