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TÍTULO
Manual de Suporte Básico de Vida - Adulto
AUTOR
INEM – Insituto Nacional de Emergência Médica
DFEM – Departamento de Formação em Emergência Médica
DESIGN e PAGINAÇÃO
INEM – Insituto Nacional de Emergência Médica
GMC – Gabinete de Markeing e Comunicação
ILUSTRAÇÕES
João Rui Pereira
© copyright
INEM
INDICE
I.INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
IV..S UPORTE.BÁSICO.DE.VIDA.-.ADULTO............................................................................. 9
1. Avaliar as condições de segurança: reanimador, víima e terceiros ............................. 9
2. Avaliar o estado de consciência ................................................................................... 9
3. Permeabilizar a via aérea ........................................................................................... 10
4. Avaliar Respiração ...................................................................................................... 10
5. Ligar 112 ..................................................................................................................... 11
6. Realizar Compressões Torácicas ................................................................................. 11
7. Realizar Insulações .................................................................................................... 12
8. Manter SBV................................................................................................................. 13
9. Algoritmo de SBV........................................................................................................ 13
V.SEGURANÇA E RISCOS PARA O REANIMADOR ............................................................ 14
XIII.SIGLAS ........................................................................................................................... 31
XIV.BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 31
INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
I.INTRODUÇÃO
A PCR é um acontecimento súbito, consituindo-se como uma das principais causas de morte
na Europa e nos Estados Unidos da América. Afeta entre 55-113 pessoas /100,000 habitantes,
esimando-se entre 350,000-700,000 indivíduos afetados por ano, só na Europa. A análise efetuada
aos equipamentos de DAE uilizados logo após uma paragem cardíaca, indica uma elevada
percentagem (76%) de víimas com um incidente arrítmico paricular: Fibrilhação Ventricular. Está
demonstrado que a desibrilhação precoce, realizada entre 3 a 5 minutos após o colapso da víima,
resulta em taxas de sobrevivência de 50 a 70%.
Consitui-se assim como fundamental a intervenção rápida de quem presencia uma PCR, com base
em procedimentos especíicos e devidamente enquadrados pela designada Cadeia de Sobrevivência.
A Cadeia de Sobrevivência interliga os diferentes elos, que se assumem como vitais, para o sucesso
da reanimação: ligar 112, Reanimar, Desibrilhar e Estabilizar.
Este curso apenas habilita a uilização de um desibrilhador, quando devidamente integrado num
Programa de DAE licenciado pelo INEM.
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A Desfibrilhação Automática Externa em Portugal
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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A Cadeia de Sobrevivência
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Estabilizar.-.Suporte.Avançado.de.Vida.
(SAV).precoce.e.cuidados.pós-reanimação
O Suporte Avançado de Vida (SAV) com
recurso à abordagem diferenciada da via
aérea, uilização de fármacos e correção
das causas prováveis de PCR, são ações
fundamentais após a abordagem inicial da
PCR.
Desibrilhar.-.Desibrilhação.precoce
Na maioria dos casos de PCR o coração
pára devido a uma perturbação do ritmo
designada ibrilhação ventricular (FV). O único
tratamento eicaz para a FV é a administração
de um choque elétrico (desibrilhação).
Cada minuto de atraso na desibrilhação
reduz a probabilidade de sobrevivência entre
10 a 12%, sendo que nos casos em que o SBV é
realizado, o declínio da taxa de sobrevivência
é mais gradual (3-4%).
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Suporte Básico de Vida - Adulto
1. AVALIAR AS CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA: REANIMADOR, VÍTIMA E
TERCEIROS
Antes de se aproximar de alguém que possa
eventualmente estar em perigo de vida, o
reanimador deve assegurar-se primeiro de
que não irá correr nenhum risco:
Fig. 2 - Avaliação do estado de consciência.
• Ambiental (ex. choque elétrico,
derrocadas, explosão, tráfego);
• Toxicológico (ex. exposição a gás, fumo, No.caso.de.víima.reaiva:
tóxicos);
• Garanta a inexistência de perigo para a
• Infeccioso (ex. tuberculose, hepaite). víima;
• Mantenha-a na posição encontrada;
Por vezes, o desejo de ajudar alguém que nos
parece estar em perigo de vida pode levar a • Ideniique situações causadoras da
ignorar os riscos inerentes à situação. Se não aparente alteração do estado da víima;
forem garanidas as condições de segurança
antes de se abordar uma víima, poderá, em • Solicite ajuda (ligue 112), se necessário;
casos extremos, ocorrer a morte da víima e • Reavalie com regularidade.
do reanimador.
Sendo a segurança a primeira condição na
abordagem da víima, a mesma deve ser
garanida antes de iniciar essa abordagem No.caso.de.víima.não.reaiva:
e ao longo de todo o processo: não deverá • Permeabilizar a Via Aérea (VA).
expor-se a si nem a terceiros a riscos que
possam comprometer a sua integridade ísica
enquanto reanimador.
A ipologia de riscos que aqui é apresentada
é extensível a outros momentos de interação
com as víimas.
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4. AVALIAR RESPIRAÇÃO
Mantendo a VA permeável, veriicar se a
víima respira normalmente, realizando o
Ver, Ouvir e Senir até 10 segundos:
• Ver os movimentos torácicos;
• Ouvir os sons respiratórios saídos da
boca/nariz;
• Senir o ar expirado na face do
reanimador.
