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IES – INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

TRABALHOS EXTRACLASSE

Aluno: Judite Bernardo de Oliveira


Curso: Pós-Graduação em Análise do
Comportamento Aplicada ao Autismo.
Disciplina: Tópicos especiais em ABA
Prof.: Coordenação Pedagógica

POLO – VOTUPORANGA/SP
2023
ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL

A ética é um tema fundamental para a convivência em sociedade. A ética


geral e profissional é especialmente importante no ambiente de trabalho, onde as
relações interpessoais e as decisões tomadas podem impactar não apenas a vida
dos indivíduos envolvidos, mas também a reputação e o sucesso da empresa (BUB,
2005). No entanto, é comum nos depararmos com problemas éticos no ambiente
profissional.
Muitas vezes, as pressões por resultados e a competição acirrada levam as
pessoas a agirem de forma antiética, buscando vantagens pessoais em detrimento
do bem comum. Além disso, a falta de clareza em relação aos valores e princípios
éticos da organização pode gerar conflitos e dilemas morais (NEVES, 2019).
Um dos problemas mais comuns é a falta de transparência e honestidade nas
relações profissionais. A mentira, o engano e a manipulação são práticas que
comprometem a confiança entre os colaboradores e prejudicam o ambiente de
trabalho. Ademais, a falta de ética pode levar a decisões irresponsáveis, como a
negligência com a segurança dos funcionários ou a exploração de mão de obra
(CHIAVENATO, 2014).
Para solucionar esses problemas, é fundamental que as empresas adotem
uma cultura ética, baseada em valores como integridade, respeito e
responsabilidade. Isso envolve a definição clara de um código de conduta, que
estabeleça as diretrizes éticas a serem seguidas por todos os colaboradores. Por
isso, é importante investir em programas de treinamento e conscientização, para que
os funcionários compreendam a importância da ética no ambiente de trabalho e
saibam como agir de forma ética em situações complexas (CHIAVENATO, 2014).
Em suma, a ética geral e profissional desempenha um papel fundamental na
construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. É necessário
combater os problemas éticos, como a falta de transparência e a busca por
vantagens pessoais, através da adoção de uma cultura ética e da conscientização
dos colaboradores. Somente assim será possível promover relações profissionais
baseadas na confiança, no respeito e na responsabilidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUB, Maria Bettina Camargo. Ética e prática profissional em saúde. Textos &
Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 65-75, mar. 2005. Disponível
em: <https://www.scielo.br/j/tce/a/S4bzvf8TtJym6NLfcX6wVKb/>. Acesso em 26 dez.
2023.

NEVES, Michele de Jesus. Ética nas relações pessoais no ambiente de trabalho.


Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 7, n. 4, p. 11-
46, jan. 2019. Disponível em:
<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/etica-nas-relacoes>.
Acesso em 26 dez. 2023.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Manole,


2014.

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NOÇÕES DE EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA E METODOLOGIA
CIENTÍFICA

De acordo com o autor Karl Raimund Popper, no livro "A Lógica da Pesquisa
Científica" (2013), a ciência é um processo de conjecturas e refutações, onde teorias
são propostas e testadas através de experimentos e observações. Essa abordagem
epistemológica da ciência levanta questões sobre a validade e confiabilidade dos
resultados obtidos, bem como sobre a metodologia utilizada para alcançá-los
(KÖCHE, 2002).
Um dos problemas enfrentados na prática científica é a questão da
falsificabilidade. Segundo Popper (2013), uma teoria científica deve ser passível de
ser falseada, ou seja, deve ser possível encontrar evidências que a contradigam. No
entanto, muitas vezes os cientistas se deparam com teorias que são difíceis de
serem testadas ou que não possuem critérios claros de refutação. Isso pode levar a
uma falta de rigor científico e à aceitação de teorias baseadas em evidências
insuficientes.
Outro problema relacionado à metodologia científica é a questão da
replicabilidade. Para que um estudo seja considerado cientificamente válido, é
necessário que seus resultados possam ser reproduzidos por outros pesquisadores.
Contudo, muitos estudos não são replicados com sucesso, o que levanta dúvidas
sobre a confiabilidade dos resultados obtidos. Além disso, a pressão por publicações
e a busca por resultados positivos podem levar à omissão de resultados negativos
ou à manipulação dos dados, comprometendo a integridade da ciência
(PRODANOV; DE FREITAS, 2013).
Uma possível solução para esses problemas é a adoção de uma abordagem
mais transparente e colaborativa na prática científica. Isso inclui a divulgação de
todos os resultados obtidos, sejam eles positivos ou negativos, e a disponibilização
dos dados e métodos utilizados para que outros pesquisadores possam replicar os
estudos. Além disso, é importante promover uma cultura de questionamento e
crítica, incentivando a refutação de teorias e a busca por evidências contrárias
(KÖCHE, 2002). Dessa forma, é possível aumentar a confiabilidade e a validade dos
resultados científicos.

