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CEEP Isaías Alves

Data: 29/09/2023
Disciplina: Projeto Experimental II
Professor: Pedro César
Aluno: Guilherme Ramos
Curso: Técnico em Informática
Série: 3º Ano M4

Relatório - Feira de
Ciências

Salvador - 2023
O seguinte relatório da Feira de Ciências e Tecnologias do Centro
Estadual de Educação Profissionalizante Isaías Alves, realizada no mês de
setembro de 2023, tem como objetivo esclarecer aspectos da apresentação
realizada pela equipe responsável pelo projeto Legados Ancestrais:
Programação Back-End.
A criação do projeto que foi apresentado na Feira de Ciências e
Tecnologias, foi inteiramente baseado em um problema identificado, o
desconhecimento acerca das culturas negras e indígenas, desconhecimento
esse presente em uma grande parcela da população causado, principalmente
pela falta de incentivo ao acesso a esses conhecimentos. Utilizando desse
problema foi decidido a utilização de um jogo para a realização do projeto pois
o uso de um jogo como ferramenta de conscientização se justifica pela sua
capacidade de envolver os jogadores de forma imersiva, estimulando a empatia
e a reflexão crítica. Apresentando situações desafiadoras relacionadas aos
problemas raciais, o jogo tem o potencial de despertar uma visão mais
profunda sobre o tema.
O objetivo principal desse projeto tratava-se de apresentar de forma
lúdica as culturas dos povos negros e indígenas, o objetivo é proporcionar aos
jogadores uma experiência educacional e envolvente que estimule o interesse
e a valorização dessas culturas ricas e diversificadas. Outros objetivos desse
projeto foram ensinar sobre a realidade vivida pelos povos nativos à época da
chegada dos portugueses. Ensinar a situação dos negros no período inicial do
Brasil colônia. Integrar desafios e escolhas no jogo que exijam que os
jogadores interajam de forma respeitosa com as culturas apresentadas,
incentivando a empatia e a sensibilidade cultural.
Foram utilizados como material de pesquisa o livro A Escrita da História
de Flavio Campos e Renan Garcia Miranda, além do artigo 'O Imaginário
Indígena do Brasil Colonial: Séculos XVI, XVII e XVIII', de Beatriz Gomes
Rodrigues e Susana de Matos Viegas, pós-graduandas em Antropologia pela
Universidade de Lisboa. Este artigo tem como finalidade esclarecer o
imaginário existente sobre os indígenas durante os três primeiros séculos da
colonização do Brasil. Durante esse período, as terras eram frequentemente
descritas por cronistas e exploradores europeus sem levar em consideração as
populações que já habitavam o Brasil, ignorando por completo as visões
desses povos sobre as terras. Além disso, foram realizadas consultas ao
'DICCIONARIO DA LINGUA TUPY', de A. Gonçalves Dias, datado de 1886.
Essas consultas tinham como objetivo adicionar palavras da chamada Língua
Geral aos diálogos do jogo, enriquecendo assim a experiência.
Por meio da Feira de Ciências, foi possível conhecer melhor sobre a
realidades dos povos indígenas utilizando das pesquisas que contribuíram para
enriquecer o repertório social e cultural da equipe responsável pelo projeto.
Bibliografia
RODRIGUES, Beatriz Gomes & Viegas, Susana de Matos. O Imaginário
Indígena do Brasil Colonial: Séculos XVI, XVII e XVIII. Lisboa. Colloquium
Humanarum 14(Especial):36-42. 2017.
OLIVEIRA, J. P., & Freire, C. A. A Presença Indígena na Formação do Brasil.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade. 2006.
RUIVO, A. L. Corpo e Cultura: o indígena brasileiro nos relatos portugueses da
segunda metade do século XVI. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. 2010.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel.
Em Albuquerque, L. O reconhecimento do Brasil (1-9). Lisboa: Publicações
Alfa. 1989.

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