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A Desfibrilhação e o Desfibrilhador Automático Externo
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
c).Garanta.uma.análise.em.segurança
Afaste-se da víima e não permita que
alguém toque na mesma, nos cabos ou no
equipamento.
A interferência no processo de análise do
DAE, pode inviabilizar a ideniicação de um
ritmo desibrilhável e conduzir a uma não
recomendação de choque, comprometendo
totalmente a recuperação da víima. Da
análise, resultará sempre uma decisão do
DAE de choque ou não choque. Fig. 10 - Garanta a segurança na desibrilhação.
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A Desfibrilhação e o Desfibrilhador Automático Externo
Troca.de.reanimadores.em.manobras.de.
SBV com dois reanimadores
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5. ALGORITMO DE SBVDAE
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Posição Lateral de Segurança
Responde:
• Deixe-a como a encontrou;
• Procure quaisquer alterações;
• Solicite ajuda (ligue 112);
• Reavalie-a regularmente.
Esiver.inconsciente.e.a.respirar.
normalmente
• Coloque-a em PLS. Fig. 14 - Coloque o braço da víima em ângulo reto com o corpo.
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Role.a.víima
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Obstrução da Via Aérea
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Obstrução da Via Aérea
Assim:
• Suporte/ampare a víima colocando-a As compressões abdominais e as compressões
no chão em decúbito dorsal sobre torácicas quando aplicadas, pese embora
superície rígida; o sucesso que resulte das mesmas, podem
causar lesões internas. Assim sendo, víimas
• Ligue de imediato 112, ou garanta que submeidas a estas manobras devem
alguém o faça; igualmente ser sujeitas a observação médica.
Algoritmo.de.Desobstrução.da.Via.aérea
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
A.-.O.Tubo.Orofaríngeo
Técnica.para.colocação.do.tubo.
O tubo orofaríngeo, também conhecido por orofaríngeo
Guedel, é um tubo de plásico curvo, rígido
e achatado que se ajusta bem entre a língua • Selecionar o tubo indicado;
e o palato duro. Existem vários tamanhos -
desde tubos para recém-nascidos até tubos • Abrir a boca e veriicar se não existem
para adultos. corpos estranhos que possam ser
A escolha do tamanho do tubo deve ser feita empurrados para a faringe durante a
por medição prévia à sua colocação. introdução do tubo. Se forem visíveis,
reirá-los previamente à inserção do
• O tubo ideal tem o comprimento
tubo;
correspondente à distância entre
a altura dos incisivos e o ângulo da • Introduzir o tubo na cavidade oral em
mandíbula: posição inverida (com a parte côncava
virada para o palato), até passar o
• Se o tubo orofaríngeo for pequeno -
palato duro e então rodá-lo 180º, de
a parte distal do tubo não consegue
forma que a parte côncava ique virada
ultrapassar a base da língua e não
para a língua, e coninuar a empurrar
produz o efeito de desobstrução;
suavemente em direção à faringe;
• Se o tubo for demasiado grande - pode
• Se a qualquer momento senir que a
empurrar a língua para trás (a epiglote
víima reage à introdução do tubo (ex.
contra o oriício glóico) e obstruir a
tossindo) deve reirá-lo de imediato;
passagem de ar para a traqueia;
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Considerações sobre a Via Aérea e Ventilação
B.-.Insulador.Manual Insulador.manual.com.dois.reanimadores:
Para aplicar insulações eicazes, o reanimador
deve ser capaz de realizar a manobra de • Dois reanimadores podem realizar
extensão da cabeça e, então, pressionar a insulações mais eicazes do que um
máscara contra a face da víima, enquanto reanimador;
eleva o queixo. Quando possível, use a
técnica com dois reanimadores para abrir • Quando dois reanimadores uilizam
a VA, permiir uma selagem herméica que o insulador manual, um reanimador
impeça a saída do ar entre a face e a máscara mantem a VA permeável e segura a
e aplicar insulações eicazes, observando a
elevação do tórax. máscara contra a face da víima (como
descrito acima), enquanto o outro
comprime o insulador;
• Ambos os reanimadores devem
observar a elevação do tórax;
Insulador.manual.com.um.reanimador:
• Posicione- se imediatamente atrás e
acima da cabeça da víima;
• Coloque a máscara sobre a face da
víima, usando o dorso do nariz como
guia para o correto posicionamento;
• Use a técnica do dois “Cs” e dois “Es”
para segurar a máscara em posição,
enquanto eleva o queixo para manter a
VA permeável:
• Realize a extensão da cabeça;
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
C.-.Aspiração.de.Secreções. D.-.Oxigénio
Nas situações de obstrução parcial da via aérea • Oxigénio (O2) suplementar pode ser
por um luido – vómito, sangue ou secreções,
administrado durante as manobras
é necessário proceder à aspiração da cavidade
bucal e da orofaringe, uilizando para tal um de SBV, quando se administram
aspirador de secreções e sonda adequada, insulações;
de forma a manter a permeabilidade da via
aérea: • Pode ser administrado através de
máscara de bolso ou através de
• A aspiração de secreções deve ser feita insulador manual;
de forma cuidada para não causar
traumaismos da mucosa da cavidade • Deve ser administrado O2 o mais
oral ou da faringe; precocemente possível;
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112 - Número Europeu de Emergência
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Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
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REGISTO NACIONAL DE PCR
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Bibliografia
XIII. SIGLAS
XIV. BIBLIOGRAFIA
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