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Em conclusão, a epistemologia da ciência e a metodologia científica levantam
questões importantes sobre a validade e confiabilidade dos resultados obtidos. Os
problemas relacionados à falsificabilidade e à replicabilidade podem comprometer a
integridade da ciência, mas podem ser mitigados através de uma abordagem mais
transparente e colaborativa. É fundamental que os cientistas estejam abertos ao
questionamento e à refutação, buscando constantemente aprimorar seus métodos e
teorias. Somente assim a ciência poderá avançar de forma confiável e progressiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência


e iniciação à pesquisa. Edição Especial. Petrópolis: Vozes, 2002.

POPPER, Karl Raimund. A lógica da pesquisa científica. 2ª ed. São Paulo: Cultrix,
2013.

PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani César. Metodologia do


trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico.
2ª ed. Rio Grande do Sul: Feevale, 2013.

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NOÇÕES DE DIREITO PARA O ALCANCE DA CIDADANIA NO
BRASIL CONTEMPORÂNEO

De acordo com os autores Gorczevski e Martin (2011, p.124), no livro “A


necessária revisão do conceito de cidadania: Movimentos sociais e novos
protagonistas na esfera pública democrática”, [...] a livre participação dos cidadãos
na vida pública é um aspecto iniludível do que hoje entendemos por sociedade
democrática. Essa citação nos leva a refletir sobre a importância do conhecimento
das noções de direito para o alcance da cidadania no Brasil contemporâneo.
No Brasil, a falta de conhecimento sobre os direitos e deveres dos cidadãos é
um dos principais problemas enfrentados pela população. Muitas pessoas
desconhecem seus direitos básicos, como acesso à saúde, educação e segurança,
e acabam sendo prejudicadas pela falta de informação. Além disso, a falta de
conhecimento sobre o sistema jurídico dificulta a participação ativa dos cidadãos na
tomada de decisões políticas e na defesa de seus interesses (DA SILVA;
CHOUCINO; MACHADO, 2019).
Outro problema é a desigualdade no acesso à justiça. Muitas pessoas não
têm condições financeiras para contratar um advogado e acabam sendo excluídas
do sistema judiciário. Além disso, a morosidade e a burocracia do sistema dificultam
o acesso à justiça, tornando-o inacessível para grande parte da população (DA
SILVA; CHOUCINO; MACHADO, 2019).
Uma solução para esses problemas seria a implementação de programas de
educação jurídica nas escolas e comunidades. É fundamental que desde cedo os
cidadãos sejam instruídos sobre seus direitos e deveres, para que possam exercer
sua cidadania de forma plena (SANTANA; DO VALLE, 2022). Além disso, é
necessário investir na capacitação de profissionais do direito para atender a
demanda da população de baixa renda, garantindo assim o acesso à justiça para
todos.
Em conclusão, o conhecimento das noções de direito é essencial para o
alcance da cidadania no Brasil contemporâneo. É preciso investir na educação
jurídica da população e garantir o acesso à justiça para todos, para que os cidadãos
possam exercer seus direitos e participar ativamente da vida política e social do
país.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA SILVA, João Ricardo Anastácio; CHOUCINO, Camila Capelo; MACHADO, Sarah


Cachioni Duarte. A falta de conhecimento da população em relação aos seus direitos
e a inclusão do direito constitucional nas escolas. Revista Jurídica da UniFil, v. 16,
n. 16, p. 148-157, out. 2019. Disponível em: <http://periodicos.unifil.br/index.php/rev-
juridica/article/view/1150>. Acesso em: 26 dez. 2023.

GORCZEVSKI, Clovis; MARTIN, Nuria Belloso. A necessária revisão do conceito


de cidadania: Movimentos sociais e novos protagonistas na esfera pública
democrática. 1ª ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011. Disponível em:
<https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/1816/5/A%20necess%C3%A1ria%
20revis%C3%A3o%20do%20conceito%20de%20cidadania.pdf>. Acesso em 26 dez.
2023.

