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(Autor desconhecido)
LEGISLAÇÃO
O Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem (Lei nº 7.498/86)
descreve em seu art. 11 as atribuições do Auxiliar de Enfermagem.
Destaca-se na alínea III a função: “[...] ministrar medicamento por via oral e parenteral”.
Em termos legais é um dos cuidados mais arriscados que a equipe realiza, considerado de Alta
Complexidade.
Resolução COFEN nº 0564/2017 traz aspectos que direcionam a atuação frente à execução do preparo e da
administração dos medicamentos.
Em seu Artigo 78º, proíbe aos profissionais “Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da
droga, via e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional”.
No Artigo 80º, a nota diz: “Não devem executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que
comprometam a segurança da pessoa”.
RESPALDO LEGAL
Em 2013, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em parceria com a
FIOCRUZ e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), elaboraram um protocolo de segurança
para a prescrição, o uso e a administração de medicamentos.
O protocolo define “uso seguro de medicamentos” como ausência de erro durante o uso e “erro de
medicação” como evento evitável, sob o domínio de profissionais de saúde ou do cliente, causando ou não dano
ao usuário (BRASIL, 2013).
TERMOS E DEFINIÇÕES
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
A administração de medicação deve ser realizada pela Equipe de Enfermagem com prescrição datada e
assinada pelo médico.
Nas situações de emergência, as medicações são administradas mediante ordem verbal que são, mais
tarde, escritas e assinadas como necessário.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
É uma ordem escrita, indicando a medicação necessária ao cliente contendo todas as informações para a
sua administração.
A prescrição segura enfatiza a identificação da data, do cliente, da instituição, do médico prescritor com
assinatura e carimbo. Destaca-se ainda o nome e dose do medicamento, via, tempo e/ou frequência de
administração.
A Equipe de Enfermagem tem a obrigação de questionar qualquer prescrição que seja ambígua ou que
julgue insegura para um cliente.
DISPENSAÇÃO
Trata-se do sistema de controle e entrega de medicamentos nas instituições, sob responsabilidade das
farmácias. Pode ser classificado como:
Coletivo: distribuição de medicamentos por unidade de internação ou serviço, mediante solicitação da Enfermagem
para todos os pacientes.
Individualizado: distribuição por cliente, geralmente para um período de 24 horas de tratamento.
Dose unitária: distribuição com doses prontas para a administração.
Misto: combinação dos sistemas coletivo e individualizado.
Sistema automatizado: caracterizado por unidades de dispensação eletrônica.
Os medicamentos podem ser classificados quanto à origem, finalidade, ação, forma de apresentação e
farmacologia.
Quanto à finalidade:
Ação preventiva: quando o agente é utilizado como meio de prevenção de patologias. ex.: vacinas.
Ação diagnóstica: utilizada para se obter diagnósticos de patologia. ex.: contrastes.
Ação terapêutica: capaz de causar um efeito terapêutico auxiliando no equilíbrio orgânico.
A ação terapêutica pode ser:
- Curativa – ex.: antibiótico; - Sintomática – ex.: analgésico; - Substitutiva – ex.: insulina; - Preventiva – ex.: vacina.
Quanto à ação:
Local: o agente é colocado diretamente em contato com o tecido, indicado para agir somente sobre um tecido
específico. Podemos dizer que é o efeito da droga no ponto de aplicação.
Geral: administrado para se obter um efeito sistêmico, é necessário que o medicamento seja inicialmente absorvido
pela corrente sanguínea, atingido o órgão ou tecido pelo qual tem ação seletiva e produzido o efeito desejado.
