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A liberdade de expressão é um princípio fundamental em sociedades democráticas,

garantido por uma série de leis e embasado por conceitos de notáveis doutrinadores
e autores. Essa liberdade é um pilar da democracia, permitindo que os indivíduos
expressem suas opiniões e ideias, contribuindo para um debate público saudável.
No contexto legal, a Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos é um
exemplo icônico que estabelece a liberdade de expressão como um direito
constitucional. No entanto, a aplicação desse direito varia de acordo com
jurisprudência e doutrinas desenvolvidas ao longo do tempo. John Stuart Mill, um
filósofo britânico do século XIX, é frequentemente citado como uma influência
significativa no pensamento sobre a liberdade de expressão. Mill argumentou em
sua obra "Sobre a Liberdade" que a liberdade individual de expressão deve ser
protegida, mesmo quando a opinião expressa é controversa. Ele sustentava que
somente através do livre debate e da exposição a diferentes pontos de vista
poderíamos chegar à verdade.
Na Constituição da República Federativa do Brasil, o direito à liberdade de
expressão está garantido no artigo 5º, inciso IV. Porém em muitos casos, o direito à
liberdade de expressão é acompanhado de algumas limitações legais, como a
proibição de incitação à violência ou discurso de ódio. Essas limitações são
importantes para equilibrar a proteção da liberdade de expressão com a
necessidade de evitar danos à sociedade. Ainda falando sobre esta relação,
podemos citar a censura que é um mecanismo pelo qual o Estado ou outras
autoridades buscam limitar a disseminação de certos tipos de conteúdo, muitas
vezes com o objetivo de proteger a sociedade de danos potenciais. No contexto do
discurso de ódio, a censura é frequentemente vista como uma medida necessária
para evitar a propagação de mensagens que incitam à violência promove a
discriminação ou atacam grupos com base em características como raça, religião ou
orientação sexual. No entanto, a censura também pode ser uma ameaça à liberdade
de expressão. Quando aplicada de forma excessiva ou arbitrária, pode restringir a
diversidade de vozes e inibir o debate saudável. Portanto, é essencial encontrar um
equilíbrio entre a proteção da liberdade de expressão e a necessidade de conter o
discurso de ódio, que também é muito previsto na sociedade, é quando um individuo
incita ódio ou inferioriza o outro ou até mesmo um grupo de pessoas. Esse tal tem
como base prestar ofensas gratuitas sobre alguém com intuito de despertar raiva ou
tristeza, no geral eles usam a raça, orientação sexual, entre outras características da
pessoa para a ofensa. Nas palavras do doutor em direito constitucional Daniel
Sarmento, diz que “manifestação de ódio, desprezo ou intolerância contra
determinados grupos, motivadas por preconceito”. Pode-se ressaltar que a maioria
desses ataques ocorre pelas redes sociais, ocasionando uma serie de fatores
negativos no que versa a proteção da dignidade da pessoa humana. No
art.5°(caput), versa sobre que todos são iguais perante a lei, tendo direito à
liberdade, igualdade, propriedade e segurança e no art.3°, IV, versa sobre fazer o
bem sem nenhum preconceito. Contudo, estas praticas inseridas na nossa CF/88
estão sendo quebradas por muitos, principalmente nas redes sociais, onde se da um
amplo cenário de discurso de ódio e com todas essas questões se da
consequências nocivas da liberdade de expressão, quando usada para disseminar
ódio.

Referências: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


DF: Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Acesso em 01 out. 2023.
MILL, John Stuart; Sobre a Liberdade; Petrópolis: Vozes, 1991, 2ª edição.
https://www.politize.com.br/discurso-de-odio-o-que-e/.

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