SANTANA, João Pedro Moreira; DO VALLE, Luciano. O Direito Constitucional como


fonte disciplinar no ensino médio. Brazilian Journal of DevelopmentI, Curitiba, v. 8,
n.11, p.74246-74264, nov.2022. Disponível em: <
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/54498 >. Acesso
em: 26 dez. 2023.

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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS

As pessoas surdas vivenciam um déficit de audição que impossibilita a


aquisição, de maneira natural, dos discursos orais usados pelos ouvintes para se
expressarem. Desse modo, o surdo depende de um canal de comunicação diferente,
denominado Libras (KELMAN et al, 2011). De acordo com, Silva e Silva (2016, p.02)
[...] é por meio das mãos e de uma complexa expressão corporal captada pelos
olhos, principalmente, que os surdos se comunicam e se constituem
linguisticamente.
A Língua Brasileira de Sinais é pautada em uma dimensão espacial, com
estruturas gramaticais, semânticas e sintáticas específicas, capazes de transmitir
conceitos diversos por meio de um canal visual, diferenciando-se das línguas escrita
e faladas pelos ouvintes (SILVA; SILVA, 2016).
Um dos principais problemas enfrentados pela LIBRAS é a falta de acesso à
educação bilíngue para surdos. Muitas escolas ainda não possuem profissionais
capacitados em LIBRAS, o que dificulta a inclusão e o aprendizado dos alunos
surdos. Além disso, a falta de materiais didáticos adaptados e a ausência de
intérpretes em sala de aula também são obstáculos para a plena participação dos
surdos no ambiente escolar (KELMAN et al, 2011).
Outro desafio enfrentado pela LIBRAS é a falta de reconhecimento e valorização
por parte da sociedade. Muitas pessoas ainda têm preconceitos e estereótipos em
relação aos surdos, o que acaba gerando exclusão e discriminação. Ademias, a falta
de divulgação e difusão da língua impede que a sociedade em geral tenha
conhecimento sobre a LIBRAS e sua importância como forma de comunicação
(BARBOZA; JÚNIOR, 2017).
Na área da saúde, a comunicação entre profissional e paciente caracteriza-se
como a principal forma de constituir vínculo com o paciente e seus familiares. Para
que haja uma boa comunicação entre os profissionais e a pessoa surda é importante
que sejam tomadas medidas cabíveis que facilitem o diálogo entre ambos
(BARBOZA; JÚNIOR, 2017). Portanto, para garantir a bem-estar do deficiente
auditivo, os profissionais devem ter conhecimento acerca da Língua de Sinais
Brasileira para concretizar o processo comunicativo e [...] garantir a este deficiente

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um cuidado eficaz, de acordo com suas necessidades. (RAIMUNDO; SANTOS,
2012, p.07).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOZA, Heloisa Helena; JUNIOR, Vitor de Azevedo Almeida. Reconhecimento e


inclusão das pessoas com deficiência. Revista Brasileira de Direito Civil, Belo
Horizonte, v.13, p. 17-37, jul./set. 2017. Disponível em:
<https://rbdcivil.ibdcivil.org.br/rbdc/article/view/150>. Acesso em: 22 ago. 2021.

KELMAN, Celeste Azulay et al. Surdez e família: facetas das relações parentais no
cotidiano comunicativo bilíngue. Revista Linhas Críticas, Brasília, v.17, n.33, p.349-
365, maio/ago. 2011. Disponível em:
<https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3737>. Acesso em: 22
ago. 2021.

RAIMUNDO, Ronney Jorge de Souza; SANTOS, Thais Alves dos. A importância do


aprendizado da comunicação em libras no atendimento ao deficiente auditivo em
serviço de saúde. Revista UniAraguaia, Goiânia, v.03, n. 03, 2012. Disponível em:
<http://www.fara.edu.br/sipe/index.php/REVISTAUNIARAGUAIA/article/view/126/112
>. Acesso em: 22 ago. 2021.

SILVA, Carine Mendes da; SILVA, Daniele Nunes Henrique. Libras na educação de
surdos: o que dizem os profissionais da escola? Revista Psicologia escolar e
educacional, v.20, n.01, p. 33-43, jan./abr. 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/pee/a/fHBjNHSPPFZVQwbXJwS4Qqg/?lang=pt>. Acesso
em: 22 ago. 2021.

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