Quanto à farmacologia:
1. Analgésicos e antitérmicos 9. Anestésicos 17. Antiácidos
2. Antibióticos 10. Anticoagulantes 18. Anticonvulsivantes
3. Antidiarreicos 11. Antieméticos 19. Antiespasmódicos
4. Antihelmínticos 12. Anti-histamínicos 20. Anti-inflamatórios
5. Anti-hipertensivos 13. Antitussígenos 21. Broncodilatadores
6. Cardiotônicos 14. Coagulantes 22. Corticosteroides
7. Diuréticos 15. Hipoglicemiantes 23. Laxantes
8. Opiáceos 16. Vasoativos
1. Toda medicação deve ser prescrita pelo médico exceto alguns prescritos por enfermeiros ou dentistas no uso de
seus direitos legais;
2. O profissional deve ter conhecimento das apresentações, indicações, vias de administração, efeito terapêutico
esperado, efeitos colaterais e efeitos que evidenciam sintomas tóxicos;
3. É necessário higienizar as mãos antes e após o procedimento;
4. Verificar data de validade do medicamento;
5. Orientar o cliente antes da administração da medicação;
6. Certificar se o cliente é alérgico ao medicamento e descartar interações;
7. O preparo das medicações deve ocorrer em local apropriado, mantido protegido dos raios solares e serem
administrados imediatamente após o preparo;
8. Não ministrar medicamentos preparados por outra pessoa;
9. Não conversar ao preparar o medicamento;
10. Conferir os “nove certos”;
11. Acerca do horário, não podemos ultrapassar 30 minutos para antes ou após o horário prescrito. A regra não se
aplica a situações como: primeira dose/dose de ataque, administração pré-cirúrgica de antibiótico, sedação pré-
procedimento, medicamentos de uso concomitante ou sequencial (Institute for Safe Medication Practices, 2011);
12. Não ministrar medicamentos cuja prescrição deixa dúvidas;
13. Ministrar somente medicamentos com rótulo e ou identificação visível, manter o rótulo do frasco voltado para
a mão;
14. Ler o rótulo do medicamento três vezes, comparando-a com a prescrição: antes de retirar o frasco ou ampola
do armário; antes de colocar o medicamento no recipiente ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola para
ministrar; antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente;
15. Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas ou outros;
16. Evitar que a medicação permaneça na mesa de cabeceira para ser tomada posteriormente;
17. Certificar-se sobre ordens de controle hídrico, dietas, jejum e suspensão de medicamentos, antes de prepará-
los;
18. Ter certeza que o medicamento foi deglutido, injetado ou aplicado;
19. Desprezar o material perfurocortante em recipiente de paredes rígidas. Todo material perfurocortante deve
estar dotado de dispositivo de segurança, conforme Norma NR 32 do Ministério do Trabalho e Emprego;
20. Saber como calcular a quantidade necessária de medicação a partir da apresentação da droga disponível; e
21. Registrar a data, o horário, o medicamento, a dose administrada, a via utilizada, a reação do cliente além da
assinatura do profissional e registro do Conselho Profissional.
1. Via gastrointestinal:
(oral, sublingual, por SNG ou SNE e via retal);
7. Via parenteral:
(intradérmica ou intracutânea (ID); via subcutânea ou hipodérmica (SC); via intramuscular (IM); via endovenosa
(EV) ou intravenosa (IV).
Permite a absorção de medicamentos através da via oral, sublingual, por sonda nasogástrica, nasoenteral
ou gastrostomia e retal, descritos a seguir:
Via oral: administrados pela boca, absorvidos principalmente no estômago e intestino. É uma das vias mais comuns
para administração de medicamentos, sendo prática, segura, simples e menos dispendiosa.
Inconvenientes: relativa incapacidade de medir a absorção da droga e exatidão; pode provocar náuseas e vômitos
devido ao sabor desagradável; podem lesar o esmalte dos dentes e irritar a mucosa gástrica. O uso é limitado a
clientes que não possam deglutir.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Quando administrar mais de um medicamento (comprimidos e cápsulas); usar líquidos para ajudar na
deglutição e diluição do fármaco.
Os medicamentos para tosse são administrados sem serem diluídos e não devem ser seguidos de líquidos.
Comprimidos sublinguais são administrados por último.
Quanto maior a diluição, mais rápida será a absorção. A diluição também diminui a irritação gástrica.
Medicamentos sólidos são diluídos pelo suco gástrico ou pelo líquido ingerido com eles.
VIA SUBLINGUAL
VIA RETAL
VIA VAGINAL
Introdução e absorção de medicamentos (óvulos, pomadas, geléias, lavagem vaginal) na mucosa vaginal.
VIA OCULAR
VIA NASAL
Aplicação de medicamento na pele, podendo ter ação local ou geral, é absorvida pela camada epidérmica
para dentro da derme.
As formas de medicamentos utilizadas nesta via de são: pomada, loção, creme, gel, pó, spray e adesivo
transdérmico, esse tem absorção contínua com baixa concentração.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
A absorção se dá mais rapidamente e mais completa do que pela via oral ou intestinal, garantindo níveis
elevados do medicamento no sangue e, dessa forma, podem-se determinar doses mais precisas e prever com maior
segurança seus resultados.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Por ser um método que muitas vezes causa dor, acaba gerando medo, ansiedade e aversão no cliente.
Dependerá da via de administração, das condições da pele do cliente, que deve estar:
-Livre de qualquer sinal de inflamação (hiperemia);
-Calor, edema e dor;
-Sinais de irritação;
-Paresias;
-Tecido cicatricial; e ainda
-Locais com diminuição ou ausência de sensibilidade.
MATERIAIS UTILIZADOS
As seringas são graduadas de 1mL, 3mL, 5mL, 10mL e 20mL, a escolha depende do volume da medicação a
ser aspirada.
As agulhas são selecionadas de acordo com a via de aplicação, a quantidade do tecido subcutâneo ou
muscular, as características da rede vascular e a medicação a ser aspirada/injetada.
Para que se proceda uma punção venosa é necessário equipamento apropriado como dispositivo
intravenoso periférico, cateter agulhado comum (scalp) e cateter sobre agulha (jelco).
E a dosagem?
As soluções devem ser cristalinas e isotônicas.
A derme é quase inextensível, na prática observamos que o volume máximo a ser introduzido está entre
0,1mL e 0,5 mL. O ângulo de inserção da agulha com a pele é 15º.
Como administrar?